Você está na página 1de 15

A EDUCAÇÃO NO

BRASIL COLÔNIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
PROFA. MSC. ADALCILENA CAFÉ

AULA:
EDUCAÇÃO JESUÍTICA
• Fundador da Companhia de Jesus ( 1540, aprovada pelo Papa): Inácio de Loyola (1491 –
1556) – militar ferido em batalha;
• Padres seculares que se misturam as fieis no mundo: Europa, Ásia, África, América.
• Propagação missionária da fé;
• Criação e multiplicação de colégios pelo mundo: 114 colégios em 1579, 669 colégios
em 1749
• Mais segura a conquista as almas jovens;
• Eficiência da pedagogia dos jesuíticas: sólida formação dos mestres e à uniformidade
de ação
CARACTERÍSTICAS DA PEDAGOGIA JESUÍTICA

• Significa organização de plano de estudos.


• 1550 - Colégio Romano: Rede de cartas entre os colégios no mundo inteiro que criou o
documento;
• Didática; ênfase na memorização com repetição de exercícios; auxiliados pelos decuriões
que tomavam a lição de cor (sabatina)
• Emulação: competições entre os indivíduos e classes com premiações com a presença da
família e autoridades;
• Os colégios como local de formação religiosa, intelectual e moral
• Rígida disciplina, férias pequenas regime de internado e externato;
REGRAS DO RATIO STUDIORUM

• Significa organização de plano de estudos.


• Regras: alianças das virtudes sólidas com o estudo; evita-se a
novidade de opiniões; repetições em casa; ordem nos pátios,
preleção;
• O manual contém 467 regras, cobrindo todas as atividades dos agentes
envolvidos ao ensino. Iniciava pelas regras do provincial, depois do reitor,
do prefeito de estudos, dos professores de um modo geral, de cada matéria
de ensino, incluía também, às regras da prova escrita, da distribuição de
prêmios, do debel, dos alunos e por fim as regras das diversas academias.
NÍVEIS DE ENSINO E TEMPO ESCOLAR DO
RATIO STUDIORUM
• Os níveis de ensino (Humanidades, Filosofia e Teologia) e as disciplinas que os alunos
deveriam cumprir.
• O Plano Pedagógico :
• curso de humanidades: estudos inferiores.
• estudos de filosofia e teologia, designado de estudos superiores.
TEMPO ESCOLAR
• a hora/aula, o Ratio supõe 5 horas por dia de estudos, sendo duas e meia pela manhã e as demais
no período da tarde. O tempo era minuciosamente distribuído entre o grego e o latim, a prosa e a
poesia, e os diversos exercícios escolares, preleção, lição, composição, desafio etc. A ordem dos
estudos poderia ser alterada de acordo com os costumes locais.
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO RATIO
I - Currículo Teológico - 4 anos
STUDIORUM
• - Teologia Escolástica. 4 anos; dois professores, cada qual com 4 horas por semana.
• - Teologia Moral. 2 anos; dois professores com aulas diárias ou um professor com duas
• horas por dia.
• - Sagrada Escritura. 2 anos com aulas diárias.
• - Hebreu. 1 ano, com duas horas por semana.

II- Currículo Filosófico - 3 anos


• - 1º ano – Lógica e introdução às ciências; um professor; 2 horas por dia.
• - 2º ano – Cosmologia, Psicologia, Física - 2 horas por dia, Matemática – 1 hora por dia.
• - 3º ano – Psicologia, Metafísica, Filosofia moral – dois professores. 2 horas por dia.

III – Currículo Humanista - 3 anos


• - Retórica
• - Humanidades
• - Gramática Superior
• - Gramática Média
• - Gramática Inferior
CRONOLOGIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
COLONIA
• Fase heróica: 1549 a 1570 – catequese
• Fase de consolidação: de 1570 a 1759 – expansão do ensino secundários
nos colégios
• Reformas pombalinas: de 1749 a 1808 - instrução pública
• Período joanino: de 1808 a 1822 – república – próxima aula
EDUCAÇÃO JESUÍTICA NO BRASIL

• A partir de 1530 período da colonização com sistema de capitanias


hereditárias, monocultura da cana de açúcar, economia de modelo agrário-
exportador dependente, trabalho escravo inicialmente pelos índios e dos
negros africanos depois;
• Caráter patriarcal da sociedade – senhores de engenho;
• Chegada dos jesuítas em 1549 – para conversão dos gentios;
• Educação não era prioridade devido a base econômica da sociedade
EDUCAÇÃO JESUÍTICA NO BRASIL
• 1549 - Governador geral: tomé de Souza – Padre Manoel da Nóbrega
• Criada a 1ª Escola de ler e escrever, na Bahia – inicia-se o processo de criação de escolas
elementares, secundários seminários e missões no Brasil;
- Catequese dos índios; educação dos filhos dos colonos; formação de novos sacerdotes e da
elite intelectual, controle da fé e da moral;
• Durante 210 anos os jesuítas permaneceram no Brasil;
• Ao migrar para o Sul: cria-se o colégio de São Vicente depois transferido para Piratininga em
1554, surge a cidade de São Paulo;
• Primeiro jesuíta a aprender o Tupi-guarani – Aspilcueta Navarro
• Em 1553 – Padre José de Anchieta (Fernando de Azevedo denominou de trindade
esplêndida: Nóbrega o político, Navarro o pioneiro, e Anchieta o santo.
Pateo do collegio: lugar onde nasceu São
Paulo
EXPULSÃO DOS JESUÍTAS DO BRASIL COLÔNIA:
MOTIVOS
• poder político sobre todas as camadas sociais ao modelar a consciência moral e
comportamento;
• Enriquecimento econômico: A coroa pagava 10% da arrecadação dos impostos e doação de
terras;
• Pombal atribuiu ao jesuítas o interesse em forma um império temporal cristão: conflitos entre
Portugal em Espanha sobre as fronteiras das Sete missões, na região do Prata, pelas “guerras
guaraníticas”
• Constantes conflitos entre colonos e indígenas devido a escravidão indigena; e os jesuítas não
apoiavam;
• Em 1759 a companhia de Jesus tinha: 25 residências, 36 missões, e 17 colégios e seminários.
Além de seminários menores e as escolas de ler e escrever, instaladas em cada todas as aldeias
e povoações onde existiam casas da Companhia.
• O Alvará Régio de 28 de junho de 1759 extinguia todos os colégios jesuítas em Portugal e
colônias. Foram expulsos mais de 500 padres Jesuítas.
REFORMAS POMBALINAS: DE 1749 A 1808 - INSTRUÇÃO
PÚBLICA
MINISTRO SEBASTIÃO JOSÉ DE CARVALHO MELO
• O Alvará Régio de 28 de junho de 1759 extinguia todos os colégios jesuítas em Portugal e colônias.
• 1772 – instituiu ensino publico oficial;
• A coroa portuguesa nomeou professores, para o pagamento instituiu o “subsídio literário”
• Estabeleceu planos de estudos e inspeção
• Modificações da organização curricular: mudou o ensino jesuítico do curso de humanidades para as
aulas régias de disciplinas isoladas
• O ensino reformado traz aulas de línguas modernas, como francês desenho, aritmética, geometria,
ciências naturais;
• Os conteúdos precisam ser úteis e aplicados a realidade;
• Nasce a educação laica e responsabilidade do Estado;
• O papel do professor não é somente de dar aulas mas de ser um professor inventor com métodos
próprios;
A AULA RÉGIA

O Alvará Régio de 28 de junho de 1759 que extinguia todos os colégios


jesuítas em Portugal e colônias instituiu as aulas régias.

Cada aula-régia constituía uma unidade de ensino, com professor único,


instalada para determinada disciplina. Era autônoma e isolada, pois não se
articulava com outra e nem pertencia a qualquer escola. Não havia currículo,
no sentido de um conjunto de estudos ordenados e hierarquizados, nem a
duração prefixada se condicionava ao desenvolvimento de qualquer matéria.
(CHAGAS, 1982, p. 9)
FINANCIAMENTO DAS AULAS RÉGIAS

• O pagamento dos professores dessas aulas de “primeiras letras”, criou-se,


anos após o Alvará de 1759, por meio da Carta Régia de 10 de novembro de
1772, uma fonte de recursos advinda do denominado subsídio literário para
cujo montante o Marquês de Pombal criou um fundo próprio.
O fundo era estabelecido por meio de taxas cobradas. Tais subsídios sobre a
carne verde, vinhos portugueses, aguardente, sal e vinagre. Nas colônias
portuguesas e na metrópole.
OBRIGADA!

Você também pode gostar