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N. Termos.
P. E. Deferimento.
____________, ___ de __________ de 20__.
p.p. ____________
OAB/
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
COLENDA TURMA
CONTRARRAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
Contrarrazões de Recurso Ordinário apresentadas pelo Reclamado
___________, na Reclamatória Trabalhista, processo nº ___________, movida
pelos Reclamantes ___________ e ___________.
Eméritos Julgadores:
A r. sentença proferida nos autos da Reclamatória Trabalhista, da lavra do
eminente Juiz do Trabalho Dr. ___________ não merece a reforma pretendida
pelos Reclamantes.
A discussão nos presentes autos se limita ao reconhecimento ou não de vínculo
empregatício.
Por demais notório que para existir vínculo empregatício necessário se faz o
preenchimento por completo de todas as variáveis constantes do artigo 3º da
CLT.
A saber: continuidade, onerosidade e subordinação.
Com muita propriedade o r. magistrado ao proferir a decisão de primeira
instância andou bem em não reconhecer as variáveis previstas no artigo pré-
citado, tão necessárias ao reconhecimento do pleito dos Reclamantes.
Assim, não é por demais citar o trecho da r. sentença, a qual com muita
propriedade apreciou a matéria em devolução a este Egrégio Tribunal, à luz da
prova testemunhal produzida em audiência, refutando por completo a tese dos
Reclamantes:
“...De outra banda, no que tange especificamente aos elementos que
caracterizam o liame empregatício, os próprios termos em que posta a
petição inicial dão notícia de pelo menos um dos requisitos que
configuram o vínculo de emprego não estava presente na espécie em
exame, porquanto reconhecido na peça de ingresso que jamais houve
ajuste ou pagamento de qualquer valor aos autores a título de salário, o
que desde logo, afasta a onerosidade, que, como é consabido, é
essencial à caracterização do vínculo de emprego. Note-se que, tanto é
verdade que nunca houve ajuste entre as partes acerca do pagamento
de salários aos reclamantes, que estes, na própria petição inicial,
requerem que o Juízo fixe o quantum da remuneração a ser pago,
olvidando que o contrato de emprego é um negócio jurídico bilateral, e
que para a sua formação se faz indispensável a concorrência das
vontades das partes envolvidas, que podem ser manifestadas, até
mesmo tacitamente – o que frequentemente ocorre – não sendo dado,
todavia, ao Judiciário suprir esta declaração de vontade quando ela não
existe nem mesmo de forma tácita, pois, nesta hipótese, é evidente que
as partes nunca pretenderam ajustar um contrato de trabalho.
No caso em tela, o fato de jamais ter sido ajustado ou pago qualquer
valor aos reclamantes a título de salários, ao longo dos cerca de oito
anos pelos quais estes alegam ter residido no imóvel de propriedade do
reclamado, constitui, por si só, prova cabal de que nunca houve
intenção de qualquer das partes de ajustar um contrato de trabalho nos
moldes do art. 1º da Lei 5.859/72 ou do art. 3º da CLT.
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