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leia o excerto a seguir:

“Ao manter-se a procura interna com maior firmeza que a externa, o setor que produzia para
o mercado interno passa a oferecer melhores oportunidades de inversão que o setor
exportador [...]  A precária situação da economia cafeeira [...] afugentava desse setor os
capitais que nele ainda se formavam [...] A capacidade produtiva dos cafezais foi reduzida a
cerca da metade, nos quinze anos que se seguiram à crise [...] o fator dinâmico principal, nos
anos que se seguem à crise, passa a ser, sem nenhuma dúvida, o mercado interno [...].”

FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. 34. ed. São Paulo: Companhia das Letras,
2007. p. 277-278.

A crise financeira internacional de 1929 impactou várias economias, inclusive a do Brasil,


provocando a modificação do centro dinâmico da economia doméstica que vinha sendo o
mesmo modelo desde a época do Brasil como colônia do Estado português. Desse modo, até
a crise financeira, a economia brasileira nunca havia passado por grandes modificações no
tocante às diretrizes de sua inserção econômica interna e externa, mas apenas trocado de
produtos comercializados. Nesse contexto, o que é o Processo de Substituição de
Importação (PSI)?

O processo de substituição de importação pode ser caracterizado por uma


industrialização fechada, voltada para o mercado interno e dependente de
politicas governamentais com proteção à indústria nacional em relação aos
seus concorrentes internacionais.

O modelo foi adotado na era Vargas, que passa a priorizar o avanço


industrial no país e com o proposito de se tornar independente das
importações de alguns produtos. Contudo, esse resultado acabou gerando
uma forte ascensão no setor industrial brasileiro, auxiliando muitas aéreas
que não eram desenvolvidas e nem importadas anteriormente. Todo esse
desenvolvimento industrial permite o aumento da renda interna do país,
proporcionando maior acesso a bens e serviços à população.

Conseguimos observar a importância do modelo PSI durante o período de


1928 a 1945. O Brasil passa a aumentar sua participação no valor
adicionado em relação a indústria no país passando de 22,7% para 36,1%
e reduzindo na agricultura de 52,25% para 37,1% durante o período.
Percebe-se que nesse momento as diretrizes econômicas passam a
mudar, deixando o modelo agroexportador para se enquadrar em uma
economia mais industrializada.

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