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Academia Paulista de Direito Criminal

PEÇA PRÁTICA - LIBERDADE PROVISÓRIA


Pedido de Liberdade Provisória com Fiança - Crime Apenado com Reclusão

AO EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO DEPARTAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL (DIPO) DA


COMARCA DE SÃO PAULO - SP.

Inquérito Policial n.º 007/2009

(Espaço de 10 Linhas)

JOÃO DA SILVA, já devidamente qualificado nos autos do inquérito policial supra


declinado e que tem regular curso perante este R. Juízo, vem se dirigir mui respeitosamente à presença de
V. Exa., por intermédio de seu defensor que esta assina in fine (Doc. 01), para expor e requerer o quanto
segue.
O indiciado foi preso em flagrante delito na data de 17/12/2009, por volta das 15h, nesta
Cidade e Comarca de São Paulo, quando estaria tentando furtar bens do interior da casa de propriedade
da vítima Leonardo Feitosa, penetrando no imóvel através do arrombamento de sua porta, tendo sido
provisoriamente incursionado no art. 155, § 4.º, I, c/c art. 14, II, ambos do CP, consoante inclusa nota de
culpa (Doc. 02), estando presentemente preso e recolhido à disposição da justiça junto ao 32.º Distrito
Policial desta Comarca.
O indiciado é primário, ostentando bons antecedentes, estando radicado no distrito da
culpa e exercendo ocupação lícita, consoante bem demonstram os inclusos documentos (Docs. 03/05).
De outra parte, MM. Juiz, a conduta delitiva imputada ao indiciado nos autos de prisão
em flagrante é afiançável, eis que a pena mínima cominada ao furto qualificado não supera o patamar de
2 anos de reclusão, nos termos do art. 323, I, do CPP, não estando presentes outros motivos impeditivos
para a concessão de fiança, razões que levam agora este defensor a requerer de V. Exa. seja concedida
LIBERDADE PROVISÓRIA ao ora indiciado, através do arbitramento de fiança, em conformidade com o
disposto no art. 5.º, LXVI, da Constituição Federal e art. 325 do CPP, expedindo-se a favor dele, após o
devido recolhimento da fiança, o competente alvará de soltura.

Nestes termos,
P. deferimento.

São Paulo, 19 de Dezembro de 2009.

[Nome do advogado, n.º de sua inscrição na OAB e assinatura]

OBS.: Em juízo, a concessão de liberdade provisória “com fiança” independe da prévia oitiva do
representante do Ministério Público, conforme disposto no art. 333 do CPP. Nos crimes apenados
com reclusão, a liberdade provisória deverá sempre ser requerida ao juiz competente, com ou sem
fiança, mas jamais ao delegado de polícia, o qual só tem competência para isso em crimes
apenados com detenção ou prisão simples, conforme art. 322, caput, e seu parágrafo único, do
CPP.

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