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MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA DO DIA MUNDO DA PAZ 2023

Em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz,


do ano de 2023, o Papa Francisco nos faz um convite
para refletirmos sobre as lições deixadas pela
pandemia e pela guerra na Ucrânia e aponta o
caminho para a paz. O tema escolhido para a
mensagem foi “Ninguém pode salvar-se sozinho.
Juntos, recomecemos a partir da Covid-19 para traçar
sendas de paz”.

“É juntos, na fraternidade e solidariedade, que construímos a paz, garantimos a justiça,


superamos os acontecimentos mais dolorosos” (Papa Francisco).

O Papa nos convida a termos nos questionarmos mais, aprender com os erros,
crescermos e fazer uma mudança de vida.

Passados três anos da pandemia, a mensagem do Pontífice utiliza como foco a


experiência da pandemia. Os efeitos que ela causou em cada um de nós, a constar, a dor do
luto, o mal-estar generalizado, ameaça da segurança das pessoas, aumento da solidão em
nossa sociedade, fez aflorar contradições, desigualdades e fragilidades.

Mas a pergunta para nossa reflexão é: “O que é que aprendemos com essa situação
de pandemia”?

Nas palavras de Francisco, “A maior lição que Covid-19 os deixa em herança é a


consciência de todos precisamos uns dos outros, que o nosso maior tesouro, ainda que o mais
frágil, é a fraternidade humana, fundada na filiação divina comum, e que ninguém pode salvar-
se sozinho”.

Apesar de todo o lado doloroso e difícil da pandemia, ela também nos mostra algumas
atitudes positivas, destacando o regresso à humildade, uma redução do consumismo, um
renovado sentido de solidariedade, a doação de diversas pessoas em conseguir superar do
melhor modo possível o drama da emergência.

Na visão do Papa Francisco, o segredo está em uma pequena palavra, mas com grande
significado, que é “Juntos”. “De fato, as respostas mais eficazes à pandemia foram aquelas que
viram grupos sociais, instituições públicas e privadas, organizações internacionais unidas para
responder ao desafio, deixando de lado interesses particulares”, ressalta o Pontífice.

No momento em que tudo parecia estar passando, as pessoas começavam a se


recuperar do trauma da pandemia, eis que outro fato colocou a humanidade à prova: a Guerra
da Ucrânia. A guerra acaba com vidas inocentes e suas consequências vão além das fronteiras,
como pode ser o aumento dos preços de gêneros alimentícios e energia. O Papa Francisco
comenta sobre a guerra “desgraça”, “flagelo” pilotado por “opções humanas culpáveis”.

O Papa Francisco lamenta, “não era esta, sem dúvida, a estação pós-Covid que
esperávamos ou por que ansiávamos”. Francisco ressalta que a guerra é uma “derrota da
humanidade” para a qual ainda não existe vacina.

E comenta ainda, “Com certeza, o vírus da guerra é mais difícil de derrotar do que
aqueles que atingem o organismo humano, porque o primeiro não provem de fora, mas do
íntimo do coração humano, corrompido pelo pecado.”

Diante desses dois marcos em nossas vidas, a pergunta que nos vem a mente é: O que
fazer?

É preciso deixar que Deus transforme


nossos corações e, logo após, pensarmos de
forma comunitária, sem deixar que nossos
interesses pessoais ou nacionais tenham
espaço em nossas vidas. Dessa forma, como
cita o Papa, “é hora de nos comprometermos
todos em prol da cura de nossa sociedade e do
nosso planeta. E assim somos chamados a
enfrentar, com responsabilidade e compaixão, os desafios do nosso mundo.”

Nosso trabalho será árduo, pois nossos desafios não são poucos: guerras, alterações
climáticas, desigualdades, desemprego, migração e fome.

Ao final da mensagem, Papa Francisco conclui: “Compartilho estas reflexões com a


esperança de que, no novo ano, possamos caminhar juntos valorizando tudo o que a história
nos pode ensinar. Desejo a todos os homens e mulheres de boa vontade que possam, como
artesãos de paz, construir dia após dia um ano feliz! Maria Imaculada, Mãe de Jesus e Rainha
da Paz, interceda por nós e pelo mundo inteiro.”
(Fonte: site Vatican News)

Diego Aparecido Guariz

Coordenador da Pastoral Litúrgica

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