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Pró-reitora de Pós-Graduação
Centro de Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação em Educação
Introdução
A formação de professores sempre foi muito complexa no Brasil, pois não está somente ligada
somente na questão curricular ou na preparação de conhecimentos. Ela está ligada também
nas questões de orçamentos do Estado, as verbas que para ela são destinadas, as políticas
públicas, as questões ideológicas, de mecanismos de formação, de quantidade de mão de obra,
etc. Todas essas questões trazem à baila os fatores que influenciam na formação de
professores e suas complexidades. Assim sendo o objetivo desse estudo é discutir o tema da
formação de professores contemplando os aspectos históricos, políticos e teóricos no primeiro
capítulo e segundo capítulo. Posteriormente, no terceiro capítulo discutimos a formação de
professores na perspectiva da educação especial.
Como procedimentos metodológicos, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, recorrendo à
revisão de literatura, baseada em SAVIANI, TANURI, VEIGA, BOTO, BRZEZINSKI,
MENEZES, CARVALHO, dentre outros. O texto inicia-se com uma introdução ao enfoque
histórico, examinando a trajetória da formação de professores. que se iniciam com a
aprovação da A história de formação de professores no Brasil enquanto Colônia: Período
Jesuítico e Império; da modernização até a LDB de. Em seguida, discute-se sobre as políticas
educacionais na perspectiva da Educação Especial.
1
Professora de Educação Básica do Cemei Professora Heloísa Veloso dos Anjos Sarmento.
1- A história de formação de professores no Brasil enquanto Colônia:
Período Jesuítico e Império
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² DECRETO DE CRIAÇÃO DA ESCOLA NORMAL 1835 – nº. 10 Joaquim José Rodrigues Torres, Presidente da Província do Rio de
Janeiro, faço saber a todos os seus habitantes, que a Assembleia Legislativa Provincial Decretou, e eu sancionei a Lei seguinte. Artigo 1º.
Haverá na Capital da Província do Rio de Janeiro uma Escola Normal para nela se habilitarem as pessoas, que se destinarem ao magistério de
instrução primária, e os Professores atualmente existentes, que não tiverem adquirido a necessária instrução nas Escolas de Ensino na
conformidade da Lei de quinze de Outubro de mil oitocentos e vinte sete, Artigo quinto.....Disponível em:
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/99970/1835_10_abril_Ato_n%c2%ba10_Cria_Escola_Normal.pdf?
sequence=1&isAllowed=y. Acesso em ( 27/07/2022).
No Brasil, do final do século XIX até 1930, a formação dos professores era papel das
Escolas Normais, porém nessa mesma década vai ocorrer a substituição dessa formação feita
pelas escolas normais pelos Institutos de Educação, onde para o professor primário acontecia
em dois anos. Era oferecido também cursos de especialização e aperfeiçoamento.
Esse modelo de formação oferecido pelos Institutos foi um modelo de inspiração para a
futura criação dos cursos de Pedagogia no Conjunto da Faculdade de Filosofia e Letras. Que
tinha como objetivo a formação de professores para atuarem no ensino secundário.
Diante do exposto, pode-se afirmar que a história da formação dos professores, nos
últimos dois séculos, explicita sucessivas mudanças introduzidas no processo de formação
docente.
Lentamente às questões pedagógicas antes inexistentes no início da história da educação
foi penetrando até ocupar posição central nos ensaios de reformas da década de 1930. Ela está
presente nas políticas e discussões atuais sobre formação de professores. Enfim, na história da
educação brasileira, as políticas formativas evidenciam sucessivas mudanças e problemas
enfrentados, principalmente com relação à qualidade do ensino. É um grande desafio que
exige muito investimento, mudança de mentalidade e comprometimento de toda a sociedade.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MATTOS, Luiz Alves de (1958), Primórdios da educação no Brasil. Rio de Janeiro, Aurora.
BOTO, Carmina. A dimensão iluminista da reforma pombalina dos estudos: das primeiras
letras à universidade. Revista Brasileira de Educação, v. 15 n. 44, p.282-299, 2010, p.293.
VEIGA, Cynthia Greive. História da Educação. São Paulo: Ática, 2007.
TANURI, Leonor. História da Formação de Professores. Revista Brasileira de Educação. Rio
de Janeiro, n.14, p. 61-88, maio/agosto, 2000, p.68.
TANURI, Leonor. História da Formação de Professores. Revista Brasileira de Educação. Rio
de Janeiro, n.14, p. 61-88, maio/agosto, 2000, p.75.
MENEZES, Ebenezer Takuno de. Verbete método lancasteriano. Dicionário Interativo da
Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2001. Disponível em
<https://www.educabrasil.com.br/metodo-lancasteriano/>. Acesso em 27 jul 2022.
Torres, Joaquim José Rodrigues. Decreto n. 10, 10 abr. 1835, RJ. Disponível em:
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/99970/1835_10_abril_Ato_n
%c2%ba10_Cria_Escola_Normal.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em (27/07/2022).
Batista, Marllon Sérgio Soares. História e educação : o papel do professor na era Vargas
(1930-1945). São Cristóvão, 2021. Monografia (graduação em História) – Departamento de
História, Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de Sergipe, São
Cristóvão, SE, 2021
BRASIL. Decreto s/n, de 2 de dezembro de 1837. Convertendo o Seminário de São Joaquim
em colégio de instrução secundária, com a denominação de Colégio de Pedro II, e outras
disposições. Coleção das leis do Império do Brasil, Rio de Janeiro, v.1, parte 2, p. 59-61,
1837.
Decreto-Lei 8530, de 02/01/1946. Lei Orgânica do Ensino Primário. Disponível em:
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-8529-2-janeiro-1946-
458442-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em: ( 27/07/2022).
SAVIANI, D. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no
contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação v. 14 n. 40 jan./abr. 2009.