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João Pessoa
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CURSO DE COMUNICAÇÃO EM MÍDIAS DIGITAIS – DEMID EBOOK DO PROJETO DE
CONCLUSÃO DE CURSO – TCC/2018
EDITORA
OFERECIMENTO
Capa
Sumário Oferecemos este trabalho ao Povo Potiguara, que nos propor
cionou histórias de lutas e conquistas de um povo guerreiro e
Autor foi através deles que tornamos um sonho em realidade.
eLivre
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POTIGUARA, UM POVO DE MEMÓRIAS
AGRADECIMENTO
Agradecemos em primeiro lugar a Deus que nos iluminou durante esta cami
Capa nhada. As nossas famílias que sempre nos apoiou nos momentos mais difí
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POTIGUARA, UM POVO DE MEMÓRIAS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................8
O povo Potiguara na Paraíba.................................................................................12
AS PRINCIPAIS FESTIVIDADES..........................................................................25
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POTIGUARA, UM POVO DE MEMÓRIAS
MEMÓRIAS DE NÓS.............................................................................................33
Manoel Santana.....................................................................................................35
Severino Fernandes...............................................................................................38
Pedro Ciríaco.........................................................................................................44
Joana Ferreira da Silva..........................................................................................46
O protagonismo da lapinha com a cultura indígena...............................................47
Capa REFERÊNCIAS......................................................................................................62
Sumário
Autor SOBRE AS AUTORAS...........................................................................................63
eLivre
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POTIGUARA, UM POVO DE MEMÓRIAS
INTRODUÇÃO
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Autor
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Autor Imagem 1 - Mapa da Paraíba
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Autor Imagem 2 - Fotografia: Tiuré.
Demarcação da Tribo Potiguara na Baia da Traição, 1981
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Sumário
Autor
eLivre Imagem 3 - Fotografia: Tamara Rodrigues.
Abertura dos Jogos Indígenas, Aldeia Tracoeira. Baía da Traição_2018
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Capa Imagem 4 -
Sumário Fotografia: Poran
Potiguara.
Autor As falésias do
eLivre Tambá, aldeia Alto
do Tambá
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Autor
Imagem 5 - Fotografia: Fabiana Sousa.
eLivre Rio do Gozo, aldeia Tracoeira
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Sumário
Autor
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Imagem 6 - Fotografia: Poran Potiguara.
Praia de Coqueirinho, litoral Norte 22
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Capa
Sumário
Autor Imagem 7 - Mapa Etno Mapeamento Potiguara
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AS PRINCIPAIS FESTIVIDADES
Assim como toda comunidade, o território Potiguara também tem suas festivi-
dades que sempre são realizadas com muita alegria e agrega uma riqueza cultural
inestimável.
Os jogos são realizados sempre no mês de abril, geralmente uma semana an-
tes do Dia do Índio. Na semana seguinte ao término dos jogos tem a comemoração,
no dia 19 de abril, Dia do Índio na aldeia São Francisco, em Baía da Traição, local
onde os indígenas e não indígenas se reúnem para o ritual do Toré. Já na cidade,
na Semana do Índio (mês de abril) inicia-se o Festival Indígena Potiguara, o mes-
mo está em sua segunda edição, com muitas atividades para toda a comunidade
e visitantes.
Durante todo o ano há as festas católicas dos padroeiros, em seu respectivo
mês e aldeia. Uma das mais faladas é o do padroeiro São Miguel Arcanjo, que
acontece no mês de setembro, na aldeia que traz o mesmo nome dos dias 19 a 29,
Capa
encerrando os festejos no último dia com uma missa e procissão. A mesma reúne
Sumário pessoas de todas as aldeias dos três municípios, levando-se em conta que São
Miguel é o padroeiro do povo indígena Potiguara.
Autor
eLivre
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Dia do Índio
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Capa
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eLivre Imagem 8 - Fotografia: Tamara Rodrigues.
Jogos Indígenas, Aldeia Tracoeira
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Capa
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Imagem 9 - Fotografia: Tamara Rodrigues.
Autor Abertura dos Jogos Indígenas Potiguara
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Sumário
Autor
eLivre Imagem 10 - Fotografia: Tamara Rodrigues.
Jogos Indígenas Potiguara
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Notamos que umas das modalidades mais comum entre esses jovens indíge-
nas é o futebol, pois tanto as mulheres como os homens exibem seus trajes e sua
garra com muito orgulho ao entrar em campo. Ainda assim, as outras modalidades
também são muito importantes e fortalecem os valores culturais, como o arco e
flecha e a canoagem.
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Autor
Imagem 11 - Fotografia: Tamara Rodrigues.
eLivre Ruínas da igreja de São Miguel, aldeia São Miguel
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MEMÓRIAS DE NÓS
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MANOEL SANTANA
Autor
eLivre
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Os mais velhos fazem referência a esse período como o tempo de “Mané San-
tana”, que foram tempos em que a figura do líder (regente) exercia seu papel com
grande autoridade sobre as famílias. Inclusive contam, que “Mané Santana” era
um ótimo conciliador dos conflitos internos e um ótimo articulador político, visando
sem- pre melhorias para seu povo. Após a instalação do Posto Indígena na Baía
da Traição, Manoel muda-se para as proximidades do Posto com sua família e
passa a ser chamado de Chefe dos Potiguara pelo pessoal do SPI. O professor
Palitot diz que o nome de chefe dos Potiguara foi dado pelo inspetor Dagoberto de
Castro e Silva, durante a visita aos Potiguara no ano de 1923. Ele faz referências a
família de Manoel Santana que é casado com Porfiria Thereza, sendo seus filhos:
Sebastiana (13 anos), Josefa (10), Severina (8), Rosa (6), Daniel (5) e Maria (2). O
inspetor ainda faz referências ao grupo liderado por “Mané Santana”, algo em torno
de 400 indígenas.
Manoel Santana foi o grande responsável pelo reconhecimento e força do so-
brenome Santana dentro dos Potiguara. Tempos mais tardes os Santanas ocupam
cargos de chefes, caciques e até mesmo prefeito da cidade de Baía da Traição.
Capa Sendo Daniel Santana, seu filho, um outro nome de grande destaque e valor na
Sumário luta pelo território Potiguara.
Autor
eLivre
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Imagem 12 -
Capa Fotografia: Tiuré.
Acervo Arandú.
Sumário Marco de pedra da
Autor área doada por D.
Pedro II em 1859
eLivre na Baia da Trai-
ção.
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Severino Fernandes
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“O cacique não pode ser responsabilizado por uma questão que envolve todos
os índios que lutam por suas terras, das quais são os legítimos donos”.
(João Batista Faustino)
A atuação do Cacique era algo impecável, em plena época da Ditadura, Se-
verino Fernandes, não estava preocupado com as represálias que ele iria sofrer,
Capa e sim, estava preocupado com a demarcação das terras indígenas, que estavam
Sumário sendo invadidas por posseiros, donos de usinas, que de certa forma queriam tomar
a terra dos Potiguara. Com essa atuação, seu Severino passou a ser alvo principal
Autor
para que autoridades, quisessem de alguma forma prejudicá-lo, pois sabiam que
eLivre ele era a peça fundamental na luta do seu povo.
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Capa
Sumário
Autor
Imagem 14 - Fotografia: Tiuré. Acervo Arandú.
eLivre Período da autodemarcação Potiguara, 1988
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Autor
Imagem 15 - Fotografia: Tiuré. Acervo Arandú.
eLivre Período da autodemarcação Potiguara, 1988
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O cacique foi responsável na luta pela demarcação das terras do povo Potigua-
ra, um processo esse conhecido como a autodemarcação do território Potigua-
ra, foi a primeira autodemarcação dos indígenas do Nordeste. Este processo
gerou dentro da comunidade muitos conflitos, e muitos foram as ações toma-
das para estes. Assim como diz Estevão Palitot:
Uma ação de aviventação de picadas foi realizada pelo chefe de posto, Hamil-
ton Lima Soares e um grupo de índios recebendo como resposta dos proprietários
do Sítio Itaúna, às margens do rio Camaratuba, um processo na justiça de Rio Tin-
to, em julho de 1978. Em novembro, segundo o professor Palitot, ocorre um grave
conflito entre os índios, liderados pelo cacique Daniel Santana e um grupo de to-
pógrafos que realizava medições no Sítio do Melo, quando estes são agredidos e
tem os instrumentos de medição quebrados e jogados no rio Sinimbu.
Grande era mesmo a lembrança desse povo que sofreu o processo de retoma-
da de seu território, as marcas da década de 80, marcada pela prisão de índios que
lutavam pelo que sempre foi seu e a esperança que mantinha viva em seu Severi-
no Fernandes, era de ver seu território demarcado. Foram causadas muitas violên-
Capa cias ao povo Potiguara durante esse processo da realização das picadas (marcos
Sumário da Terra Potiguara), inclusive diversas acusações de invasão de propriedades e
derrubada de madeiras foram feitas aos líderes do movimento, em especial ao Se-
Autor verino Fernandes.
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Pedro Ciríaco
Pedro Ciríaco foi um líder importante para o Povo Potiguara. Sofreu persegui-
ções internamente por ser escolhido líder da aldeia São Francisco, uma decisão
contrária a decisão do Posto do SPI – Serviço de Proteção ao Índio, entre as déca-
das de 1930 a 1940. Com falecimento de Manoel Santana, Pedro Ciríaco assumiu
a total liderança da aldeia São Francisco e passou a ser o responsável por geren-
ciar as benfeitorias do povo, especialmente os coqueiros situados nas cardosas, e
controlar os cortes de madeira dentro das comunidades Potiguara.
Ao mesmo tempo em que Ciríaco era líder da aldeia São Francisco, ele se tor- na
uma figura problemática para gestão do Posto do SPI. Chegando inclusive a ser preso
por alguns meses junto com sua família em 1949, a prisão foi solicitada pela própria
gerência do Posto do SPI. Fruto dos desentendimentos que tinha como centro da dis-
cussão as arrecadações arrendatárias e o lucro com a venda dos cocos das cardosas.
No ano de 1948 quando iniciou-se um processo de demarcação das aldeias da Baía
Capa da Traição, Pedro Ciríaco questiona o processo e alega que não está sendo respei-
tado os limites territoriais do Povo, que alguns marcos tinham sido alterado e queria
Sumário entender porque algumas terras situadas no sítio Mataraca teria ficado de fora, e o
Autor porquê que a Companhia de Tecidos Rio Tinto ocupavam algumas faixas de terras.
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POTIGUARA, UM POVO DE MEMÓRIAS
Esse fato tornou Ciríaco figura problemática carimbada do povo Potiguara, tan-
to internamente, por não comungar com algumas decisões do Posto do SPI em
Baía da Traição. Como externamente, por não aceitar o fato de que algumas fai-
xas de terras ficassem de fora do processo da demarcação. Isso só aumentou sua
perseguição, chegando inclusive a ser acusado diversas vezes pelo posto do SPI,
de ser o “mestiço” mais problemático do Povo Potiguara e de incitar conflitos inter-
nos. Uma forma de desmerecer a luta de Pedro Ciríaco. O próprio posto chegou a
solicitar a remoção de sua família das aldeias da Baía da Traição, sob alegação de
está cortando e vendendo madeiras e de atrapalhar os trabalhos do Posto do SPI.
A liderança de Pedro Ciríaco era uma prova de resistência e uma forma de di-
zer ao Posto do SPI que nem tudo poderia ser feito como eles desejavam e que
teria que respeitar a organização social Potiguara. No ano de 1952, os indígenas
Potiguara sob comando de Pedro Ciríaco, se mostravam contrários as medições
da segunda tentativa de demarcação proposta pelo posto do SPI, alegando que
estava errada e que a medição original ficava uma légua a mais do que o marco
proposto. Ciríaco foi uma figura problemática necessária, diria. Seu falecimento foi
Capa em 1953, deixando a liderança para um dos seus filhos.
Sumário
Autor
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POTIGUARA, UM POVO DE MEMÓRIAS
Preocupada com sua cultura, Dona Joana mantinha sempre uma ligação entre
a lapinha, a religião e a cultura indígena de seu povo. Os relatos de algumas pes-
soas que trabalharam com ela neste período cultural, retratam sobre a importância
que ela teve dentro da comunidade Potiguara. Era comum Dona Joana sair com
seu grupo para fazer apresentação do ritual indígena, lapinha, pastoril, ciranda e
coco de roda nas cidades mais próximas de Baía da Traição, até mesmo na capital
paraibana – João Pessoa.
Nessas apresentações eram arrecadadas cestas básicas para serem doadas
na própria comunidade, sempre havia uma preocupação por parte dela em ajudar
as pessoas da sua comunidade.
Suas participações foram em diversas áreas do cotidiano Potiguara, além dos
rituais sagrados de seu povo, as lapinhas, o coco de roda, a ciranda, ela teve par-
Capa ticipação em um teatro, no qual foi encenado o nascimento de uma criança indíge-
na.
Sumário “Era aquela pessoa preocupada com a cultura do povo, eu digo que ela era a
Autor matriarca daquela aldeia... Era uma mãe que todos queriam ter...”
eLivre (Pedro Lobo, 2018)
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Sumário
Autor Imagem 17 - Apresentação da Lapinha
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Autor Imagem 18 - Dona Joana dançando com parentes e visitantes
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Na apresentação desse teatro havia três narrações, uma que era o nascimento
da criança indígena, a chegada dos holandeses e quando o indígena Pedro Poti foi
levado preso. Além das Capelas católicas, existem igrejas evangélicas nas aldeias.
O que remete uma atuação de várias religiões dentro do povo Potiguara. Mesmo
as católicas sendo maioria, a presença das evangélicas tem crescido bastante nos
últimos anos.
Capa
Sumário
Autor
eLivre
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Os índios Potiguara têm uma vida semelhante ao do povo não indígena, mas
a raiz é indígena. E, segundo Lusival Barcelos, cada vez mais, parcelas da comu-
nidade indígena concentram esforços no sentido de fortalecer ações que tragam
benefícios para toda a comunidade.
E não seria estranho pensar que esses indígenas têm uma vida comum como
qualquer pessoa civilizada. Eles estudam, trabalham e vão em busca de seus so-
nhos, atualmente já é bem comum encontrar indígenas nas universidades, seja ela
pública ou privada.
Esse processo de educação se deu algum tempo atrás, quando a comunidade
lutava para que houvesse escolas para os indígenas e foi a partir daí que surgiu
a escola diferenciada, ou a escola indígena. Diferenciada pelo fato de não só tra-
balhar a educação básica contida na grade curricular (MEC), como também de se
Capa trabalhar a história do povo Potiguara e demais povos no Brasil.
Sumário As escolas indígenas, trabalham não só com temáticas não indígenas, mas
também com assuntos relacionados ao seu território indígena, como por exemplo,
Autor
1 BARCELOS, Lusival Antonio. O ressurgir dos Potiguaras. Natal: UFRN, 2002. Disponível em: http://sbhe.org.br/novo/con-
eLivre gressos/cbhe2/pdfs/Tema6/0638.pdf. Acesso em: 02/05/2018.
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eLivre Imagem 20 - Fotografia: Tamara Rodrigues.
Aulas de Tupi em aldeia Potiguara
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Vemos os Potiguara como um povo civilizado e que durante esse tempo todo
tem mantido sua cultura e seus costumes, eles não tem perdido sua identidade,
estão cada vez mais inseridos dentro da sociedade e vivem como qualquer outra
pessoa.
Os Potiguara são autores da sua história, são os principais protagonistas de
sua identidade. Em diálogo com um jovem da comunidade, eu, Tamara Rodrigues,
perguntei para ele qual futuro ele sonha para seu povo, o jovem Bruno Potiguara
responde: “ Queremos um futuro, onde a sociedade possa ver os indígenas como
pessoas normais e não como bicho do mato, ou aquele índio que ainda mora na
casa de palha, e que anda nú...”. Sabemos o quanto esses jovens sonhadores têm
buscado esperança de um futuro melhor, tem lutado para mostrar seu povo, no seu
contexto, o que realmente fale de si próprio, com um olhar indígena.
Capa Nesse sentido este ebook é importante para compreendermos melhor o povo
Potiguara, assim como estaremos mostrando quem são os indígenas da Paraíba,
Sumário gente como gente que sonha e batalha para alcançar seus objetivos. O material
Autor deste trabalho contribui para os indígenas manterem viva sua memória.
eLivre
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eLivre Imagem 23 - Cacique geral Potiguara, Sandro Gomes, no ritual de pajelança
em Assembléia Geral Potiguara na aldeia São Francisco
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REFERÊNCIAS
MOONEN, Frans; MAIA, Luciano Mariz. Etnohistória dos índios Potiguara. João
Pessoa: PR/PB, 1992.
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SOBRE AS AUTORAS
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Imagem 25 - Fabiana Sousa
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