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COP’S PASSION
Série
BIG GIRLS LOVIN
LIVRO DOIS
ANGELA VERDENIUS
Envio: Soryu
Tradução: Chayra Moom
Primeira Revisão Inicial: Ana Nora, Fabiana
Costa
Segunda Revisão Inicial: Quero, Alice Silva,
Leidiane, Lú Vilarino, Duka, Rita Costa, Lauri,
Andrea S.
Terceira Revisão Inicial: Quero
Revisão Final: Virginia
Leitura Final: Cris G.
Formatação: Chayra Moom e Cris G.
A tradução em Tela foi efectivada pelo Grupo Pégasus
Lançamentos de forma a propiciar ao leitor o acesso à obra,
incentivando-o à aquisição integral da obra literária física
ou em formato e-book. O Grupo tem como meta a selecção,
tradução e disponibilização apenas de livros sem previsão
de publicação no Brasil, Ausentes qualquer forma de
obtenção de lucro, direto ou indirecto.
Torch – lanterna.
Bloke/s – homens.
Químico – farmácia.
Tucker – alimentos.
TLC - amor e carinho.
Sheila - feminino.
Panadol - paracetamol.
Donger – pênis.
Gotejamento.
− Senhora. - Isso foi tudo o que ele disse, 'senhora', e havia uma
ordem clara em seu tom.
− Olha, senhor, eu não sei com qual direito me ordena o que fazer,
mas você pode se acalmar.
Ela quase gritou quando uma mão grande prendeu seu tornozelo.
Mesmo quando ela congelou, indecisa se para expulsar e bater o gigante
ameaçador para o chão, ou subir de volta, houve um movimento de baixo
dela e, de repente, algo grande e duro foi pressionado contra sua parte
inferior das costas. Mãos grandes presas no degrau de cada lado de suas
mãos pequenas, e a voz profunda do gigante gritou acima da chuva
batendo:
O grande corpo atrás dela não permitiu que se apressasse, mas sua
presença era sólida como rocha. Ele combinava com seu passo a passo, as
mãos infalivelmente desembarcavam em cada degrau ao lado dela.
Quando ela tentou apressar a descida e seu pé escorregou um degrau, ele
pressionou contra ela, empurrando-a para a segurança da escada e
segurando-a lá enquanto recuperava o equilíbrio.
− Sim.
− Ótimo!
Oh, ela não estava indo deixá-lo saber que estava sozinha. Não
mesmo.
− Então, ele precisa acordar e ver que você está fazendo seu
trabalho. - O homem bateu duro na porta. Quando não houve resposta,
ele olhou para ela pensativamente.
− Pense o que quiser, mas não é da sua conta. Agora saia da minha
propriedade antes que eu chame a polícia. - Ela colocou a mão para trás
como se fosse pegar um celular inexistente do seu bolso traseiro.
Não havia nenhuma maneira que ela pudesse parar o leve rubor de
aquecer suas bochechas com a lembrança de seu corpo pressionado
contra suas costas. Era inegável, a proximidade de seu contato teria feito
ele bem ciente se ela tivesse alguma coisa nos bolsos traseiros.
− Eu percebi isso.
− Tampando um vazamento.
− Não.
− Você vai consertar o meu telhado? - Ela não sabia o que pensar.
A boca de Mike caiu aberta. Que diabos...? Ela estava indo para o
seu galpão?
A raiva queimou Mike e ele bateu a xícara de café sobre a pia antes
de se dirigir para a porta dos fundos. A pegaria no ato. Silenciosamente,
abriu a porta de trás e saiu para a varanda traseira. Movendo-se
furtivamente, desceu as escadas e, cruzou o gramado molhado para a
pequena construção.
Algo correu para fora do galpão e passou por ele para desaparecer
na noite.
Mike agarrou seu braço, ela deu um grito e virou-se para encará-
lo. Pânico apareceu em seus olhos arregalados e ela bateu com seu joelho.
Ele conseguiu evitar o que seria um duro golpe para a sua virilidade e
agarrou a outra mão. Não foi fácil no escuro que já havia caído sobre o
local. Ela atacou-o novamente.
− Esta é a... - foi tudo o que ele conseguiu dizer antes que ela o
pegasse completamente de surpresa.
Ela gritou quando caiu em cima dele. Mike teve apenas um par de
segundos para registrar o quão quente e suave a sentia contra ele, antes
que ela começasse a lutar e ele lembrou por que estava deitado na grama
molhada.
Em um movimento praticado, ele virou-a em sua barriga e puxou
as mãos em um aperto nas costas.
− Você!
− Levante-se e vamos...
− Ouça, bufão...
A mulher era hostil, não havia dúvida sobre isso. Normalmente ele
acharia uma reação suspeita para observar de perto, mas no caso atual ele
achou intrigante. Mas isso não significava que esqueceu por que eles
estavam na sua varanda, com uma escada do seu lado do muro.
− Gatinho?
− Então, por que passar por cima do muro? Por que não bater na
minha porta?
− Sim.
Ela bufou.
− Por quê? A outra foi tão boa? - A mordida estava ali naquele
tom.
Sobre seu corpo morto. Mas antes que ele pudesse expressar uma
objeção, a chuva de repente caiu do céu como se um balde fosse
derramado. Alguém lá em cima estava olhando para ele.
− Vamos entrar e ficar secos. - Sem dar tempo para recusas, Mike
ficou atrás dela e empurrou levemente seu corpo para frente.
Seu movimento foi calculado, e ela fez exatamente o que ele
planejou. Fora das duas opções, tê-lo muito perto ou retirar-se de sua
vizinhança imediata, ela se movimentou antes dele entrar na casa. Ela
chegou a parar no meio da lavanderia e se virou para ele.
− Por quê?
Ela olhou para ele durante vários segundos e ele poderia ver as
engrenagens girando dentro de sua cabeça, enquanto ela pesava suas
palavras, e, sem dúvida, sua expressão.
Macia, a pele era muito suave, mas ele também sentia um par de
calos pequenos na sua palma. Esta mulher tinha algum passatempo
fisicamente duro, ou sua linha de trabalho era físico. Ou os dois.
− Bem, poderia ter havido outras formas, mas com certeza, por
que não? - E ele falava sério. Esta mulher sedutora o interessava. Havia
algo sobre ela que o fazia querer conhecê-la mais.
− O roupão...
Bem, ele não poderia exatamente despi-la, uma pena, assim Mike
foi até um armário e trouxe duas toalhas de mão, entregando uma para
ela.
Além disso, nunca julgou uma pessoa por sua aparência. Era o que
estava lá dentro o que importava, embora a embalagem pudesse agradar.
E garoto, Maddy vinha em um pacote que o interessava.
− Perdão?
Ainda.
− Não é necessário.
− Sobre o quê?
− O seu gatinho.
− Tudo bem. - Ela olhou para a porta atrás dele antes de levantar
aqueles maravilhosos olhos castanhos para ele. − O que você vai fazer
sobre isso?
− Eu ouvi, mas isso não altera o fato de que ele é um bebê gato e
está lá fora.
− Ah... sim?
− Eu estava começando a pensar que você não era tão ruim, mas
não estou tão certa agora.
− Não! Não, você não pode jogá-lo fora, seu idiota! O gatinho
poderia estar ferido, perdido, abandonado! Você deve fazer amizade com
ele...
− E se ele não tem uma? - Droga, ele estava realmente tendo essa
conversa?
− Vê? - Ela saltou em sua pergunta com justo gosto. − Você nem
mesmo tem certeza de que ele tem uma casa!
− Maddy...
− Por que não? - Seu aperto sobre a porta estava deixando quase
brancos os nós dos dedos, a expressão desafiadora.
− Meu ponto, Maddy, é que eu não tenho tempo para perder com
uma bola de pelo.
− Tal como Sookie Bub. - Rindo, ela esfregou sob o queixo e Chaz
ronronou alegremente.
Isso era tudo o que ela precisava para quebrar uma manhã
tranquila, o som de uma moto acelerando forte. Ela deixou seu antigo
lugar por causa de vizinhos que constantemente causavam perturbações
no bairro por acelerar seus carros e motos em todas as horas do dia e da
noite, sem consideração por ninguém. Houve tantos problemas na rua
com os ruídos altos, lutas, e o total desrespeito pela propriedade, que ela
finalmente teve o suficiente e mudou para o que achava que era uma rua
tranquila.
Saindo da casa, olhou ao redor. Mike não havia voltado para casa e
perguntou-se se o gatinho ainda estava em seu quintal ou foi embora.
Atravessou o seu quintal, arrastou a escada para o muro e subiu alto o
suficiente para espreitar por cima e chamar:
Mas o que realmente a jogou fora do seu normal foi a atitude dele
para com o provável gatinho de rua. As pessoas com a sua atitude "não é
meu problema” estavam no topo de sua lista de antipatia.
Ainda assim, para ser justa, ele não ameaçou atirar ou afogá-lo, e
parecia um cara do tipo do bem. Suspirando, Maddy esfregou os dedos na
testa. Mike era seu vizinho e realmente não foi muito boa com ele,
embora ele não tivesse demonstrado exatamente polidez quando
ordenou que ela saísse de seu próprio telhado, mas então ele se ofereceu
para consertar ele mesmo. Depois dos problemas em seu antigo bairro,
lutar com ele não era algo que queria.
Para um policial, Mike deveria saber melhor do que ela que não
deveria manter seu galpão aberto e destrancado, mas esse era o negócio
dele. Enquanto não o fechasse e enquanto o gatinho estivesse por perto,
huh, ela teria que pedir a ele para mantê-lo aberto, por favor.
1
Biscoitos criados pelas mães, esposas e namoradas dos soldados australianos que participaram da 1°
Guerra mundial.
camiseta, e então pegou os dois presentes e saiu. O sol brilhava
intensamente, sentiu a mordida de calor em seus braços, então colocou a
cabeça para trás e respirou fundo. Sim, os gases do escapamento da moto
ainda pairavam no ar.
Ela poderia jurar que sentiu o olhar intenso queimar através dela,
quando ele fez uma varredura rápida do seu corpo antes de se estabelecer
em seu rosto.
− Oferta de paz?
− Ambos.
− Sim.
O olhar dele percorreu lentamente o rosto dela antes de cair para
o outro depósito na mão dela.
− E isso?
− Sim.
− O quê?
− O gatinho. Lembra-se?
− Por que você não disse logo? - Ela caminhou em direção à porta,
mas parou quando ele colocou a palma para cima. − O quê?
− Dentro do quintal?
− Merda.
− E?
Maddy iluminou-se.
− Nossa, eu não pensei que você conhecia uma palavra tão grande.
- A sentença saiu antes que ela pudesse parar.
− Sério?
− É... hum... às vezes, eu digo coisas que nem sempre quero dizer.
− Fique.
− Mike...
− Maddy.
− Chá.
− Maddy?
− Ah. Bem, nesse caso, vou tomar um chá simples, com leite e três
colheres de açúcar. Por favor.
− Não se preocupe. - Ele botou uma colher em uma caneca
simples.
− Eu sei.
− Não sufoque.
− Ouch.
− Nada comprado é tão bom assim. Esse tipo de coisa é feita por
alguém que ama cozinhar.
Ele não respondeu, mas seu olhar quase parecia querer derrubá-la
da cadeira.
− Esta manhã.
− Tudo bem! Que seja! Nossa Mike, não estou pedindo algo
impossível, apenas um favor por alguns dias até eu pegar esse gatinho.
− Por agora. - Ele acenou com o garfo. − Alguns dias, Maddy. Você
pode alimentá-lo e tentar pegá-lo, e vou concordar em deixar minha porta
do galpão aberta, embora Deus sabe por que estou concordando com
isso, é como pedir para alguém vir e roubar alguma coisa.
− Você poderia colocar uma porta para gatos. - Ela sugeriu.
− Sim, bem, você me deve. - Ele apontou o garfo para o bolo. − Vai
custar mais do que isso para me pagar.
Era uma conversa que Mike não queria continuar, mas nada
detinha Alan, não em três anos desde que Mike o conhecia. Uma vez que
Alan tinha a mente em algo, ele era como um cachorro com um osso
condenado.
− Então caia fora. Como é que você vai se livrar dele sem ela
saber?
− Você está brincando comigo. Você vai deixar essa coisa de rua
mijar em seu galpão?
− É um gatinho, e não senti qualquer cheiro de mijo até agora. -
Mike olhou para o controlador de velocidade quando outro carro passou.
Relaxou contra o assento, sentia o olhar incrédulo de Alan sobre ele.
− Rapaz, você está morto. Você não pode deixar essa mulher pegar
você.
− Huh.
− Além disso, Maddy não é assim.
− Exatamente.
Querendo saber por que a enfermeira estava com tanta pressa, ele
viu Alan voltar a sentar no banco para conferir a carteira de motorista.
2
Associação Americana Ouro de Enfermagem.
− Senhora? Oh, oh - A testa de Alan levantou. Ele entregou-lhe a
licença. − Você quer lidar com isso?
− Mike?
− Graças a sua estrela da sorte que eu ouvi isso, e não Alan. - Ele
entregou a carteira de motorista.
− Qual é a pressa?
− Um paciente.
− Morrendo?
− Não, mas ela está ficando mais agitada a cada minuto. Eu preciso
ir agora. - Maddy olhou para ele. − A multa?
− Sim?
− Maddy. - Quando ela olhou para ele, deu-lhe toda a força de sua
carranca. − Eu estou avisando. Nada mais de excesso de velocidade.
− Mas Maddy é?
− Não.
− Porque ela é... você sabe? - Alan fez uma forma de ampulheta
exagerada com as mãos. − Abundância de preenchimento.
− Meia hora!
− Não! Meu almoço não está mais fresco e agora estou atrasada
para minha injeção. Não está tudo bem. - Elsie torceu um guardanapo em
sua mão e então começou a rasgá-lo. Pequenos pedaços caíram ao redor
de seus pés como a neve.
− Absoluta certeza.
− Não é reciclada.
Só então Elsie ficou satisfeita, e foi com Maddy para a porta. Janice
tinha a refeição do meio-dia quente, saindo do forno e Elsie fechou a
porta rapidamente atrás de Maddy.
Agora, tudo parecia muito pesado. Ela estava cansada, com fome,
e sim, um pouco assustada. Mas endireitou os ombros.
− Oi.
− Não.
− Uh-huh.
Ele olhou atentamente para ela. Com a pouca luz atrás dele, via
suas feições um pouco mais claramente e, embora ele não parecesse
particularmente ameaçador, ela sabia que não podia dizer que ele não era
um estuprador ou assassino, ou ambos.
Talvez ela devesse blefar. Com certeza ela não correria, ele a
pegaria em segundos. E talvez, apenas talvez, ele fosse simplesmente um
homem decente que só queria ajudar.
− Eu vou ficar bem. - Ela disse a Mike. − Vou trocar o pneu e seguir
o meu caminho.
Droga.
− Hum, não.
− Telefone celular?
− Eu não tenho.
− Deixou em casa?
− Sente-se.
− O quê? Dizer o quê? - Ela estendeu uma mão, a palma para cima.
− Aparentemente sim.
− Isso mesmo.
Seus olhos se estreitaram, e ela poderia jurar que viu uma faísca
nas profundezas do azul pálido.
− Maddy...
− Não terminou.
Tim olhou para ela e para Mike e de volta outra vez, uma pergunta
em seus olhos que ele era muito educado para fazer.
Usou todo o seu controle para não virar e dar-lhe uma explosão
verbal. Em vez disso, ela agradeceu a Tim, acenou com a cabeça para o
outro policial e caminhou de volta para seu carro. Enfiou o cinto de
segurança com mais força do que o necessário até o grampo, ligou o
carro, acendeu os faróis e indicadores, e saiu para a estrada.
Na manhã seguinte, ele foi até a garagem para abrir a porta, bem a
tempo de ver o carro dela saindo da garagem e indo para a estrada. Agora,
ele tinha um plano. Estava trabalhando em dois turnos de dia, então ele a
veria naquela noite e a faria entender que precisava de um telefone
celular. Talvez a teimosa já tivesse comprado um, então poderia salvar o
seu número.
Não foi o seu melhor dia. Cada idiota que andou pela cidade
parecia vir através de seu caminho. Uma surra, uma briga doméstica, uma
ordem de restrição quebrada, um garoto apanhado no ato de vandalismo,
e um acidente de carro muito feio mantiveram ele e Alan correndo de um
lado para outro da pequena cidade. Por que as pessoas tinham que ser tão
desagradáveis, estava além do seu conhecimento. Um fato que nunca
entenderia era os idiotas do mundo, assim como o fato de que a papelada
que vinha com eles para preencher era uma enorme dor de cabeça. E
assim como fazer Maddy comprar um celular para emergências era um
problema urgente que ele precisava resolver logo, porque se ela se
deparasse com um dos panacas que ele lidava com regularidade, bem,
estremeceu ao pensar sobre isso.
Até o momento que saiu do trabalho e foi para casa, ele não
conseguia nem levantar um protesto quando viu o gatinho enrolado em
sua varanda. Ao som de sua motocicleta, ele saiu correndo da varanda e
dobrou na esquina da casa, desaparecendo no quintal.
Depois do dia que ele teve, o gatinho nem sequer aparecia na sua
escala de aborrecimento.
Maddy gostava da sua cunhada, mas não tinha tanta certeza sobre
a mulher que chegou depois dela. Belinda Lovett estava elegantemente
vestida, mas Jeannie Bernard, a nova amiga dela, oh garota, tinha certeza
de que suas roupas custavam mais do que o carro de Maddy.
Então, o que faziam Belinda e sua amiga rica aqui? Maddy olhou
para sua cunhada de perto quando as conduziu até sua sala de estar.
Belinda estava tramando algo.
− Não seja boba. Quero dizer desde que você se mudou para cá,
para este novo bairro. Qualquer homem elegível?
− Todos eles fugiram logo que souberam que você estava vindo.
− Seu irmão...
− Estou muito feliz por ele. Será que a revista Miracle Science não
entrou em contato com ele ainda? - Divertida, Maddy esperou pela
resposta.
Aí está.
− Ok, mais do que alguns quilos se quiser ser franca sobre isso.
− Você está falando sério quando diz que preciso perder peso para
que possa pegar um homem?
− Calma, calma. - Vendo a fúria crescendo em seu rosto, Belinda
tentou acalmar a situação. − Não fique chateada. Todos nós estamos
preocupados com a sua saúde e...
− Não faça nada de bobo, Mads, por favor. Eu não deveria ter dito
nada! - Belinda estava quase correndo em seus calcanhares.
Difícil. Agora, Maddy sentia que tinha todo o direito de estar com
raiva. A próxima pessoa que tentasse dizer a ela o que fazer com a sua
vida seria empalada por sua língua. Não atender ao telefone era uma
decisão sábia.
− Olá.
− Sério? - Ela abriu mais a porta e olhou para ele. − Está tudo bem
com o gatinho?
Uma leve brisa soprava por eles e o doce perfume dela provocou
seus sentidos. Ela parecia tão suave, ali de pé em um vestido floral que
deslizava em suas curvas e parava um pouco abaixo dos joelhos. Ele
imaginava como seria o seu abraço fofo, e por um breve segundo sua
imaginação saiu em sua própria tangente, e esta senhora de generosas
curvas estava balançando em direção a ele, e...
− Outra noite?
Ela olhou para ele por alguns segundos antes de voltar a encolher-
se.
− Claro.
− Claro.
− Claro.
Seu rosto bonito ficou sem expressão e ele teve uma súbita
suspeita.
− Claro.
Ele sabia, sem dúvida, que ela estava mentindo e uma coisa que
ele detestava era mentira. Um fio de raiva passou através de seu tom.
Agora ele via o brilho fraco de algo em seus olhos. Além da raiva,
havia outra coisa incomodando sua vizinha.
− O que há de errado?
Ele não recuou em face de sua raiva. Em vez disso, sua curiosidade
aumentou. Normalmente, ele era um homem que não se importava com
isso, mas com Maddy... sim, ele se importava.
− Claro que você é uma menina grande, mas... - Ele parou quando
a raiva dela fez os lábios exuberantes apertarem. Agora o que ele disse de
errado?
Intrigado, Mike olhou para a porta. Que diabo ele disse de errado?
Balançando a cabeça, franziu a testa. Quem diabos poderia entender as
mulheres? E esta em particular? Ela tinha um temperamento inflamado,
uma língua sarcástica que cortava como uma faca, e por Deus, ele
certamente não merecia estar recebendo esse tratamento dela, não
mesmo!
− Maddy!
− Você mentiu.
− Então, o quê? Eu não sei por que você se importa! - Ela lançou
uma mão no ar.
Cara, ela sabia como liquidar alguém, e cara, de novo, com certeza
seus olhos brilhavam lindamente. No entanto, agora não era o momento
para admirar os olhos cintilantes.
Não era a resposta que ele esperava, mas de alguma forma não
estava surpreso.
− Não! Não, eu não quero falar sobre isso. Quero que você me
deixe em paz, quero que todo mundo me deixe em paz, quero que todo
mundo pare de me atormentar e me deixem em paz!
Ela olhou para seu braço antes de olhar hesitante para ele.
− Oh Mike, - ela começou - eu não acho que isso é uma boa ideia,
eu...
Ele parou suas palavras pelo simples processo de tomar sua boca.
Deslizando uma mão pelo ombro, ele fechou a outra mão no seu
traseiro generoso e puxou-a com força contra ele e Jesus, era como se
fosse feita para ele, ela se encaixava perfeitamente contra seu corpo.
Agora, sentia cada mergulho e subida de seu corpo exuberante, o ondular
de sua barriga contra o seu abdômen, as coxas arredondadas encostadas
em sua coxa, oh sim! Queria olhar seus seios nus, pressionando contra o
peito, os mamilos duros, parecendo queimar através do material de seu
vestido e sua camiseta.
Mike estava mais do que disposto a dar, tal como o seu lado
dominante queria tomar, e suas bocas e lábios se moldaram.
Desejo surgiu através dele, o seu pênis endureceu, e sua sede por
ela passou de saboreá-la a querer possuí-la fisicamente. Agora, sofria por
ela, queria sentir a sensação de sua pele nua contra a dele, as curvas
exuberantes expostas em suas mãos e lábios, e ele agiu por instinto, com
a mão no seu traseiro agarrando o material do vestido e puxando até
somente a calcinha rendada estar entre sua mão e sua pele quente. Sem
hesitar, passou a mão até encontrar o elástico da cintura e seus dedos
deslizaram infalivelmente por debaixo do material para, finalmente
pressionar contra a pele sedosa. Pele quente e macia, protegida pelo
monte exuberante de sua parte inferior, então abriu a mão sobre um
generoso globo, os dedos mapeando suas nádegas.
Maddy gemeu em sua boca, as mãos deslizando em seu pescoço
para parar em sua camiseta, e se esfregou contra sua coxa, seu calor agora
molhado com o seu próprio desejo umedecendo a calcinha.
Queria.
Precisava dela.
E a teria agora.
− Agora, não seja boba, querida. Você sabe que Belinda não quis
incomodá-la hoje. Ela quer o seu bem.
Maddy abriu os olhos totalmente, todo o momento agradável foi
arrancado.
− Maddy?
Não querendo que ele ouvisse tudo o que poderia ser dito em
seguida, Maddy lutou para se levantar.
− Afaste-se. Rápido.
− Vamos querida, - sua mãe continuou - Belinda não quis dizer que
você é, assim, uma menina maior do que a média.
− Solte-me!
− Deixe-me.
− Maddy...
− Mike!
Ela não teve a chance. Mike virou-se agilmente para longe dela
arrastando os pés. Ele vestiu a cueca boxer e o calção. Ela ficou de pé ao
lado dele ajeitando o vestido em torno de sua cintura. Com as mãos
trêmulas, ela alisou suas vestes, acertando o comprimento.
Ele ainda estava de pé diante dela, mas ela não conseguia olhar em
seus olhos.
Ela tomou toda sua força para levantar os olhos para ele na linha
de sua forte mandíbula.
Assustada, ela olhou dentro dos olhos dele. Por que diabos ele fez
essa pergunta?
Maddy foi jogada para trás com o abraço de sua amiga. Mãos
grandes a seguraram por trás antes dela perder o equilíbrio e cair. Assim,
Maddy abraçou sua melhor amiga sem o perigo de acabar no chão, o que
aconteceu várias vezes no passado.
Isso fez com que Maddy olhasse para cima a tempo de vê-lo se
abaixar e pegar as sacolas restantes. Ele olhou para a mão dela que
segurava a calcinha e rapidamente arrancou-a de sua mão e a colocou no
bolso. Depois ele segurou o cotovelo dela e a ajudou a levantar. Quando
ambos se endireitaram, ele colocou as alças das sacolas na mão dela.
Oh não... este assunto entre eles não havia terminado. Pelo menos
não para Mike.
3
E a forma do corpo da mulher que os homens gostam nos EUA. Seria o equivalente a silhueta da
mulher “gostosa”.
− Tenho certeza que a culinária da Itália é ótima! - Maddy disse
secamente.
− Um rato Catnip4.
4
Catnip = Nepeta cataria (uma erva aromática nativa da Eurásia e contém um óleo essencial com aroma
que atrai fortemente os gatos)
− Você trouxe da Itália?
− Um dia ele vai apreciar meus beijos. Além disso, não poderia
deixar de trazer um presente para ele, poderia? - Radiante ela mergulhou
em outra sacola. − Falando nisso, tenho algumas coisinhas aqui.
Maddy estava feliz de verdade que a Cindy estava com ela, pois
sabia que Mike não se aproximaria enquanto tivesse companhia. Estava
sendo covarde, mas não queria encará-lo ainda. Poderia jurar que sentiu
ele a observando, embora depois de uma espiada pela janela, não viu
nada.
− Ainda não.
− Maddy.
− Sim! - Foi preciso toda sua coragem para olhar diretamente nos
olhos dele. Ela lutou contra o rubor que ameaçava florescer devido a
lembrança daqueles olhos penetrantes olhando para ela ardentemente,
queimando de paixão.
Cindy esperou.
− Sim.
− Diga.
Cindy foi para perto dela, e fez uma pose com as mãos no ar.
– Te peguei, mana!
− Porcaria!
Irritado por ter sido perturbado, Chaz meio que abriu os olhos.
Oh Deus! Ela fez sexo com Mike sem proteção! Ele ejaculou dentro
dela. Oh Céus! Ela poderia engravidar! Ela poderia, meu Deus! Antes dela
recobrar o juízo, o pânico quase tomou conta dela.
− Se é sobre o celular...
− O quê?
− Não!
− O que faz você pensar que eu estou aqui por causa da Maddy?
− Não realmente.
− Sábia decisão.
− É Maddy.
5
TLC = tender loving care. Tratamento com carinho.
− Essa é a sua resposta?
Mike perguntou-se por que diabos havia pensado que seu amigo
teria alguma palavra sábia para ele.
Mike estava seriamente em dúvida se ter ido ali foi uma boa ideia.
Mas Tim era seu melhor amigo. Eles se conheciam há alguns anos e ele
precisava falar com alguém que confiava.
− É só isso?
− Está certo.
− O quê? Não!
− Perdão!
− Fizemos sexo.
− Seu idiota! Eu não me enrosquei com ela, eu fiz sexo com ela.
Fizemos amor. É bem diferente.
− Ela te chutou?
− Droga! Quase isso.
− Ligação de telefone?
− O quê?
− Sim, mas eu não disse nada! - Mike suspirou. − Então, por que
me expulsou?
− Quê?
− Você anda inalando seu próprio gás enquanto está aqui sozinho?
− Não ultimamente.
− Estou magoado.
− Não me provoque.
− Sente-se melhor? - Tim sorriu.
Ele estava atento para ouvir Maddy chegar. O carro dela não
estava na garagem. Supunha que ela estava trabalhando até tarde
novamente. Esperava que desta vez ela tivesse levasse a sério, e
comprado um telefone celular. Ele teve um desejo louco de subir na moto
e conferir a rodovia. Mas com o trabalho dela, podia estar em qualquer
lugar. Ele teve que controlar a sua imaginação e se concentrar no
problema em questão.
6
É um biscoito doce popular na Austrália e Nova Zelândia.
Voltando para dentro da casa, ele decidiu ir para a sala assistir TV,
mas, em vez disso, com uma carranca ele foi para a cozinha. Uma outra
espiada para fora da janela e agora o gatinho estava sentado ao pé de sua
varanda traseira olhando esperançosamente para a porta. Droga!
− Aqui! Não pense que eu vou fazer disto um hábito! - Então ele
voltou para dentro.
Estava frio. Mike colocou as mãos nos quadris e fez uma careta
para o gatinho. O animalzinho olhou de volta para ele e piscou
lentamente. Balançando a cabeça, Mike voltou para dentro da casa. Ah
inferno! O gato é um filhote e está frio. Ele podia ficar em sua poltrona na
varanda só por uma maldita noite!
− Não, não está Mike. Eu sei que você não se importa com isso,
mas eu me importo. É apenas um filhote e...
− Que diabos!
Ainda com o braço em volta dos ombros dela, ele a levou até a
porta dos fundos, na varanda. Acendeu uma luz fraca e mostrou onde
estava o gatinho. Ele sentiu a tensão deixá-la assim que ela o viu espiando
sonolento das profundezas da poltrona.
− Fique!
Sim, ele queria que ela ficasse. Ele queria que ela se despisse e
tomasse banho com ele e, em seguida, iriam para a cama dele e... Mike
interiormente pestanejou e abominou quando Maddy se virou e quase
correu de volta para a cozinha.
Ele suavizou a voz, tanto quanto o seu tom grave poderia suavizar.
− Eu não tenho.
− Não há nada para falar. Não aconteceu nada. - Ela ainda não
olhava diretamente para ele.
− Mike...
− Tenho certeza disso. O que mais posso dizer? - Ela estava muito
irritada.
− Você é um...
− Desculpe?
− O quê?
− Eu sei que não sou seu tipo. - Ela surtou. − Eu sei que não sou o
tipo de qualquer homem. Mas você não precisa esfregar isso na minha
cara, certo?
− Oh, que diabos, você sabia! - Ela passou por ele e foi em direção
a porta da cozinha.
− Mamãe?
− Aqui, querida.
Seguindo a voz de sua mãe pelo corredor, Maddy voltou e foi para
o salão, só para gemer quando viu Belinda sentada no sofá ao lado da
mãe. Matthew estava sentado languidamente na poltrona oposta, uma
xícara de café quente na mão. Seu relógio de ouro caro chamou a luz do
sol que entrava pela janela.
− Maddy.
O tom do seu irmão, quando ele disse o seu nome não era tão
quente como quando Mike dizia, mas ela jogou a ideia fantasiosa distante.
− Minha merda? Belinda faz o seu melhor para ajudar você e você
a paga embaraçando, e diz que é a minha merda? - Matthew levantou.
Mais do que acostumada com o temperamento do seu irmão mais
velho, Maddy combinou com ela própria.
− Foi um insulto!
Maddy suspirou.
Ele zombou.
− Isso não é nada para se envergonhar, Matthew. - A Sra. Lovett
disse severamente. − É bom o suficiente até que Maddy encontre um bom
marido.
− Oh, querida, não seja assim. - Falou a Sra. Lovett, correndo atrás
dela.
O som de Matthew reconfortando Belinda soava claramente para
Maddy e ela se perguntou amargamente se alguém jamais iria confortá-la
assim, mas a resposta foi muito clara, obviamente não.
Ignorando sua mãe, ela saiu de casa e entrou no carro. Ela olhou
para cima quando a Sra. Lovett parou em pé infeliz na porta da casa.
Dirigir de volta para casa não era uma opção naquele momento,
não quando ela ainda tinha o turno da tarde para completar. A visita na
hora do almoço para sua mãe se transformou em um fiasco, que ela
deveria ter suspeitado.
− Mike.
− Vá para a cozinha.
Parando não muito longe dela, sua expressão era ilegível quando
ele a estudava. Aquele olhar era irritante, especialmente quando ele não
dizia nada, e ela não tinha a menor ideia sobre o que ele estava pensando.
− Ofertas de paz?
Durante vários segundos ela pensou que ele iria rejeitar, sentiu o
rosto corar de vergonha e, sim, ela teve que admitir para si mesma, a ideia
de sua rejeição a machucava.
Ele não estava feliz. Na verdade, ele parecia tão irritado que
Maddy sentiu um tremor interior, algo que não costumava acontecer.
Ah, não, ele ia rejeitar a sua oferta de paz. Ela engoliu em seco.
− O quê? Você está fora da sua maldita pequena mente? - Ela deu
um passo até ele, de igual para igual, e o olhou nos olhos. − Ouça, idiota,
eu vim aqui para malditamente pedir desculpas, dar-lhe uma maldita
oferta de paz, eu estou feliz em dizer a você agora, que você pode ingerir
por outro orifício em seu corpo, e não é a boca, no caso da palavra
escapar do seu vocabulário impressionante! Estou furiosa por cozinhar
uma oferta de paz para você!
− Como você pode ser tão inteligente sobre tudo o mais, e ainda
assim tão burra em relação a si mesma? - Seus olhos brilharam. − Você
poderia ter sido atacada, atingida na cabeça e estuprada.
A boca dela parou o resto das palavras quando ele esmagou seus
lábios. Braços musculosos a seguraram facilmente contra o peito
musculoso quando ela tentou se afastar. O beijo foi implacável, rápido, a
deixou sem fôlego e com o coração palpitando, quando ele levantou a
cabeça.
− Isso parece ser algo que qualquer homem faria com você,
Maddy?
− Oh, eu estou tão assustada! O que vai fazer, Mike? Puxar a minha
orelha? Aqui vai uma dica, sairei daqui e irei atrás de cada pervertido no
bairro e avisarei que você está me jogando sozinha no escuro. Eu poderia
ter sorte!
− Claro. Por que não? Me bata. Quem sabe, pode ser o último
macho a colocar as mãos em mim pelo resto da minha vida!
− Maddy. - Seu nome era um grunhido duro no ar, mas tão cheio
de calor que realmente acionou a bobina interior de medo, um calafrio de
antecipação.
Essa foi a última frase que ela falou. Um braço duro serpenteou
em volta de sua cintura, puxando-a de volta contra o peito com os
músculos tão sólidos, que não ficou confortável. Uma grande mão segurou
seu queixo e inclinou a cabeça para trás, e ela teve um breve vislumbre do
rosto de Mike, vermelho de raiva, os olhos brilhando de fúria e, sim, oh
Deus, sim, paixão tão carnalmente selvagem que levou seu fôlego.
Ela meio que esperava que ele a empurrasse contra a mesa em sua
raiva, mas ele não fez isso, ao contrário, tão logo ela encostou na mesa,
ele parou. Mas ele não deixou sua boca, a perseguição implacável de seu
calor continuava.
− Maddy...
Era quase demais e ela gemeu em sua boca, com a mão apertando
a sua nuca, querendo que o momento durasse, mas sabendo que não iria,
não quando o calor estava tomando conta dela como uma entidade carnal
esperando para atacar duro e rápido.
Neste minuto havia apenas ela, Mike, e o calor voraz entre eles.
− Por favor, Mike, por favor, por favor. - Ela implorou com voz
rouca.
Necessidade a encheu, calor queimou suas veias, o desejo a
umedeceu. As sensações corriam através dela como um canal sedoso sem
vergonha, o desejo pulsando calor, puro, pulsando libidinoso nas
profundezas dela.
Devido a sua posição e por ter o corpo maior, tornou fácil para ele
colocar a boca em seu ouvido, a respiração irregular e quente contra a
pele sensível, e rosnou as palavras para ela.
Ela estava cercada pelo calor do corpo de Mike. Atrás, e dos lados,
ele parecia protegê-la de tudo. Voltando um pouco a cabeça, Maddy viu
que ele estava apoiado em seu braço, porém mal sentia o seu peso. O
braço dele ainda estava debaixo dela, seu abdômen estava descansando
sobre ele. A mão dele curvada em torno do seu quadril do lado oposto,
algo que nunca imaginou que um homem poderia fazer, mas mais uma
vez ele era um homem extremamente alto, com as partes do corpo
longas, braços, pernas, tronco e, oh Deus, ele estava em concha contra
ela, tão perto que ainda estava dentro dela. O calor de seu corpo contra o
dela era delicioso, seu eixo dentro de sua cavidade, e sua respiração no
lado do pescoço dela a fez mais do que ciente de sua posição.
− Maddy?
Logo que ele terminou, ela rapidamente puxou a blusa para baixo,
mas mesmo coberta se sentia nua. Humilhada. Desprezava-se tanto
naquele momento, que ela queria encontrar um grande buraco,
mergulhar dentro e o fechar em cima dela. Queria se enterrar fundo, para
nunca mais enfrentá-lo.
Esse pensamento gritou alto em sua mente e ela virou para o lado,
recusando olhar para ele.
− Maddy.
A grande mão voou para seu braço, virando-a de frente para ele.
Ela não conseguia olhar para ele, mantendo a cabeça baixa.
− Maddy.
Deus, seu nome soou lindo na boca dele, o tom profundo parecia
derramar sobre as sílabas, o que só fez a dor na sua garganta piorar,
quando tentou engolir o repentino nó que surgiu. Ela não queria fazer de
si mesma mais tola do que já tinha feito chorando na frente dele.
− Eu preciso ir.
Uma grande mão segurou seu rosto, a palma áspera contra sua
pele, e um polegar calejado deslizou sob o queixo gentilmente levantando
sua cabeça.
− Deixe sair, bebê, coloque tudo para fora. - Então ele disse as
palavras que ficariam eternamente gravadas em seu coração. − Eu estou
aqui para você.
Agora ela tinha o problema para ficar longe dele e fora de sua casa.
Ela venderia o duplex, pegaria o gato, e correria tão longe e tão rápido
quanto conseguiria ficar longe de Mike. Deus, como ela o enfrentaria
depois disso? Quanto mais ela poderia estragar a sua vida?
− O quê? - Qual diabo era o jeito dele? Ele quis dizer sexo?
Perplexa, ela não podia fazer nada, só segui-lo com a mão presa em seu
firme agarre.
Mike ajustou o braço para que ela ficasse abraçada ao seu lado.
Descansando o braço musculoso ao longo das costas, ele acariciou
distraidamente a blusa dela.
− Não.
− Sim.
− Eu sinto muito.
− Eu não.
De todas as coisas que ele poderia ter dito, aquele anúncio
especial a surpreendeu, mas ela recuperou os sentidos.
− Realmente, não é?
− Eu sou policial.
− Afie a sua língua em mim o tanto que quiser, Maddy, que não faz
um pingo de diferença.
− Você não me fez ter sexo com você. - Ele continuou em sua
forma típica contundente. − Eu queria fazer sexo com você.
− Que seja.
− O quê?
− E talvez você deva me dizer por que, uma senhora confiante, que
não parecia obcecada com o peso quando a conheci, de repente, explode
como você fez?
− Será que tem alguma coisa a ver com a "boa autoridade" sobre a
qual se baseia a sua auto degradação?
− Grandes palavras.
− Difícil.
− Não.
− Um ex-amante?
− Você não teve muitos amantes, Maddy. - O olhar dele era astuto.
− Como você sabe? Deduzindo por meu peso? Afinal, você não
esperava me querer também, lembra, então por que alguém mais iria,
certo?
− Não, eu vou pelo fato de que você foi rápida em se cobrir depois
que fizemos amor, e ficou envergonhada por eu vê-la nua, se fosse uma
mulher mais experiente na arte do sexo, seria muito mais confiante sobre
si mesma. Também admitiu que não dorme por aí. Então, se não foi um
namorado ou amante que a machucou, então foi outra pessoa.
− Quem a machucou?
− Não.
− E se eu não falar?
− Droga, Mike, até que eu conheci você, eu não ligava para o que
as outras pessoas pensavam de mim! - As palavras pairaram no ar entre
eles e ela desejou pegá-las de volta. − Quero dizer, eu não... eu nunca... oh
merda. - Horrorizada, ela tentou levantar, apenas para que ele puxasse
duro em sua saia.
Maldita ela por achar tudo isso um pouco assustador e... sim,
emocionante. E incitante.
− Então, Maddy.
− Ainda não.
− As mães agradecem.
− Tsk, isso não é legal. - O olhar dele ficou sério e direto. − Sempre
que você quiser fazer amor Maddy, você vem até a mim.
− Desculpe?
− Um relacionamento sexual?
Santa Ana, ela não sabia quem tinha os olhos maiores quando ele
acrescentou as últimas palavras.
Ele realmente disse isso? Ele realmente disse que se sentia atraído
por ela, e queria seu corpo, sua mente e seu coração?
− Não. É algo que eu sei sobre você. Você não é o tipo de mulher
que se deixa levar por qualquer um. Você é leal. Você tem um coração
mole, mas não é tola.
Não que ela fosse experiente, aconteceu apenas uma vez e ela
tentava apagar de sua memória, de tão desagradável. Obviamente não
havia funcionado.
Ele era todo força e músculos, todas as linhas duras e a altura era
intimidante, e ainda ela pensou ter visto um lampejo de incerteza em seus
olhos, mas quando ela piscou, ele estava simplesmente olhando para ela,
esperando pacientemente.
Sim, Mike Carson era um homem que esperava pacientemente o
que ele queria, e agora, se o que ele disse é verdadeiro, ele a queria,
Maddy Lovett, além do tamanho do corpo, a língua afiada e tudo mais.
− Ok.
− Ok.
− Mas vai.
− Mas, por agora você só precisa saber duas coisas com certeza. -
Ele acrescentou.
Ele se inclinou e a beijou com ternura, e com tanta paixão, que ela
automaticamente arqueou para ele.
Ele olhou para ela e até mesmo na escuridão, ela sentiu sua
carranca.
Eles chegaram à sua porta, e Mike não disse nada sobre a luz
acesa, o que foi uma sorte, porque ela tinha uma resposta cáustica
esperando na reserva. No entanto, ela não resistiu ficar olhando
fixamente para ele quando ele estendeu a mão pedindo a chave.
Ela passou por ele, mas quando chegou na porta de madeira, ele a
deteve com o braço barrando na porta, e quando ela olhou
interrogativamente ele deu um beijo carinhoso em seus lábios. Antes que
ela pudesse devolver, ele levantou a cabeça, tirou o braço e colocou a
mão nas costas dela, e deu-lhe um gentil empurrãozinho.
− Mike?
− Muito obrigada.
Ela olhou para ele por alguns segundos antes de agir por instinto,
ficando na ponta dos pés. Ele abaixou, para encontrá-la, e ela o beijou
rapidamente, levemente.
Enquanto isso, ele tinha vários dias e noites agradáveis pela frente
para convencer a fedelha teimosa. Falar sobre isso era uma tarefa que ele
agarrava alegremente com ambas as mãos.
Indo para a cozinha, ele abriu a porta de trás e foi recebido pelo
gatinho sentado do lado de fora olhando para ele. Ele miou.
Mike viu a prova de que Mandy já esteve ali mais cedo, quando viu
a tigela de comida meio vazia e a outra tigela cheia de água fresca na
varanda.
Ele voltou para a porta, mas quando se virou para fechar, a bolinha
de pelo cinza o havia seguido. Agora, notou que o gato estava tremendo.
Olhando para cima, observou o sol baixo no céu. As manhãs estavam
começando a ficar mais frias. Obviamente, o gatinho estava sentindo o
frio.
− Não. Não é possível. Você não vai entrar. - Ele fechou a porta na
pequena cara felina e caminhou de volta para a cozinha. Agarrando as
chaves, ele foi para a porta da frente e a abriu, apenas para tremer
quando um arrepio particularmente frio o atravessou.
− Não. - Ele disse, mais alto desta vez. − Oh não, bola de pelo. Você
não está me conquistando. Considere-se com sorte por estar saindo do
frio, mas é só isso. Nada mais.
Deus, ela era tão suave e quente que ele poderia tomá-la no
gramado agora, mas não havia tempo. Dane-se tudo. Além disso, não era
legal fazer sexo quente no gramado da frente, onde todos passando para
o trabalho poderiam vê-los. Ele não iria viver na delegacia.
Ah, sim, o dia estava se tornando cada vez melhor. Se não contasse
a bola de pelo deitado na sua roupa suja. Talvez pergunte ao redor da
estação se alguém queria um gatinho.
O dia foi bom, apenas com alguns assuntos para classificar como
desagradáveis e um bêbado vagando pela estrada em risco de ser
atropelado. Quando chegou em casa, ficou desapontado ao descobrir que
Maddy havia saído, mas sorriu quando viu o seu gramado aparado. Ainda
melhor, ela deixou o número do celular embaixo da porta da frente.
A bola de pelo tinha que ir. Ele estava ficando muito confortável e
Deus o livre, Maddy poderia vê-lo em sua roupa suja.
− Claro.
Ela parecia tão sóbria que ele estendeu a mão e tocou seu ombro.
− Claro que você fez. Deixei uma mensagem no seu celular dizendo
para não se incomodar em vestir calcinha.
− Sim, papai.
− Obrigue-me.
− Idem.
Desta vez, ela o encontrou para o beijo, e estava tão doce e macia
que quase arrancou o coração dele.
− Cale-se.
− Se você quer todos os seus dentes intactos, não vai dizer mais
uma palavra.
− B-e-i-j-a-n-d-o!
Maddy não queria nada mais do que pegá-lo e cuidar dele, mas
ciente de que ele poderia se assustar facilmente e não querendo quebrar
a frágil confiança que se estabeleceu entre eles, ela sentou para acariciá-lo
até que ele caiu no sono novamente.
Ele usou a caixa de areia, e ela substituiu por areia limpa e colocou
mais comida e água antes de fechar a porta da lavanderia.
Fechando a casa dele, Maddy voltou para sua própria casa, onde
Chaz a esperava na porta. Recolhendo-o, ela foi para a sala e caiu no sofá.
Pegando o controle remoto, ligou a TV e assistiu alguns shows antes das
notícias chegarem.
Ela esperava.
− Eu sou Alan. E não, Mike está bem. Mais ou menos. - Ele hesitou.
Isso soou como Mike estando bem. Maddy olhou para a metade
dele do duplex.
− Ele está em casa, mas você precisa me ouvir, ok? - Alan agarrou
seu braço.
− Ok.
− Ele foi atingido no lado da cabeça. Eu pensei que ele ia cair, ele
ficou meio desconcertado, mas depois ficou bem. Sangrou... você sabe. De
qualquer forma, ele parecia normal. A equipe da ambulância verificou
depois, mas ele se recusou a ir para o hospital, disse que estava bem,
somente com dor de cabeça. O sargento o fez ir para o hospital para ser
examinado e levar alguns pontos. Mike, bem, foi suturado e voltou para
casa.
− Não.
− Eu não sei. - Alan passou a mão pelo curto cabelo grosso. − Mike
não estava interessado em ficar esperando. Ele parecia bem, na sua
habitual dureza. Você sabe.
− Você não tem que pedir, eu vou fazer de qualquer maneira. - Ela
sorriu tranquilizadora para ele. − Vá para casa, tome um banho, coma
alguma coisa e vá para a cama. Deixe o telefone fora do gancho e tome
uma Milo7 quente antes de ir dormir, vai ajudar você a relaxar.
7
Tipo de chocolate quente.
− Aqui está o meu número de telefone no caso de você precisar de
mim.
− Obrigada.
− Você sabe onde está? - Ela inclinou-se para olhar suas pupilas.
− Minha cabeça dói. - Ele abriu os olhos uma fração, mas não
estava focando corretamente. − Eu preciso de algum analgésico.
− Não.
Maddy lançou um olhar ansioso para Mike. Ele olhou para ela com
olhos turvos.
− Mamãe?
− Ele não vai ficar feliz de sair apenas de cueca. - Afirmou Alan
quando eles tropeçaram no quarto.
− Uau.
− Claro que você está. - Ela ficou para trás para permitir o pessoal
trabalhar. Com manobras treinadas eles colocaram rapidamente Mike na
maca, ajudado pelo fato de que ele realmente conseguiu ficar de pé por
alguns segundos, permitindo a maca ficar atrás dele.
A maca com Mike foi levada para dentro, e Maddy seguiu com
Alan nos seus calcanhares e o médico ao seu lado.
− Ele foi atingido na cabeça por uma garrafa mais cedo esta
manhã, Rick. - Alan respondeu.
− Nem de mim. - Disse ela. − Ele esteve aqui esta manhã, já desse
jeito.
− Maddy?
− Venha por aqui. - Ele apontou para uma pequena sala ao lado e
ela o seguiu novamente com Alan bem nos seus calcanhares. O médico
enfiou as mãos nos bolsos do jaleco branco. − Mike teve uma concussão,
você estava certa. Acho que ele não deveria ter deixado o hospital esta
manhã.
Alan enfiou as mãos nos bolsos e balançou para frente e para trás
nos calcanhares, claramente desconfortável, mas também não queria
deixar o seu amigo.
Ele apertou a mão dela mais uma vez e obedeceu. Ou talvez ele
simplesmente não conseguisse abrir os olhos, estava cansado e com uma
concussão.
− Case comigo.
− Acho que ele quer pedir para você. - Cherry sorriu largamente
para Maddy. – Então você é, obviamente, a primeira pessoa para entrar
em contato se acontecer alguma coisa? Não que vá, eu tenho certeza, mas
os detalhes precisam ser preenchidos.
Dr. Reed entrou pouco depois, com Cherry atrás dele. Ele baixou-
se e examinou os olhos de Mike com uma lanterna e fez as perguntas
habituais, do que ele se lembrava, aonde foi, a data e várias outras coisas.
Felizmente, Mike foi capaz de dar respostas corretas, depois de algumas
erradas. Dr. Reed testou a força nas mãos e pés, e quando Mike grogue
apertou a mão do médico como instruído, Maddy viu o médico
estremecer um pouco. Até onde ela sabia, era um bom sinal.
− Estou saindo agora para falar com o sargento do Mike, que está
esperando lá embaixo no pronto socorro. - O médico ficou de lado, para
Cherry precedê-lo para fora do quarto e quando ela olhou para ele e
sorriu, Maddy não perdeu o calor que fluía entre eles.
Ainda bem que ele não sabia disso, porque Mike não acharia
divertido.
− Cara, ele não parece doente mesmo quando está doente. - Disse
Alan, como se lesse seus pensamentos. − Mesmo desmaiado, ele poderia
assustar a merda de alguém.
− Você não quer falar disso. - Maddy lhe deu um olhar sujo.
− Sábia escolha.
− Ai.
− Tudo bem, princesa, talvez você devesse ter calma. - Tim colocou
o copo longe.
− O que você quer dizer? Eu estou bem. - Mike parou, quando uma
onda de náusea tomou conta dele.
− Pode ser uma boa ideia. - Disse o médico quando entrou e pegou
o controle da cama. − Vamos subir um pouco, e ver como você se sente.
− Estão abertos.
− Você sabe o que é ter uma luz brilhando nos seus olhos?
− Eu vou deixar você ler a minha revista suja se você fizer o que ele
pediu. - Tim demorou para virar a página da revista que ele havia
recuperado e estava agora desfrutando, enquanto se inclinava contra a
parede.
− Onde está Maddy? - Ele estava desapontado por não vê-la por
perto.
− Quer dizer, até que você esteja bebendo sem vomitar em toda
parte. - Rick acrescentou.
− Não. Essa tarefa deliciosa caiu para Maddy e seu fiel ajudante,
Alan.
− E por que estou aqui? - Mike começou a levantar, só para ter o
ressoar de marretas na cabeça, e caiu para trás sobre o travesseiro.
Agora fragmentos voltaram para ele. Foi para casa com a cabeça
latejando. Ele mal chegou ao quarto e caiu na cama, só queria dormir.
Vagamente se lembrava de um toque fresco e suave na testa, enquanto
ele... pelos deuses, enquanto vomitava no banheiro.
− Será que Maddy sabe sobre esse simples fato da vida? - Tim
consultou, o riso escondido em seus olhos.
− Oh garoto!
− Ah, sim, você disse. Posso estar aqui quando você disser a
Maddy?
− Ela já sabe.
− Não há nada para dizer a sua Cherry. Ela ouviu em primeira mão
de mim. - Mike acenou com a mão ao redor quase derrubando o soro. −
Qual é o problema?
− Eu não faria isso. - Tim aconselhou. − Ele disse que sentia a boca
como o fundo de uma gaiola suja.
Não admira que Tim nunca encontrou a garota certa. Mike olhou
para ele.
Que babaca. Ele deveria trocar Tim por outro amigo. Quando
saísse do maldito hospital.
− Beijo?
− Você acha?
− Ai.
Rir fez sua cabeça doer então ele franziu a testa novamente. E isso
fez seus pontos puxar.
− Sim.
− Aqui. - Ela segurou o copo para ele, que tomou um pequeno gole
de água.
Sim, até mesmo a água provava ser melhor quando ela oferecia.
O tempo passava muito mais agradável com Maddy ao lado dele.
Ela o ajudou a levantar e empurrar o suporte do soro quando ele precisou
ir ao banheiro, mas se recusou a deixá-la entrar no banheiro.
− Jesus! - Ele disse. − Meu pênis não é para ficar à mostra, você
sabe.
− Eu não vou olhar para o seu pênis. - Ela falou sem rodeios.
A enfermeira saiu assim que Mike deitou de volta na cama. Ele deu
um tapinha no colchão ao seu lado, e sinalizou um dedo torto para ela.
Sentando ao seu lado, ele viu a diversão deixar seus olhos quando
ela olhou gravemente para ele.
− Tim me disse que você não queria que sua mãe fosse chamada a
menos que algo terrível acontecesse.
Ela saiu pouco tempo depois, mas não sem antes obrigá-lo a tomar
uma pílula para dor. Ele discutiu com a enfermeira, porque não queria
qualquer condenada pílula. A enfermeira ficou um pouco nervosa quando
ele parecia tão intimidador, mas Maddy simplesmente pegou a medicação
e disse em termos inequívocos, que se ele não tomasse a maldita coisa,
ela torceria o seu nariz fechado como uma criança e depois ele se sentiria
um idiota. Então ele tomou. E fez uma careta. E seus pontos puxaram. Ela
começou a rir, beijou-lhe a testa e disse com firmeza para ele descansar
um pouco, e depois saiu. Sem ela, o quarto ficou maçante, a atmosfera
simplesmente enfadonha.
Era óbvio que as únicas pessoas que não eram intimidadas por ele
eram Rick, Tim, Maddy, Cherry, Alan e um casal de amigos policiais que o
visitavam e deixavam presentes duvidosos para mantê-lo divertido.
Maddy não tinha certeza se a revista Playboy era uma boa escolha,
não quando apresentava meninas magras em biquínis minúsculos e muito
menos. Para ser sincera, quando ela teve o vislumbre de uma na cabeceira
de Mike, sentiu imediatamente um frio na barriga. Até que ela observou
os olhos de Mike acenderem quando ele a viu, e percebeu que Tim estava
lendo a revista mais cedo porque Mike não estava interessado. E quando
Mike a beijou na sua chegada, bem, era tão profundo, quente e úmido
que ela ficou com falta de ar e, sim, ele estava definitivamente feliz em vê-
la, como evidenciado pelo enrijecimento de seu eixo contra sua barriga
macia. Que ela não teria sentido se não tivesse apenas a arrastado para
cima dele para o beijo.
− Não faça carranca e seus pontos não vão doer. - Cherry estava
tentando não rir.
− Então você vai ficar feliz em saber que está sendo liberado. - Rick
entrou no quarto, seguido de Cherry.
− Aqui.
Ele sorriu lento e fácil, antes de voltar seu olhar para Rick.
Uh-oh, será que ele imaginou, mesmo um pouco, o que ela estava
pensando? Era muito embaraçoso, pois estava o levando para casa para
cuidar dele, Deus!
Ele ofereceu o mais fraco dos sorrisos antes de voltar sua atenção
para Rick.
− Seu chefe me disse que você tem duas semanas de licença. - Rick
entregou a ficha de Mike para Cherry. − Então, você pode ir. Maddy já
marcou a consulta para o seu check-up pré-trabalho. Qualquer problema,
você sempre pode me chamar em casa. - Ele olhou para Maddy. −
Qualquer problema me ligue.
− Agora, sim. - O coração dela pulou uma batida quando ele sorriu
levemente, e que certamente não foi um sorriso inocente. Ele era um
pecado.
Sabendo que era o melhor que ela tiraria dele, Maddy sacudiu a
cabeça e permaneceu em silêncio. Tudo o que tinha a fazer era
permanecer no controle. Meu Deus, ela era uma enfermeira experiente, o
quão difícil poderia ser?
Uh-oh.
− Você teve uma concussão e está preocupado por ter vindo para o
hospital de cueca boxer? Sério?
− Mike!
Movendo-se para o lado dele do carro, ela parou bem perto dele e
o observou com a cabeça inclinada de lado.
− Huh. Você parece calmo para mim, por isso você deve estar
calmo.
− Oh sim.
− Você não vai ficar com ninguém na sua cama até que tenha se
recuperado totalmente. - Ela cruzou a varanda e abriu a porta de tela de
segurança, e a de madeira, e ficou de lado. − Agora se comporte.
− Depois de você. - Disse Mike, sempre cavalheiro.
− Eu o visitei.
Uma grande mão deixou sua parte de baixo para deslizar para cima
de suas costas, nuca e cabelo, mergulhando nos sedosos fios. Com firmeza
ele inclinou a cabeça para o lado. Maddy quase gemeu quando ele saiu de
sua boca e passou a língua por seus lábios em uma brincadeira, meio
erótica lambida, e depois a boca quente deslizou no comprimento do seu
pescoço, e a língua lambeu o pulso que batia descontroladamente.
− Não. - Ela cavou seus saltos, apenas para cair para frente quando
ele a puxou de repente e ela perdeu o equilíbrio. Caindo contra o peito
largo, ela olhou para cima para ver o sorriso de lobo combinando com a
aparência perigosa, o que fez seu coração saltitar dentro do peito.
Agarrando os ombros dele, ela recuperou o equilíbrio e conseguiu franzir a
testa para ele. − Não.
− Maddy...
Ela apenas pegou a chaleira vazia quando sentiu Mike atrás dela,
mas não teve tempo de girar antes que ele estivesse pressionando suas
costas, com a boca em seu ouvido e a respiração quente como uma
promessa.
− Maddy?
Ela olhou para cima e encontrou Mike a estudando enquanto
cruzava a cozinha segurando a boxer que usou no hospital.
O gesto era tão familiar, tão confortável, que ela não conseguiu
parar a pequena captura de sua respiração. Ela sorriu para ele.
− Tudo bem.
− Eu sei.
Era uma atmosfera acolhedora e ele mal podia esperar pelo dia em
que Maddy estivesse lá o tempo todo, e se dependesse dele, não
demoraria muito.
É claro que ele teria que receber o gato de olhos azuis em sua casa
também, mas por Maddy ele aguentaria Chaz. Mike duvidava que Chaz
teria problema para se estabelecer, o estranho gato pensou que Mike era
seu melhor amigo para sempre. Entretanto, talvez Chaz pensasse que cada
pessoa que entrasse pela porta era seu melhor amigo para sempre.
Suspirando contente, Mike mexeu os dedos dos pés. A única coisa
que falta era Maddy enfiada ao seu lado assistindo as corridas com ele,
mas viu o rolar de seus olhos, quando ele ligou no canal de esportes. Sua
Maddy não gostava de motos. Teria que ver o que poderia fazer para
mudar a opinião dela sobre esse assunto em particular.
− Quer ver os meus olhos? - Mike piscou para ela. − A minha boca?
Minhas calças?
− O quê?
− Sim.
− Eu preciso saber que você está segura. Você não vai sair no
escuro da noite e trotar até aqui para ver se eu estou bem. - Quando ela
abriu a boca para protestar, ele rosnou. – Não! Enfaticamente,
absolutamente, não.
Irritada, Maddy cruzou os braços, e se ela soubesse como esse
movimento levantava os seios e o deixa com água na boca... mas ele se
recusou a se debruçar sobre esse pequeno devaneio delicioso agora. Não
quando ela pensava em ser estupidamente descuidada.
− Mike...
− Não.
− Eu vou telefonar.
− Desculpe? - A mente dele ficou em branco.
− Ah, não, você não vai me prender. Eu tenho que alimentar Chaz.
Se ele não comer, você também não come.
E, menino, ele estava feliz agora com Maddy cozinhando para ele,
na casa dele e, cheirou, sim, gostava de sentir seu leve perfume no ar.
Quando ouviu Maddy voltar, ele se levantou e caminhou para a
cozinha para encontrá-la colocando os pratos.
− Minha mãe era uma pessoa realmente caseira quando meu pai
era vivo, mas depois que ele morreu e ela se casou novamente, ela meio
que mudou.
Hmmm. Mike notou que ela fez isso sem pensar. Interessante.
Muitas pessoas não sabem colocar um guardanapo no colo. A maioria
deixa em cima da mesa para limpar as mãos ou limpar a boca durante a
refeição. Muito interessante.
Ela riu.
− Sim. Mas eu não a visito muito. - Ele olhou para ela, à espera de
uma carranca de desaprovação.
− Eu entendo isso.
− Mesmo assim. - Ele apontou o garfo com firmeza para ela. − Não
significa que você vai se livrar de mim, embora, por isso não tenha ideias.
Ela apenas sorriu e ele ficou feliz em ser capaz de mandar a tristeza
dela embora. Caminharia em brasas só para ver seu sorriso.
− Eu sei.
Ela olhou para ele por tanto tempo em silêncio que ele perguntou
o que ela estava pensando. Na verdade, ele se perguntou o que diabos ele
disse de errado, mas mesmo que arruinasse seu cérebro, não conseguia
pensar em nada.
− Só pensando.
Ela poderia negar tudo o que ela queria, mas ele conseguia ver que
ela ainda se sentia profundamente ferida, e era algo diretamente ligado
com a família dela.
− É melhor eu ir embora.
Mike saiu para a noite, sentindo o frio no ar. Ele a observou tremer
e imediatamente ficou ao lado dela, com o braço em volta dos ombros
puxando-a contra seu corpo.
− Eu vou levá-la para casa.
− Deus me livre.
Ele queria que a caminhada durasse para sempre, mas era curta.
Encostado no batente da porta, ele esperou que ela abrisse a porta.
− Eu vou esperar você voltar para casa. - Ela olhou para ele.
− Não, sou eu falando. - Ele a olhou sério. − Eu não digo esse tipo
de coisa muitas vezes, mas eu quero que saiba que cada vez que eu olho
para você, eu acho isso.
Depois, ela colocou a mão no rosto dele, que sentiu o toque macio
até os dedos dos pés.
− Fofo?
− Entre!
− Não quer que eu vá até aí para que você possa ver por si mesma?
− Carson.
− Lovett.
− Maddy? - Abrindo os olhos, ele piscou para o escuro.
O gatinho ronronou.
− Então, você tem algum peso, e daí? Vamos, Mads, você nunca foi
tímida sobre o seu peso antes. - Cindy assistiu Maddy medir a farinha. − O
que mudou?
− Que porcaria!
− Porcaria?
− Eu gostaria que Belinda estivesse aqui para ouvir você dizer isso.
- Cindy sorriu.
− Você não está seriamente dizendo que Belinda e sua amiga idiota
a fizeram autoconsciente? - Cindy revirou os olhos e pegou um biscoito
caseiro. − Se controle Mads. Nossa!
− Eu não sei.
− Você sabe.
− Eu não sei.
− Então qual é o problema? Você já fez sexo louco com Mike duas
vezes, eu sei que fez sua cabeça praticamente girar.
− Eu posso ler nas entrelinhas. Então agora você o tem por perto
durante o resto da semana, ele quer foder você, e você continua
segurando ele. Que diabos, Mads?
− Por que?
− Porque ele é perfeito.
− E?
− E?
− Eu não sou.
− Sim, e por causa do seu problema você vai deixar a melhor coisa
que já aconteceu para você escapar?
− Ele viu sua bunda e seios. As costas de suas coxas. Não há muito
sobrando, não é? - Cindy levou a lata de limonada para a boca e tomou
um grande gole. − E ele ainda está ao redor ofegante atrás de você.
− O quê?
− E daí que o seu irmão pagou o Robert para levá-la para sair. Você
não sabia. Então, Robert era uma pequena merda e a enganou para tirar a
sua virgindade no banco de trás do maldito carro. Então o quê?
− Mamãe não pensou assim. Ela gostou ainda menos quando ouviu
falar sobre Robert e eu.
− É mais do que isso. Você sabe, eu sei, e ele sabe. Pare de vacilar,
Maddy. Se você realmente o quer, e se preocupa com ele, então precisa
pegá-lo antes que ele desista e alguém agarre o homem que você sabe
que pertence a você.
− Você não dorme com qualquer um. - Cindy disse sem rodeios. −
Eu aposto que Mike é o primeiro homem com quem você fez amor desde
o episódio desastroso com Robert.
− Eu sei. É estúpido.
− Você é uma mulher que vai reivindicar o seu homem. Você vai
até lá, rasgar as roupas deles, jogá-lo no chão e tem o seu caminho sujo
com ele. Agora, quem é você?
Maddy riu.
− Bem, você vem ou não? Você é o único que me seguiu para fora.
Certamente eu não ficarei aqui de pé segurando a porta aberta para você
durante o dia todo, enquanto você cheira as flores. Para dentro, agora.
Sim, eu vou preparar algo para você comer. Merda, você é um bola de
pelo exigente.
Mike não se importava com o seu peso, nem com o que ela fazia
para viver. Mike gostava dela por ela mesma. Mais do que gostava, ela viu
em seu olhar. Ele admitiu abertamente. Ele a queria para sempre.
Intensamente elevada.
Maddy percebeu que estava nua nos braços dele e seu coração
disparou. Mike a segurou pertinho, muito ternamente, devido a altura
mais elevada, ele se inclinou sobre ela protetoramente, o calor da paixão
em seus olhos.
Paixão e algo mais, algo que tocou seu coração e fez seus lábios
separarem em esperança incerta.
Isso foi tudo o que ele disse, depois a colocou de costas sobre a
cama, com um braço sob seus joelhos para virá-la com eficiência, rápido e
fácil para que ela estivesse esticada no comprimento total na cama. Ele
veio sobre ela, todo duro, grande, e musculoso.
− Mike.
Este desejo delicado era diferente, mas o mesmo. Ele torceu seu
coração, puxou cordas escondidas, e a fazia se sentir tão protegida, tão
amada, tão querida, que ela só poderia devolver o beijo com igual ternura,
abrindo a boca para ele, seu corpo, sua alma, e seu coração.
− Tão bonita. - Ele sussurrou com voz rouca contra seus lábios. −
Tão suave, tão bonita. Tão minha.
Deixando-a selvagem.
E então ele estava dentro dela, o pênis deslizando pelo seu canal, e
ela sentia cada investida, cada bombeamento, cada pedacinho da vagina
engolindo a espessura e sentindo seu comprimento enterrado.
Maddy nunca pensou que fazer amor pudesse fazer a alma tremer,
mas agora ela sentia cada pedaço de Mike sobre ela, dentro dela, e ao seu
redor. Os músculos poderosos que flexionava cada linha dura do seu
corpo quando ele se movia, os pelos das pernas e braços ásperos contra
sua pele, a firmeza do peito largo pressionado contra seus montes macios.
O pênis dentro dela, longo, grosso e duro, mas ele era cuidadoso com ela.
Atento ao máximo.
Toda a dúvida e medo que ela havia sentido antes, foi posto de
lado pelo gozo óbvio do corpo dele, a ternura nos olhos ardendo.
Ele era como uma fantasia erótica ganhando vida, uma fantasia
que ateava fogo em suas veias e a fazia queimar fora de controle.
Maddy não tinha ideia de quanto tempo ficou debaixo dele, mas
quando finalmente desceu do céu, deliciosamente sonhadora, encontrou
Mike caído sobre ela com o rosto enterrado em seu cabelo, o hálito
quente e úmido no seu pescoço.
− Maddy.
− Não, por favor fale. Não quero ver você chorando depois, nem
dizendo que eu estava apenas interessada em seu corpo. - Ela sorriu.
− Uau. Legal.
− Eu, claro.
− Idiotas.
− Sim, estava quase me cagando. Mas não deixe que Cherry saiba
disso.
− Um dia, seu idiota, isso vai acontecer com você, então veremos
quem vai rir por último.
− É ela?
− Nem pensar. - Ele falou para ela. − Nada de gatinhos. Você será
esterilizada assim que tiver idade suficiente. Enquanto isso, você não
sairá. Nunca.
Seus amigos ficaram por mais uma hora. Depois que foram
embora, Mike vestiu camiseta e shorts, levantou pesos, e depois foi
correr. Quando voltou para casa, tomou um banho e vestiu calça
comprida e camiseta. Yamaha estava enrolada na sua cama, mas quando o
viu foi quicando por todo o colchão para ele.
− Moça, não tente me conquistar. - Mike deu um tapinha
carinhoso na cabeça dela, em seguida, acabou esfregando a barriga e
brincando com ela na cama, que agarrou e mordeu a mão dele, fazendo-o
rir quando os pés pequenininhos chutaram seu pulso, enquanto ela
colocava as patas ao redor de sua mão.
− Não me tente.
Indo para o quarto, ele trocou a roupa para uma camisa social e
calça preta, meias e sapatos pretos. Pegou um casaco do guarda-roupa o
colocou e fez uma careta. Jeans e camiseta era mais o estilo dele, mas
nessa noite ele sofreria.
− Eu tenho a minha moto. - Ele ligou o carro e olhou para ela com
altivez. – A minha moto amada.
− Estável, por enquanto, mas isso pode mudar. - Ela suspirou. − Ele
é idoso e não é o primeiro ataque cardíaco.
− Eu sinto muito. - Sabendo o quanto ela gostava do seu trabalho e
o quanto seus pacientes significavam para ela, Mike estendeu a mão e
apertou a dela.
− Ei, lembra o que você me disse quando eu tive que faltar o nosso
primeiro encontro? Você entendeu. É a mesma coisa comigo. - Mike sorriu
para ela. − Enfermeiros e policiais, hein? Horas loucas e acontecimentos
inesperados. Eu disse que éramos a combinação perfeita.
− Se você não tirar a mão, eu posso ter que parar em um beco para
alguns minutos de sexo descontrolado.
Ele sorriu.
Não, ela não estava, de fato Maddy foi uma participante muito
disposta, mas poucos minutos depois que fizeram amor, ela estava
dormindo em seus braços.
Vendo que era Mike quem estava ligando, sua carranca diminuiu.
Mesmo sorrindo, conseguiu soar mal-humorada.
− Eu não seria louco para chamar por qualquer outra razão. - Ela
ouvia a diversão na voz profunda.
− Uma o quê?
Ela sorriu.
− Não.
Ele ficou em silêncio por alguns segundos antes da sua voz rouca
se pronunciar.
− Ok.
− A minha moto...
− Isso é uma promessa? - Ela quase riu alto quando ele respirou
fundo, depois quase mordeu a língua, quando ele respondeu com a voz
profunda, deliciosa, que sempre tinha o poder de fazê-la parar de respirar.
− Senhora má! Agora escute, isso pode apagar esse sorriso do seu
rosto.
− Duas e meia.
− Jesus, Maddy.
− Não tão difícil quanto você sentirá o seu lindo traseiro dolorido
se continuar com isso. - A voz dele tornou-se abafada e Maddy percebeu
que ele colocou a mão no telefone, enquanto falava com alguém.
Menino, ele lhe devia um grande momento. Ela teve que admitir,
porém, que estava curiosa sobre a família dele e enquanto cuidava dos
pacientes, sua curiosidade crescia.
− Oh sim.
− Não!
− Estava esperando até que estivesse pronto para falar sobre eles.
− Eu não tenho falado com ela há um bom tempo. - Mike fez uma
pausa e ela sentia seu escrutínio.
− Ok.
− É tão bonito!
− Você sente falta dos velhos tempos, não é? - Ela enfiou a mão na
dele.
− Idem, seu grande homem das cavernas. - Ela sorriu para ele.
− Michael. Estou tão feliz que você veio! - Nem um fio de cabelo
grisalho no elegante penteado, mesmo que ela estivesse bem distante dos
cinquenta.
− Madeleine?
− Maddy?
− Na verdade, sim.
− Eu gosto que Maddy seja difícil. - Mike opinou. − Isso torna a vida
muito mais interessante. - Seu olhar varreu os rostos espantados
esperando para ver se alguém ousava dizer algo diferente.
Como se Mike sentisse a tensão dela, sua mão pousou nas costas
dela e ele se endireitou, o olhar indo de repente do seu rosto pálido para a
cara de Jeannie.
− É mesmo.
− Vocês se conhecem? - A Sra. Bernard deu uma risada tilintaste. –
Eu nem sabia. Isto é como uma reunião!
Oh menino.
− Meus pêsames.
− Que tal jogarmos tudo para o alto e cairmos fora? - Mike sugeriu.
− Correto.
− Você tem que admitir, ela fica perfeita nas roupas. - Maddy disse
meio que brincando, mas não conseguiu esconder o tom melancólico.
Pegando a mão dela, Mike a puxou para baixo para que ela se
ajoelhasse ao lado dele.
Mike riu.
− Não muito, mas se alguma vez esse tal de Robert cruzar o meu
caminho, eu vou arrebentar com ele.
− Você não pode matar bons amigos, não é educado. - O tom era
suave, ele beijou seu nariz delicadamente. − Estou feliz que você não
deixou que seus medos ficassem entre nós.
− Mike! - Ela bateu no braço dele, rindo, meio ansiosa olhando por
cima do ombro. − Sua mãe pode ouvir.
− Mike!
− Você está fazendo todo esse o creme para mim. - Os olhos azuis
brilhavam sombriamente. − Eu quero deslizar minha língua
profundamente e...
Colocando a mão sobre a boca dele, ela corou enquanto meio que
ria.
Um pigarro alto soou, e Maddy inclinou a cabeça para trás para ver
seu irmão, Jeannie e Belinda na porta. Matt parecia irritado, Jeannie
sorriu, e Belinda estava corando.
Não se importando nem um pouco e mostrando muito claramente,
Mike piscou para Maddy.
Matt começou a dizer algo, mas Mike rosnou atrás dela, uma
palavra desarticulada, mas fez com que Matt se virasse sobre os
calcanhares e saísse com raiva. Belinda foi atrás, as mãos agitadas,
tentando acompanhá-lo.
− O que há de errado?
Ele olhou para a família dela e Maddy seguiu o olhar. Seu irmão
tinha a mesma expressão de desaprovação de costume, Belinda tremia
nervosamente, a Sra. Lovett tinha um sorriso forçado e o Sr. Lovett estava
irritado. A Sra. Bernard estava um pouco ansiosa, como era evidente pelas
mãos retorcendo.
− Maddy. - Sua voz era o estrondo familiar profundo que ela tanto
amava. O olhar era sério, cada pitada de humor havia desaparecido. Ele
parecia tão sério que ela começou a realmente se preocupar.
− Eu o amo, Mike.
− Eu a amo, Maddy.
− Vamos para casa para que eu possa fazer coisas más com você e
não esqueça a sua promessa.
− Não com esse seu tesão. - Ela entrou no carro e ignorou o suspiro
coletivo que veio da sua atordoada família.
− Eu não posso resistir a você, suas curvas, seu corpo de dar água
na boca, seu senso de humor, seu hábito irritante de ser malditamente
independente. - A mão dele foi para a coxa dela, os olhos se tornaram
libidinosos. − Eu acho que devemos ir mais rápido.
Mike parou, apoiando-se nos cotovelos para olhar para ela com
fogo depositado nos olhos azuis. Ternura competia com a luxúria carnal, e
ela reconheceu outra emoção profundamente dentro de seus olhos.
− Você realmente me ama. - Alcançando o seu rosto, ela o
acariciou suavemente.
Tão cheia de emoção que ela mal conseguia conter sua felicidade,
disse baixinho: − Você me faz rir, Mike Carson. Você me faz louca. E você
me faz sentir a mulher mais bonita do mundo.
− Tudo bem. - Ele fez uma pausa. − Eu acho que nós deveríamos
abrir um buraco na parede e fazer uma passagem entre as nossas casas.
Torná-la única.
− Eu gostei disso.
− Sim.
− Não, seu grande idiota. Eu não quero desfilar, nunca quis. Tremia
só com o pensamento de ter toda a minha família criticando, tentando
assumir o controle do evento e não gostando de nada que eu fizesse ou
escolhesse, brigando por detalhes e tornando tudo desagradável. Eu gosto
da sua ideia. - Estendendo a mão, ela empurrou uma mecha de cabelo
preto de volta à testa, o anel brilhando à luz do sol. − Eu realmente gosto.