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Guerra Colonial (SLIDE)

Entre 1961 e 1974, ocorreu a chamada Guerra Colonial Portuguesa, onde foram postas em
choque as Forças Armadas Portuguesas contra diferentes grupos armados da Angola, da Guiné e de
Moçambique, gerando uma longa e sangrenta guerra civil que marcaria a história destes povos. Dentre
estas, podem-se destacar a União dos Povos Angolanos (UPA), Movimento Popular de Libertação da
Angola (MPLA) e a Frente Nacional de Libertação da Angola (FNLA).

(INTRODUÇÃO) Confrontado com numerosos e graves problemas de ordem interna e com uma
guerra colonial sem fim à vista, Caetano, rodeando-se de representantes de uma nova vaga de
tecnocratas, ensaiou uma política de liberalização e modernização sem contudo encarar a possibilidade
de pôr termo às guerras que se travavam em África.

Como consequência, acabou por introduzir alterações em várias áreas, como:

- na economia, onde liquidou o condicionalismo industrial herdado da era salazarista e abriu o país a um
mais vultuoso investimento estrangeiro, lançando grandes projetos;

- no campo social, melhorou a assistência social e analisou propostas de democratização do ensino


lançadas pelo então Ministro da Educação, Veiga Simão.

No âmbito da política interna, dentro de um conceito de concessão de "liberdade possível", foi


introduzido:

- autorização do regresso de alguns exilados, como Mário Soares e o bispo do Porto, D. António Ferreira
Gomes; autorização também do III Congresso Republicano, que reuniu em Aveiro a Oposição;

- abrandou a vigilância dos serviços de censura, passando de Censura à Imprensa para Exame Prévio;

- redução dos poderes da polícia política, passando de Polícia de Informação e Defesa do Estado para
Direção-geral de Segurança;

- eliminação de algumas restrições à atividade sindical;

- abertura do próprio partido de apoio ao regime à expressão organizada de opiniões divergentes, como
a constituição da "ala liberal", assumidamente reformista.

(FALA THAUANE) O isolamento internacional de Portugal se acentuava a medida que a guerra


continuava, sendo confirmado pela recepção dos dirigentes dos movimentos de libertação pelo Papa
Paulo VI, sendo visto como uma humilhação excepcional da administração colonial portuguesa. Após a
comunidade internacional tomar conhecimento dos massacres causados pelo exército português em
Moçambique, ocorreram manifestações de protesto que envolveram a visita de Marcello Caetano a
Londres (1973). E, por fim, o isolamento se confirma com a declaração unilateral da Guiné-Bissau, em
1973, e com o seu reconhecimento da ONU.

Como será apresentado a seguir, pode-se contatar que as manifestações contra os conflitos
tiveram várias frentes, não se restringindo apenas ao povo. A Igreja Católica, um dos maiores alicerces
da ditadura portuguesa, os militares, que, em África, tiveram contato e mudaram suas mentalidades.

Em âmbito interno, mesmo com o reforço à censura, as denúncias da injustiça da guerra e o


apelo a resolução diplomática do conflito se torna de conhecimento da população portuguesa.
Movimentos fortes de oposições à guerra foram criados por estudantes e se acentuaram as fugas à
incorporação militar. Houve também o envolvimento da Igreja Católica, já citada, devido as diversas
manifestações públicas de condenação de guerra e de reconhecimento dos povos africanos à
autodeterminação terem sido organizadas por grupos de católicos progressistas. Pode-se citar uma
iniciativa que é considerada a mais marcante, a vigília na capela do Rato, em 30 de Dezembro de 1972,
onde houveram protestos contra a guerra que foram realizados pelos deputados da ala mais liberal da
Assembleia Nacional.

BIBLIOGRAFIA

https://brasilescola.uol.com.br/guerras/guerras-coloniais-1.htm

https://ensina.rtp.pt/explicador/o-periodo-do-marcelismo/

http://apontamentos12.blogspot.com/2010/03/primavera-marcelista.html

https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$primavera-marcelista

https://tempo-da-historia.blogspot.com/2010/04/primavera-marcelista-impacto-da-guerra.html

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