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Dentre as diversas escalas existentes, algumas são mais importantes devido a sua vasta
utilização e, sem dúvidas, a Escala Maior Natural é uma das mais usadas na música
ocidental. Muitas melodias que ouvimos e aprendemos desde criança foram compostas
com suasnotas, por isso essa escala é tão familiar e agradável aos nossos ouvidos.
O conhecimento da Escala Maior Natural é fundamental para o entendimento de outros
assuntos como: Campo Harmônico e Modos Gregos.
A Escala Maior, que também é conhecida como Escala Diatônica ou Modo Jônio, tem
como modelo uma sequência de notas muito conhecida por todos nós:
Dó » Ré » Mi » Fá » Sol » Lá » Si
Se analisarmos os intervalos dessa sequência por tons e semitons, teremos:
Legenda: T = Tom e ST = Semitom
Se você quiser saber quais notas formam a escala de Sol maior por exemplo, deverá aplicar
essa mesa “fórmula” de tons e semitons, partindo da nota Sol.
Veja:
Repare que para mantermos os mesmos intervalos entre as notas, foi necessário umajuste:
o Fá se tornou um Fá#. Aplicando agora, a mesma estrutura intervalar partindo da nota
Ré, teremos:
Veja que a nossa escala modelo, Dó maior, não tem nenhum acidente (#). Já a escala de Sol
Maior tem 1 acidente (Fá#) e a escala de Ré maior tem 2 acidentes (Fá# e Dó#).
Na sequência, teremos uma escala com 3 acidentes, uma com 4, 5, 6 até que encontramos a
escala de Dó# que tem 7 acidentes, ou seja, todas as notas tem o # (sustenido).
O Ciclo de 5ª
Para encontrarmos as escalas na ordem de surgimento dos sustenidos, devemos
obdecer o chamado ciclo das 5ª, ou seja, vamos sempre pensar na quinta nota da
escala que montamos para construir a proxima.
Exemplo:
Escala de Dó: C D E F G A B – Sol (que será a próxima escala) é a quinta de Dó e não tem
nenhum acidente.
Escala de Sol: G A B C D E F# – Ré (que será a próxima escala) é a quinta de Sol e tem um
acidente.
Escala de Ré: D E F# G A B C# – Lá (que será a próxima escala) é a quinta de Ré e tem dois
acidentes.
E assim por diante…
Essa é uma ordem importante na escrita da Armadura de Clave, assunto que veremos
ainda nesse guia. Repare que ainda não encontramos todas as escalas, mas essa questão
será explicada a seguir!
O Ciclo de 4ª
Se, após entender a explicação acima, você tentou montar a escala de Fá Maior, por
exemplo, pode ter surgido alguma dúvida.
Aplicando a fórmula T » T » ST » T » T » T » ST partindo da nota Fá, encontraremos
duas nota Lá. Veja:
Fá » Sol » Lá » Lá# » Dó » Ré » Mi
Essa é uma forma errada de se escrever a escala pois numa escala maior, é
importante termos os 7 nomes de notas e no exemplo acima temos o Lá e o Lá# e
não temos o nome Si. Nesse caso a solução é trocar o Lá# pelo Sib.
Aqui vemos o surgimento de outro padrão, que é a escrita da escala usando o
acidente bemol.
C » F » Bb » Eb » Ab » Db » Gb » Cb
A ordem dos bemóis
Assim como os sustenidos surgem nas escalas maiores numa determinada ordem, os
bemóis também têm uma ordem determinada:
Sib » Mib » Láb » Réb » Solb » Dób » Fáb
Essa será a ordem do bemóis na Armadura de Clave.
A armadura de clave
Na escrita musical, mais especificamente na escrita de partitura é a armadura de
clave que irá nos dizer qual é o tom de uma música
Ao olharmos paro início de uma partitura – logo após a clave e a fórmula de compasso
iremos perceber um grupo de sustenidos ou de bemóis.
É a armadura de clave que indicará quais notas devem ser naturais e quais devem ser
alteradas (# ou b) em determinada música. Ou seja, qual escala iremos utilizar naquele
contexto e por consequência nos dizer em qual tom estamos!
Perceba na imagem abaixo que, no tom de Dó Maior, quando não há nenhum acidente, não
temos armadura de clave. Em Sol maior temos 1 sustenido, em Ré Maior temos 2
sustenidos, e assim por diante.
Repare que nesse grá co, temos as Escalas/tonalidades, suas respectivas Armaduras de
Claves e também as Tonalidades Relativas
Construa as escalas você mesmo e aproveite para xá-las em sua memória Decore a
ordem de surgimento dos sustenidos e bemóis, e aprenda a descobrir o tom de uma
música somente ao olhar para a armadura de clave.