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Artigo de opinião sobre o texto

“A semana de Arte Moderna no cenário cultural brasileiro”

Depois de ler a entrevista a Ana Maria Hoffmann, professora do Departamento de


História da Arte da Escola de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de São
Paulo, fiquei pensando na importância que tem a arte nas vidas das pessoas e, também, o
importante que é que a arte possa chegar a todas as pessoas e não fique trancada nos salões
de arte que só podem frequentar alguns poucos escolhidos.

Com o movimento modernista no Brasil e também em toda Latino América, a arte saiu
dos salões e ficou mais perto das pessoas e deu um espaço para seu conhecimento.

A estética modernista cresceu na arquitetura, na pintura e nas letras. A literatura do


modernismo permitiu uma renovação estética na linguagem literária. Foi, não somente no
Brasil, uma mirada literária que se afastava da burguesia y fazia-lhe uma crítica muito
importante.

A semana de Arte Moderna no Brasil foi uma revolução estética e cultural. Um novo
jeito de ver a arte nasceu em 1922.

Embora, como fala a professora Hoffmann, o Brasil estivesse mirando a arte modernista
da Europa, a América Latina fazia sua própria renovação cultural e, os leitores da América
conheciam a obra de José Martí; Leopoldo Lugones, Ruben Dario e muitos escritores mais.

José Martí falou em seus poemas da vida dos oprimidos, dos esquecidos. Ele foi o poeta
da revolução cubana. Ainda lembro quando minha professora recitava de cor um poema que
fala da escravidão e da dor dos escravos. Eu era uma garotinha e não podia deixar de chorar.
Suas palavras, sua melodia podiam me comover.

Quando penso no meu trabalho como professora lembro da cena aquela em que eu
chorava sem saber muito bem a causa. Não sei se era pela tristeza do tema de escravidão, pela
beleza do som do poema ou pela doce voz da minha professora. Lembro isso e desejo
provocar a mesma sensação nos meus estudantes.

Certa vez, uma aluna falou para mim: “quando você lê, o mundo fica quieto para mim”.
Tomara que nunca esqueça que minha tarefa é muito mais do que ensinar a escrever bem a
língua espanhola; minha tarefa é aproximar os meninos da arte.

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