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APELAÇÃO ADESIVA - REINTEGRAÇÃO DE POSSE - COMODATO - NOVO CPC

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE


__________________ - ___

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____________ E OUTRO, qualificados nos autos da AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE


POSSE que movem contra ____________, em atenção ao contido na NE ____________,
vem respeitosamente apresentar APELAÇÃO ADESIVA, conforme razões em instrumento
apartado, cuja juntada requer-se, remetendo-se os autos ao e. TJRS.

Nestes termos,

Pede deferimento.

[Local] [data]

__________________________________

[Nome Advogado] - [OAB] [UF]

RAZÕES DE APELAÇÃO ADESIVA


Razões de apelação oferecidas por ____________ E OUTRO, na Ação de Reintegração de
Posse, processo nº ____________, na qual contendem com ____________.
Egrégio Tribunal:
A sentença de fls. ___ dos autos, proferida pelo MM. Juiz de Direito da ___ª Vara Cível da
Comarca de ____________ - ___, nos autos do processo acima identificado, deve ser
parcialmente modificada, conforme adiante se demonstra:
Os Apelantes emprestaram ao Apelado, em regime de comodato, por prazo indeterminado,
uma fração de seu imóvel.
Como não tinham mais interesse em manter o comodato, notificaram o Apelado para que
desocupasse o imóvel, notificação essa que foi recebida em __/__/20__ (fls. ___).
O prazo para desocupação voluntária esgotou-se em __/__/20__, sem que o Apelado tenha
restituído a posse aos Apelantes.
O art. 582 do CC dispõe que “[...] O comodatário constituído em mora, além de por ela
responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante."
Assim, como faculta o art. 555, I, do CPC/2015, os Apelantes pediram que o Apelado fosse
condenado ao pagamento de indenização pelo período em que ficou no imóvel após ser
constituído em mora.
A r. Sentença, à fls. ____, reconheceu que “a partir do encerramento do prazo dado para
desocupação do imóvel constante da notificação de desocupação (fl. ___), o imóvel encontra-
se esbulhado.”
Todavia, e aqui reside o equívoco, entendeu que não havia fundamento para que o Apelado
pagasse aluguel aos Apelantes (fls. ___):
“Não há fundamento para que os aluguéis sejam pagos aos autores da reintegratória. O réu
____________ tinha a posse e exploração do imóvel. Os aluguéis são lhe devidos.”
Ora, o pleito dos Apelantes não diz respeito aos aluguéis ajustados entre o Apelado e o Sr.
____________, requerido do feito em apenso.
Os aluguéis que postulam são aqueles decorrentes do uso da coisa após a constituição em
mora.
Esses valores decorrem da lei civil, consoante dispositivo acima citado, e não tem relação
alguma com a ação de cobrança envolvendo o Apelado e o Sr. ____________.
A condenação em pagar esse aluguel decorre, como consequência lógica, da admissão da
posse injusta, que se deu no período posterior ao escoamento do prazo para desocupação
voluntária:
“O comodato pode converter-se em locação, se o comodatário incorre em mora no
cumprimento da obrigação de restituir. Não responde apenas pelas perdas oriundas do estrago
na devolução. Deve pagar aluguéis ao comodante, transformando-se em locatário. Na falta de
ajuste, o aluguel fixa-se por arbitramento.”
(GOMES, O. Contratos. 15. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1995. p. 317.)
Isto posto, requer que seja modificada a sentença nesse ponto, condenando-se o Apelado ao
pagamento de aluguéis em favor dos Apelantes, desde __/__/20__ até a efetiva devolução do
imóvel, nos termos do pedido (item “c”, fls. 09), em valor a ser arbitrado por V. Exª.

Nestes termos,

Pede deferimento.

[Local] [data]

__________________________________

[Nome Advogado] - [OAB] [UF].

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