Rede Record de Televisão

Capítulo 162
- ÚLTIMO
ALTA ESTAÇÃO
Novela de
Margareth Boury
Escrita por
Margareth Boury
Claudio Simões

Colaboração de
Renata Dias Gomes
Ingrid Zavarezzi

Direção
João Camargo
Régis Faria

Direção Geral
João Camargo

Personagens deste capítulo

ARTUR KALU
BIANCA OLAVO
BÁRBARA REGINA
CAIO RENATA
CLARA RICARDO
EDUARDO SAMUEL
FERNANDA TAÍSSA
FLÁVIA TIAGO
GUINHO VINÍCIUS
ISABELA ZEN
J PEDRO

Participação Especial:
JÚLIO
GAROTA
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ÚLTIMO

DIZEM QUE A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE. COM

ESSA EQUIPE EU PUDE VER QUE AINDA É POSSÍVEL FAZER
TELEVISÃO COM AMOR E DEDICAÇÃO. VOCÊS TODOS, DIREÇÃO,
PRODUÇÃO, TÉCNICA, FIGURINO, ARTE, EDIÇÃO, PRODUÇÃO
MUSICAL, SONORIZAÇÃO ESTIVERAM UNIDOS COM O ÚNICO
PROPÓSITO DE FAZER ALTA ESTAÇÃO SER O QUE É: UMA
NOVELA ONDE O CLIMA FOI DE IMENSA AMIZADE E
CUMPLICIDADE. NÓS, A EQUIPE QUE ESCREVE, QUEREMOS
AGRADECER DE CORAÇÃO TUDO AQUILO QUE VOCÊS FIZERAM.

BEIJO!

MARGARETH

CLAUDIO

INGRID

RENATA
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CENA 01. APARTAMENTO DAS MENINAS. SALA. INTERIOR.

NOITE.

TAÍSSA ABRE A PORTA E VAMOS VER JÚLIO. MALAS NA MÃO.

LINDO DE MORRER E COM UM SORRISO MAIS LINDO AINDA.

JÚLIO — Taíssa?

TAÍSSA — Júlio?

JÚLIO — A Austrália tava muito longe. Queria ver a minha

namorada de perto.

ELE LARGA AS MALAS E PUXA TAÍSSA PARA UM BEIJO

MEMORÁVEL.

CENA 02. APARTAMENTO DOS RAPAZES. SALA. INTERIOR.

NOITE.

CAIO CHEGA E BATE A PORTA. JOÃO PEDRO, QUE ESTÁ NA

COZINHA PEGANDO ÁGUA, DERRUBA O COPO NO SUSTO.

J PEDRO — Isso! Daqui a pouco não tem mais copo.

CAIO — Sem saco pra brincadeira.

J PEDRO — Não tô brincando, eram três copos, agora são dois!

CAIO — Bebe na garrafa.

J PEDRO — Que foi? Perdeu no boliche?

CAIO — Perdi o saco. E junto com ele, a Renata.

J PEDRO — Vocês brigaram?

CAIO — Não, agora eu fico assim porque tá tudo bem.

J PEDRO — Ela vai viajar, melhor você ir falar/

CAIO — Já falei.
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ÚLTIMO

J PEDRO — Caio, você tá nervoso, depois vai se arrepender.

CAIO — João, vai cuidar da tua vida.

NINGUÉM SENTOU. CAIO VAI INDO PARA O QUARTO.

J PEDRO — Só toma cuidado que a/

CAIO — Eu vou tomar cuidado, valeu?

O QUE JOÃO IA DIZER É QUE A FLÁVIA ESTAVA SAINDO DO

BANHEIRO, CAIO NÃO VIU E DÁ UM ENCONTRÃO NELA.

CAIO — Flávia?

FLÁVIA — Oie.

CAIO — Pelo menos aquele boliche deu certo pra alguém.

CAIO PASSA PARA O QUARTO DELE. FLÁVIA E JOÃO SE OLHAM.

FLÁVIA — Que foi que deu nele?

J PEDRO — Vem, eu te conto lá dentro.

JOÃO ABRAÇA FLÁVIA E OS DOIS VÃO PARA O QUARTO.

CENA 03. APARTAMENTO DAS MENINAS. SALA. INTERIOR.

NOITE.

TAÍSSA FELIZ DA VIDA NA PORTA DO BANHEIRO, AGORA A

FELICIDADE DELA É MADURA, SERENA.. RENATA ABRE A
PORTA DA RUA, FURIOSA.

RENATA — Você não sabe o ódio que eu tô!

TAÍSSA NÃO PERDE NUNCA O SORRISO.

TAÍSSA — Nossa, amiga, o que foi que aconteceu?

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ÚLTIMO

RENATA — Sabia que o Caio não vai me levar no aeroporto?

Sabia que ele não vai me esperar? Sabia que ele não tá
nem aí pra mim?

TAÍSSA — Ele te disse isso?

RENATA — Disse! Com quase todas as letras.

TAÍSSA — Como assim quase todas?

RENATA — Ele não falou que não tá nem aí pra mim, mas é a
conclusão lógica. Ele disse que não vai esperar, que
não tem vocação pra esperar.

RENATA FICA TRISTE.

RENATA — Ele não gosta de mim do jeito que eu achei que ele
gostava.

TAÍSSA — Ô, Tatá, eu sei o que é isso, é muito triste.

RENATA — Pra você parece uma maravilha, tá rindo de quê?

TAÍSSA — Não tô rindo, tô sorrindo.

JÚLIO SAI DO BANHEIRO. RENATA PARALISA. O HOMEM É

LINDO E ESTRANHO NA CASA..

RENATA — Quem é?

TAÍSSA — O Júlio.

RENATA — O Júlio fala ou é holograma?

JÚLIO — O Júlio fala, apesar de cansado. Você é a Renata.

RENATA — (PARA TAÍSSA) Como é que ele sabe?

TAÍSSA — Ele é o australiano.

RENATA — Nossa! Veio de longe, hein?

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JÚLIO ABRAÇA TAÍSSA.

JÚLIO — Quando a gente descobre o amor, não dá pra medir

distância.

RENATA MURCHA. AS LÁGRIMAS CAEM E ELA ACENA COM A

MÃO E VAI PARA DENTRO.

JÚLIO — Falei demais?

TAÍSSA — Lógico que não. Vem, você precisa dormir.

BÁRBARA ENTRA, BATENDO A PORTA TAMBÉM.

JÚLIO — As suas amigas são violentas.

BÁRBARA — (NEM VIU O JÚLIO AINDA) Se eu pudesse ir a

pé até Roma juro que eu ia só pra dar um tapa no
Ricardo e depois voltava feliz da vida!

TAÍSSA — Bazinha...

BÁRBARA — Covarde, esse é o nome dele, que preferiu ficar

debaixo da asa do papai e ( VIU JÚLIO) quem é?

JÚLIO — Deixa, Taty. Eu sou o Júlio, que veio da Austrália

porque tô apaixonado pela Taíssa e tomara que você
também não comece a chorar.

BÁRBARA — Tarde demais!

ELA VAI PARA DENTRO CHORANDO.

JÚLIO — Vem cá, quando eu tava fora aconteceu alguma

coisa com os homens daqui?

TAÍSSA — Acho que todos têm que ir pra concessionária fazer

revisão.

JÚLIO — Ok, eu ainda tenho pouca quilometragem.

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JÚLIO ABRAÇA TAÍSSA E OS DOIS SE BEIJAM DE NOVO.

CENA 04. STOCK SHOT. EXTERIOR. DIA.

AMANHECE.

CENA 05. APARTAMENTO DOS RAPAZES. SALA. INTERIOR.

DIA.

CAIO ARRUMANDO A MOCHILA PARA SAIR. JOÃO ACABANDO

DE ACORDAR.CAIO DESANIMADÍSSIMO.

CAIO — Não começa com o vai ver a Renata, João, hoje eu

gravo.

J PEDRO — Sábado?

CAIO — Lógico, meu querido. E ontem eu não gravei tudo.

J PEDRO — Ah. E tem muita coisa?

CAIO — Quatro cenas só.

J PEDRO — E cê não tá animado, cara?

CAIO — Não tá vendo que eu tô vibrando de emoção?

J PEDRO — Caio, é a tua chance! Eu sei que cê tá chateado

com o lance da Renata, mas se você chegar no estúdio
assim, queima teu filme.

CAIO — Pior que tu tá certo.

J PEDRO — Então, se anima, vai pra lá que quando começar a

gravar cê esquece tudo.

CAIO — Será que eu consigo?

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J PEDRO — Todo artista consegue. Eu posso tá com o maior

problema, é pisar no palco e tocar a minha guitarra pra
esquecer tudo.

CAIO — Então partiu.

CAIO SAI AINDA DESANIMADO. FLÁVIA VEM DO QUARTO,

ACABOU DE ACORDAR, MAS ESTÁ VESTIDA.

J PEDRO — Tá pensando que vai onde?

FLÁVIA — Pra casa ver a Renata.

J PEDRO — Depois eu passo lá.

BEIJOCA DELES E FLÁVIA VAI SAINDO.

CENA 06. CASA DE ARTUR. SALA. INTERIOR. DIA.

VINÍCIUS, FERNANDA, ISABELA, GUINHO, LUCAS E KALU NA

SALA. UMA REUNIÃO DELES, QUE ESTÃO PRONTOS PARA IREM
À PRAIA.

VINÍCIUS — Todo mundo bota a mão em cima da minha.

CADA UM DELES COLOCA A MÃO NA PILHA.

VINÍCIUS — Agora a gente vai prometer que nunca, jamais, em

tempo algum a gente se separa.

FERNANDA — Eu prometo.

KALU — Eu também.

TIAGO — Eu também.

GUINHO — Eu também.

ISABELA — Eu também.
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VINÍCIUS — A vida não pode separar os amigos.

ELES SE ABRAÇAM, UNIDOS. BIANCA E ARTUR ENTRARAM NA

SALA E ESTÃO COMOVIDOS. FALAM BAIXO.

BIANCA — Tão lindo isso, Artur.

ARTUR — Faz parte da passagem de idade, a gente fica com

medo de perder os amigos.

BIANCA — Na verdade a gente tem medo de perder em

qualquer idade.

OS DOIS SE ABRAÇAM. GERAL DE TODOS ALI, AQUELE CLIMA

GOSTOSO DE TODOS. LUCAS, RHANI, ANA LUIZA, PETER,
MATHEUS E DANIELA – FOI MARAVILHOSO ENCONTRAR GENTE
PEQUENA FAZENDO TRABALHO DE GENTE GRANDE. VOCÊS SÃO
ÓTIMOS. ELIETE, GRANDE AMIGA, MUITO OBRIGADA POR TUDO,
A GENTE SE VÊ. CAMILO, NOSSA SEGUNDA NOVELA JUNTOS.
OUTRAS VIRÃO.

CENA 07. APARTAMENTO DAS MENINAS. SALA. INTERIOR.

DIA.

RENATA VEM DO QUARTO, FLÁVIA, QUE ACABOU DE CHEGAR,

ESBARRA NELA.

FLÁVIA — Calma, Tatá.

RENATA — Tô com dor de cabeça, aliás esqueci de comprar

remédio pra dor de cabeça, tem que levar, lá não
vende em qualquer lugar. Também tem que levar
remédio pra gazes, pra digestão/

FLÁVIA — Pra ansiedade.

RENATA — Também! Um anti-inflamatório, vitamina C, ai,

meu Deus, eu vou ter que passar na farmácia!
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FLÁVIA — Tatá, tem um quilo de remédio no banheiro!

RENATA — Levando os remédios, não falta mais nada.

FLÁVIA — Ótimo, vem pra praia comigo.

RENATA — Tá doida? Hoje eu só saio de casa pra ir pro

aeroporto.

FLÁVIA — O vôo é só à noite!

RENATA — E se eu pego trânsito na volta da praia e perco o

meu vôo?

FLÁVIA — Então pelo menos espera eu chegar que cê não vai

viajar sem se despedir da gente!

RENATA — (TRISTE) Não gosto de despedida.

FLÁVIA — Tá bom a gente se despede agora!

RENATA — Não, lembrei que eu tenho que passar na casa do

Caio.

TAÍSSA — (SORRIDENTE) Jura?

RENATA — (DISFARÇA) Esqueci o meu aplicador de cílio

postiço lá.

FLÁVIA — E desde quando cê usa cílio postiço?

RENATA — Não uso, mas sei lá se eu vou precisar.

FLÁVIA — Por que você não pede pra ele trazer?

RENATA — Porque eu não quero.

RENATA JÁ PEGOU A BOLSA E SAIU. BÁRBARA VEM DO QUARTO

ARRUMADA PARA SAIR.

FLÁVIA — Bom dia.

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BÁRBARA — Só se for pra você.

FLÁVIA — Ei! Cês esqueceram o bom humor onde?

BÁRBARA — Eu vou pegar as minhas coisas na casa do Ricardo.

FLÁVIA — Ele não tá lá.

BÁRBARA — Por isso mesmo.

BÁRBARA SAI. FLÁVIA SUSPIRA E VIRA. DÁ DE CARA COM

JÚLIO, DE BERMUDA E SEM CAMISA. FLÁVIA RECUA. JÁ VAI
FALAR QUANDO JÚLIO VEM ATÉ ELA, SORRINDO.

JÚLIO — Oi, Júlio, o cara da Austrália. Eu falo, eu ando, eu

penso e eu vim por causa da Taíssa. Água?

FLÁVIA — É o quê?

JÚLIO — Onde tem água?

FLÁVIA APONTA A GELADEIRA. JÚLIO VAI PEGAR, FLÁVIA

OLHA, ABISMADA.

FLÁVIA — Minha nossa.

CENA 08. PORTA DE UMA DELEGACIA. EXTERIOR. DIA.

OLAVO SAI DA DELEGACIA. OLHA EM VOLTA E SORRI. REGINA

VEM ATÉ ELE COM UM POTINHO DE AMBROSIA.

REGINA — Obrigada por me avisar que você ia sair.

OLAVO — Ambrosia?

REGINA — E eu. Você saiu rápido.

OLAVO — Vou responder ao processo em liberdade.

REGINA — Viva o Brasil!

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OLAVO ABRAÇA REGINA E ELES VÃO CAMINHANDO. PIRILLO,

MAIS UM TRABALHO NOSSO JUNTOS. OBRIGADA PELO OLAVO,
OBRIGADA PELA FORÇA E PELO CARINHO. CARMEM, FOI ÓTIMO
DESCOBRIR QUE A REGINA PODIA CRESCER PORQUE VOCÊ
ESTAVA DEFENDENDO A PERSONAGEM.

CENA 09. APARTAMENTO DOS RAPAZES. SALA. INTERIOR.

DIA.

JOÃO PEDRO DESLIGA O TELEFONE FELIZ DA VIDA. VAI DIRETO

PARA A PORTA. ABRE E RENATA ENTRA JÁ FALANDO.

RENATA — Vim buscar meu protetor solar.

J PEDRO — Em Londres não é inverno?

RENATA — E daí?

J PEDRO — Daí nada.

RENATA — Eu quero meu protetor.

J PEDRO — Não sei onde tá.

RENATA — O Caio sabe.

J PEDRO — Ele saiu.

RENATA — Pra onde?

J PEDRO — Foi gravar.

RENATA — A novela?

J PEDRO — Renata!

RENATA — (MURCHOU) Ahh, tá.

J PEDRO — Você não sabia?

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RENATA — Não... e o meu protetor?

J PEDRO — Não vende protetor em Londres?

RENATA — Eu quero o meu!

J PEDRO — Então você vai ter que procurar, porque eu tenho

que ir pro E Aí.

JOÃO PEDRO SAI. RENATA OLHA EM VOLTA, DESAMPARADA.

TEM UMA CAMISETA DO CAIO JOGADA ALI. ELA PEGA, ABRAÇA,
CHEIRA E CHORA.

CENA 10. E AÍ. INTERIOR. DIA.

ZEN COM SAMUEL, QUE ESTÁ NA MAIOR FELICIDADE. ZEN

TAMBÉM NO BOM HUMOR. O BAR ESTÁ VAZIO.

ZEN — Ô, coisa feia, então você vai ser um sucesso!

SAMUEL — Se Deus quiser.

ZEN — Talento você tem.

SAMUEL — Zen, eu queria te agradecer.

ZEN — Não começa que eu sou triste pra essas coisas, eu

choro.

SAMUEL — Você foi um amigo, um irmão, um pai.

ZEN — Você também não é de todo ruim.

SAMUEL — Nada disso teria acontecido se você não tivesse me

ajudado.

ZEN — (EMOCIONADO) Samuel, pare com isso. Eu sei

que quando você tiver na estrada divulgando o cd eu
não vou ter mais o meu gerente atrapalhado e
competente.
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SAMUEL — Eu não vou desaparecer.

ZEN — Nem ouse! Anda, tristeza, dê cá um abraço!

OS DOIS SE ABRAÇAM, EMOCIONADOS. FÁBIO, 1997 FOI O ANO

QUE EU VI VOCÊ ATUANDO PELA PRIMEIRA VEZ E TE FIZ UMA
PROMESSA. FAÇO OUTRA EM 2007: A GENTE VAI TRABALHAR
JUNTO MUITAS OUTRAS VEZES. SEU TALENTO É IMENSO.

CENA 11. APARTAMENTO DE RICARDO. SALA. INTERIOR. DIA.

BÁRBARA VEM DE DENTRO COM UMA SACOLA PEQUENA NAS

MÃOS. ELA OLHA TUDO. UMA FOTO DE RICARDO EM CIMA DE
UMA MESA, ELA PEGA. TEMA DELA TOCANDO E ELA CHORA.
INSERTS DELA COM RICARDO EM MOMENTOS FELIZES –
PODEMOS FAZER UMA EDIÇÃO DESDE OS PRIMEIROS
MOMENTOS DELES NA FACULDADE (BIBLIOTECA), PRIMEIRO
BEIJO – PRIMEIRA TRANSA – RECONCILIAÇÃO – E BÁRBARA VAI
PARA A PORTA. ANTES DELA ABRIR, RICARDO ENTRA. PÁRA A
MÚSICA.

BÁRBARA — Ricardo?

RICARDO — Vim buscar as minhas coisas.

BÁRBARA — Você vai embora?

RICARDO — Vou.

BÁRBARA — Pra sempre?

RICARDO — Desse apartamento pra sempre.

BÁRBARA — Roma?

RICARDO — Não. Eu voltei pra tentar te pedir perdão, pra ver se

ainda tem chance de você acreditar que te amo e que
nada e ninguém vai me fazer desistir desse amor.
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BÁRBARA — E teu pai?

RICARDO — Nada e ninguém. Eu sei que eu pisei na bola,

menti, fiz um monte de bobagem. Não diz nada agora.
Se um dia você puder me perdoar, eu espero.

BÁRBARA — Você voltou por minha causa?

RICARDO — Voltei porque eu te amo e por você sou capaz de

roubar os anéis de Saturno. Vou começar do zero, vou
morar numa república, num quarto, sei lá. Mas vou
tocar a vida do meu jeito.

BÁRBARA SEM AÇÃO. RICARDO DEIXA A PORTA ABERTA E

ENTRA.

RICARDO — Daqui a pouco o porteiro vem me ajudar. Vou

arrumar uma mala.

ELE VAI SAINDO.

BÁRBARA — Ricardo!

FOI UM QUASE GRITO, UM APELO. ELE SE VIRA.

BÁRBARA — Você vai precisar de ajuda, que eu nunca vi

alguém mais desorganizado pra arrumar mala. E
depois me diz o que dá pra levar da cozinha, a
televisão vai ou é dele também?

RICARDO FICOU PARADO A FICHA NÃO CAIU.

RICARDO — Você quer me ajudar?

BÁRBARA — Lá em casa não vai caber tudo, mas tem aquele

outro apartamento que é meu... se você quiser a gente
pode ficar lá.

RICARDO — A gente?
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ÚLTIMO

BÁRBARA — Se você quer roubar os anéis de Saturno por mim,

eu acho que vale a pena investir. Adoro Saturno!

RICARDO QUASE CORRE ATÉ BÁRBARA. OS DOIS SE ATRACAM

EM UM BEIJO GRANDE E CHEIO DE AMOR.

CENA 12. APARTAMENTO DAS MENINAS. SALA. INTERIOR.

DIA.

FLÁVIA E JOÃO PEDRO NA MAIOR ANIMAÇÃO.

FLÁVIA — João! A gente vai gravar um cd! Você e eu!

J PEDRO — A gente vai fazer tudo junto! O Samuel também

vai, mas ele já reuniu a banda dele de novo.

FLÁVIA — Será que agora ele larga odonto?

J PEDRO — Já largou!

TAÍSSA VEM DE DENTRO COM JÚLIO.

TAÍSSA — João, esse é o Júlio.

FLÁVIA — (BAIXO) O cara da Austrália.

JÚLIO — João Pedro, o guitarrista namorado da Flávia... ou

vocês terminaram?

FLÁVIA — Terminamos e voltamos.

TAÍSSA — Eu vou levar o Júlio no E Aí.

JÚLIO — E depois eu vou levar a Taíssa conhecer a minha

casa.

J PEDRO — Na Austrália?

JÚLIO — Também.
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TAÍSSA — Chique, né amiga?

FLÁVIA — Põe chique nisso.

JÚLIO ABRAÇA TAÍSSA, OS DOIS SE BEIJAM. NATY, A TAÍSSA É

CHIQUE, A TAÍSSA FOI UMA PARTICIPAÇÃO MAIS QUE ESPECIAL,
FOI AMOROSA. BEIJO!

CENA 13. SALA DE ESTAR DO ELENCO. INTERIOR. DIA.

CAIO SENTADO NO SOFÁ, SOZINHO. ELE TEM O TEXTO DA

NOVELA NAS MÃOS. RÁPIDO INSERT DELE E RENATA SE
BEIJANDO, OU NA CAMA, OU EM SÃO PAULO. CAIO PEGA O
CELULAR. ASSIM QUE ELE COMEÇA A DIGITAR, A PORTA ABRE E
UM ASSISTENTE COLOCA O ROSTO PRA DENTRO.

PRODUTOR — Caio, tá na hora.

CAIO JOGA O CELULAR DENTRO DA MOCHILA.

CAIO — Já é!

E SAI.

CENA 14. APARTAMENTO DAS MENINAS. SALA. INTERIOR.

DIA.

RENATA ENTRA COM SACOLAS DE FARMÁCIA. FLÁVIA E JOÃO

PEDRO NA SALA. RENATA BATE A PORTA.

FLÁVIA — Essa porta não passa de hoje!

RENATA — (PARA JOÃO) Já aqui?

J PEDRO — De saída. (PARA FLÁVIA) Melhor você ficar

sozinha com ela.
ALTA ESTAÇÃO Capítulo 162 - Pag.: 17
ÚLTIMO

ENQUANTO JOÃO PEDRO SAI, RENATA ATIRA A SACOLA COM OS

REMÉDIOS EM CIMA DA MESA. FLÁVIA FICA OLHANDO.

FLÁVIA — Tatá...

RENATA — Não fala nada, por favor.

FLÁVIA — Ele não tava em casa?

RENATA DESABA.

RENATA — Eu cheguei lá e ele não tava. Foi gravar a novela,

nem me disse nada. Eu acho que a gente acabou
mesmo, eu vou embora pra Londres sem namorado. E
o pior, nem pude dizer tchau. Não é horrível?

FLÁVIA ABRAÇA RENATA, NÃO TEM MUITO O QUE DIZER

NESSAS HORAS.

CENA 15. STOCK SHOT. EXTERIOR. NOITE.

ANOITECE

CENA 16. E AÍ. INTERIOR. NOITE.

BAR VAZIO. CLARA ENTRA, DÁ ALGUNS PASSOS E É PUXADA

POR SAMUEL, EXATAMENTE COMO ELA FEZ COM ELE DURANTE
TODA A NOVELA.

CLARA — Samuel!

SAMUEL — Cala a boca e me beija, lesma gostosa.

BEIJO DELES. ÂNGELO, O SAMUEL SÓ CONTINUOU PORQUE

VOCÊ FICOU. REVELAÇÃO DE GENTE, DE ATOR, DE CANTOR.
PARABÉNS. LARISSA, POUCAS VEZES EU PUDE VER UM
ALTA ESTAÇÃO Capítulo 162 - Pag.: 18
ÚLTIMO

TALENTO TÃO NATURAL PARA A COMÉDIA. RI MUITO COM A

CLARA. BEIJO!

CENA 17. APARTAMENTO DE RENATA. SALA. INTERIOR.

NOITE.

RENATA VEM PARA A SALA. TEM MALAS NAS MÃOS. OLHA

TUDO, COM SAUDADES. RÁPIDOS INSERTS DE COISAS QUE
ACONTECERAM ALI: CHEGADA DA BÁRBARA. FLÁVIA E
RENATA EM ALGUM MOMENTO DE AMIZADE, UMA DANDO
COLO PARA A OUTRA. CAIO E RENATA SE BEIJANDO, E FLÁVIA
CHEGANDO, RENATA EMPURRA CAIO PARA DENTRO DO
BANHEIRO. COISA RÁPIDA, SEM ÁUDIO DE CENA, TEMA DE
RENATA E CAIO TOCANDO. RENATA OLHA EM VOLTA. RENATA
VAI SAINDO COM AS MALAS. FECHA A PORTA.

CENA 18. APARTAMENTO DOS RAPAZES. SALA. INTERIOR.

NOITE.

CAIO CHEGA DA GRAVAÇÃO. JOÃO PEDRO NA SALA FAZENDO

FLEXÃO.

J PEDRO — E aí? Como é que foi?

CAIO — Uma correria.

J PEDRO — Normal.

CAIO — Que horas são?

J PEDRO — Ela já foi.

CAIO — Como é que tu sabe?

J PEDRO — A Flávia ligou, ela queria levar a Renata pro

aeroporto e quando viu, a Tatá já tinha ido embora.
ALTA ESTAÇÃO Capítulo 162 - Pag.: 19
ÚLTIMO

CAIO DÁ DOIS PASSOS. PÁRA. CAIU A FICHA.

CAIO — Eu sou um imbecil.

J PEDRO — Você que tá dizendo.

CAIO — Eu não vou deixar ela ir embora sem saber o que

eu tô sentindo.

CAIO VIRA NO PÉ E SAI DESABALADO.

CENA 19. AEROPORTO. INTERIOR. NOITE.

RENATA FAZ O CHECK IN E VAI PARA A ENTRADA DA POLÍCIA

FEDERAL. ENTRA.

CENA 20. AERPORTO. SALA DE EMBARQUE. INTERIOR. NOITE.

RENATA TOMA UM CAFÉ. FB DELA E CAIO TOMANDO CAFÉ.

RENATA DEIXA A XÍCARA E SE VIRA. DÁ DE CARA COM UMA
TELEVISÃO E NELA VÊ A CHAMADA DA NOVELA. É A CHAMADA
DA PERSONAGEM DE CAIO. RENATA DESABA. CHORA.

CENA 21. AVENIDA. EXTERIOR. NOITE.

UM ENGARRAFAMENTO GIGANTE. O CARRO DE CAIO NO MEIO.

LÁ DENTRO, CAIO NEURÓTICO DENTRO DO CARRO. BUZINA,
COLOCA A CABEÇA PARA FORA. VAI FICANDO CADA VEZ PIOR
LÁ DENTRO. ELE SAI PELA JANELA DO CARRO E VAMOS PARA
TAKES DELE PULANDO SOBRE OS CARROS – USANDO O QUE ELE
APRENDEU NO LE PARKOUR. PODE TER TAKES DELE FAZENDO
AS LOUCURAS EM OUTROS LUGARES. COMO A DIREÇÃO ACHAR
MELHOR E MAIS ESPETACULAR.
ALTA ESTAÇÃO Capítulo 162 - Pag.: 20
ÚLTIMO

CENA 22. FRENTE DO AEROPORTO. EXTERIOR. NOITE.

CAIO PULA PELA MURETA DO AEROPORTO E ENTRA

DESABALADO.

CENA 23. AEROPORTO. EMBARQUE. INTERIOR. NOITE.

CAIO CHEGA CORRENDO NO GUICHÊ. A MULHER ESTA

COLOCANDO UMA PLACA DE FECHADO.

CAIO — O vôo para Londres?

MULHER — Já foi, senhor.

CAIO SE VIRA. PERDEU O CHÃO. AGORA ELE CHORA MESMO.

CAIO APÓIA EM OUTRO PÉ E NO QUE ELE FAZ ISSO, VAMOS VER
RENATA PARADA ATRÁS DELE. TAMBÉM ELA CHORA. CAIO
VIRA E OS DOIS SE VÊEM. RENATA ESTÁ COM A BOLSA, O
CASACÃO QUE IA USAR EM LONDRES E UMA MALETA DE MÃO.
ELA DEIXA A MALETA CAIR. CAIO E ELA VÃO SE
APROXIMANDO. ATÉ QUE FICAM MUITO PERTO UM DO OUTRO.
OLHO NO OLHO, OLHO NA BOCA. CORAÇÃO
ACELERADO,VAMOS DEIXAR O PÚBLICO TORCER PARA ESSE
BEIJO QUE CHEGA COM A FÉ DOS DESESPERADOS.

CENA 24. APARTAMENTO DOS RAPAZES. SALA. INTERIOR.

NOITE.

CAIO E RENATA ENTRAM. ELE ESTÁ COM A MALETA DELA NAS

MÃOS. CARINHO, MUITO CARINHO DOS DOIS. QUE FICAM EM PÉ.

CAIO — Eu não acredito que você não foi.

RENATA — Nem eu que você foi atrás de mim.

CAIO — A gente não conseguiu falar nada no carro.

ALTA ESTAÇÃO Capítulo 162 - Pag.: 21
ÚLTIMO

RENATA — Porque eu acho que estou sonhando.

ELA VAI NELE. SE TOCAM.

CAIO — Não posso ficar sem ver esse sorriso lindo.

RENATA — Por que você não me pediu pra ficar?

CAIO — Porque eu achei que você queria ir, que ia ser

importante pro teu futuro.

RENATA — Nada pode ser mais importante do que viver um

grande amor.

CAIO — Achei que você não pensava assim.

RENATA — Não se pode fugir da vida.

CAIO — Eu acho que eu fugi de tudo até descobrir que amo

você.

RENATA — Foi difícil encarar esse amor?

CAIO — Eu sou muito fechado, Renata. Faço toda essa

palhaçada pra não entrar em assunto sério.

RENATA — E eu achando que você tava fugindo de mim.

CAIO — Eu tava. Ia deixar você ir embora porque lá no

fundo bateu medo do que tava sentindo.

RENATA — Ah, Caio...

OS DOIS SE ABRAÇAM E SE BEIJAM.

CENA 25. STOCK SHOT. EXTERIOR. DIA.

PASSAGEM DE TEMPO PEQUENA.

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CENA 26. FACULDADE. PÁTIO. EXTERIOR. DIA.

UMA GAROTA BONITA PERDIDA ALI NA CONFUSÃO DE GENTE,

ALUNOS NOVOS PERDIDOS COMO ELA TENTANDO ENCONTRAR
O CAMINHO DAS SALAS. ELA SE APROXIMA DE UM DOS
RAPAZES.

GAROTA — Cê sabe onde é o prédio de medicina?

O RAPAZ FAZ QUE NÃO E SEGUE TAMBÉM APRESSADO. A

GAROTA SEGUE ENTRE A MULTIDÃO DE ALUNOS E ACABA
ENCONTRANDO COM EDUARDO, QUE ESTÁ COM UM AMIGO. A
GAROTA SORRI, FELIZ. EDUARDO CUSTA UM POUCO PRA
LEMBRAR DELA, NÃO LIGA A PESSOA DELA AO RIO DE JANEIRO.

GAROTA — Oi.

EDUARDO — (HESITA) Oi...

GAROTA — Veio se matricular?

EDUARDO — É...

GAROTA — Você não lembra de mim?

EDUARDO — (CAIU A FICHA) Lógico! Milão!

AMIGO CUTUCA EDUARDO.

AMIGO — Aí, apresenta a gatinha.

EDUARDO OLHA A GAROTA E LÓGICO QUE NÃO LEMBRA O

NOME DELA. FRISA NELE SEM GRAÇA, TENTANDO LEMBRAR E A
GAROTA FURIOSA – SIM, ELE RECOMEÇA!

CENA 27. CONJUGADO. INTERIOR. DIA.

RICARDO E BÁRBARA ACORDANDO. ARRUMAM A CAMA

JUNTOS, DEPOIS TOMAM CAFÉ EM PÉ. RICARDO DE JALECO
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BRANCO. BÁRBARA PEGANDO MATERIAL PARA A FACULDADE.

RICARDO — Anda, linda, eu não posso me atrasar.

BÁRBARA — Vai mergulhar hoje ou é só pesquisa?

RICARDO — Se você demorar muito nem uma coisa nem outra!

ELA PEGA AS COISAS E ELES SAEM.

CENA 28. APARTAMENTO DAS MENINAS. SALA. INTERIOR.

DIA.

A SALA ESTÁ UMA ZONA. TEM BATERIA, GUITARRA,

CONTRABAIXO, MICROFONE, AMPLIFICADOR E CAIXA DE SOM.
FLÁVIA E JOÃO PEDRO ENTRAM E LARGAM AS MALAS PELO
CHÃO.

J PEDRO — Lar, doce lar!

FLÁVIA — Eu adoro hotel! Não tem que limpar nada, guardar

nada.

J PEDRO — Semana que vem a gente vai pra Natal.

FLÁVIA — Oba! Dunas, mar quentinho... você!

J PEDRO — Vem cá!

OS DOIS SE BEIJAM.

MAURÍCIO: FILHOTE! LINDO TER VOCÊ DEFENDENDO O JOÃO

PEDRO, QUE, COMO VOCÊ SABE, FOI FEITO PARA VOCÊ. SORRISO
LINDO! A GENTE SE VÊ LOGO-LOGO. BEIJO!

CENA 29. APARTAMENTO DOS RAPAZES. SALA. INTERIOR.

DIA.

AQUI A SALA ESTÁ ARRUMADA, RENATA TROUXE ALGUNS

MÓVEIS DELA. A MESA DE JANTAR É UMA OUTRA, BONITA. TEM
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ÚLTIMO

TELEVISÃO, ENFIM, PARECE CASA DE GENTE, COM VASO DE

PLANTA E TUDO. RENATA VEM DO QUARTO QUE ERA DE
EDUARDO COM UM TÊNIS NAS MÃOS. CAIO ESTUDA TEXTO NA
MESA DA SALA.

RENATA — Caio, isso tava no meu consultório.

CAIO — Tava, é?

RENATA — O meu paciente das duas é aquele menino com

TOC. Ele pira se encontrar alguma coisa fora do
lugar.

CAIO — Só ele?

RENATA — Eu não sou mais assim!

E FALANDO, ELA PEGA ALGUNS PAPEIS QUE ESTÃO EM CIMA DA

MESA, AMASSADOS E VAI JOGAR FORA.

CAIO — Tô ligado.

ELA DESISTE A ATIRA OS PAPEIS NO CHÃO.

RENATA — Ok, você pega.

ELE PEGA É ELA, SENTA RENATA NO COLO DELE.

CAIO — Pego, modoce, eu pego tudo que você quiser. Que

horas chega o garoto?

RENATA — Duas.

CAIO OLHA NO RELÓGIO.

CAIO — Uma e dez... você tem vinte minutinhos?

RENATA — Quarenta.

ELA SORRI, SAFADINHA. ELE LEVANTA COM ELA NO COLO E

VAI PARA O QUARTO DELE. FADE.
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ÚLTIMO

CENA 30. E AÍ. INTERIOR. DIA.

BAR VAZIO. MUITO DEVAGAR, CADA UM VINDO DE UM CANTO,

OS SEIS: CAIO, RICARDO, EDUARDO, RENATA, FLÁVIA E
BÁRBARA. SEM MESA, ELES FICAM EM PÉ, JUNTOS. CAIO E
RENATA NÃO FICAM ABRAÇADOS, É O ENCONTRO DOS AMIGOS.

RENATA — Ó nós aqui de novo.

BÁRBARA — Todo mês, no mesmo dia...

FLÁVIA — Morro de saudades da gente.

EDUARDO — A gente passou muita coisa junto.

RICARDO — E continuamos amigos.

CAIO — Até porque essa família não vai embora assim.

RENATA — Um brinde, galera!

CAIO — Faço minhas as palavras da minha mãe: a gente tá

junto, costurado agora e sempre!

ELES LEVANTAM AS TAÇAS, POR FAVOR, TAÇA DE CHAMPANHE

E BRINDAM. CLOSE DE TODOS SORRINDO, ATÉ PORQUE CHORAR
AQUI NÃO VALE!

ARIELLA, DANIEL, GUILHERME, ANDRÉIA, VERGNIAUD E LANA:

IMPOSSÍVEL COLOCAR AQUI TUDO O QUE VOCÊS SIGNIFICAM
PRA MIM. FOI UM SONHO TRABALHAR COM ESSA JUVENTUDE
TODA, COM ESSA GARRA IMENSA QUE VOCÊS TIVERAM. AMO
VOCÊS DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO. BEIJOS E GENTE SE VÊ,
COM CERTEZA ABSOLUTA!

FIM