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Tendo em conta a informação contida em anexo, publicada num jornal diário, bem como a que
consta do Relatório & Contas da empresa Sumolis, SA relativos ao ano de 2005, responda às
seguintes questões.
Anexo 2
(http://dn.sapo.pt/2005/11/04/negocios/sumolis_prepara_fusao_compal.html)
QUESTÃO 1
QUESTÃO 2
Em 31.12.05 verificou-se que, dadas as cotações das acções A e B do dia, há que registar ganhos
e perdas, pelo que se devem efectuar os seguintes registos:
D Perdas por imparidade de activos financeiros (DR, +Custo) 200€
C Outros inv. financeiros – Acções A – Perdas por imparidade (Bal, Activo-) 200€
Estes lançamentos foram feitos com base no critério valorimétrico do justo valor, que determina
que os activos sejam registados pelo valor pelo qual podem ser transaccionados entre partes
conhecedoras e dispostas a realizar o negócio.
QUESTÃO 3
Alínea a.
O saldo inicial desta conta em 1.1.05 era 8,002k€.
§ Utilização – valor acumulado 58k€ - quando se regista a não cobrança efectiva de uma
dívida de clientes, cuja imparidade já estava registada, ou seja o custo já tinha sido
reconhecido na DR do exercício
D Contas a receber de clientes – perda por imparidade ( Bal, Activo+)
C Contas a receber de clientes (Bal, Activo-)
Notas de estudo:
• O saldo inicial desta conta é calculado de acordo com a seguinte tabela, referente a 31.12.04:
Error! Not a valid link.
• Esta tabela refere-se aos limites que são fiscalmente aceites em Portugal, de acordo com o código
do IRC; as empresas são, porém, livres de utilizar limites de gestão diferentes.
• IAS 36: Uma perda por imparidade é a quantia pela qual a quantia escriturada de um activo ou
unidade geradora de caixa excede a sua quantia recuperável. A quantia recuperável de um activo
ou unidade geradora de caixa é o valor mais elevado entre o justo valor menos os custos de venda
e o seu valor de uso).
• Exemplos:
o Reforço: o valor de dívida em mora é superior (mais clientes em mora), e/ou o tempo médio
de mora aumenta (mesmos clientes em maior prazo de mora, portanto cujas dívidas são
sujeitas a um maior escalão de provisão)
o Utilização: um cliente entra em processo de falência e da massa falida a empresa nada
recupera
o Reversão: um cliente em mora procede ao pagamento da sua dívida ou é tomada uma
decisão judicial a nosso favor, pelo que o cliente paga a sua dívida ou há um novo
accionista que compra a empresa cliente e injecta capital para pagar as dívidas
Alínea b.
Os valores referidos na nota 18 que dizem respeito às perdas de imparidade em clientes de
cobrança duvidosa, estão reflectidos no balanço do seguinte modo:
Error! Not a valid link.
QUESTÃO 4
Alínea a.
Esta rubrica inclui descontos de rappel que a Sumolis obteve dos seus fornecedores durante o
ano de 2005, mas cuja documentação ainda não foi emitida, e não houve lugar à respectiva
liquidação.
O saldo desta conta em 31.12.05 é de 129k€, valor bastante inferior ao valor registado em
31.12.04, de 788k€. Duas situações que podem justificar esta diferença são:
o um menor valor médio de descontos de rappel obtido durante o ano de 2005
o um maior volume de descontos de rappel já liquidados e registados nas contas de 2005, quando
comparando com o valor equivalente em 2004
Alínea b.
Quando a Sumolis recebe o documento relativo ao rappel de fornecedores deve proceder ao
seguinte registo:
D Fornecedores (Bal, Act+)
C Outros activos correntes - Acréscimo de proveitos (Bal, Act-)
Quando a Sumolis recebe efectivamente o dinheiro referente ao rappel, deve registar o seguinte
movimento:
D Caixa e seus equivalentes (Bal, Act+)
C Outros activos correntes - Fornecedores (Bal, Act-)
Alínea c.
Nesta rubrica estão incluídos todos os proveitos que devem ser reconhecidos no exercício, porque
a venda/serviço ocorreu de facto, mas para os quais não existe documentação vinculativa.
Exemplos:
o venda de produtos para um evento especial de Natal, cuja factura não foi ainda emitida
o custos especiais de transporte e distribuição, que vão ser facturados ao cliente
Alínea d.
A rubrica Material de publicidade em custos diferidos inclui despesas em que a Sumolis incorreu
até 31.12.05 mas que não contabilizou como custo, por dizerem respeito a items que vão ser
“consumidos” em exercícios seguintes.
o A Sumolis pode ter comprado uma grande quantidade de materiais de publicidade (ex. Chapéus de
sol, esplanadas, porta-guardanapos) para beneficiar de descontos de quantidade mais atractivos
o Pode também ter feito, no final de 2005, uma compra de materiais que vai usar apenas no exercício
seguinte, caso em que não deve registar o custo na DR de 2005, para observar o princípio
contabilístico do acréscimo
No ano de 2006, esta conta deve ser movimentada em função do retorno respectivo e o
lançamento a efectuar, à medida que se pretende reconhecer o custo nos resultados do exercício
é o seguinte:
D Custos de publicidade (DR, +Custo)
C Outros activos correntes – custos diferidos (Bal, Activo-)
Nota de estudo:
Podemos optar por um dos seguintes critérios para fazer este lançamento ao longo do exercício seguinte:
o Registamos o custo em proporção directa do retorno obtido em cada período de relato
o Registamos o custo em parcelas constantes (ex duodécimos)
Alínea e.
Nesta rubrica estão incluídos todos os custos, que já tenham sido pagos na totalidade, mas que a
Sumolis não reconheceu como custo no exercício de 2005, por observância ao regime do
acréscimo. Exemplos:
o Prémio de seguro cuja apólice tenha começado em 01.07.05 e termine em 30.06.06: no exercício de
2005 devemos apenas registar como custo metade do prémio pago, classificando o remanescente
em Custos diferidos, uma vez que representa um direito que temos nos nossos activos correntes
o Contrato com empresa de reposição, que diz respeito ao 1º semestre de 2006, mas que foi pago na
totalidade em Dezembro de 2005
QUESTÃO 5
Alínea a.
A rubrica Remunerações e encargos a liquidar, registada em Outros passivos correntes-
acréscimos de custos inclui custos de remunerações referentes a Férias e Subsídios de Férias do
ano de 2006:
o Esta rubrica deve ser registada no passivo corrente uma vez que diz respeito a items que se
espera sejam liquidados nos próximos 12 meses
o Por terem trabalhado em 2005, os trabalhadores ao serviço da Sumolis têm direito a gozar o
período legal de férias durante o ano de 2006, bem como têm direito a receber o subsídio de férias
de 2006.
o Uma vez que se trata de um custo que diz respeito ao exercício de 2005, mas que só vai ser
liquidado no exercício seguinte, a Sumolis deve, no balanço de 31.12.05, reflectir no seu passivo,
ambos os valores, que se resumem a aproximadamente 2 salários brutos por trabalhador,
acrescidos da contribuição que a empresa deve fazer para a Segurança Social (23.75% do salário
bruto)
Alínea b.
A rubrica Documentação em trânsito, registada em Outros passivos correntes - acréscimos de
custos inclui custos que pertencem ao exercício de 2005, mas cuja documentação ainda não foi
recepcionada pela Sumolis.
O lançamento a efectuar quando, por exemplo, se trata de um fornecedor de matérias-primas,
será conforme segue:
D Custos de matérias-primas (DR, +Custo)
C Outros passivos correntes – acréscimos de custos (Bal, Passivo+)
Alínea c.
Nesta rubrica estão incluídos todos os custos a reconhecer no exercício de 2005, por observância
ao princípio contabilístico da especialização do exercício, mas para os quais não existe ainda
documentação vinculativa. Exemplos:
o Acções promocionais de Natal nos hipermercados, como por exemplo topos e participação das
marcas em folhetos que não esteja contemplados nos contratos anuais negociados com as
insígnias, e que só serão liquidados em data posterior a 31.12.05
o Contrato com empresa de reposição, que diz respeito ao 2º semestre de 2005, mas que ainda não
foi pago em Dezembro de 2005
Alínea d.
O lançamento que originou a este acréscimo de custos foi o seguinte:
Ano lectivo: 2006/07 Pág 11/12
Turma 3
UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E EMPRESARIAIS
CURSO de GESTÃO e ADMINISTRAÇÃO de EMPRESAS
CURSO de ECONOMIA
Alínea e.
O ganho proveniente de um subsídio não pode ser reconhecido em capitais próprios no momento
da atribuição do subsídio porque a empresa tem obrigações a cumprir pelo facto de o ter obtido.
Por este motivo, os subsídios para investimentos estão classificados como um passivo, em Outros
passivos correntes – Proveitos diferidos, porque a empresa assume determinados compromissos
em relação a exercícios futuros.