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Projeto de Requalificação dos Bairros de Polana Caniço A e B

Relatório IV. Versão final do PLANO PARCIAL DE URBANIZAÇÃO


Regulamento do PPU

Conselho Municipal da Cidade de Maputo

PROJETO de REQUALIFICAÇÃO dos BAIRROS de

POLANA CANIÇO A e B

REGULAMENTO DO PLANO PARCIAL DE URBANIZAÇÃO


RELATÓRIO IV. VERSÃO FINAL DO PPU
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IV – Regulamento do PPU
Projeto de Requalificação dos Bairros de Polana Caniço A e B
Relatório IV. Versão final do PLANO PARCIAL DE URBANIZAÇÃO
Regulamento do PPU

Índice

SECÇÃO I GENERALIDADES .................................................................................... 5


Artigo 1 Definições .................................................................................................. 5
Artigo 2 Enquadramento legal ................................................................................... 8

SECÇÃO II DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................ 8


Artigo 3 Âmbito Territorial ........................................................................................ 8
Artigo 4 Âmbito de Aplicação .................................................................................... 9
Artigo 5 Objectivos gerais do PPU .............................................................................. 9
Artigo 6 Princípios ................................................................................................. 10
Artigo 7 Natureza jurídica ....................................................................................... 10
Artigo 8 Conteúdo geral do PPU .............................................................................. 10
Artigo 9 Conteúdo Documental do PPU ..................................................................... 11

SECÇÃO III ZONAS DE PROTECÇÃO TOTAL OU PARCIAL - SERVIDÕES


ADMINISTRATIVAS E RESTRIÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA ...................................... 12
Artigo 10 Âmbito..................................................................................................... 12
Artigo 11 Objectivos ................................................................................................ 12
Artigo 12 Espaço para Actividade Agrícola .................................................................. 12
Artigo 13 Espaço afecto à estrutura ecológica ............................................................. 13
Artigo 14 Orla marítima ........................................................................................... 13
Artigo 15 Património Arquitectónico e Urbanístico Classificado ...................................... 13
Artigo 16 Área de protecção da rede viária ................................................................. 14
Artigo 17 Via-férrea e zona de protecção ................................................................... 14
Artigo 18 Sistemas de captação e adução de água potável ........................................... 14
Artigo 19 Sistema de drenagem e tratamento de esgotos ............................................ 14
Artigo 20 Linhas de transporte de energia eléctrica ..................................................... 14
Artigo 21 Telecomunicações ..................................................................................... 15
Artigo 22 Gasoduto ................................................................................................. 15
Artigo 23 Zona de protecção do Aeroporto de Maputo .................................................. 15
Artigo 24 Instalações militares .................................................................................. 16

SECÇÃO IV CLASSES E CATEGORIAS DOS ESPAÇOS - USO DOMINANTE DO SOLO ... 17


Artigo 25 Classes de Espaço ..................................................................................... 17
Artigo 26 Categorias das Classes de Espaço ............................................................... 17
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Artigo 27 Áreas de zoneamento ................................................................................ 17


Artigo 28 Articulação das áreas de novo zoneamento e definições ................................. 17

SECÇÃO V ESPAÇOS URBANIZÁVEIS RESIDENCIAIS ............................................. 19


Artigo 29 Caracterização .......................................................................................... 19
Artigo 30 Destino de uso dominante .......................................................................... 19
Artigo 31 Implementação do Plano ............................................................................ 19
Artigo 32 Restrições gerais ....................................................................................... 19
Artigo 33 Condições de incompatibilidade ................................................................... 20
Artigo 34 Índices urbanísticos ................................................................................... 20
Artigo 35 Padrões de ocupação e edificação das áreas de uso residencial ....................... 20
Artigo 36 Condições da edificabilidade ....................................................................... 27
Artigo 37 Condições de incompatibilidade ................................................................... 27

SECÇÃO VI ESPAÇOS DE SISTEMAS GERAIS DE INFRA-ESTRUTURAS ..................... 27


Artigo 38 Jerarquia da rede do viário ......................................................................... 27
Artigo 39 Caraterísticas ad rede do viario ................................................................... 27
Artigo 40 Estacionamento público ............................................................................. 33
Artigo 41 Regime específico de estacionamento público ............................................... 33

SECÇÃO VII ESPAÇO PARA EQUIPAMENTO SOCIAL .................................................. 33


Artigo 42 Caracterização .......................................................................................... 33

SECÇÃO VIII ESPAÇO PARA ATIVIDADES ECONÔMICAS ............................................ 34


Artigo 43 Caracterização .......................................................................................... 34
Artigo 44 Estacionamento privativo ........................................................................... 34
Artigo 45 Espaços Verdes de Utilização Colectiva, Espaços de Equipamento e de Utilização
Colectiva e para Estacionamento Público ....................................................................... 35
Artigo 46 Cargas e descargas ................................................................................... 35
Artigo 47 Geminação ............................................................................................... 35
Artigo 48 Cérceas ................................................................................................... 35
Artigo 49 Alinhamentos ........................................................................................... 36
Artigo 50 Tratamento de espaços exteriores ............................................................... 36

SECÇÃO IX ESPAÇO PARA ACTIVIDADES AGRÍCOLAS ............................................. 37


Artigo 51 Caracterização .......................................................................................... 37
Artigo 52 Edificabilidade em espaços agrícolas complementares .................................... 37
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Artigo 53 Restrições ................................................................................................ 38

SECÇÃO X ALTERAÇÃO, REVISÃO E SUSPENSÃO DO PPU ...................................... 38


Artigo 54 Alteração ................................................................................................. 38
Artigo 55 Revisão .................................................................................................... 38
Artigo 56 Suspensão ............................................................................................... 39

SECÇÃO XI RESPONSABILIDADE ............................................................................ 40


Artigo 57 Princípio geral sobre infracções e sanções .................................................... 40
Artigo 58 Infracções ................................................................................................ 40
Artigo 59 Auto de notícia ......................................................................................... 40
Artigo 60 Pagamento voluntário da multa .................................................................. 41
Artigo 61 Destino dos valores cobrados ..................................................................... 41
Artigo 62 Embargo .................................................................................................. 41
Artigo 63 Demolição de obras contra o PPU e demais instrumentos de ordenamento
territorial de nível inferior ........................................................................................... 41

SECÇÃO XII EXPROPRIAÇÃO POR INTERESSE, NECESSIDADE OU UTILIDADE


PÚBLICA 43
Artigo 64 Expropriação por interesse, necessidade ou utilidade pública .......................... 43
Artigo 65 Processo de expropriação por interesse, Necessidade ou utilidade pública ........ 43

SECÇÃO XIII EFICÁCIA, PUBLICIDADE E MONITORIZAÇÃO ....................................... 44


Artigo 66 Publicação no Boletim da República ............................................................. 44
Artigo 67 Outros meios de publicidade ....................................................................... 44
Artigo 68 Registo e consulta ..................................................................................... 44

SECÇÃO XIV DISPOSIÇÕES FINAIS ........................................................................... 45


Artigo 69 Regulamentação complementar .................................................................. 45
Artigo 70 Compromissos assumidos .......................................................................... 45
Artigo 71 Omissões ................................................................................................. 45

SECÇÃO XV ANEXOS ................................................................................................ 46

Anexo I: Ordenanças gráficas ..................................................................................... 46

Anexo II: Tipologias das secções do viário ................................................................. 47

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REGULAMENTO DO PLANO PARCIAL

DOS BAIRROS DE POLANA CANIÇO A e B DO MUNICÍPIO DE MAPUTO

O Plano Parcial dos bairros de Polana Caniço A e B do município de Maputo é constituído por
orientações e determinações vinculantes expressas em peças desenhadas e escritas e serve como
instrumento regulador e coordenador da ocupação do solo na área da sua responsabilidade.

A sua aplicação concreta deverá ser desenvolvida também em planos de pormenor que indicarão
o pormenor da ocupação, com detalhe, das fracções do seu território.

SECÇÃO I GENERALIDADES

Artigo 1
Definições
Para efeitos do presente Regulamento entende-se por:

1. Alinhamento - linha definida pelas autoridades municipais, que limita uma parcela ou lote de
determinado arruamento público
2. Alteração da edificação existente: obra que por qualquer modo modifica a
compartimentação, a forma ou o uso da construção existente;
3. Altura total das construções: dimensão vertical da construção a partir do ponto da cota
média do terreno no alinhamento da fachada, até ao ponto mais alto da construção, excluindo
acessórios (chaminés, casa das maquinas dos ascensores, depósitos de água, etc.) e
elementos decorativos, mas incluindo a cobertura;
4. Ampliação da edificação existente - obra que pressupõe aumento volumétrico do edifício
existente com ou sem intervenção na parte existente;
5. Área de Intervenção de Plano - área que é objecto de Plano de Urbanização ou de Plano de
Pormenor, que pode abranger uma ou mais categorias de espaços;
6. Área total de construção (ATC) - é o somatório da área bruta de todos os pisos dos
edifícios, acima e abaixo do solo, excluindo as garagens, quando situadas totalmente em cave,
superfícies de serviços técnicos (postos de transformação, central térmica, central de
bombagem) e galerias exteriores públicas, arruamentos ou outros espaços livres de uso
público, cobertos pela edificação;
7. Área total de implantação (ATI) - é o somatório das áreas resultantes da projecção
horizontal de todos os edifícios sobre o terreno, excluindo varandas e platibandas;
8. Área total do terreno (AT) - área global que se considera em qualquer apreciação de
carácter urbanístico e que consta da descrição matricial;
9. Área urbanizável (AU) - área de parte ou da totalidade de terreno a infra-estruturar, ou
susceptível de ocupação para efeitos de construção, excluindo, designadamente, as áreas da
Reserva Agrícola Municipal e da Reserva Ecológica Municipal;
10. Cercéa - dimensão vertical da construção, contada a partir do ponto da cota média do
terreno no alinhamento da fachada até à linha superior do beirado ou platibanda ou guarda do
terraço

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11. Coeficiente de afectação do solo (CAS) - é o quociente entre a área total de implantação e
a área urbanizável;
12. Coeficiente de impermeabilização do solo (CIS) - é o quociente entre a área total de
impermeabilização e a área urbanizável;
13. Coeficiente de ocupação do solo (COS) - é o quociente entre a área total de construção e
a área urbanizável;
14. Densidade bruta - quociente entre o número de fogos, ou habitantes, e a área total do
terreno onde estes se localizam, nela se incluindo os espaços verdes públicos e de utilização
colectiva, infra-estruturas, designadamente arruamentos viários e pedonais, e os espaços
destinados a equipamentos;
15. Edificação - construção que determina um espaço coberto;
16. Equipamentos de utilização colectiva: edificações destinadas a prestar à colectividade
serviços de saúde, educação, religião, assistência social, segurança e protecção civil, à
prestação de serviços de carácter económico como feiras e matadouros, postos de
abastecimento de combustíveis, empreendimentos turísticos e à pratica, pela colectividade, de
actividades culturais, de desporto, recreio e lazer.
17. Espaço histórico-cultural - espaço sujeito a medidas de salvaguarda pelas características
históricas e ou arquitectónicas existentes ou que para o efeito venha a ser classificado pelo
município no âmbito das suas competências próprias e no respeito das disposições legais
aplicáveis;
18. Espaço urbanizado - espaço caracterizado pelo elevado nível de infra-estruturação e
concentração de edificações onde o solo se destina predominantemente à construção;
19. Espaço urbanizável - espaço que poderá vir a adquirir as características dos espaços
urbanos, geralmente designado “área de expansão”;
20. Espaços verdes e de utilização colectiva: são espaços livres, entendidos como espaços
exteriores que se prestam a uma utilização menos condicionada, a comportamentos
espontâneos e a uma estada descontraída por parte da população utente. Incluem,
nomeadamente, jardins, equipamentos desportivos a céu-aberto e praças;
21. Fogo - habitação unifamiliar em edifício isolado ou colectivo, tendo como referência para as
áreas urbanas e urbanizáveis um número mínimo de três habitantes por fogo
22. Implantação máxima - quociente entre a área total de implantação e a área do terreno;
23. Logradouro - área de prédio correspondente à diferença entre a sua área total e a área de
implantação da construção principal;
24. Lote ou talhão - área de terreno, marginada por arruamento, destinada à construção,
resultante de uma operação de loteamento licenciada nos termos da legislação em vigor.
25. Número de pisos - número de pisos acima da cota média do terreno;
26. Obras de reconstrução qualquer obra que consista em realizar de novo, total ou
parcialmente, uma instalação já existente, no local de implantação ocupado por esta e
mantendo, nos aspectos essenciais, a traça original;
27. Obras de alteração - qualquer obram numa instalação existente da qual resulte modificação
da sua traça original, designadamente no que respeita: À natureza ou modo de funcionamento
da sua estrutura resistente; À compartimentação e uso dos espaços;
28. Obra de ampliação - qualquer obra realizada numa instalação existente de que resulte o
aumento de qualquer dos seguintes parâmetros de edificabilidade:
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a. Área de implantação;
b. Área bruta de construção;
c. Cércea ou altura total de construção;
d. Número de pisos, acima e abaixo da cota de soleira.
29. Obras de beneficiação - Obras que têm por fim a melhoria do desempenho de uma
construção, sem alterarem o desenho existente;
30. Obras de restauro - obram especializadas que têm por fim a conservação e consolidação de
uma construção, assim como a preservação ou reposição da totalidade ou de parte da sua
concepção original ou correspondente aos momentos mais significativos da sua história;
31. Obras de reabilitação - obras que têm por fim a recuperação e beneficiação de uma
construção, resolvendo as anomalias construtivas, funcionais, higiénicas e de segurança
acumuladas ao longo dos anos, procedendo a uma modernização que melhore o seu
desempenho até próximo dos actuais níveis de exigência;
32. Obras de remodelação - Obras que têm por fim a alteração funcional de um edifício ou de
parte dele sem alterar as suas características estruturais;
33. Operação de loteamento - toda a acção que tenha por objecto ou por efeito a divisão em
lotes, qualquer que seja a sua dimensão, de um ou vários prédios, desde que pelo menos um
dos lotes se destine imediata ou subsequentemente a construção urbana.
34. Operações urbanísticas - actos jurídicos ou as operações materiais de urbanização, de
edificação ou de utilização do solo e das edificações nele implantadas para fins não
exclusivamente agrícolas, pecuários, florestais, mineiros ou de abastecimento público de água;
35. Ordenamento territorial: conjunto de princípios, directivas e regras que visam garantir a
organização do espaço nacional através de um processo dinâmico, contínuo, flexível e
participativo na busca do equilíbrio entre o homem, o meio físico e os recursos naturais, com
vista à promoção do desenvolvimento sustentável;
36. Perímetro urbano - conjunto dos espaços urbanos, dos espaços urbanizáveis e dos espaços
industriais;
37. Plano de Pormenor: instrumento de ordenamento do território que define com pormenor a
tipologia de ocupação de qualquer área específica do centro urbano, estabelecendo a
concepção do espaço urbano, dispondo sobre usos do solo e condições gerais de edificações, o
traçado das vias de circulação, as características das redes de infra-estruturas e serviços, quer
para novas áreas ou para áreas existentes, caracterizando as fachadas dos edifícios e arranjos
dos espaços livres;
38. Plano Geral e Plano Parcial de Urbanização: instrumentos de ordenamento do território
que estabelece a estrutura e qualificam o solo urbano, tendo em consideração o equilíbrio
entre os diversos usos e funções urbanas, definem as redes de transporte, comunicações,
energia e saneamento, os equipamentos sociais, com especial atenção às zonas de ocupação
espontânea como base sócio-espacial para a elaboração do plano;
39. Plano de Estrutura Urbana: instrumento de ordenamento do território que estabelecem a
organização espacial da totalidade do território do município ou povoação, os parâmetros e as
normas para a sua utilização, tendo em conta a ocupação actual, as infra-estruturas e os
equipamentos sociais existentes e a implantar e a sua integração na estrutura espacial
regional.

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40. Profundidade dos edifícios: É a distância compreendida entre o plano da fachada principal
ou anterior e o plano da fachada de trás ou posterior, considerada acima do nível do solo.
41. Reabilitação urbana - processo de intervenção de extensão variável visando um conjunto de
trabalhos de modo a dotar um local, um imóvel ou um bairro, de características que o tomem
adequado à vida quotidiana, sendo essencialmente associado ao melhoramento da habitação e
assentando no pressuposto da manutenção das características arquitectónicas do edifício;
42. Superfície do pavimento - soma das superfícies brutas de todos os pisos (incluindo acessos
verticais e horizontais) acima e abaixo do solo de edifícios construídos ou a construir.
Excluem-se da superfície de pavimento atribuída pela aplicação do índice de construção as
seguintes situações:
a. Terraços descobertos,
b. Varandas,
c. Garagens para estacionamento,
d. Serviços técnicos de apoio aos edifícios, tais como postos de transformação, centrais de
emergência, caldeiras, ar condicionado, bombagem de água e esgotos, etc.,
e. Galerias e escadas exteriores comuns,
f. Arruamentos ou espaços livres de uso publico cobertos pela edificação,
g. Sótãos não habitáveis;
43. Terminais - Instalações terminus de determinado modo de transporte, correspondendo ao
ponto de início e de fim de serviços de transporte proporcionados pelo modo em causa.

Artigo 2 Enquadramento legal

A elaboração dos Planos Gerais e Parciais de Urbanização, regem-se pelo disposto na Lei de
Ordenamento Territorial n.º 19/2007, de 18 de Julho de., e pelo Regulamento da mesma Lei
aprovada pelo Conselho de Ministros da Republica de Moçambique. Vincula-se também ao
disposto na Lei 11/97 de 31 de Maio artigo 24 nos 2,3 do Pacote autárquico e da Resolução no 29
/AM/203 de Julho de 2003, Capítulo III referente ao Planos de Desenvolvimento e domínio Público
no seu artigo 12 número 1 alínea a) que confere as autarquias a competência de elaborar e
aprovar os planos de desenvolvimento da autarquia local, planos de ordenamento do território ou
dos planos de estrutura, gerais e parciais de urbanização e dos planos de pormenor.

SECÇÃO II DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 3
Âmbito Territorial
O presente PPU abrange toda a área correspondente limites administrativos dos barrios de Polana
Caniço A e B do Distrito Municipal KaMaxakeni, no Municipio de Maputo, que são objeto do Projeto
de Requalificação dos bairros de Polana Caniço A e B promovido pelo Conselho Municipal.

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Artigo 4
Âmbito de Aplicação
1. O presente Regulamento estabelece os princípios e as regras a que deve obedecer a ocupação,
uso e transformação do solo na área abrangida pelo PPU do âmbito definido no artigo 2.

2. A elaboração, apreciação e aprovação de qualquer plano de pormenores, instrumento de


planeamento urbanístico, programa ou projeto, bem como o licenciamento de qualquer obra
ou operação de loteamento urbano que implique a ocupação, uso ou transformação do solo na
área abrangida pelo PPU, fica sujeita à disciplina nele prevista, sem prejuízo do que se
encontra estabelecido na legislação nacional.

3. O presente Regulamento é indissociável da planta de ordenamento (planta do uso do solo) e


da planta de condicionantes, que constituem os elementos fundamentais do PPU.

Artigo 5
Objectivos gerais do PPU

Segundo o Regulamento da Lei de Ordenamento Territorial no seu artigo 43, são objectivos do
Plano Parcial de Urbanização os seguintes:

a) Materialização dos princípios e parâmetros definidos pelos Planos de Estrutura Urbana,


abrangendo escalas e domínios territoriais diversos;
b) Determinação da evolução demográfica da população da autarquia local e os modelos
de ocupação do espaço urbano correspondentes;
c) Identificação das reservas de espaço para uso público;
d) Determinação da dimensão e a reflexão sobre o esquema geométrico da subdivisão do
solo urbano para os diversos usos;
e) A identificação das áreas com valores paisagísticos excepcionais, ou que façam parte do
património cultural a conservar, e os princípios a observar para o planeamento das
áreas adjacentes cujo desenvolvimento possa afectar a conservação daqueles valores;
f) A identificação das zonas urbanas a requalificar, dentro do princípio do respeito pela
ocupação existente e da sua progressiva integração no tecido urbano planificado com
infra-estruturas e serviços urbanos essenciais;
g) O delineamento da estrutura viária geral e local, incluindo os princípios de separação de
sistemas de tráfego, onde e como aplicáveis.
h) A localização das vias-férreas, linhas de alta tensão, aquedutos, sistemas de drenagem
de águas superficiais e de águas usadas e de todo e qualquer outro sistema ou
infraestrutura para uso público e interesse colectivo;
i) A estrutura e os princípios específicos a usar para a progressiva pedonalização do
tecido urbano nos centros de actividade multifuncional e nas zonas residenciais;
j) Os indicadores quantitativos e qualitativos e os parâmetros urbanísticos a utilizar para
cada uma das categorias de espaço urbano.

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Artigo 6
Princípios
Constituem princípios do PPU, entre outros previstos na Legislação geral:

a) Princípio da sustentabilidade e valorização do espaço físico, assegurando a transmissão às


futuras gerações de um território e espaço edificado, e devidamente ordenado;
b) Princípio da participação pública e consciencialização dos cidadãos, através do acesso à
informação, permitindo a sua intervenção nos procedimentos de elaboração, execução,
avaliação, bem como na revisão dos instrumentos de ordenamento territorial;
c) Princípio da igualdade no acesso à terra e aos recursos naturais, infra-estruturas,
equipamentos sociais e serviços públicos por parte dos cidadãos, quer nas zonas urbanas quer
nas zonas rurais;
d) Princípio da precaução, com base no qual a elaboração, execução e alteração dos instrumentos
de gestão territorial deve priorizar o estabelecimento de sistemas de prevenção de actos
lesivos ao ambiente, de modo a evitar a ocorrência de impactos ambientais negativos,
significativos ou irreversíveis, independentemente da existência da certeza cientifica sobre a
ocorrência de tais impactos;
e) Princípio da segurança jurídica como garantia de que na elaboração, alteração e execução dos
instrumentos de ordenamento e gestão territorial sejam sempre respeitados os direitos
fundamentais dos cidadãos e as relações jurídicas validamente constituídas, promovendo-se a
estabilidade e a observância dos regimes legais instituídos;

Artigo 7
Natureza jurídica
O PPU tem a natureza jurídica de regulamento administrativo.

Artigo 8
Conteúdo geral do PPU
Constituem elementos integrantes do Plano Parcial de Urbanização do âmbito do projeto de
requalificação dos bairros de Polana Caniço A e B os seguintes:

a) A definição das formas e regras de ocupação do solo,


b) Os princípios e regras de ordenamento do território na sua área de abrangência geográfica;
c) A caracterização biofísica, geográfica e da estrutura ecológica do território autárquico;
d) A caracterização demográfica e a estrutura da ocupação humana do território da
autarquia;
e) A descrição das actividades económicas, sociais e culturais na autarquia, e a sua dinâmica
de crescimento;
f) A caracterização particularizada da paisagem e a definição geográfica detalhada das zonas
destinadas à implantação de actividades industriais poluentes e ou incompatíveis com
outras funções e usos do espaço urbano;
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g) A identificação das zonas de protecção ambiental e, no geral, das áreas de importância


ecológica;
h) A definição da rede de estradas e a distribuição dos equipamentos;
i) As necessidades financeiras e para as acções de desenvolvimento projectadas.
j) Cartas e esquemas gráficos que traduzem o seu conteúdo.

Artigo 9
Conteúdo Documental do PPU
De acordo com o Regulamento da Lei de Ordenamento Territorial o Plano Parcial de Urbanização é
constituído pelos seguintes documentos fundamentais:

1)Regulamento do Plano Parcial de Urbanização

2)Planta de Zoneamento, podendo ser desagregada nas seguintes plantas:

 Planta de Qualificação do Solo (escala 1:5.000 o 1:10.000)

 Planta de Mobilidade e Acessibilidade (escala 1:5.000 o 1:10.000)

3)Planta de Condicionantes

A escala 1:5.000 o 1:10.000.

O Plano de Urbanização é acompanhado por:

a. Enquadramento territorial da zona de intervenção

b. Caracterização geral da situação atual da zona de intervenção

c. Relatório de Fundamentação das opções tomadas

Podem ser documentos complementários do Plano de Urbanização os seguintes:

•Estudos específicos de caracterização e avaliação

•Extratos do Regulamento, das Plantas de Ordenamento ou Zoneamento e de


Condicionantes dos Instrumentos de Gestão Territorial em vigor na área de
intervenção do plano se os houver;

•Plantas contendo os elementos técnicos definidores da modelação do terreno, cotas


mestras, volumetrias, perfis longitudinais e transversais dos arruamentos e traçados
das infra-estruturas e equipamentos urbanos;

•Participações recebidas em sede de audição e discussão pública e respectivo


relatório de ponderação.

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SECÇÃO III ZONAS DE PROTECÇÃO TOTAL OU PARCIAL - SERVIDÕES ADMINISTRATIVAS E


RESTRIÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA

Artigo 10
Âmbito
1. No âmbito da elaboração do PPU foram identificadas as zonas de protecção total ou parcial,
servidões administrativas e restrições de utilidade pública que constam na Planta de
Condicionantes.

2. Regem-se pelo disposto no presente título e legislação aplicável, o uso dos solos seguidamente
identificadas:

a) Espaço para actividade agrícola;


b) Espaços afectos à estrutura ecológica do Município;
c) A faixa da orla marítima
d) Património Arquitectónico e Urbanístico;
e) Zonas de segurança e protecção de elementos, equipamentos e instalações especiais

3. As zonas de protecção total ou parcial, referidas no número anterior, constam da Planta de


Condicionantes.

Os elementos acima constam na planta de condicionantes do PPU.

Artigo 11
Objectivos
As zonas de protecção especial, as servidões e restrições de utilidade pública referidas nos
números anteriores, têm como objectivo:

a) A segurança dos cidadãos;


b) O funcionamento e ampliação das infra-estruturas e equipamentos;
c) O enquadramento e defesa do património cultural e ambiental;
d) A execução de infra-estruturas programadas ou já em fase de projecto.

Artigo 12
Espaço para Actividade Agrícola
1. O espaço para actividades agrícolas é composto pelas áreas delimitadas no perímetro do
Município de Maputo, constantes nas Plantas de Ordenamento e de Condicionantes que, em

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virtude das suas características morfológicas, climatéricas e sociais, apresentam evidentes


potencialidades para a produção de bens agrícolas.

2. Os solos integrados neste espaço são exclusivamente dedicados à agricultura. No entanto


podem ser realizadas algumas acções designadamente obras hidráulicas, vias de comunicação
e acessos, construção de edifícios, aterros e escavações, para servirem a actividade principal.

3. Na elaboração do PPU considerou-se importante preservar e proteger estas áreas que não só
contribuem para a produção alimentar como também para o equilíbrio ecológico da cidade.

Artigo 13
Espaço afecto à estrutura ecológica
1. O espaço afecto à estrutura ecológica, constitui uma estrutura biofísica básica e diversificada,
que visa garantir a protecção dos ecossistemas e a permanência e intensificação dos processos
biológicos indispensáveis ao enquadramento equilibrado das actividades humanas.
2. O espaço afecto à estrutura ecológica no Município de Maputo abrange as seguintes zonas:
a) Zonas ribeirinhas, águas interiores e áreas de infiltração máxima, que integram os
leitos dos cursos de água, áreas ameaçadas pelas cheias, as cabeceiras de linhas de
água e as áreas de máxima infiltração;
b) Zonas declivosas, que integram áreas com risco de erosão;
c) Verde Arborizado de Protecção.
d) Verde Urbano de Recreio (Parques e Jardins)
3. Estas áreas constituem sistemas naturais de elevado valor ecológico, sendo o seu estatuto de
uso e ocupação definido na lei.

Artigo 14
Orla marítima
A faixa da orla marítima e no contorno de ilhas, baías delimitada nos termos do artigo 5 do
Decreto 66/98 de 8 de Setembro que regulamenta a Lei de Terras para até 100 metros para o
interior do território, medida da linha das máximas preia-mares

Artigo 15
Património Arquitectónico e Urbanístico Classificado
O Património Arquitectónico e Urbanístico classificado no Município de Maputo são constituídos por
lugares e imóveis protegidos, determinados pela legislação em vigor.

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Regulamento do PPU

Artigo 16
Área de protecção da rede viária
Em relação à rede viária aplicam-se as seguintes regras:

a) Itinerário que consta do plano rodoviário nacional - Aplica-se designadamente o disposto


na legislação aplicável;
b) Rede municipal classificada - Aplica-se o disposto na legislação municipal em vigor;
c) Rede municipal não classificada – Abrange toda a rede de estradas e caminhos públicos
que desempenhem funções equivalentes às dos caminhos municipais, aplicando-se-lhe a
disciplina da legislação municipal vigente.

Artigo 17
Via-férrea e zona de protecção
As linhas férreas e respectivas estações e a faixa de terreno de 50 metros confinante, delimitada
nos termos do, art. 6 do Decreto 66/98 do Conselho de Ministros, de 8 de Setembro que
regulamenta a Lei de Terras, constitui zona de protecção parcial.

Artigo 18
Sistemas de captação e adução de água potável
Tendo em vista a observância dos condicionalismos legais, é definida a localização das captações
de água e das linhas adutoras para abastecimento público, conforme se encontra assinalado na
Planta de Condicionantes.

Artigo 19
Sistema de drenagem e tratamento de esgotos
Para efeito de observância dos condicionalismos legais, é definido o traçado dos emissários de
esgoto e estações de tratamento de águas residuais, conforme se encontra assinalado na Planta
de Condicionantes.

Artigo 20
Linhas de transporte de energia eléctrica
1. Os terrenos atravessados por linhas de alta tensão, bem como os edifícios de apoio, ficam
sujeitos ao regime de servidão administrativa nos termos da legislação aplicável.
2. A zona de protecção de linhas eléctricas constitui uma restrição de utilidade pública nos
termos da legislação aplicável.

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Artigo 21
Telecomunicações
A servidão de telecomunicações é condicionante da construção nas seguintes áreas:

a) Zona de libertação primária, constituída por faixas que circundam imediatamente os limites
dos centros até à distância máxima de 500 m;
b) Zona de libertação secundária, constituída por áreas que circundam as áreas primárias e
cuja distância aos limites dos respectivos centros não pode exceder 4.000 m;
c) Zona de desobstrução, constituída por faixas com a largura máxima de 100 m e que têm
por eixo a linha que une dois centros de telecomunicações.

Artigo 22
Gasoduto
1. Para efeitos de observância dos condicionalismos legais, é definido o traçado do gasoduto,
assinalado na Planta de Condicionantes.
2. Os titulares ou ocupantes dos terrenos utilizados para o estabelecimento do gasoduto e dos
edifícios de apoio ficam sujeitos à imposição de servidões permanentes de passagem,
designadamente:
a) O terreno não poderá ser arado nem cavado a uma profundidade superior a 50 cm numa
faixa de 2 metros para cada lado do eixo longitudinal do gasoduto. É proibida a plantação
de árvores ou arbustos numa faixa de 5 metros para cada lado do eixo longitudinal do
gasoduto;
b) É proibida a construção de qualquer tipo, mesmo provisória, numa faixa de 10 metros para
cada lado do eixo longitudinal do gasoduto;
c) Através da faixa de 4 metros a que se refere a alínea a) terão livre acesso o pessoal e o
equipamento necessário à instalação, vigilância, manutenção, reparação e renovação do
equipamento instalado;
d) O eixo dos gasodutos deve ser assinalado no terreno pelas formas estabelecidas no
regulamento de segurança.
3. São ainda aplicadas servidões relativas aos cabos eléctricos de ligação e elementos de
protecção catódica.

Artigo 23
Zona de protecção do Aeroporto de Maputo
A zona de protecção do Aeroporto de Maputo obedece à demarcação proposta pela Empresa
Aeroportos de Moçambique.

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Artigo 24
Instalações militares
As zonas de protecção parcial constituídas por instalações militares e outras instalações de defesa
e segurança do Estado e a faixa de terreno de 100 metros confinante constituem uma restrição de
utilidade pública nos termos art. 6, alínea g) do Decreto 66/98 do Conselho de Ministros, de 8 de
Setembro que regulamenta a Lei de Terras.

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SECÇÃO IV
CLASSES E CATEGORIAS DOS ESPAÇOS - USO DOMINANTE DO SOLO

Artigo 25
Classes de Espaço
As Classes de solo no âmbito do PPU são as estabelecida no PEUMM, sendo predominante a classe
do Espaço Urbanizável.

Artigo 26
Categorias das Classes de Espaço
As categorias da classe de espaço do PPU são as estabelecidas no PEUMM, sendo o espaço
urbanizável composto por:

a) Área Residencial Planificada (Formalmente Demarcada);

Artigo 27Áreas de zoneamento


O âmbito de ordenação do PPU é composto pelas seguintes áreas de zoneamento:

1) Áreas consolidadas/ programadas

São as áreas já transformadas onde já existem planes e/o projetos aprovados de


transformação no momento de redação do PPU.

2) Áreas de novo zoneamento

São as áreas onde se aplicam as determinações do PPU.

Artigo 28 Articulação das áreas de novo zoneamento e definições


As áreas de novo zoneamento são integradas por:

1) Áreas Lucrativas: são definidas como áreas lucrativas do PPU as áreas de prevalente
uso residencial e as áreas de atividades econômicas. Nelas são compreendidas as
seguintes tipologias:

 Residencial máx. 8 andares com uso comercial permitido

 Residencial máx. 4 andares com uso comercial permitido

 Quarteirões residenciais

 Módulos residenciais

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 Áreas de atividades económicas

2) Áreas de Sistemas gerais.

As áreas de sistemas gerais são as reservadas pela construção e manutenção das infraestruturas.
Incluem:

 Rede do viário

 Grandes manchas de solo reservadas para as instalações das redes de infraestruturas

3) Áreas de Equipamentos.

As áreas de equipamento incluem:

 Equipamentos privados

 Campo de golfe

 Equipamento público

 Equipamento público de transporte

4) Áreas de Espaços livres.

As áreas de espaços livres incluem:

 Espaços livres

 Áreas de recuperação do mangal

 Áreas agrícolas

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SECÇÃO V
ESPAÇOS URBANIZÁVEIS RESIDENCIAIS

Artigo 29
Caracterização
São áreas estrategicamente localizadas, com capacidade construtiva, capazes de assegurar a
expansão urbana a curto e a médio prazo, e que correspondem geralmente à evolução dos
espaços urbanos já consolidados.

Artigo 30
Destino de uso dominante
As áreas englobadas nos espaços urbanizáveis destinam-se à localização predominante de
actividades residenciais, complementadas com outras actividades, nomeadamente comerciais, de
equipamento, de serviços e industriais ou armazenagem, desde que não criem condições de
incompatibilidade com a função residencial.

Artigo 31
Implementação do Plano
1. A implementação do PPU nos espaços urbanizáveis processar-se-á mediante a elaboração e
aprovação de Planos de Pormenor ou de operações de loteamento, de iniciativa pública ou
privada e da execução das obras de urbanização necessárias, ou ainda de projectos de
construção em terrenos reunindo condições para o efeito.
2. Nas áreas a ocupar por edifícios habitacionais, os Planos de Urbanização ou de Pormenor que
venham a ser elaborados devem destinar 75% da mesma à habitação multifamiliar e 25% a
habitação unifamiliar.
3. Nas áreas destinadas a habitação, 60% da mesma deve ser destinada a construção de
habitação social.
4. Os índices estabelecidos no PPU para as diversas classes, zonas e tipologias de espaços serão
respeitados nos Planos de Pormenor ou operações de loteamento a elaborar.

Artigo 32
Restrições gerais

1. Nos espaços urbanizáveis é interdita a instalação de parques de sucata, depósitos de resíduos


sólidos, depósitos de produtos explosivos, de produtos inflamáveis por grosso e de veículos
obsoletos, danificados ou abandonados.

2. Exceptuam-se do disposto no número anterior os postos de abastecimento de combustíveis,


desde que cumpram a legislação aplicável em vigor.

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Regulamento do PPU

Artigo 33
Condições de incompatibilidade
Consideram-se condições de incompatibilidade com a actividade residencial as referidas para os
espaços urbanizados do Regulamento do PEUMM.

Artigo 34
Índices urbanísticos
Os índices urbanísticos do PPU são diferenciados em função das tipologias de uso do solo e
densidade objetivo. Os parâmetros máximos aplicáveis são os detalhados na seguinte tabela:

PARÂMETROS

TIPOLOGIAS DE USO DO SOLO DENSIDADES


(LUCRATIVO) (habitações/ha)
CAS COS CIS

Residencial com uso comercial ALTA (SUP. 60


permitido hab./ha)

(max.8 andares) 0,33 2,6 0,4

Residencial com uso comercial 0,31 1,23 0,5 ALTA (SUP. 60


permitido hab./ha)

(max. 4 andares)

Residencial 0,28 0,9 0,5 MEDIA (20-60


hab./ha)
Quarteirões residenciais

Atividades econômicas 0,4 3,10 0,5

Artigo 35
Padrões de ocupação e edificação das áreas de uso residencial
Nas seguintes figuras são detalhadas as ordenanças gráficas que regulam a ocupação das áreas
de ordenação de uso residencial e dos talhões nelas compreendidos. A mesma informação gráfica
inclui-se no ANEXO I do Regulamento do PPU. Para todos os elementos não especificados nas
ordenanças gráficas aplicam-se as regras de edificação especificadas no artigo 32 do regulamento
do PEUMM.

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a) Padrões de ocupação e edificação nas áreas residenciais tipologia “Módulos”

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b) Padrões de ocupação e edificação nas áreas residenciais de tipologia “Quarteirões”

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c) Padrões de ocupação e edificação nas áreas residenciais de tipologia max. 4 andares (habitações em
altura)

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d) Padrões de ocupação e edificação nas áreas residenciais de tipologia max. 8 andares (grandes eixos)

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Artigo 36
Condições da edificabilidade
As construções a implantar em espaços urbanizáveis, independentemente do disposto na lei geral,
deverão obedecer ao regime previsto nas Normas de Edificação do presente Plano.

Artigo 37
Condições de incompatibilidade
1. Sem prejuízo das restrições decorrentes da legislação geral, constitui fundamento
determinante de incompatibilidade qualquer forma de utilização, incluindo a existente, não
previamente autorizada por acto expresso do Conselho Municipal, que prejudique a qualidade
da função habitacional, através da ocorrência dos seguintes motivos:
a) Dê lugar a ruídos, cheiros, fumos, resíduos ou quaisquer outros incómodos.
b) Perturbe as condições de trânsito automóvel ou pedonal, quer pelo volume de tráfego
gerado, quer por acções de acesso, estacionamento, cargas ou descargas, assim como pela
excessiva concentração de actividades que acarrete.
c) Constitua risco de incêndio, toxicidade ou explosão, comprometendo a segurança de
pessoas e bens.
2. Poderá ser inviabilizada a ampliação de instalações de qualquer actividade que não respeite as
condições mencionadas no n.º 1, e são proibidas quaisquer obras susceptíveis de assegurar a
sua permanência no local.

SECÇÃO VI ESPAÇOS DE SISTEMAS GERAIS DE INFRA-ESTRUTURAS

Artigo 38
Jerarquia da rede do viário
A jerarquia da rede do viário do PPU articula-se em 4 níveis:

Vias principais: são os principais eixos de conexão do âmbito do PPU com o resto da cidade

Vias secundarias: são os principais eixos de articulação interna do âmbito do PPU

Vias terciarias: formam a rede que daí acessibilidade aos quarteirões do âmbito do PPU

Vias locais: formam a rede de proximidade do âmbito do PPU que tem que assegura a todas as
habitações do âmbito condições de acessibilidade motorizada a uma distancia máxima de 80
metros.

Artigo 39 Caraterísticas ad rede do viario


No âmbito do PPU por cada tipologia de via são estabelecidas as seguintes dimensoes mínimas:

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Regulamento do PPU

Jerarquia do Largura total Largura máxima e mínima da Largura máxima


viário faixa de rodagem (m.) e mínima do
passeio (m.)

Via principal 30 19 - 14 6-2


Via secundaria 15 7 3 – 2,5
Via terciaria 15 - 12 7-6 2,75 - 2
Via local 10 - 4 6-0 6-2

Nas seguintes figuras são detalhados exemplos das secções-tipo dos 4 níveis de jerarquia do
viário. A mesma informação gráfica inclui-se no ANEXO II do Regulamento do PPU.

Vias principais:

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Vias secundarias:

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Vias Terciarias:

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Vias locais:

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Artigo 40
Estacionamento público
Sem prejuízo da observância das regras a que deve obedecer o estacionamento privativo,
definidas no artigo 33 do PEUMM, cada operação de loteamento urbano ou de obras de
urbanização ou de edificação deverá dispor de estacionamento público necessário à sua
actividade, obedecendo às seguintes condições mínimas:

a) 1 lugar de estacionamento por cada 50 m² de área bruta de construção destinada a


comércio, serviços e estabelecimentos de restauração e bebidas;
b) 1 lugar de estacionamento por cada 150 m² de área bruta de construção destinada a
unidades de carácter industrial ou armazéns.

Os lugares de estacionamento público serão localizados nas secções da rede viária de acordo com
as tipologias de secção detalhadas no artigo 38 do presente regulamento.

A localização de espaços supletórios para a localização de lugares de estacionamento público


poderá ser detalhada nos planos de pormenor que sejam desenvolvidos para a implementação do
PPU.

Artigo 41
Regime específico de estacionamento público
As regras para criação de um regime específico de espaço para estacionamento público relativas a
estabelecimentos de comércio, serviços ou equipamentos de dimensão relevante ou dos que, pela
natureza da sua actividade impliquem uma oferta de estacionamento público especial, serão
definidas no âmbito do processo de licenciamento previsto em lei especial ou da respectiva obra,
conforme os casos.

SECÇÃO VII
ESPAÇO PARA EQUIPAMENTO SOCIAL

Artigo 42 Caracterização
1. Os espaços urbanizáveis, regulados anteriormente, compreendem categorias de espaços para
equipamento social, caracterizadas como áreas existentes e previstas de dimensão relevante,
para utilização colectiva, de iniciativa pública, destinadas a apoio educacional, religioso,
desportivo, cultural e recreativo, turístico, social, de carácter sanitário, de segurança, e de
protecção civil.
2. Os espaços de equipamento social são detalhados na planta de uso do solo do PPU com a
caraterização de equipamento publico.

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3. Os standards para equipamento social de bairro e de unidade são os especificados no


regulamento do PEUMM.

SECÇÃO VIII
ESPAÇO PARA ATIVIDADES ECONÔMICAS

Artigo 43
Caracterização
1. São áreas não residênciais vocacionadas para a instalação das seguintes tipologias de
atividades económicas:

a) produção industrial de baixo impacto;


b) armazenagem e outras atividades logísticas;
c) comercio (grandes superfícies);
d) terciarias (escritórios).

2. Os usos permitidos deverão ser compatíveis com a proximidade de áreas residenciais, ficando
proibidos os que prejudiquem a qualidade e seguridade da função habitacional, através da
ocorrência dos seguintes motivos:

a) Geração de ruídos, cheiros, fumos, resíduos ou quaisquer outros incómodos com níveis
superiores aos admitidos pela lei dentro duma área urbana;
b) Perturbação constante das condições de trânsito automóvel ou pedonal, quer pelo
volume de tráfego gerado, quer por acções de acesso, estacionamento, cargas ou
descargas, assim como pela excessiva concentração de actividades;
c) Constituição de riscos de incêndio, toxicidade ou explosão, comprometendo a segurança
de pessoas e bens.

Artigo 44
Estacionamento privativo
Cada lote ou fracção destinada a atividade económica deverá, dentro dos seus limites, garantir o
número de lugares de estacionamento suficiente para responder às suas próprias necessidades,
no mínimo de 1 lugar de estacionamento por cada 200 m² de área bruta de construção.

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Artigo 45
Espaços Verdes de Utilização Colectiva, Espaços de Equipamento e de Utilização
Colectiva e para Estacionamento Público
As áreas a ceder nos espaços de atividades económicas devem obedecer aos seguintes
parâmetros:

A ceder por área bruta de construção destinada a indústria e armazéns

Estacionamento público 1 lugar por cada 150 m²

Espaços verdes 15 m² a ceder por cada 200 m²

Equipamentos de utilização colectiva 10 m² por cada 200 m²

Artigo 46
Cargas e descargas
Não serão permitidas operações de carga e descarga na via pública, pelo que cada lote deverá
dispor, dentro dos seus limites, de espaço destinado a esse fim.

Artigo 47
Geminação
A geminação de edifícios industriais será apenas permitida quando a fachada conjunta resultante
não exceder os 100 m.

Artigo 48
Cérceas
1. A cércea máxima permitida será de 7 m a contar do nível da soleira e medida no seu ponto
mais desfavorável.
2. Exceptuam-se as construções especiais devidamente justificadas pelas suas condições de
laboração.

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Regulamento do PPU

Artigo 49
Alinhamentos
1. A implantação das construções deverá assegurar um afastamento à faixa de rodagem, de
acesso principal, de pelo menos 10 m.
2. Sem prejuízo da obrigatoriedade do cumprimento dos afastamentos impostos pela
regulamentação específica aplicável ou conforme as imposições legais relativas à rede viária,
admite-se afastamentos menores desde que não exista inconveniente urbanístico.

Artigo 50
Tratamento de espaços exteriores
O processo de licenciamento incluirá obrigatoriamente estudo de tratamento do espaço exterior
do lote, indicando claramente os locais de acesso, cargas e descargas, estacionamento, depósito
ao ar livre e áreas de arborização.

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SECÇÃO IX
ESPAÇO PARA ACTIVIDADES AGRÍCOLAS

Artigo 51
Caracterização
O espaço para actividade agrícola possui características agrícolas, e, como tal, destinam-se
preponderantemente a esta actividade.

Artigo 52
Edificabilidade em espaços agrícolas complementares
1. A edificabilidade em solos integrados nesta categoria de espaços só é permitida desde que
devidamente justificada, sendo garantidas as condições ambientais e paisagísticas de
integração na envolvente e desde que se destinem aos seguintes fins:
a) Apoio agrícola da exploração;
b) Apoio habitacional do proprietário ou responsável da exploração;
c) Vias de comunicação, equipamentos e infra-estruturas de interesse público;
d) Apoio à transformação, embalagem ou comercialização dos produtos agrícolas da
respectiva exploração;
e) Equipamentos de iniciativa privada destinados à instalação de unidades hoteleiras ou
similares de hotelaria;
f) Ampliação de construções existentes, desde que se destinem a apoio agrícola da
exploração;
g) Ampliação ou remodelação das construções existentes, quando se destinem a habitação
própria e exclusiva do proprietário ou responsável da exploração;
2. Na aplicação do disposto no n.º 1 deste, com excepção da alínea c), não são permitidas
situações que conduzam ao fraccionamento da propriedade, excepto existindo prévia
autorização das entidades com jurisdição na matéria.
3. A implantação das construções previstas nas alíneas b), d) e e) do n.º 1 deste é condicionada
pelas seguintes restrições:
a) A propriedade agrícola deverá ter uma dimensão mínima de 10 000 m²;
b) Estejam garantidas as infra-estruturas básicas, nomeadamente abastecimento de água,
electricidade e acesso viário.

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Artigo 53
Restrições
Nos espaços agrícolas são proibidas, sem prévia licença do Conselho Municipal, todas as práticas
de destruição do revestimento vegetal, que não tenham fins agrícolas, bem como movimentações
de terras que alterem o relevo natural e as camadas superficiais do solo.

SECÇÃO X
ALTERAÇÃO, REVISÃO E SUSPENSÃO DO PPU

Artigo 54
Alteração
1. A alteração do PPU e demais instrumentos de ordenamento territorial de nível inferior só pode
ser feita como consequência dos seguintes factores:

a) Aprovação e entrada em vigor de leis que colidam com as respectivas disposições ou que
estabeleçam qualquer tipo de restrição ou servidão de utilidade pública.
b) Situações manifestamente excepcionais, como calamidade pública, alteração substancial
das condições jurídico-administrativas, económicas, sociais, culturais e ambientais que
fundamentaram a elaboração destes.
2. O PPU e demais instrumentos de ordenamento territorial de nível inferior só pode ser objecto
de alteração uma vez decorridos cinco anos após a respectiva entrada em vigor.
3. A alteração do PPU e demais instrumentos de ordenamento territorial de nível inferior segue,
com as devidas adaptações, os procedimentos estabelecidos do Regulamento da Lei do
Ordenamento do Território para a sua elaboração, aprovação, ratificação e publicação.

Artigo 55
Revisão
1. A revisão do PPU e demais instrumentos de ordenamento territorial de nível inferior só pode
ocorrer no caso da necessidade de adequação dos mesmos à evolução das condições jurídicas,
administrativas, económicas, sociais, culturais, demográficas e ambientais que determinaram
a respectiva elaboração, desde que decorridos cinco anos após a entrada em vigor dos
mesmos.
2. A revisão pode ainda ser efectuada em casos de suspensão dos instrumentos de ordenamento
territorial e da necessidade da sua adequação à prossecução dos interesses públicos que a
determinarem.
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3. O PEUMM e demais instrumentos de ordenamento territorial de nível inferior serão


obrigatoriamente revistos uma vez decorrido o prazo de dez anos após a sua entrada em vigor
ou após a sua última revisão.
4. A revisão dos instrumentos de ordenamento territorial acima referidos segue, com as devidas
adaptações, os procedimentos estabelecidos no Regulamento da Lei do Ordenamento do
Território para a sua elaboração, aprovação, ratificação e publicação.

Artigo 56
Suspensão
1. A suspensão, total ou parcial, do PPU e demais instrumentos de ordenamento territorial de
nível inferior é determinada quando se verifiquem circunstâncias de carácter excepcional
resultantes da alteração significativa das perspectivas de desenvolvimento económico e social,
por um lado, ou da realidade ambiental que determinou a sua elaboração, por outro lado,
quando, da sua execução, se possa pôr em causa a prossecução de relevante interesse
público.
2. A resolução ou deliberação que determinar a suspensão deverá ser devidamente
fundamentada, conter o prazo e a incidência territorial da suspensão, indicando ainda em
termos expressos as disposições suspensas, devendo ser publicada no Boletim da República e
devidamente publicitada através dos meios de comunicação social.

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Regulamento do PPU

SECÇÃO XI
RESPONSABILIDADE

Artigo 57
Princípio geral sobre infracções e sanções
As violações das disposições do PPU e demais instrumentos de ordenamento territorial de nível
inferior são passíveis de responsabilização administrativa, civil, disciplinar e penal, consoante o
tipo de infracção, nos termos da lei em vigor.

Artigo 58
Infracções
1. Constituem infracções ao presente Regulamento as seguintes:
a) O licenciamento de actividades contra o disposto no PPU e demais instrumentos de
ordenamento territorial de nível inferior;
b) A realização de obras e a utilização de edificações contra o conteúdo do PPU e demais
instrumentos de ordenamento territorial de nível inferior;
c) A utilização do solo contra o conteúdo do PPU e demais instrumentos de ordenamento
territorial de nível inferior;
d) Permissão de ocupação e utilização das áreas de domínio público em prejuízo do fim para
os quais foram estabelecidas.
2. As sanções correspondentes às infracções acima elencadas serão fixadas nos termos do
Regulamento da Lei do Ordenamento do Território.

Artigo 59
Auto de notícia
1. Ao constatarem ou tomarem conhecimento da prática de uma infracção, os serviços de
fiscalização do Conselho Municipal de Maputo, levantarão um auto de notícia, que deverá ser
lavrado em triplicado, que incluirá entre outros aspectos:
a) A identificação dos factos que constituem a infracção, sua descrição e as respectivas
provas;
b) A identificação dos infractores e outros agentes da infracção;
c) A identificação de testemunhas, se as houver;
d) Os instrumentos de ordenamento territorial violados, com alusão expressa às
disposições concretas infligidas;
e) O nome, assinatura e qualidade do autuante.
2. O autuante, no momento do levantamento do auto de notícia, notificará do facto o infractor,
com indicação da norma infligida, sua penalidade e outras consequências, caso existam.
3. Pode ser levantado um único auto de notícia por diferentes infracções cometidas na mesma
ocasião ou relacionadas umas com as outras, embora sejam diversos os agentes.

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Regulamento do PPU

4. Os autos de notícia levantados nos termos do número anterior farão fé, em qualquer fase do
processo, até prova em contrário, quanto aos factos presenciados pela autoridade ou agente
de fiscalização que os mandou levantar ou levantou.

Artigo 60
Pagamento voluntário da multa
1. O auto de notícia passado por infracção a qualquer das normas constantes no presente
Regulamento deverá ser remetido, no prazo de quarenta e oito horas, à entidade competente
para o processo de transgressão e aplicação da respectiva multa, para efeitos de pagamento
voluntário da multa.
2. O prazo para efeito de pagamento voluntário da multa é de quinze dias, contados a partir do
momento da notificação.
3. Não tendo sido efectuado qualquer pagamento voluntário da multa no prazo fixado neste
Regulamento, os Serviços de Fiscalização do Conselho Municipal de Maputo deverão enviar os
autos de notícia, no prazo de dez dias, às autoridades judiciais, para sua execução, nos termos
da legislação processual penal.

Artigo 61
Destino dos valores cobrados
Os valores das multas pelas infracções ao PEUMM e demais instrumentos de ordenamento
territorial de nível inferior terão o seguinte destino:

a) 40 % para o Estado;
b) 60 % para o órgão que superintende a actividade do ordenamento do território ou, no
caso de violação feita por terceiros de instrumentos de ordenamento territorial referentes
ao nível autárquico, para Conselho Municipal de Maputo.

Artigo 62
Embargo

Sem prejuízo da multa aplicável, o Conselho Municipal pode determinar o embargo de obras,
trabalhos e quaisquer actividades realizadas com manifesta violação do PPU.

Artigo 63
Demolição de obras contra o PPU e demais instrumentos de ordenamento territorial de
nível inferior
1. Sem prejuízo da multa aplicável, o Conselho Municipal pode determinar a demolição de obras
que violem o PEUMM e demais instrumentos de ordenamento territorial de nível inferior.

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Regulamento do PPU

2. As despesas com a demolição correm por conta do dono das obras a demolir e, sempre que
não forem pagas voluntariamente no prazo de quinze dias a contar da notificação para o
efeito, serão cobradas coercivamente, servindo de título executivo a certidão passada pelos
serviços competentes, onde conste, para além de outros aspectos, a identificação do dono da
obra e o montante em dívida.
3. As obras de demolição referidas no presente artigo não carecem de licença.

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Regulamento do PPU

SECÇÃO XII
EXPROPRIAÇÃO POR INTERESSE, NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA

Artigo 64
Expropriação por interesse, necessidade ou utilidade pública
1. O Município de Maputo pode intervir na esfera jurídica de terceiros (pessoas singulares ou
colectivas privadas ou públicas) através da expropriação de imóveis urbanos ou rústicos
sujeitos a propriedade privada ou concessão de uso e aproveitamento nos termos legais
quando tal se revelar indispensável para a prossecução dos interesses colectivos previstos no
PEUMM e demais instrumentos de ordenamento territorial de nível inferior.
2. A expropriação para efeitos de ordenamento territorial será considerada por interesse público,
quando tiver como objectivo final a salvaguarda de um interesse comum de toda a
comunidade e pode ser declarado nos casos seguintes:
a) Aquisição de áreas para a implantação de infra-estruturas económicas ou sociais com
grande impacto social positivo;
b) Preservação dos solos, de cursos e mananciais de águas, e de áreas ricas em termos de
biodiversidade ou de infra-estruturas de interesse público ou militares.
3. A expropriação para efeitos de ordenamento territorial será considerada por necessidade
pública, quando tiver como objectivo final, propiciar que a Administração Pública, possa
atender situações de carácter anormal (emergência), originadas por ocorrência ou
possibilidade de desastres ou calamidades naturais ou de similares.

4. A expropriação para efeitos de ordenamento territorial será considerada por utilidade pública,
quando tiver como objectivo final a prossecução de finalidades próprias da administração
pública, enquanto provedora da segurança do Estado, manutenção da ordem pública e à
satisfação de todas as necessidades da sociedade.

Artigo 65
Processo de expropriação por interesse, Necessidade ou utilidade pública
O processo de expropriação por interesse, necessidade ou utilidade pública seguirá os termos
previstos na Lei do Ordenamento do Território e respectivo Regulamento.

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Regulamento do PPU

SECÇÃO XIII
EFICÁCIA, PUBLICIDADE E MONITORIZAÇÃO

Artigo 66
Publicação no Boletim da República
1. A eficácia dos PEUMM e demais instrumentos de ordenamento territorial de nível inferior
depende da respectiva publicação na I.ª série do Boletim da República.
2. São nomeadamente publicados na I.ª série do Boletim da República:
a) O despacho do Governador Provincial que ratificar o Plano de Estrutura Urbana; os
Planos Gerais e Parciais de Urbanização; e os Planos de Pormenor;
b) A ratificação da deliberação da Assembleia Autárquica que determinar a suspensão
total ou parcial do Plano de Estrutura Urbana; Planos Gerais e Parciais de Urbanização;
ou Planos de Pormenor.

Artigo 67
Outros meios de publicidade
O PPU deve ser objecto de publicação nos jornais de âmbito local, se existirem, bem como num
jornal de abrangência nacional e afixados nos lugares de estilo do Município de Maputo.

Artigo 68
Registo e consulta
1. O Município de Maputo deverá criar e manter um sistema que assegure a consulta por partes
de todos os eventuais interessados do PPU e demais instrumentos de ordenamento territorial
de nível inferior com incidência sobre o território autárquico.
2. Para os efeitos definidos no Regulamento da Lei do Território no domínio do registo, o
Conselho Municipal de Maputo deverá enviar, em duplicado, ao órgão que superintende a
actividade do ordenamento do território, no prazo de trinta dias cópia autenticada da acta da
sessão que aprovou o instrumento, acompanhada de todos os elementos fundamentais do
mesmo.

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Regulamento do PPU

SECÇÃO XIV
DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 69
Regulamentação complementar
1. Poderá estabelecer-se regulamentação complementar do PPU, destinada a regular
especificamente o exercício ou execução de determinados tipos de actividades no território,
desde que sejam cumpridas as disposições legais e os instrumentos de gestão territorial em
vigor.
2. Manter-se-á em vigor a demais legislação municipal em tudo o que não contrariar o presente
Regulamento até à sua revogação ou substituição.

Artigo 70
Compromissos assumidos
Ficam salvaguardados todos os compromissos legal, regulamentar ou contratualmente,
assumidos, e com direitos reconhecidos, anteriores à entrada em vigor do PPU.

Artigo 71
Omissões
Qualquer situação não prevista neste Regulamento observará o disposto na demais legislação
vigente e nos regulamentos municipais aplicável

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Regulamento do PPU

SECÇÃO XV ANEXOS

Anexo I: Ordenanças gráficas

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Regulamento do PPU

Anexo II: Tipologias das secções do viário

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IV – Regulamento do PPU
2 andares

6m

1 lote

5m

5m
7m

11,5m
5m
5m
1m

USO: RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

2 andares (6m)
11,5 x 7m
1m
1m
5m

LOTE

CONSELHO MUNICIPAL

RELATORIO IV. RELATORIO FINAL DO PPU

Processo Resultado final


Lotes provisionais
PELO CONSELHO MUNICIPAL: AUTOR DO ESTUDO:

ANTONIO PIMENTA EMANUELE PIEROBON

DATA: ESCALA: ORIGINAL DINA-1 FOLHA:


00 5 10
ABRIL 2015 1 DE 4
12m
6m
3 andares
volume

9m
opcional

3m

min
5m

12m min
7m
12m

min
5m
USO: RESIDENCIAL UNIFAMILIAR EM FILA

3 andares (9m)
12m x 7m
5m
0m
2
5

LOTE
12m x 12m
12m x 5m

25m
1
2
5m
3m

CONSELHO MUNICIPAL

RELATORIO IV. RELATORIO FINAL DO PPU

PELO CONSELHO MUNICIPAL: AUTOR DO ESTUDO:

ANTONIO PIMENTA EMANUELE PIEROBON

DATA: ESCALA: ORIGINAL DINA-1 FOLHA:


00 5 10
ABRIL 2015 2 DE 4
4 andares 4 andares

12m
outras

4m in
m

4m min fachada maior 18-36m

12-15m
4m
min
12m min

USO: RESIDENCIAL EM ALTURA


min
4m

4 andares (12m) ou

18-36m
12-15m
12m

LOTE
Min 4m

Acesso de 5m 4m
1
2

20m
5m

CONSELHO MUNICIPAL

RELATORIO IV. RELATORIO FINAL DO PPU

PELO CONSELHO MUNICIPAL: AUTOR DO ESTUDO:

ANTONIO PIMENTA EMANUELE PIEROBON

DATA: ESCALA: ORIGINAL DINA-1 FOLHA:


00 5 10
ABRIL 2015 3 DE 4
volume
opcional

EXIGIDAS

45m max
volume
opcional

outras outras

12-15m 12-15m
15m min

volume
opcional
15m min

45m max
outras

fachada menor
ladeira fachada menor

12-15m
12-15 m volume fachada maior 18-60m max
outras com volume
opcional
12-15m

fachada maior
18-60m

15m min
15m min

opcional
volume
10m min

opcional
volume
volume
USOS: RESIDENCIAL EM ALTURA CON TERCIARIO PERMITIDO
45m max

12-15m
opcional

10m min fachada maior 18-60m max


TERCIARIO EXCLUSIVO
outras
15m min
12-15m 45m

18-60m
12-15m
10m
15m

10m min 0m
0-24m

Uma encostar-se mais a outra em uma das


suas esquinas.
10m min
LOTE
15m min
10m min 10m min

CONSELHO MUNICIPAL

10m min 10m min


12-15m

15m min 15m min 15m min 15m min


RELATORIO IV. RELATORIO FINAL DO PPU
10m 10m min
15m min
12m min

15m min
(grandes eixos)
PELO CONSELHO MUNICIPAL: AUTOR DO ESTUDO:

ANTONIO PIMENTA EMANUELE PIEROBON

DATA: ESCALA: ORIGINAL DINA-1 FOLHA:


00 5 10
ABRIL 2015 4 DE 4

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