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MANUAL DE CONSTRUÇÃO DE REDES COM CBLI 5MM Página

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1. OBJETIVO

Estabelecer premissas, padrões e metodologias para construção de redes utilizando Cabo Circular (CBLI)
de 5 mm de 1 e 12 FO.

2. ABRANGÊNCIA

Este documento abrange a Diretoria de Serviços ao Cliente Centralizado, Gerências de Implantação e de


Serviços ao Cliente Centralizado e Empresas Prestadoras de Serviço Rede Externa (EPS).

3. TOPOLOGIA

A topologia em redes FTTH consiste na utilização de uma porta PON (uma fibra), para atendimento de até
64 clientes por meio de caixas terminais que possuem splitters 1:2 (desbalanceados) e 1:8 (balanceado).
As caixas, com 6 (seis) modelos no total (10/90, 15/85, 20/80, 30/70 e 1:8) possuem especificações e
posições distintas na rede, conforme figura 1:

Fig. 1 – Topologia de Rede Conectorizada Desbalanceada

Na figura 2 podemos observar que os terminais são interligados, em série, com a utilização do CBLI 1 FO
5 mm por meio de conectores. Cada caixa, com exceção da última, possui porta de alimentação (IN) e
distribuição (OUT). A sequência para a montagem dos terminais com uma fibra será: 3 (três) 10/90, 1
(uma) 15/85, 1 (uma) 20/80, 1 (uma) 30/70, 1 (uma) 40/60 e 1 (uma) somente com splitter 1:8.

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Fig. 2 – Disposição de terminais (CTOPs) em rede conectorizada

4. PREMISSAS DE PROJETO

O projeto disponibilizará, além dos dados básicos como postes, distância entre eles, endereços e manchas
de coberturas, a especificação de caixas e CBLI a serem aplicados na interligação com base nas medidas
poste a poste (PP), como é mostrado na figura 3:

Fig. 3 – Detalhes de Projeto

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Para um consumo eficiente de portas físicas e otimização de cabos, o projeto fará o dimensionamento de
cabos e caixas que serão aplicados. A distribuição da rede ocorre de forma decrescente, ou seja, as
menores contagens estarão mais distantes da OLT, conforme exemplo da figura 4:

Fig. 4 – Distribuição da contagem no projeto

Como temos terminais com splitters desbalanceados, o projeto deverá apresentar labels com as cores
correspondentes à especificação do terminal baseado no código de cor ABNT, conforme figura 5:

Fig. 5 – Labels de identificação no projeto

Para o atendimento predial (FTTA) será indicado o ponto de atendimento, informações sobre o tipo de
cabo a ser utilizado, o encaminhamento dele e a contagem designada, conforme figura 6.

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Fig. 6 – Designação Predial

NOTA: Cada gestor (Supervisor) deverá ter uma cópia do projeto plotado em A1 (fornecido pela área de
projeto) para que possa acompanhar a obra e atualizar o As-Built. Adicionalmente poderá ter instalado
um app em seu dispositivo móvel para a leitura por meio digital (CAD). Recomendamos o app GnaCAD ou
DWG FastView (ambos gratuitos).
Obs.: O projeto deve atender as normas de compartilhamento de poste das concessionárias de energia
locais, para que não haja impeditivos na construção da obra.

5. VISTORIA E PLANEJAMENTO

Para que ocorra um bom planejamento é necessário que o(s) gestor(es) da obra reúnam toda a
documentação disponível (projeto, diagrama, lista de materiais e endereço de caixas). É recomendado
que nesta etapa seja realizada uma inspeção em campo (survey) com objetivo de garantir a assertividade
do projeto.

Neste levantamento deverão ser observados alguns pontos principais:


• Interferências críticas (árvores, entradas de condomínios, letreiros de lojas/fachadas, cruzamentos
com tráfego intenso etc.) que eventualmente demandarão o emprego de mais de uma equipe;
• Impossibilidade de executar a obra conforme projeto (mudança de poste por parte da
concessionária de energia, postes saturados ou com transformadores, chave seccionadora e
outros);
• Confirmar a necessidade indicada do projeto de lançamento de cordoalha para que ela seja
executada pela EPS antes de iniciar a instalação do CBLI;
• Possibilidade ou necessidade em utilizar um CBLI de menor ou maior comprimento para
interligação dos terminais (CTOP);
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• Fazer um alinhamento com a gestão responsável pela construção da rede primaria (Compreende
desde o DIO ate a CEO de entroncamento do BLI do Barramento), sobre qual tronco deverá ser
construído primeiro, para a liberação parcial da obra;
• Verificar se os materiais designados para a obra já estão disponíveis para retirada no CD;
• O gestor da obra deverá verificar se o projeto foi desenhado, seguindo as premissas das
concessionárias de energia locais e fazer o alinhamento necessário com gestão de projetos, se
necessário.

Feito isso minimizaremos os riscos de baixa produtividade, retrabalhos e até dano ao material. A partir
deste momento o gestor da obra terá todos os insumos necessários para realizar a programação diária de
suas equipes.

6. CONTROLE E DIÁRIO DE OBRA

Para facilitar o planejamento e controle da obra, é importante que seja utilizada planilha com este fim.
No Anexo I – Planilha de Controle de Obra FTTH a equipe poderá fazer isso em tempo real.

Fig. 7 – Planilha de Controle

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É importante que o gestor preencha com as informações dos colaboradores e compartilhe entre eles no
OneDrive, desta forma todos poderão alimentar o documento durante o dia. Assim teremos um
dashboard completo a qualquer hora do dia onde poderá ser avaliada a produtividade em campo.

Fig. 8 – Dashboard da Planilha de Controle

Oportunamente o controle passará a ser feito pelo Coiote (Controle Integrado de Obras Telefônica) que
concentrará todos os dados e da mesma forma apresentará gráficos da produção.

Fig. 9 – Evolução de Obras no Coiote

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7. CONTROLE DE MATERIAIS E DISTRIBUIÇÃO

O gestor deverá realizar a programação no dia anterior (D-1) e já quantificar o material que irá
disponibilizar para cada equipe no início do turno (no ponto de encontro). Para evitar desperdício de
material, excesso de peso (com consequente aumento de consumo do carro) ou dano ao material por
falta de espaço nos veículos, cada equipe deverá sair com a quantidade de material correspondente ao
programado para aquele dia. É recomendado que o gestor disponha de um veículo do tipo “Furgão” para
que consiga dar o suporte necessário aos técnicos com o fornecimento pontual de material em campo,
caso necessário, conforme figura 10.

Fig. 10 – Transporte de material em diferentes veículos

8. CONSTRUÇÃO

A construção da rede começará após as etapas de projeto e planejamento de obra. Para evitar atrasos no
cronograma e para que consigamos identificar rapidamente os responsáveis por cada fase da construção,
é altamente recomendado a ordem de instalação a seguir seja obedecida:

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8.1 INSTALAÇÃO DA CTOP NO SUPORTE UNIVERSAL

A instalação do Suporte Universal deverá ser feita antes da instalação do terminal no poste, utilizando a
furação da caixa de acordo com cada fabricante. No exemplo da figura abaixo, constam as furações para
alguns modelos de caixas que deverão ser seguidos na instalação do suporte:

Fig. 11 – Disposição de furação CTOP

8.2 IDENTIFICAÇÃO DO TERMINAL (CTOP)

Após a instalação do suporte, deverá ser feita a identificação das caixas terminais (CTOPs). A
identificação seguirá a documentação de projeto (e planilha de controle) com aplicação de caracteres
adesivos de 15 mm, conforme figura 12:

Fig. 12 – Identificação de CTOP

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8.3 INSTALAÇÃO DO TERMINAL (CTOP) EM POSTE

Conforme falado no tópico de Vistoria e Planejamento (Item 5) deste documento, deverá ser identificado
a impossibilidade de instalação dos terminais, seja por saturação, postes em esquinas ou que
apresentem risco para o colaborador que irá atuar na ativação ou manutenção de clientes, tais como:
postes com descidas ou subidas de redes de média ou alta tensão (> 1 kV), com chaves seccionadoras,
postes degradados e que apresentem risco iminente de quebrar.

Além disso, precisamos respeitar os critérios de distanciamento do terminal em relação ao ponto de


ocupação (BAP ou fita de aço) da Vivo. Por definição deste documento a CTOP deverá ser instalada a
uma distância de 600 mm em relação ao suporte do cabo (ponto de ocupação), salvo nos casos onde a
Norma de Compartilhamento da Concessionária possuir orientação diferente. O gestor da obra deverá
conhecer a norma para orientar sua equipe.
A CTOP deverá ser instalada preferencialmente na face do poste virada para o lado da alimentação da
rede. Nem sempre será possível a instalação nessa face, portanto, deverá ser considerado o lado oposto
como segunda opção, depois a face virada para o lote e por último devemos considerar o lado da rua,
conforme figura 13. Lembrando que as três últimas opções são exceções, portanto, deverão ser
registradas em Folha de Ocorrência se houver necessidade com assinatura do gestor.

Fig. 13 – Lado de instalação da CTOP

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A CTOP deverá ser instalada a uma distância de 600mm em relação ao primeiro ponto de ocupação da
rede, salvo nos casos onde a Norma de Compartilhamento da Concessionária possuir orientação
diferente. Ela deverá ser instalada sempre no lado oposto à posição da rede telefônica/Baixa Tensão, para
que o coto da caixa e os drops de assinante, sigam o trajeto correto no poste.
No caso do poste Duplo T (DT) o Suporte Universal deverá ficar acoplado na borda lateral do poste e fixado
com fita e fecho de aço AISI 304 ¾, conforme figura 14. Os anéis guias deverão ser fixados sempre nas
mesmas fitas utilizadas para fixar a CTOP, na posição de subida do coto da caixa.

Fig. 14 – Instalação em poste Duplo T (DT)

A extensão dos cabos entre a CTOP e a Alça Plástica deverá ser fixada ao poste por meio de amarração
com 4 voltas e utilizando o fio de espinar dielétrico, conforme o passo a passo da figura 15:

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Fig. 15 – Realizando amarração

8.4 INSTALAÇÃO DO TERMINAL (CTOP) EM CORDOALHA

A CTOP poderá ser projetada para instalação em cordoalha, seja para cumprimento dos dispositivos
previstos na Norma da Concessionária de Energia local ou por estratégia da Vivo e somente nestes casos.
Havendo a necessidade de se adotar este modelo, a CTOP será instalada em cordoalha existente
(geralmente de aço) ou, na inexistência dela, deverá ser instalada cordoalha dielétrica. Por este motivo
devemos mapear durante o survey (planejamento da obra) a necessidade de lançamento e solicitar para
a EPS.

O terminal deverá ser instalado na cordoalha a uma distância de 600 mm do poste, conectores virados
em sua direção, com a face virada para o solo e utilizando os suportes homologados para este fim e de
acordo com a exigência da concessionária de energia local.
As sobras técnicas tipo “Gravata”, utilizando o “Suporte Universal” e/ou utilizando o “Suporte para
Cordoalha, devem ser instalados conforme figuras 16, 17 e 18, respectivamente, utilizando o fio de
espinar dielétrico para as devidas amarrações.

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Fig. 16 – CTOP na cordoalha com sobra Técnica tipo “Gravata”

Fig. 17 – CTOP na cordoalha com sobra Técnica com “Suporte Universal”

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Fig. 18 – CTOP na cordoalha com sobra Técnica com “Suporte para Cordoalha”

8.5 INSTALAÇÃO DO TERMINAL (CTOP) EM CAIXA SUBTERRÂNEA

Dependendo da região, geralmente dentro de condomínios, poderemos ainda ter a necessidade de


instalar o terminal (CTOP) em Caixa Subterrânea. Para este modelo a CS deverá ter no máximo 1,3 m³
de volume interno (medidas aproximadas de 1 m x 1,2 m x 1 m ou equivalente a uma X2). O terminal
deverá ser instalado preferencialmente em área visível de fora da CS a uma altura de no mínimo 500
mm do piso, conforme figura 19:

Fig. 19 – CTOP acomodada em Caixa Subterrânea

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Ainda conforme figura anterior, deverão ser instalados anéis guias nas paredes da Caixa Subterrânea
para garantir o encaminhamento uniforme de todos dos futuros drops de clientes. A sobra técnica tanto
do cabo alimentador quanto a do cabo que distribui o sinal para a próxima CTOP deverá ser acomodada
em cima dos degraus, fixados/amarrados com fio de espinar dielétrico e identificado com plaqueta a
exemplo do que é feito na rede aérea.

NOTA: Em todo o processo de construção que envolva o manuseio dos terminais ópticos (CTOP),
devemos evitar que a caixa sofra qualquer tipo de impacto e somente desproteger as portas quando for
necessário a conexão de cabos. Além disso, por se tratar de um material selado, não devemos tentar
violar a caixa. Não é necessário qualquer tipo de intervenção no interior dela e se eventualmente o
produto apresentar algum tipo de problema, o gestor deverá ser comunicado para providenciar a
substituição e avaliar a situação junto à área de homologação da Vivo e fornecedores.

8.6 EQUIPAGEM DE POSTE

Para que possamos iniciar o lançamento do cabo é necessário que o poste seja preparado (equipado)
para receber a Alça Plástica que fará a ancoragem do cabo. Caso o poste a ser utilizado já possua rede
da Vivo devemos utilizar o ponto onde essa rede está. Neste caso faremos a instalação de um par de
Suporte de Encaixe na BAP existente, conforme figuras 20:

Fig. 20 – Poste equipado com Suporte de Encaixe em BAP existente

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Onde não há rede existente, o poste (Duplo T ou Circular) deverá ser equipado conforme figura 21:

Fig. 21 – Poste equipado com SUPORTE DE ENCAIXE com Fita de aço em Rede Nova

8.7 LANÇAMENTO DO CBLI 1 FO EM REDE AÉREA

É recomendado que a atividade seja feita em dupla de colaboradores, conforme figura 22. O cabo deverá
ser desenrolado gradualmente de forma que ele não fique no chão por muito tempo evitando
principalmente que veículos passem por cima dele em entrada/saída de garagem, cruzamento e
travessias.

Para que o lançamento ocorra sem riscos de esmagamento da fibra o técnico deverá identificar a
“memória” do cabo (a volta do cabo) e desenrolar quatro voltas para cada lado até o término daquele
vão. Quando houver necessidade em subir com o rolo para transpor interferências como cordoalhas de
terceiros em cruzamento ou galhos, é importante que aquele volume seja agrupado e ajustado com
abraçadeiras ou fio de espinar de modo que ele não corra o risco de se desfazer e cair da mão do técnico.

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Fig. 22 – Lançamento do CBLI

8.8 PASSOS PARA UTILIZAÇÃO DA ALÇA PLÁSTICA

É fundamental a correta aplicação da Alça Plástica para evitar dando ao cabo, conforme abaixo:

1. Retirar o gancho/alça da cunha e instalar na roldana;


2. Medir a distância aproximada do cabo antes da ancoragem;
3. Inserir o cabo na cunha;
4. Fixar o primeiro lado da cunha no gancho/alça;
5. Fixar o segundo lado da cunha no gancho/alça;
6. Realizar a pingadeira da maneira correta, a fim de não gerar atenuação no cabo.

Fig. 23 – Passo a passo para Instalação da Alça Plástica

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8.9 ANCORAGEM, PASSAGEM, MEIO DE VÃO, PINGADEIRAS E IDENTIFICAÇÃO

Tanto para passagem ou ancoragem, devemos instalar dois Suportes de Encaixe (fixados na BAP quando
em rede existente ou fixados em fita de aço ¾ quando em redes novas. Quando em cruzamentos de ruas
e avenidas, será necessário instalar o Suporte de Meio de Vão, fixando-o na cordoalha existente ou
quando em rede nova, deverá ser instalada cordoalha dielétrica.

Para identificação da rede deverá ser instalada plaqueta de identificação em todos os lances de cabo,
sendo uma para cada cabo e instalada antes da alça. A instalação ocorrerá sempre para o lado da
alimentação da rede, conforme figura 24:

Fig. 24 – Identificação, ancoragem, passagem e cruzamento

8.10 INSTALAÇÃO DA SOBRA TÉCNICA E CONEXÃO DO CBLI

A reserva do CBLI de alimentação e o de derivação da CTOP deverão ser instalados no Suporte Universal
observando a localização da porta alimentadora na CTOP para que a fibra não fique atenuada. Após a
acomodação da sobra técnica no Suporte Universal devemos realizar as amarrações utilizando o fio de
espinar dielétrico, conforme demonstrado no passo a passo da figura 25 abaixo:

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Fig. 25 – Acomodação de sobra técnica e amarrações

É fundamental que o técnico possua caneta de limpeza e faça a descontaminação do conector antes de
realizar a conexão entre ele e o terminal. A descontaminação deverá ocorrer na CTOP também, ou seja,
realizando a ação nas portas de entrada e saída do terminal, conforme figura 26:

Fig. 26 – Limpeza de Conectores e Adaptadores

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8.11 ALTURA E AFASTAMENTOS ENTRE A REDE TELEFÔNICA E A REDE DE ENERGIA

O gestor responsável deverá identificar pontos de riscos em relação a altura do cabo da Telefônica em
relação ao solo e afastamentos da rede de energia, os quais deverão seguir (preferencialmente) os
parâmetros estabelecidos nas normas vigentes de compartilhamento de redes, conforme tabelas abaixo
na figura 27:

Fig. 27 – Altura em relação ao solo e afastamento da rede de energia

8.12 LANÇAMENTO DO CBLI 1 FO EM REDE SUBTERRÂNEA

Antes de iniciar a obra, ainda na fase de levantamento (survey), item 5 deste documento, se há previsão
de lançamento em rede subterrânea. Havendo a necessidade precisamos identificar na vistoria se os
dutos existentes comportam (considerando o diâmetro e ocupação) a passagem do cabo com conector.
Sendo possível o lançamento devemos realizar o guiamento prévio destas canalizações e se possível o
mandrilhamento do duto para facilitar a passagem do CBLI. Deverá ser utilizado o material adequado
(camisa de puxamento) para amarração do cabo e em nenhuma hipótese o tracionamento deverá
ocorrer pelo conector. Também é possível fazer uma amarração em “X”, simulando uma camisa de
puxamento, jogando o esforço da tração para o cabo no puxamento pelo duto, conforme figura 28:

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Fig. 28 – Passagem do CBLI em Rede Subterrânea

8.13 LANÇAMENTO DO CBLI 12 FO EM REDE AÉREA

Para redes FTTx em geral, poderemos ainda ter o emprego do CBLI 12 FO. Para o lançamento dele é
importante que as equipes utilizem o Dispositivo Para Lançamento de CBLI (conforme DTC-521) o qual
foi desenvolvido para facilitar a atividade e garantir a integridade do cabo evitando estrangulamentos,
embaraços e ângulos acentuados (macrocurvaturas). A bobina quando nova possui cabo com 2000 m de
comprimento e até 60 kg de peso, desta forma o transporte entre o carro e o Dispositivo de Lançamento
deverá ocorrer por uma dupla, conforme figura 29:

Fig. 29 – Dispositivo para lançamento de CBLI

Para que o lançamento ocorra corretamente (em relação ao tempo, qualidade e segurança), é
recomendado o emprego de duas equipes (quatro colaboradores), onde estes irão desempenhar
atividades simultâneas, conforme figura 30:

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Fig. 30 – Equipes durante lançamento do CBLI 12 FO

1. Um técnico responsável pela bobina (desenrolando e não permitindo o travamento do cabo);

2. Dois técnicos realizando equipagem do poste e ancoragem do cabo;

3. Um técnico o puxamento do cabo e apoio.

Deverá ser utilizado o sistema de “bandolas” para o lançamento do CBLI 12 FO onde o cabo será apoiado
provisoriamente para que posteriormente seja ancorado nos suportes com auxílio das Alças Plásticas.

Fig. 31 – Bandolas

As “bandolas” deverão ser colocadas em cada poste, travessia, em pontos com ângulos superiores a
135° ou em pontos onde o cabo possa ficar vulnerável durante o lançamento. Para ângulos inferiores a
90° deverá ser retirada a quantidade necessária de cabo para completar o término do lance e realizar a
sobra em “formato em 8” para evitar danos e macrocurvaturas na fibra, conforme figura 32:

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Fig. 32 – Lançamento em ângulos

As “bandolas” deverão ser retiradas a medida em que formos realizando a ancoragem dos cabos.

9. INSTRUMENTOS DE TESTES

No início do projeto o gestor responsável deverá garantir que as equipes dispõem dos instrumentos
necessários para teste e certificação da rede que será construída. Os kits deverão ser compostos conforme
figura 33:

Fig. 33 – Instrumentos para testes e certificação

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10. CERTIFICAÇÃO DE REDE

Após o término da construção ou na medida que a executam, as equipes designadas para a certificação
da rede deverão realizar os testes necessários com a utilização dos instrumentos relacionados na figura
anterior. Basicamente deverá ser feito teste de intensidade de sinal no cabo que chega (alimentador), em
uma porta de cliente e na porta OUT (azul). Sempre começando da FOSC, passando pela primeira 10/90
e seguindo para as demais daquela fibra. Para os testes em porta cliente, observe o tipo de conector (se
OptiTap ou FastConnect) e utilize o cordão de teste apropriado, ou seja, do mesmo tipo.
Excepcionalmente poderemos ainda ter a aplicação de CTOP com a porta IN (vermelha) na parte superior,
sendo assim, recomendamos que após certificado o sinal que chega e feito a conexão, que se aplique de
uma fita de autofusão em volta do conector, conforme figura 34:

Fig. 34 – Teste de intensidade de sinal e fita de autofusão

A certificação deverá ser registrada nos sistemas indicados pela Telefônica (Vivo ACS ou Coiote) por meio
de relatório fotográfico.

11. ANEXOS

11.1 PLANILHA DE CONTROLE DE OBRAS: bit.ly/ManualCBLI


11.2 VIVO ACS: http://acs-vivo.brazilsouth.cloudapp.azure.com:8080/Supervisor-Vivo/login.jsp
11.3 COIOTE: http://coiote-vivo.brazilsouth.cloudapp.azure.com/COIOTE/login.xhtml

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