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AGLOMERANTE
Material ligante que tem por objetivo promover a união
entre os grãos dos agregados.
AGLOMERANTES
AGLOMERANTE + ÁGUA = PASTA

Cimento
AGLOMERANTE + AGREGADO MIUDO + ÁGUA = ARGAMASSA

AGLOMERANTE + AGREGADO GRAUDO

+ ÁGUA = CONCRETO
+
AGREGADO MIUDO
Ana Claudia Mendonça

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CLASSIFICAÇÃO DOS AGLOMERANTES

AGLOMERANTE
Quimicamente ativos
Principal característica é endurecer, após algum ◼ Aéreos: A secagem ocorre através do ar. (Ex.: gesso, cal aérea).
tempo de sua mistura com a água, aglutinando as ◼ Hidráulicos: O endurecimento ocorre por reações com a água.
partículas com coesão e capacidade de ser moldado (Ex.: cimento Portland, cal hidráulica).
(trabalhável).
 Cimento Portland Simples
◼ Comum
Apresentam-se sob a forma pulverulenta e, quando ◼ CP V - ARI
misturados à água, formam uma pasta capaz de
endurecer por simples secagem ou como  Cimentos Portland Compostos Aglomerantes Aéreos:
Após o endurecimento, NÃO
consequência de reações químicas, aderindo às ◼ Cimento Portland composto
resistem satisfatoriamente quando
Cimento Portland pozolânico
superfícies com as quais foram postos em contato.
◼
submetidos à ação da água.
◼ Cimento Portland alto forno
„Aglomerantes Hidráulicos:
Resistem satisfatoriamente à água
após endurecimento.

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AGLOMERANTES AGLOMERANTES
Requisitos Importantes Requisitos Importantes

Resistência mecânica: Solubilidade:

◼ Capacidade de resistir a esforços de compressão, tração,
cisalhamento.
◼ Importante também conhecer o comportamento deste ganho de
resistência.
Durabilidade:
◼ Capacidade de manter as suas propriedades durante o uso.
◼ A degradação pode ser oriunda de:
➢ agentes externos (águas ácidas, sulfatadas)
➢ internos (compostos do próprio aglomerante ou presentes na
mistura na qual o mesmo está contido).
◼ Capacidade de dissolução em íons (ânions e cátions), efetuada
em meio aquoso, influenciada pelo tamanho das partículas,
reatividade, temperatura etc.
Reatividade:
◼ Facilidade do material de interagir quimicamente, tendo
influência significativa na cinética das reações.
Área específica:
◼ Corresponde à superfície efetiva de contato do sólido com o
meio externo, sendo relacionada com a finura.
◼ A área específica de um material é proporcional à sua
reatividade.

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CIMENTO
CIMENTO
Aglomerante hidráulico largamente utilizado para a Material existente na forma de um pó fino, com
composição de peças estruturais em concreto e dimensões médias da ordem dos 50 µm, que resulta da
revestimento devido à sua excelente capacidade mistura de clínquer com outros materiais, tais como o
resistente. gesso, pozolanas, ou escórias siliciosas, em quantidades
que dependem do tipo de aplicação e das
Tipos: características procuradas para o cimento.
◼ Portland
◼ Natural
◼ Aluminoso

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COMPONENTES DO CIMENTO
MATÉRIAS-PRIMAS
Calcários:
◼ É uma rocha sedimentar, sendo a terceira rocha mais abundante
na crosta terrestre.
CALCÁRIO + ARGILA + GESSO ◼ São constituídos basicamente de carbonato de cálcio (CaCO 3),
mas podem conter várias impurezas, como magnésio, silício,
alumínio ou ferro;
CLÍNQUER ◼ O elemento cálcio, que abrange 40% de todo o calcário, é o quinto
mais abundante na crosta terrestre, atrás apenas do oxigênio, silício,
alumínio e o ferro.

Minério de ferro: Adicionado para diminuir o ponto de

fusão das matérias primas do clínquer.
O carbonato de cálcio é conhecido desde épocas muito
remotas, sob a forma de minerais tais como a greda, o
calcário e o mármore.

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COMPONENTES DO CIMENTO
IMPORTANTE!
O uso de calcários com alto teor de MgO na produção de
cimentos causa desvantagens na hidratação do material:
MgO + H2O → Mg(OH)2
Esta reação produz um elemento expansivo chamado
(hidróxido de magnésio), aumentando o volume final,
além de sais solúveis que podem enfraquecer o concreto
quando exposto a lixiviação.
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COMPONENTES DO CIMENTO
Argila:
◼ Silicatos complexos contendo alumínio e ferro como cátions
principais, além de potássio, magnésio, sódio, cálcio e titânio.
◼ A argila fornece ao cimento os componentes necessários: Al2O3
(óxido de alumínio), Fe2O3 (óxido de ferro) e SiO2 (dióxido de silício).
Gesso:
◼ É o produto de adição final no processo de fabricação do
cimento, com o fim de regular o tempo de pega por ocasião das
reações de hidratação.
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FABRICAÇÃO DO CIMENTO PROCESSO DE CLINQUERIZAÇÃO

• Extração da matéria-prima das minas
Dois métodos distintos Clinquerização:
• Britagem e mistura nas proporções corretas
• Processo seco:
• Moagem de matéria-prima • A mistura é moída totalmente seca e alimenta o forno em
• Cozimento em forno rotativo a cerca de 1450o C: forma de pó. Tem a vantagem determinante de economizar
combustível já que não tem água para evaporar no forno.
➢ A mistura cozida sofre uma série de reações químicas complexas
deixando o forno com a denominação de clínquer.
➢ CLINQUERIZAÇÃO
• Processo úmido:
• A mistura é moída com a adição de aproximadamente 40% de
• Redução do clínquer a pó em um moinho juntamente água. É caracterizado pela simplicidade da instalação e da
com 3-4% de gesso. operação dos moinhos e fornos.
• Adições finais (pozolanas, escórias, filler).
→ Dos dois métodos, produz-se o mesmo clínquer e o
cimento final é idêntico nos dois casos.

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PROCESSO DE CLINQUERIZAÇÃO COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO CLINQUER

Composição típica do clínquer de cimento Portland:
O material cru é lançado em uma torre de ciclones, onde
CaO - 67%
ocorre a separação dos gases do material sólido. ◼

◼ SiO2 - 22%
◼ Al2O3 - 5%
Os gases são lançados na atmosfera, após passarem por
◼ Fe2O3 - 3%
um filtro eletrostático onde as partículas são ◼ Outros
precipitadas e voltam ao processo. óxidos - 3%

Após passagem pelos ciclones, o material entra no forno

rotativo, onde ocorrem as reações de clinquerização.

Após a clinquerização, o clínquer formado é

bruscamente resfriado com ar frio em contra corrente e
é estocado em silos para a produção do cimento.

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ADIÇÕES AO CIMENTO PROPRIEDADES DO CIMENTO

Fíler
◼ Composto basicamente de carbonato de cálcio (CaCO3), encontrado Tempos de pega:
abundantemente na natureza, finamente moído.
◼ Tempo para a solidificação da pasta plástica de
◼ Elemento de preenchimento, capaz de penetrar nos interstícios das

demais partículas e agir como lubrificante, tornando o produto mais

cimento.
plástico e não prejudicando a atuação dos demais elementos. ◼ Início de pega: Marca o ponto no tempo em que a

Escória pasta torna-se não trabalhável.

◼ Aparência semelhante a areia grossa.
◼ Fim de pega: Tempo necessário para a pasta se
◼ Sub-produto de alto-fornos e produção de aço.
torne totalmente rígida.
◼ Silicatos – características de ligante hidráulico (material cimentante)

Pozolana Importância da Pega:

◼ Elevado teor de sílica ativa (SiO2). ◼ Determina o período de tempo que o concreto pode
◼ Ligante hidráulico complementar ao clínquer. ser trabalhado após o seu lançamento.
◼ Atualmente: pozolanas ativadas artificialmente e sub-produtos
industriais, provenientes da queima de carvão mineral.

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PROPRIEDADES DO CIMENTO PROPRIEDADES DO CIMENTO

Tempos de pega: Finura:

◼ Determinação: Aparelho de Vicat. ◼ Corresponde à área específica de contato dos grãos
de cimento com a água da mistura.
 Início de pega: Agulha penetra 39mm na pasta
 Fim de pega: Agulha faz uma impressão na superfície da ◼ Tanto maior quanto mais eficiente for a moagem do

pasta, sem penetrar. clínquer com gesso.

◼ Influência no comportamento do cimento:
Enrijecimento:  Velocidade de endurecimento
◼ Perda de consistência da pasta plástica do cimento.  Potencialidade - reatividade
◼ Determinação:
 Perda de abatimento do concreto.

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PROPRIEDADES DO CIMENTO PROPRIEDADES DO CIMENTO

Calor de hidratação:
Resistência característica:
◼ Representa o calor gerado pela reação exotérmica de
hidratação do cimento. ◼ Resistência à compressão que atinge um corpo de prova
cilíndrico pequeno fabricado a partir da pasta de
Importância: consistência normal com o cimento em questão.
◼ Execução de peças com grande volume de concreto
(concreto massa) - barragens, blocos de fundação...
◼ Fissuras térmicas.

Determinação:
◼Calorímetro (difícil avaliação precisa – encontrado
apenas em grandes laboratórios).

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PROPRIEDADES DO CIMENTO
Expansibilidade / Estabilidade volumétrica:
◼ Retrata a variação de volume do cimento após a pega, por
conta de hidratação lenta ou reação expansiva com algum
composto presente no cimento endurecido.
◼ Etringita tardia– 65°
Etringita é um mineral encontrado na natureza, mas
também capaz de se formar em maciços de concreto, durante a
hidratação do material a altas temperaturas.
PESQUISAR ETRINGITA TARDIA E PRIMARIA.
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CIMENTO PORTLAND (CP)
Engenheiro John Smeaton, 1756, procurava aglomerante que
endurecesse na presença de água, para facilitar o trabalho de
reconstrução do farol de Eddystone, na Inglaterra.
Um pedreiro, Joseph Aspdin, 1824, patenteou a descoberta,
batizando de cimento Portland, referência a um tipo de pedra muito
usada em construções na região de Portland, Inglaterra.
No pedido de patente constava que o calcário era moído com argila,
em meio úmido, até transformar-se em pó.
A água era evaporada e os blocos da mistura seca eram calcinados
em fornos e depois moídos bem finos.
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ENDURECIMENTO DO CIMENTO PORTLAND

O cimento Portland é composto de clínquer, com adições de Pega: passagem do estado plástico para o sólido
substâncias que contribuem para suas propriedades ou facilitam
o seu emprego. SEQUÊNCIA DE HIDRATAÇÃO E
ENDURECIMENTO
Essas adições é que definem o tipo de cimento (de acordo com
o teor variável do clínquer):

✓Tipo I – Cimento Portland comum

✓ Tipo II – Cimento Portland com baixo calor de
endurecimento
✓Tipo III – Cimento Portland de alta resistência inicial
✓ Tipo IV – Cimento Portland de baixo calor de
hidratação
✓Tipo V – Cimento Portland resistente aos sulfatos
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NOMENCLATURA

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TIPOS
ARMAZENAMENTO DO CIMENTO

Granel
◼ Silos hermeticamente fechados
◼ Tempo máximo: 180 dias

Sacos
◼ Galpões fechados
◼ Estrados de madeira a 30cm do solo e a 30cm das
paredes
◼ Empilhamento máximo: 15 sacos
◼ Distância entre pilhas: 60cm
◼ Tempo máximo: 30 dias (canteiro)

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RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
NBR 7215/2019 – Determinação da Classe do Cimento Portland
•Corpo-de-prova cilíndrico 50 x 100mm
•Enchimento dos moldes – camadas com 30 golpes
•Rompimento – 1 / 3 / 7 / 28 dias

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TIPOS DE CIMENTO

▪ Cimento branco – não estrutural, é como o Portland,

mas é isento de óxido de ferro.
▪ Cimento tipo 1 – é o Portland comum.
▪ Cimento tipo 2 – conhecido como modificado,
recomendado para construções volumosas pelo baixo
calor na hidratação.
▪ Cimento tipo 3 – possui alta resistência inicial
▪ Cimento tipo 4 – destinado para construções de
grande porte, devido ao seu calor de hidratação
muito baixo.
▪ Cimento tipo 5 – destinado à obras sujeitas ao ataque
de águas sulfatadas.

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CIMENTO NATURAL CIMENTO ALUMINOSO

Resulta do cozimento de rochas calcárias argilosas em temperatura
abaixo da fusão, cerca de 1000°C
Conhecido também como cimento romano. Oferece apenas interesse
histórico, posto que não é mais fabricado em parte alguma.
Produção
:
Fundição de calcário (CaCO3) e bauxita (Al2O3),
(teor bauxíta inferior a 30%), moída misturadas, em fornos de alta
temperatura, resfriado, britado e moído.

Características:
• Pega rápida - em 24horas resistência superiores a 45 MPa;
• Aglomerante de preço elevado;
• Emprego delicado - elevadíssimo calor de hidratação;
• Produz concretos / argamassas com alta resistênciaao
calor, até 1200ºC;
• Alta resistência a abrasão e corrosão;
• Endurecimento normal em temperaturas baixas.

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ESPECIFICAÇÕES E APLICAÇÕES USOS INDICADOS PARA

TIPOS DE CIMENTO
Tipo de cimento Usos indicados
• Todos os tipos de cimento são adequados a
CP I, CP II Geral, pouco usual
todos os tipos de estruturas e aplicações. CP III
Geral, concreto massa, água do mar e
meios agressivos
Geral, concreto massa, água do mar,
CP IV meios agressivos e com agregados
reativos
• Existem tipos de cimento que são mais Pré-moldados, túneis e concretos
CP V
protendidos
recomendáveis ou vantajosos para
RS Ambientes agressivos e água do mar
determinadas aplicações Branco Estético e rejuntes
Branco Estrutural Pisos, monumentos e fins arquitetônicos
Baixo calor Obras de concreto massa

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