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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA

CENTRO MULTIDISCIPLINAR – PAU DOS FERROS


BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
ARQUITETURA E URBANISMO

MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO I

AULA 03 - AGLOMERANTES – BETUMINOSOS E


CAL

PROF. MA. FABÍOLA LUANA MAIA ROCHA


CORREÇÃO DO QUESTIONÁRIO

1. A Associação Brasileira de Normas Tecnológicas - ABNT é coordenada pela Organização Internacional de


Normatização - ISO. FALSO
2. Umas das principais propriedades elétricas dos materiais é a condutividade elétrica, que corresponde a
facilidade de condução de calor. FALSO
3. O peso e a massa são iguais, quando consideramos o arredondamento da gravidade para 10 m/s² FALSO
4. Quando um material é submetido à compressão ele sofre esforços de tração no banzo inferior e flexão no
banzo superior. FALSO
5. Torção é a solicitação que tende a girar seções da peça, assim como compressão é a solicitação que tende
a encurtar a peça. VERDADEIRO
6. A tensão de escoamento é a tensão limite a que uma peça/material é submetida. VERDADEIRO
7. A deformação plástica ocorre quando após o descarregamento não há deformação permanente. FALSO
8. Há compostos de materiais metálicos nos materiais cerâmicos, assim como também pode existir nos
materiais compósitos. VERDADEIRO
9. É requerido conhecer as forças internas que atuam na construção, como vento, clima e cargas. FALSO
10.Nas civilizações primitivas os principais materiais utilizados eram os metais. FALSO
2
AGENDA DA SEMANA

AGENDA DA SEMANA PONTUAÇÃO

(22/06) – AULA 3 + ATIVIDADE 4 (PADLET) 1,0

(24/06) – AULA 4 + ATIVIDADE 5 (QUESTIONÁRIO) 1,0

(26/06) – PROVA 4,5

3
1
INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS
AGLOMERANTES

4
AGLOMERANTES

O QUE SÃO AGREGADOS?


O QUE É AGLOMERANTE?
O QUE É NATA?
O QUE É PASTA?
Material ativo, ligante, cuja principal função é formar uma O QUE É ARGAMASSA?
pasta que promove a união entre os grãos dos agregados. O QUE É CONCRETO?

É o material que aglomera, o que cola e que se prende a outros


materiais.

ONDE SÃO UTILIZADOS?


Na obtenção das argamassas e concretos, na forma da própria
pasta e também na confecção de natas.

QUAIS OS PRINCIPAIS TIPOS?


• Cal, gesso, cimento, betuminosos 5
AGLOMERANTES
RETRAÇÃO:
Diminuição do
AGREGADOS: Mineral granular sem forma ou volume definido, de atividade química geralmente
volume do
inerte
material, advinda
PASTA: Misturas de aglomerantes com água. São poucos usadas devido aos efeitos
da eliminação da
secundários causados pela retração. Podem ser utilizadas nos rejuntamentos de azulejos e
água contida em
ladrilhos.
seu interior.

NATA: São pastas preparadas com excesso de água.


- Cal: pinturas - Cimento: Sobre argamassas – Superfícies lisas

6
AGLOMERANTES

ARGAMASSA: “Argamassa é uma mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s),


aglomerante(s) e água, contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência
e endurecimento.” NBR 13529/2013

CONCRETO: Rocha artificial, obtida pela mistura adequadamente proporcionada, com


posterior endurecimento, de um aglomerante (normalmente Cimento Portland), água,
agregado miúdo, agregado graúdo (brita), podendo conter ou não aditivos químicos.

7
GESSO:
Edificações
egípcias
RESUMO HISTÓRICO DOS AGLOMERANTES
CAL: Edificações
QUAL O PRIMEIRO AGLOMERANTE UTILIZADO? egípcias, gregas,
Argila: na construção de edificações etruscas e
romanas – 2700
Apesar de ser quimicamente inativa, a argila endurece em a. C.
consequência da evaporação da água de amassamento, chegando a
atingir alguma resistência mecânica. POZOLANAS:
Depois de endurecida, em contato com umidade, a argila se torna Usadas por
instável. gregos e
romanos em
• Argila como aglomerante no assentamento de pedras ou tijolos argamassas de
de barro cozido, datam dos tempos dos assírios e babilônios e cal e areia, para
ainda hoje é utilizada aumentar sua
• Adobe resistência
E COMO SE DEU A DESCOBERTA DOS AGLOMERANTES mecânica.
QUIMICAMENTE ATIVOS?
Pode ter sido acidental, pelo aquecimento de rochas ao redor de
fogueiras, com hidratação e logo após formação da pasta. 8
CLASSIFICAÇÃO DOS AGLOMERANTES

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MODO DE ENDURECER: A. H. Simples: Um único produto aglomerante, não


possui mistura. Ex.: Cimento Portland, Cimento
aluminoso, Gesso hidráulico e Cal hidráulica
• Quimicamente inertes: Endurecem por simples secagem
Ex.: Argilas e betumes A. H. Composto: Mistura de um aglomerante simples
• Quimicamente ativos: Endurecem pela ação de reações com subprodutos industriais ou produtos naturais de
baixo custo. CP II F, CP III, CP IV.
químicas
Ex.: Cimento Portland e Cal aérea A. H. Misto: Mistura de dois aglomerantes simples.
Cimento de grappiers (cal hidráulica) e CP com
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A RELAÇÃO COM A ÁGUA: cimento aluminoso (pega muito rápida).

• Aglomerantes aéreos: São aglomerantes que endurecem A. H. com adições: Modificação de propriedades.
pela ação química do CO2 no ar. Baixa resistência. Retração, resistência e coloração.
Ex.: Cal aérea e gesso
• Aglomerantes hidráulicos: Ação exclusiva da água de
amassamento. Boa resistência. Hidratação. 9
Ex.: Cal hidráulica, Cimento Aluminoso, Cimento Portland
CONCEITO DE PEGA

O QUE É PEGA?

Perda de fluidez da pasta. Ao se adicionar, por exemplo, água a um


aglomerante hidráulico, depois de certo tempo, começam a ocorrer reações
químicas de hidratação.

QUANDO SE DÁ O INÍCIO DE PEGA?

Período inicial de solidificação da pasta. É contado a partir do lançamento


da água no aglomerante, até o início das reações químicas com os
compostos do aglomerante. Aumento de viscosidade e de temperatura.

E O FIM DE PEGA?

Ocorre quando a pasta se solidifica completamente, não significando,


entretanto, que ela tenha adquirido toda a sua resistência. 10
CONCEITO DE TEMPO DE PEGA

PORQUE É IMPORTANTE CONHECER O TEMPO DE


PEGA?

Possibilita-se ter a ideia do tempo disponível para


trabalhar, transportar, lançar e adensar argamassas e
concretos.

Ex.: Cimento de pega rápida --------------------------- < 30


minutos
Cimento de pega semirrápida ------------------ de 30 a 60
minutos
Cimento de pega normal -------------------------- 60
minutos a 6 horas

COMO DETERMINAR? 11
APARELHO DE VICAT
MASSA ESPECÍFICA E MASSA UNITÁRIA

Massa específica:

Massa unitária:

Volume aparente inclui os vazios entre os grãos

COMO DETERMINAR A MASSA ESPECÍFICA?

É determinada utilizando o frasco de “Le


chatelier” e balança de precisão.

12
NORMA DE MASSA ESPECÍFICA

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SUPERFÍCIE ESPECÍFICA

Caracteriza a finura, quanto maior o valor do Blaine, mais fino é o


pó do aglomerante, mais rápida é a sua hidratação.

• K é a constante do aparelho
• ε é a porosidade da camada
• t é o tempo medido (s)
• ρ é a massa específica do cimento (g/cm³)
• ᵑ é a viscosidade do ar à temperatura do ensaio
• S é a superfície específica

14
2
MATERIAIS BETUMINOSOS

15
MATERIAIS BETUMINOSOS

Tradicionalmente, na construção civil, são designados como materiais betuminosos É UM MATERIAL NOVO?
aqueles que contém Betume.
-Material de assentamento de
MAS O QUE É BETUME? alvenarias, na Mesopotâmia
É um aglomerante orgânico, sólido, semissólido ou líquido, que pode ocorrer na -Serviços de mumificação
natureza ou ser obtido por processo industrial; composto principalmente por
pelos egípcios
hidrocarbonetos de massa molecular elevada e completamente solúvel em
bissulfeto de carbono.

QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DELE?


a) São adesivos e aglomerantes que dispensam o uso da água
b) São hidrófugos
c) Facilmente fundidos e solidificados. Termoplásticos.
d) São inócuos
e) Podem ser reaproveitados após o uso
f) Ductilidade variável – Exposição direta à luz solar.
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MATERIAIS BETUMINOSOS

QUAIS OS TIPOS DE MATERIAIS BETUMINOSOS?


ASFALTO OU CIMENTO ASFÁLTICO

É o material sólido ou semissólido, de cor entre preta e parda-escura,


que ocorre na natureza ou é obtido da destilação do petróleo, no qual
os constituintes predominantes são os betumes.

• CIMENTO ASFÁLTICO NATURAL OU CAN


Não se comercializa mais CAN no Brasil. Os mesmos podem provir de:
- Jazidas de rochas asfálticas - lagos de asfalto

• CIMENTO ASFÁLTICO DE PETRÓLEO OU CAP


É o asfalto obtido como resíduo da destilação do petróleo, bem mais
abundante e barato. Os CAP apresentam teor mais elevado de betume
que os CAN
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MATERIAIS BETUMINOSOS

Possuem características de flexibilidade, durabilidade, aglutinação,


impermeabilização e elevada resistência à ação da maioria dos ácidos, sais e
álcalis.

• A maioria das rodovias no Brasil são de revestimentos asfálticos


• O CAP representa de 25% a 40% do custo da construção do pavimento
• Quase sempre é o único elemento industrializado usado nas camadas do
pavimento

Os CAP são usados como material aglomerante em concretos asfálticos e como matéria-prima
dos mais diversos produtos para impermeabilização e pavimentação.

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MATERIAIS BETUMINOSOS

QUAIS OS TIPOS DE MATERIAIS BETUMINOSOS?

EMULSÕES ASFÁLTICAS

São misturas homogêneas de cimentos asfálticos e água, com uma pequena


quantidade de um agente emulsificador normalmente usado como ajuda no
processo de fabricação.

Resultam compostos de 50 a 70% de CAP, em torno de 1% de emulsificante e o


restante de água.

• Foram desenvolvidos para viabilizar a aplicação do asfalto a frio. Em


pavimentação apenas são usadas as emulsões diretas.
• São alternativa ou complementar ao asfalto, devido a flexibilidade de
aplicação, baixo custo de transporte e de estocagem e adesividade alta com
os agregados úmidos.
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MATERIAIS BETUMINOSOS

QUAIS OS TIPOS DE MATERIAIS BETUMINOSOS?

ALCATRÃO

É o material semissólido ou líquido, resultante da destilação de


materiais orgânicos, tal como hulha, turfa, linhito, lenha, madeira. A
palavra alcatrão é seguida do nome do material do qual é obtido.

Alcatrões modificados

Resultantes da adição de determinadas substâncias, por exemplo


polímeros, aos alcatrões.

Alcatrões com epóxi são usados em tintas industriais ou alcatrões com


elastômeros em mástiques, para calafetações, onde seja preciso
elevada resistência química – tanques de efluentes, lagoas de rejeito,
20
etc.
MATERIAIS BETUMINOSOS

QUAIS OS TIPOS DE MATERIAIS BETUMINOSOS?


PICHE E BREU
Piche é a mistura de apenas 11% a 17% de betume, com muita argila, pedrisco, etc.

COMO É OBTIDO?

Obtido da destilação do alcatrão bruto, mas também pode ser obtido de asfaltos
impróprios para refino. Pode ainda ser refinado, perdendo quase todo o betume e o
resíduo é o breu, sólido à temperatura ordinária e de maior dureza que os outros
betuminosos, mas com boa resistência às intempéries.

SUA UTILIZAÇÃO É VOLTADA PRA QUE?

Para a fabricação de tintas primárias de imprimação, impermeabilizantes ou


anticorrosivas, para madeira, ferro e taludes.
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MATERIAIS BETUMINOSOS

22
MATERIAIS BETUMINOSOS

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PROPRIEDADES E ENSAIOS

DUREZA
Um betuminoso muito duro, provavelmente terá pouca ductilidade e pode
trincar sob baixas temperaturas. Se for de baixa dureza, provavelmente
escorrerá em clima quente.

QUEM NORMALIZA?
A determinação da dureza é normalizada pela ABNT NBR 6576:2007

COMO SE DÁ O ENSAIO?
Representa a medida ou índice de penetração em décimos de mm, de uma
agulha padrão (diâmetro de 1 mm a 1,2 mm), aplicada durante 5 s sobre uma
amostra padronizada a 25°C.

O resultado do ensaio, geralmente é citado como um número sem a unidade


correspondente. 24
PROPRIEDADES E ENSAIOS

PONTO DE AMOLECIMENTO
É uma temperatura de referência para preparo ou utilização dos betuminosos. Em
geral, se situa na faixa de 36°C a 62°C e acompanha a progressão da dureza.

QUEM NORMALIZA?
O ensaio é normalizado pela ABNT NBR 6560:2016.

COMO SE DÁ O ENSAIO?
• A amostra de betuminoso é fundida e moldada em um anel padronizado e
vazado.
• Sobre a amostra de betume moldada no anel, uma bola de aço padronizada é
assentada
• o conjunto é aquecido até que a bola desça de nível e atinja uma placa de
referência, pela deformação do betuminoso contido no anel. 25
PROPRIEDADES E ENSAIOS

VISCOSIDADE

A viscosidade é a resistência oposta por um fluído à deformação sob a ação de uma


força.

QUEM NORMALIZA?
É normatizado pela ABNT NBR 14950, seguindo o ensaio de Saybolt Furol.

COMO SE DÁ O ENSAIO?
O resultado do ensaio é uma medida de tempo em segundos e é, em geral,
acompanhado da sigla SSF – por exemplo, 30 SSF, o que significa 30 s no Saybolt –
Furol.

Uma vez levantada a curva “viscosidade x temperatura” e indicada a viscosidade


SS de aplicação, está definida a temperatura de aplicação do produto.
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PROPRIEDADES E ENSAIOS

DUCTILIDADE
É uma propriedade relacionada à capacidade de deformação sem fissuras.

QUEM NORMALIZA?
A ABNT NBR 6293:2015

COMO SE DÁ O ENSAIO?

Um corpo de prova, em forma de “gravata borboleta”, é tracionado de forma


padronizada (5 cm/s), medindo-se quantos centímetros se estende antes de
romper.

É realizado em um banho aquoso, com densidade próxima à do material a


ser ensaiado, visando a manutenção do nível do fio, que progressivamente,
vai se formando na região central do corpo de prova tracionado.
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PROPRIEDADES E ENSAIOS

PONTO DE FULGOR
O ponto de fulgor de um produto asfáltico representa a temperatura crítica acima da qual é
necessário tomar precauções especiais para afastar o perigo de incêndio durante o seu
aquecimento e manipulação.

QUEM NORMALIZA?
A ABNT NBR ABNT NBR 11341:2014 Versão corrigida: 2015

COMO SE DÁ O ENSAIO?
Se resume em passar uma chama sobre uma amostra padrão, em intervalo de tempo definido,
até haver lampejos provocados pela inflamação dos vapores liberados pela amostra.

Para segurança dos operários envolvidos na aplicação de materiais betuminosos, é


recomendado que a temperatura de aplicação seja sempre bem inferior à temperatura do
ponto de fulgor.
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3
CAL

29
CAL

O QUE É? O QUE É?
Resultante da calcinação de rochas
calcárias, que se apresentam sob É um aglomerante aéreo utilizado
diversas variedades, com em diversos segmentos como:
características resultantes da
natureza da matéria-prima empregada • Construção civil
e do processamento conduzido.
• Siderurgia
E AS IMPUREZAS?
• Metalurgia
• Sílica • Papel e celulose
• Óxidos de ferro e de alumínio • Tratamento de água e efluentes
• Fabricação de vidro
• Açúcar
HÁ OUTRA MATÉRIA-PRIMA? • Tintas e graxas
• Aplicações botânicas,
• Resíduos de esqueletos animais medicinais e veterinárias 30
CAL

DESDE QUANDO É UTILIZADO?

Até a invenção do Cimento Portland em 1824, era o único ligante utilizado


em combinação ou não com pozolanas nas construções expostas às
intempéries.

QUAL A NORMALIZAÇÃO RELACIONADA?

• NBR 6473/2003 -Cal virgem e cal hidratada -Análise química


• NBR 6453/2003 -Cal virgem para construção civil
• NBR 6471/1998 -Cal virgem e cal hidratada -Retirada e preparação de
amostra

31
CAL

COMO SE DÁ O PROCESSO DE
PRODUÇÃO?

• Extração da matéria-prima e britagem


• Seleção da faixa granulométrica ótima
e transporte para o forno

32
CAL

COMO SE DÁ O PROCESSO DE
PRODUÇÃO?

• Calcinação e controle do grau de


calcinação
• Moagem adequada para cada tipo de
hidratador
• Armazenamento da cal virgem
• Hidratação e moagem
• Ensacamento e distribuição para
comercialização.

33
CAL

COMO SE DÁ O PROCESO DE PRODUÇÃO?

34
CAL

CALCINAÇÃO
Após a britagem e classificação da matéria-prima, a cal passa por uma moagem e é
conduzida ao forno de calcinação.

O QUE ACONTECE NA CALCINAÇÃO?


Na calcinação (cozimento) do calcário, as temperaturas chegam a 900°C, decompondo
o carbonato de cálcio (CaCO3) em óxidos de cálcio (Cal virgem) e anidros carbônicos
(CO2).

A CAL JÁ ESTÁ PRONTA?


O produto resultante da calcinação, a cal virgem, deve passar por um processo de
hidratação antes de ser utilizada como aglomerante. 35
CAL

CALCINAÇÃO

36
CAL

CALCINAÇÃO

37
CAL

HIDRATAÇÃO
O processo de hidratação da cal virgem, também conhecido como extinção da cal,
pode ser expresso pela equação seguinte:
TEMPO PARA EXTINÇÃO:

• Pasta obtida da cal em


pedra – 7 a 10 dias
• Pasta obtida de cal
pulverizada – 20 a 24 horas
• Pasta obtida de cal
O QUE SE OBTÉM? magnesiana – duas
semanas
Obtém-se a cal hidratada, que é utilizada como aglomerante na construção civil.

HÁ MAIS ALGUMA REAÇÃO A ACONTECER?


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CAL

HIDRATAÇÃO

39
CAL

HIDRATAÇÃO

40
CAL

RECARBONATAÇÃO

Ocorre endurecimento por reconstituição do carbonato original, cujos cristais ligam de


maneira permanente os grãos de agregados utilizados.

Ocorre na fase de utilização da cal

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TIPOS DE CALES

QUAIS OS TIPOS DE CALES?

CAL HIDRÁULICA

Aglomerante que endurece pela ação da água e foi muito utilizado nas
construções mais antigas, sendo posteriormente substituído pelo Cimento
Portland.
• Possui argila
• Maiores temperaturas
• Propriedades diferentes da cal convencional

CAL VIRGEM
Aglomerante resultante da calcinação de rochas calcárias (CaCO3) numa
temperatura inferior à de fusão do material (850 a 900 °C). 42
TIPOS DE CALES

CLASSIFICAÇÃO DA CAL VIRGEM QUANTO AO RENDIMENTO

COMO CLASSIFICAR?

• CAL GORDA: 1 m³ de cal produz mais de 1,82 m³ de pasta


- Calcários com impurezas > 5%
- Pasta mais seca, grumosa e menos expansiva

• CAL MAGRA: 1 m³ de cal produz menos de 1,82m³ de pasta


- Calcários com impurezas < 5%
- Mais plástica, homogênea e mais expansiva.
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TIPOS DE CALES

QUAIS OS TIPOS DE CALES?


CAL HIDRATADA

Produto manufaturado que sofreu em usina o processo de hidratação. É apresentada como um produto seco,
na forma de um pó branco de elevada finura. Encontrada no mercado geralmente em sacos de 20 kg.

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TIPOS DE CALES

QUAIS OS TIPOS DE CALES?


CAL HIDRATADA

Designada conforme as exigências químicas e físicas pelas seguintes siglas:

NBR6473:2003–Cal
virgem e cal hidratada–
Análise química

45
EMBALAGEM

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PROPRIEDADES DA CAL

RETENÇÃO DE ÁGUA: Evita a perda excessiva da água de


amassamento da argamassa, por sucção, para os blocos ou tijolos. É
uma medida indireta da plasticidade da cal, uma vez que cales
plásticas têm alta capacidade de retenção de água.

Esta propriedade é, também importante por prolongar o tempo no


estado plástico da argamassa fresca, aumentando a produtividade do
pedreiro.

ABNT NBR 9290:1996 Versão Corrigida:1996 - Cal hidrata para


argamassas - Determinação de retenção de água - Método de ensaio
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PROPRIEDADES DA CAL

ABNT NBR 9207:2000 – Cal hidratada


INCORPORAÇÃO DE AREIA: A Propriedade que expressa a para argamassas – Determinação da
facilidade de a pasta de cal hidratada envolver e recobrir os capacidade de incorporação de areia no
grãos do agregado e, consequentemente, unir os mesmos. plastômetro de Voss

Cales com alta plasticidade e alta retenção de água têm maior


capacidade de incorporar areia.

COMO ASSIM?
Comparativamente, o poder de incorporação de areia da cal hidratada é
de 1:3 a 4, enquanto que, no cimento, é de 1:2 a 2,5.

Esta propriedade justifica o emprego das cales na produção de


argamassas.
• Cal hidratada - 1: 3 a 4
• Cimento – 1: 2 a 2,5 48
PROPRIEDADES DA CAL

RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO: O uso da cal hidratada contribui muito


pouco para a resistência à compressão das argamassas.

COMO SE PROCEDEU NAS OBRAS?

Alguns construtores a substituiu pelo Cimento Portland, quando de seu


aparecimento no começo do século

O EFEITO FOI POSITIVO?

Mais tarde, com a ocorrência de falhas nestas construções, verificou-se que a cal
hidratada conferia às argamassas outras propriedades além de aglomerante que
não eram apresentadas pelo Cimento Portland.

49
PROPRIEDADES DA CAL

CAPACIDADE DE ABSORVER DEFORMAÇÕES: Esta


propriedade é conferida à argamassa pela cal ABNT NBR 9289: 2000 – Cal hidratada
hidratada e torna-se de grande importância, quando para argamassas – Determinação da
aplicada em paredes ou lajes muito solicitadas. finura.

DENSIDADE APARENTE: A densidade aparente das


cales varia de 0,3 a 0,65, que corresponde à massa
aparente de 300 a 650 kg/m³.

FINURA: Característica que tem maior influência nas


propriedades de emprego, pois a elevada área
superficial faz a cal ter um papel importante no
estado fresco de suspensões como argamassa.
50
PROPRIEDADES DA CAL

PLASTICIDADE: Propriedade que confere fluidez à argamassa,


facilitando seu espalhamento. As cales magnesianas produzem
argamassas mais plásticas que as cálcicas.

ABNT NBR 9206: 2016 - Cal hidratada para argamassas —


Determinação da plasticidade

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APLICAÇÕES

ONDE EU POSSO USAR?


TINTA À BASE DE CAL (CAIAÇÃO)
Suspensão leite de cal preparada a partir de cal virgem ou hidratada

PARA O QUE É INDICADA?


Superfícies rugosas onde a camada de pintura adere por ancoragem.

QUANDO NÃO É INDICADA?


Para aplicação em superfícies lisas, como gesso, madeiras, metais ou
repintura sobre outras superfícies pintadas.

E A DURABILIDADE?
É sensivelmente reduzida em zonas industriais onde predomina a chuva
ácida, que dissolve a camada de pintura constituída de carbonatos de
cálcio e de magnésio.
52
APLICAÇÕES

ONDE EU POSSO USAR?


ARGAMASSA
• Maior plasticidade (+ Trabalhabilidade/+ Produção)
• Retenção de água
• Absorve deformações (baixo módulo de elasticidade)
• Diminuição da retração (menor variação de volume)
• Carbonatação lenta

- Argamassa A: Argamassa 1:3 (cimento: areia, em volume)


- Argamassa B: Argamassa 1:1/4:3 (cimento: cal:areia, em
volume)

Fotos obtidas com lupa estereoscópica – 20 Vezes


53
APLICAÇÕES

ONDE EU POSSO USAR?


ARGAMASSA
• Maior plasticidade (+ Trabalhabilidade/+ Produção)
• Retenção de água
• Absorve deformações (baixo módulo de
elasticidade)
• Diminuição da retração (menor variação de volume)
• Carbonatação lenta

- Assentamento de blocos ou tijolos cerâmicos


- Chapisco, emboço e reboco

54
APLICAÇÕES

ONDE EU POSSO USAR?

BLOCO SÍLICO-CALCÁRIO)

São fabricados com cal e agregados finos


quartzosos, moldados por compactação e
submetidos à hidratação em autoclave.

Submetidos a temperaturas entre 150°C e


200°C

55
REFERÊNCIAS

• Ambrozewicz, Paulo Henrique Laporte. Materiais de construção: normas, especificações,


aplicação e ensaios de laboratório. Pini. 2012. ISBN: 978-85-7266-264-2.
• Bauer, L. A. Falcão. Materiais de Construção novos materiais para construção civil: concreto,
madeira, cerâmica, metais, plásticos, asfalto. 5.ed.. LTC. 2012. ISBN: 978-85-216-1003-8.
• Bauer, L. A. Falcão. Materiais de Construção novos materiais para construção civil: concreto,
madeira, cerâmica, metais, plásticos, asfalto. 5.ed.. LTC. 2013. ISBN: 978-85-216-1249-0.
• ISAIA, G. C. Materiais de Construção Civil e princípios de ciência e engenharia de materiais,
Vol 1 e 2. IBRACON, São Paulo, 2007.
• PETRUCCI, E. G. R. Materiais de Construção. 11ª. Ed., Rio de Janeiro, 1987. 307p. R-5679. Rio de
Janeiro, 1977.
• MELO, F. I. V. Notas de aula. UFERSA. 2019.

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ATIVIDADE

DATA: 23/06/2020 até 20:30

Relatório de descrição do ensaio pré-determinado

Especificando:

- Introdução (definição e objetivos)


- Especificações da normalização
- Materiais utilizados no experimento
- Desenvolvimento do experimento (resultados e fotos)
- Conclusão

PET 2220 - https://padlet.com/fabiolarocha1/px43xsaxhjlw96j


PAM 1304 - https://padlet.com/fabiolarocha1/si0nniwevja0cq9f
57
ATIVIDADE

1 – Cimento Portland – Determinação do tempo de pega


2 - Cimento Portland e outros materiais em pó – Determinação de
massa específica
3 – Ensaio de dureza – Materiais betuminosos De acordo com o número da
4 - Ensaio de ponto de amolecimento – Materiais betuminosos lista de chamada que está
5 – Ensaio de viscosidade – Materiais betuminosos disponível no Padlet.
6 – Ensaio de ponto de fulgor – Materiais betuminosos
7 – Ensaio de retenção de água – Cal
8 – Ensaio de incorporação de areia – Cal
9 – Ensaio de finura – Cal
10 – Ensaio de plasticidade - Cal 58
ATIVIDADE

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OBRIGADA

Dúvidas?

Fabiola.rocha@ufersa.edu.br

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