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que tem como sua maior característica ser um processo fechado, devido aos problemas
econômicos externos
Era necessário ser uma industrialização fechada para proteger o mercado interno,
pois o atendimento deveria priorizar o mercado e interno e não produzir para exportar, pois
não havia quem pudesse comprar. Assim aumentava a concorrência dos produtos externos
O processo é gerado a partir de um estrangulamento externo que devido a crises em
países que normalmente compravam os produtos brasileiros estão em crise e sua demanda
por tais produtos é suprimida. Tal realidade leva as exportadoras se voltarem ao mercado
interno e sanar a demanda deste. Gerando aumento da Renda Nacional e da Demanda
agregada.
O investimento no mercado interno abriu a necessidade de matéria prima e
equipamentos, que acabaram por seu exportados. Já que não havia grande demanda
externa pelo produto brasileiro, mas alta demanda por essas importações, logo criou-se
uma nova crise.
O estrangulamento externo é algo recorrente pois se repetia durante o processo de
substituição, e relativo pois é impossível ter um desequilíbrio externo absoluto, pois é
necessário a todos os países que exportam, assim os investimentos internos não iriam
depender somente do capital e demanda interna. Assim os estrangulamentos funcionam
como estímulo ao investimento industrial, que ditava o crescimento econômico do país e
substituindo a principal atividade econômica, a Agroexportação.
A falta de importações de certos bens levou ao investimento da produção dos
mesmos, incentivando a pluralidade de produtos industrializados do brasil. Isso mostra que
a industrialização de um país pode ser feita de duas maneiras, uma mais suave onde os
setores industriais são desenvolvidos ao mesmo tempo e modo, gerando um equilíbrio de
mercado, porém as fases iniciais são fracas pois apresentam uma eficácia de suprir a
demanda existente. Outro Método é criando um setor após o outro, que normalmente dá
preferência aos bens de consumo não duráveis e terminando no bens de capitais, o que
gera desequilíbrio na demanda atendida ed um setor em relação ao outro.
O PSI é uma iniciativa a construção nacional a partir do desenvolvimento e autonomia
através da industrialização, assim superando o estrangulamento externo e suas restrições.
Então a indústria abrange cada vez mais setores o que diminui as importações.
Para combater a crise cambial o governo realizou uma desvalorização real do câmbio
o que desvalorizou a taxa nominal de câmbio, o que aumentou o preço dos produtos
importados em comparação com os internos, protegendo o mercado interno. Porém o
problema desse sistema era o preço das importações e equipamentos importados
aumentam, dificultando assim os processos de desenvolvimento e investimento.
O governo realizou o controle do câmbio, com o mesmo fim, se tratava do controle de
licenças para comprar moeda estrangeira, para assim diminuir as importações. Houve a
prática de licenças por essencialidade, que dava a possibilidade de gerar investimento na
indústria com importações de equipamentos importados com baixo custo.
E por fim o governo eleva as tarifas sobre as importações para diminuí-las. podendo,
como no controle cambial, baratear certos produtos que são custos de investimentos.Todos
esses métodos foram para proteger o mercado interno.
A tendência ao desequilíbrio externo gerou grande dificuldade ao PSI, pois dificultava
a exportação do nosso maior polo, a agropecuária, e dificultava a inserção de produtos
industrializados na competição externa, pois ainda precisavam da importação para produzir
seus produtos.
O desequilíbrio externo é causado pela política cambial, que visava o investimento
industrial por meio do “confisco fiscal” dos agricultores assim diminuindo a quantidade de
produtos agrícolas exportados. Também pela indústria sem competitividade que devido ao
protecionismo o mercado interno não gerou grande concorrência e deixou o produto fraco
para a competição internacional. E por fim a elevada demanda por importação que se
formou devido ao investimento industrial que gerou emprego e aumentou a renda.
O governo brasileiro decidiu participar do desenvolvimento do país alterando o modelo
de desenvolvimento do país. Utilizaram instrumentos como a política cambial, tarifária e
creditícia para conduzir a industrialização. O Estado também interfere na regularização
entre os trabalhadores e industriais com a criação da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT). Apesar de os trabalhadores terem evidentes ganhos, as regulações minaram
possíveis reivindicações políticas e trabalhistas,com objetivo de desenvolver a indústria.
Junto a investimentos externos o governo assumiu a responsabilidade de gerar a
infraestrutura básica, transporte e energia assim dando mais condições de a indústria
funcionar e desenvolver. A criação do BNDE foi resultado da iniciativa do Governo de captar
e distribuir a poupança para gerar crédito a longo prazo, desse modo o sistema financeiro
público controlava boa parte da poupança nacional e sua aplicação.
O Governo teve que suprir a necessidade que a iniciativa não tinha como suprir ou por
investimento ou por não entregar no tempo imposto pelo estado. A iniciativa privada não
tinha essas condições devido a crise de 29, pois antes havia o financiamento a partir de
títulos, bonds, debêntures, etc. porém com a crise esse mercado retraiu-se.
O êxodo rural aumentou devido a falta de investimentos na agricultura, que acabou
por gerar poucos empregos e nem direitos trabalhistas, que eram exclusivo aos
trabalhadores urbano. Com isso a quantidade de mão de obra aumentou diminuindo
salários na indústria. Gerando uma má distribuição de renda. Porém sem a concorrência
devido ao alto protecionismo, refletiu em preços elevados com grandes lucros aos
industriais. Como as indústrias brasileiras devem operar para o mercado interno somente,
acabou-se criando cartéis e conluios devido a poucas empresas operando com economias
de escalas para obterem maiores ganhos, o problema é que se criou acúmulo de lucros.
A maior crítica a esse processo de industrialização pode estar no excessivo
protecionismo e na falta de concorrência, que leva ao não ajustamento das indústrias. Se o
protecionismo for para a “indústria nascente” a qual é disposto um período de tempo para
empresas se adequarem e competirem no mercado, porém essas mesmas empresas
acabam por utilizar dessa vantagem para sugar a renda. Ou seja, a crítica não é ao
protecionismo, mas sim o mau uso desse sistema por um tempo longo ou indefinido.