EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE
DIREITO DA PRIMEIRA VARA CÍVEL DA COMARCA DE
COTIA, ESTADO DE SÃO PAULO.
JOÃO DA SILVA, brasileiro, casado, aposentado, portador do documento
de identidade RG sob o nº. xxxxx, inscrito no CPF (MF) xxxxxx, residente e domiciliado na Rua João Longo, nº.1900, Sagrado Coração, na cidade e comarca de Cotia, no Estado de São Paulo, por seu advogado e procurador que esta subscreve, instrumento de procuração em anexo, com escritório profissional na Rua João Gomes de Carvalho, nº. 101, Jardim Patriarca, na cidade de Jandira, comarca de Barueri, no Estado de São Paulo, onde receberão as intimações e notificações correlacionadas com o presente feito, vêm, muito respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER EM VIRTUDE DE VÍCIO DE PRODUTO, em face da empresa CASAS BAHIA S/A, inscrita no CNPJ sob o nº. xxxxxxxxxxxxxx, com sede na Rua xxxxxxxxxxx, nº. 300/312, Centro, na cidade e comarca de Cotia/SP, CEP 00000-000, pelos motivos de fato e de direito a seguir sopesados: DOS FATOS JURIDICAMENTE RELEVANTES
O Autor no dia 04 de abril de 2009
compareceu até a Loja das Casas Bahia da cidade de Cotia, para efetuar a compra de uma máquina de lavar roupas, ocasião que adquiriu referido bem nas condições descritas na nota fiscal em anexo.
Acontece, Excelência, que um mês após a
compra a máquina de lavar apresentou defeito, transbordando água em demasia.
Diante deste quadro o Autor compareceu
até a empresa Ré para comunicar o defeito, sendo-lhe informado que um técnico compareceria até sua residência para efetuar o conserto.
Porém, mesmo após a visita e “conserto” da
máquina de lavar pelo técnico o vício permaneceu, sendo o Autor obrigado a informar a Ré de que o defeito não fora resolvido.
Após a nova reclamação, a empresa Ré
enviou novamente o técnico à residência do Autor, onde foi constatado o mesmo defeito, sendo necessário fazer o mesmo reparo. (grifei)
O Autor disse à empresa Ré que não queria
que fizessem o reparo novamente, exigindo a troca do produto, fato este não aceito e atendido pela Requerida.
Como já mencionado, o Autor procurou a
Ré por diversas vezes, porém não obteve êxito algum em sua reclamatória, não lhe restando outra alternativa, a não ser a propositura da presente ação para fazer valer seus direitos.
DO DIREITO
O Código de Defesa do Consumidor em seu
artigo 23 menciona: “A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de responsabilidade”. O artigo em tela trata da responsabilidade objetiva do fornecedor de produtos e serviços, mencionando que mesmo ignorado o vício o fornecedor de produtos e serviços não pode se escusar do dever de reparação do dano causado.
De acordo com o art. 18, do Código de
Defesa do Consumidor: "Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas".
Dessa forma, o Requerente exige que a
Requerida seja responsabilizada pelos vícios do produto por ela vendido e colocado no mercado.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se de Vossa
Excelência:
a) a citação da Ré para comparecer à
Audiência Conciliatória e, querendo, oferecer sua contestação na fase processual oportuna, sob pena de revelia e confissão ficta da matéria de fato, com o conseqüente julgamento antecipado da lide;
b) seja julgado procedente o pedido
inicial, condenando a Ré a proceder a troca do aparelho descrito na nota fiscal supra-epigrafada, no prazo de cinco dias, a contar da citação, sob pena de incorrer em multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais) caso incida em mora no adimplemento da obrigação acima. c) A inversão do ônus da prova, na forma do art. 6º, VIII da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor), por se tratar de relação de consumo;
d) Pede-se os benefícios da assistência
judiciária gratuita, nos termos da lei 1.060/50, pelo fato do requerente ser pessoa pobre na acepção jurídica do termo, não tendo condições de suportar as custas de uma demanda judicial, conforme declaração em anexo.
Outrossim, requer a condenação da Ré nas
custas e honorários advocatícios na base de 20% do valor da presente.
Protesta por todos os meios de prova em
direitos admitidos, em especial pela juntada de documentos e oitiva das partes e de testemunhas.
Dá-se a causa o valor de R$ 989,00
(novecentos e oitenta e nove reais).
Termos em que, Pede Deferimento. Jandira/SP, 05 de maio de 2009.