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CURSO / NR-10

SISTEMA ELÉTRICO DE
POTÊNCIA - SEP

CURSO COMPLEMENTAR – SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE


POTÊNCIA (SEP) E EM SUAS PROXIMIDADES.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP


SUMÁRIO

01- Portaria do MTE 3214/Curso Complementar/Conteúdo Programático .................................. 04


02- SEP/Organização do SEP ...................................................................................................... 06
03- Geração de Energia. ............................................................................................................... 07
04- Atividades características do setor de transmissão ................................................................ 08
05- Distribuição de energia elétrica............................................................................................... 09
06- Organização do trabalho ........................................................................................................ 10
07- Trabalho em equipe. ............................................................................................................... 13
08- Principais erros no trabalho em equipe................................................................................... 14
09- Formas de dar o feedback. ..................................................................................................... 20
10- Dicas para o trabalho em equipe. ........................................................................................... 23
11- Prontuário e cadastro das instalações. ................................................................................... 24
12- Métodos de trabalho ............................................................................................................... 26
13- Comunicação .......................................................................................................................... 28
14- Norma NR 10 .......................................................................................................................... 29
15- Percepção social .................................................................................................................... 31
16- A arte de ouvir. ........................................................................................................................ 34
17- Aspectos comportamentais .................................................................................................... 35
18- Acidentes de Trabalho ............................................................................................................ 36
19- Condições impeditivas para o serviço .................................................................................... 42
20- Riscos típicos no SEP e sua prevenção .................................................................................. 47
21- Trabalho em proximidade. ...................................................................................................... 49
22- Indução ................................................................................................................................... 51
23- Campos elétricos e magnéticos. ............................................................................................. 53
24- Regras gerais.......................................................................................................................... 54
25- Técnicas de análise de riscos no SEP .................................................................................... 64
26- Analise preliminar de risco ...................................................................................................... 63
27- Check List Sub Estação .......................................................................................................... 69
28- Procedimento de trabalho análise e discussão ...................................................................... 66
29- Técnica de trabalho sobtensão ............................................................................................... 69
30- Equipamento e ferramentas de trabalho................................................................................. 76
31- Sistema de proteção coletiva. ................................................................................................. 81
32- Equipamento de proteção coletiva. ........................................................................................ 83
33- Riscos no transporte e equipamentos. ................................................................................... 98
34- Sinalização e isolamento de áreas de trabalho.....................................................................100
35- Liberação de instalação para serviço e para operação de uso .............................................114
36- Técnicas de remoção............................................................................................................106
37- Acidentes típicos. ..................................................................................................................109
38- Responsabilidade. ................................................................................................................112
39- Glossário ...............................................................................................................................113
40- Referências...........................................................................................................................115

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PORTARIA MTB Nº 3.214, DE 08 DE JUNHO DE 1978

Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do


Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho.

O Ministro de Estado do Trabalho, no uso de suas atribuições legais, considerando o disposto no art.
200, da consolidação das Leis do Trabalho, com redação dada pela Lei n.º 6.514, de 22 de
dezembro de 1977, resolve:

Art. 1º - Aprovar as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis
do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.

CURSO COMPLEMENTAR - SEGURANÇA NO SISTEMA


ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP) E EM SUAS PROXIMIDADES

(*) Estes tópicos deverão ser desenvolvidos e dirigidos especificamente para as condições de
trabalho características de cada ramo, padrão de operação, de nível de tensão e de outras
peculiaridades específicas ao tipo ou condição especial de atividade, sendo obedecida a
hierarquia no aperfeiçoamento técnico do trabalhador.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Organização do Sistema Elétrico de Potência - SEP.
2. Organização do trabalho:

a) Programação e planejamento dos serviços;


b) Trabalho em equipe;
c) Prontuário e cadastro das instalações;
d) Métodos de trabalho;
e) Comunicação.

3. Aspectos comportamentais.
4. Condições impeditivas para serviços.
5. Riscos típicos no SEP e sua prevenção (*):

a) Proximidade e contatos com partes energizadas;


b) Indução;
c) Descargas atmosféricas;

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d) Estática;
e) Campos elétricos e magnéticos;
f) Comunicação e identificação; e
g) Trabalhos em altura, máquinas e equipamentos especiais.

6. Técnicas de análise de Risco no S E P (*)


7. Procedimentos de trabalho - análise e discussão. (*)
8. Técnicas de trabalho sob tensão: (*)

a) Em linha viva;
b) Ao potencial;
c) Em áreas internas;
d) Trabalho a distância;
e) Trabalhos noturnos; e
f) ambientes subterrâneos.

9. Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso, conservação, verificação,


ensaios) (*).
10. Sistemas de proteção coletiva (*).
11. Equipamentos de proteção individual (*).
12. Posturas e vestuários de trabalho (*).
13. Segurança com veículos e transporte de pessoas, materiais e equipamentos(*).
14. Sinalização e isolamento de áreas de trabalho(*).
15. Liberação de instalação para serviço e para operação e uso (*).
16. Treinamento em técnicas de remoção, atendimento, transporte de acidentados (*).
17. Acidentes típicos (*) - Análise, discussão, medidas de proteção.
18. Responsabilidades (*).

É pré-requisito para frequentar este curso complementar,


ter participado, com aproveitamento satisfatório, do curso
básico definido anteriormente.

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Sistema Elétrico de Potência – SEP
Conceito

O Sistema Elétrico de Potência (SEP) é formado pelo conjunto das instalações e equipamentos
destinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição, inclusive.

Objetivo

É gerar energia elétrica em quantidades suficientes e nos locais mais apropriados, transmiti-la em
grandes quantidades aos centros de carga e então distribuí-la aos consumidores individuais, em
forma e qualidade apropriada, e com o menor custo ecológico e econômico possível.

Organização do Sistema Elétrico de Potência - SEP


Energia elétrica: geração, transmissão e distribuição

A energia elétrica que alimenta as indústrias, comércio e nossos lares é gerada principalmente em
usinas hidrelétricas, onde a passagem da água por turbinas geradoras transformam a energia
mecânica, originada pela queda d’agua, em energia elétrica.

No Brasil a GERAÇÃO de energia elétrica é 80% produzida a partir de hidrelétricas, 11% por
termoelétricas e o restante por outros processos. A partir da usina a energia é transformada, em
subestações elétricas, e elevada a níveis de tensão (69/88/138/240/440 kV) e transportada em
corrente alternada (60 Hertz) através de cabos elétricos, até as subestações rebaixadoras,
delimitando a fase de Transmissão.

Já na fase de Distribuição (11,9 / 13,8 / 23 kV), nas proximidades dos centros de consumo, a energia
elétrica é tratada nas subestações, com seu nível de tensão rebaixado e sua qualidade controlada,
sendo transportada por redes elétricas aéreas ou subterrâneas, constituídas por estruturas (postes,
torres, dutos subterrâneos e seus acessórios), cabos elétricos e transformadores para novos
rebaixamentos (110 / 127 / 220 / 380 V), e finalmente entregue aos clientes industriais, comerciais,
de serviços e residenciais em níveis de tensão variáveis, de acordo com a capacidade de consumo
instalada de cada cliente.

Quando falamos em setor elétrico, referimo-nos normalmente ao Sistema Elétrico de Potência


(SEP), definido como o conjunto de todas as instalações e equipamentos destinados à geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição inclusive.

Com o objetivo de uniformizar o entendimento é importante informar que o SEP trabalha com vários
níveis de tensão, classificadas em alta e baixa tensão e normalmente com corrente elétrica
alternada (60 Hz).

Conforme definição dada pela ABNT através das NBR (Normas Brasileiras Regulamentadoras)
considera-se “baixa tensão”, a tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em

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corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente
contínua, entre fases ou entre fase e terra.

Da mesma forma considera-se “alta tensão”, a tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou
1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.

Geração de energia elétrica Manutenção


São atividades de intervenção realizadas nas unidades geradoras, para restabelecer ou manter suas
condições adequadas de funcionamento.

Essas atividades são realizadas nas salas de máquinas, salas de comando, junto a painéis elétricos
energizados ou não, junto a barramentos elétricos, instalações de serviço auxiliar, tais como:
transformadores de potencial, de corrente, de aterramento, banco de baterias, retificadores,
geradores de emergência, etc.

Os riscos na fase de geração (turbinas/geradores) de energia elétrica são similares e comuns a todos
os sistemas de produção de energia e estão presentes em diversas atividades, destacando:

▪ Instalação e manutenção de equipamentos e maquinários (turbinas, geradores, transformadores,


disjuntores, capacitores, chaves, sistemas de medição, etc);

▪ Manutenção das instalações industriais após a geração;

▪ Operação de painéis de controle elétrico;

▪ Acompanhamento e supervisão dos processos;

▪ Transformação e elevação da energia elétrica;

▪ Processos de medição da energia elétrica.

As atividades características da geração se encerram nos sistemas de medição da energia usualmente


em tensões de 138 a 500 kV, interface com a transmissão de energia elétrica.

Transmissão de energia elétrica

Basicamente está constituída por linhas de condutores destinados a transportar a energia elétrica
desde a fase de geração até a fase de distribuição, abrangendo processos de elevação e
rebaixamento de tensão elétrica, realizados em subestações próximas aos centros de consumo. Essa
energia é transmitida em corrente alternada (60 Hz) em elevadas tensões (138 a 500 kV). Os elevados
potenciais de transmissão se justificam para evitar as perdas por aquecimento e redução no custo de
condutores e métodos de transmissão da energia, com o emprego de cabos com menor bitola ao
longo das imensas extensões a serem transpostas, que ligam os geradores aos centros
consumidores.

Atividades características do setor de transmissão: Inspeção de linhas de transmissão

Neste processo são verificados: o estado da estrutura e seus elementos, a altura dos cabos elétricos,
condições da faixa de servidão e a área ao longo da extensão da linha de domínio. As inspeções são

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realizadas periodicamente por terra ou por helicóptero.

Manutenção de linhas de transmissão

▪ Substituição e manutenção de isoladores (dispositivo constituído de uma série de “discos”, cujo


objetivo é isolar a energia elétrica da estrutura);

Limpeza de isoladores;

▪ Substituição de elementos pára-raios;

▪ Substituição e manutenção de elementos das torres e estruturas;

▪ Manutenção dos elementos sinalizadores dos cabos;

▪ Desmatamento e limpeza de faixa de servidão, etc.

Construção de linhas de transmissão

▪ Desenvolvimento em campo de estudos de viabilidade, relatórios de impacto do meio ambiente e


projetos;

Desmatamentos e desflorestamentos;

▪ Escavações e fundações civis;

▪ Montagem das estruturas metálicas;

▪ Distribuição e posicionamento de bobinas em campo;

▪ Lançamento de cabos (condutores elétricos);

▪ Instalação de acessórios (isoladores, pára-raios);

▪ Tensionamento e fixação de cabos;

▪ Ensaios e testes elétricos.

Salientamos que essas atividades de construção são sempre realizadas com os circuitos
desenergizados, via de regra, destinadas à ampliação ou em substituição a linhas já existentes,
que normalmente estão energizadas.
Dessa forma é muito importante a adoção de procedimentos e medidas adequadas de segurança,
tais como: seccionamento, aterramento elétrico, equipotencialização de todos os equipamentos e
cabos, dentre outros que assegurem a execução do serviço com a linha desenergizada (energizada).
Comercialização de energia Grandes clientes abastecidos por tensão de 67 kV a 88 kV.

Distribuição de energia elétrica

É o segmento do setor elétrico que compreende os potenciais após a transmissão, indo das
subestações de distribuição entregando energia elétrica aos clientes.

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A distribuição de energia elétrica aos clientes é realizada nos potenciais:

▪ Médios clientes abastecidos por tensão de 11,9 kV / 13,8 kV / 23 kV;

▪ Clientes residenciais, comerciais e industriais até a potência de 75 kVA (o abastecimento de energia é


realizado no potencial de 110, 127, 220 e 380 Volts);

▪ Distribuição subterrânea no potencial de 24 kV.

A distribuição de energia elétrica possui diversas etapas de trabalho, conforme


descrição abaixo:

▪ Recebimento e medição de energia elétrica nas subestações;

▪ Rebaixamento ao potencial de distribuição da energia elétrica;

▪ Construção de redes de distribuição;

▪ Construção de estruturas e obras civis;

▪ Montagens de subestações de distribuição;

▪ Montagens de transformadores e acessórios em estruturas nas redes de distribuição;

▪ Manutenção das redes de distribuição aérea;

▪ Manutenção das redes de distribuição subterrânea;

▪ Poda de árvores;

▪ Montagem de cabinas primárias de transformação;

▪ Limpeza e desmatamento das faixas de servidão;

▪ Medição do consumo de energia elétrica;

▪ Operação dos centros de controle e supervisão da distribuição.

Na história do setor elétrico o entendimento dos trabalhos executados em linha viva estão
associados às atividades realizadas na rede de alta tenção energizada pelos métodos: ao contato, ao
potencial e à distância e deverão ser executados por profissionais capacitados especificamente
em curso de linha viva.

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Organização do Trabalho
• Programação e Planejamento dos Serviços

Planejar é basicamente:

• Determinar um curso de ação;


• Reunir fatos;
• Verificar as causas;
• Analisar problemas;
• Desenvolver soluções alternativas;
• Distribuir responsabilidades;
• Fixar objetos.

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O planejamento de qualquer tarefa se desenvolve em duas fases:

Na base:

São os preparativos iniciais, os queis darão o suporte necessário para a realização da tarefa com êxito,
obtendo-se o maior rendimento com menor tempo.

No local de tarefa:

São os preparativos finais já no local dos serviços, e é reflexo direto de um planejamento


correto na base.

Planejamento na base

Questionamentos:

▪ Que tarefa será executada?

▪ Como será executada?

▪ Quando será executada?

▪ Com quais recursos?

▪ Onde será executada?

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Desenvolvimento

Receber ordem de serviço (escrita, oral, projeto, programação semanal ou mensal...);

Ler e/ou analisar as informações;

Reunir a equipe;

Providenciar transporte;

Providenciar materiais, ferramenta e equipamentos;

Preparar EPI`s e EPC`s.

Planejamento no local dos serviços

Questionamentos:

Quem executará?

Com quais riscos?

Com quais medidas preventivas?

Confirmar local, equipamento, instalação, etc;

Sinalizar e isolar a área de trabalho;

Fazer análise de risco da tarefa;

Fazer análise dos riscos ambientais e condições atmosféricas;

Distribuir materiais ferramentas e equipamentos necessários;

Distribuir tarefas;

Preparar a execução da tarefa.

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Execução

▪ A operação segue o roteiro do planejamento observando-se a análise de risco em cada operação


(passo) da tarefa.

Avaliação critica

▪ A avaliação crítica consiste de uma análise da execução da tarefa procurando identificar possíveis
ocorrências e/ou situações não previstas no planejamento, visando aprimorar o planejamento
das próximas tarefas.

Trabalho em Equipe

Comportamento / Ciência / História / Liderança

Aprendemos na escola que o homem é superior às outras espécies porque é o único capaz de pensar,
analisar, interpretar e criar. Então, como explicar que a humanidade só começou a evoluir de verdade
nos últimos 45.000 anos, cerca de 400.000 anos depois da descoberta do fogo, linguagem,
ferramentas e até da cultura? A resposta não está na biologia, mas na economia com o termo “cérebro
coletivo” ou como é mais conhecido: a inteligência coletiva.

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O homem não é apenas o único a raciocinar, é também o único a trabalhar em equipe em busca de
um objetivo comum (os chinpanzés e gorilas também, mas de forma muito primitiva). Grosso modo,
podemos dizer que a troca de conhecimento evoluiu a humanidade até os dias de hoje. A
criatividade ou inteligência por si só não significa muita coisa sem a consciência do coletivo. O
cérebro é extremamente poderoso, agora imagine centenas, milhares, milhões dele unidos.

10 Principais Erros no Trabalho em Equipe


Fazer fofoca de colegas ausentes

"Falar dos outros é sempre delicado. Portanto, se você tem algo a dizer para seu colega diga
diretamente a ele. Desta forma, evita que o comentário seja mal interpretado e retransmitido por
outros funcionários. Ao fazer uma crítica diretamente ao colega em questão você evita que seu
comentário chegue distorcido aos ouvidos dele, o que pode gerar conflitos. Além disso, falar pelas
costas e comentar sobre a vida alheia é uma atitude mal vista".

Rejeitar o trabalho em equipe

"Hoje, independentemente de seu cargo, é preciso saber trabalhar em equipe, já que bons resultados
dificilmente nascem de ações individuais. No ambiente corporativo, uns dependem dos outros. Se
o funcionário não estiver disposto a colaborar com os colegas, certamente será um elo quebrado.
Com isso, o grupo/equipe não chegará ao resultado desejado. Ser resistente ao trabalho em
equipe é um revés grave. Sem essa abertura, dificilmente o colaborador conseguirá obter
sucesso ".

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Ser antipático (a)

"A empatia é muito útil no ambiente de trabalho. Você deve ser leal, cortês, amigo e humilde. Falar
bom dia e cumprimentar os outros são atitudes que demonstram educação e respeito pelos demais.
O fato do trabalho exigir concentração do colaborador não significa que ele não possa ser cordial e
abrir um espaço na agenda para ajudar os companheiros de equipe".

Deixar conflitos pendentes

"Conflitos acumulados podem se agravar. Qualquer tipo de problema referente ao trabalho,


dúvida sobre decisões, responsabilidades que não foram bem entendidas, alguém que ficou
magoado com outro por algum motivo, enfim, qualquer tipo de desconforto deve ser esclarecido
para evitar a discórdia no ambiente. O funcionário deve conversar para resolver o assunto, caso
contrário, isso poderá gerar antipatia, fofoca com outros colaboradores e um clima péssimo para toda
a equipe".

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Ficar de cara fechada

"Ter um companheiro de equipe com bom humor anima o ambiente de trabalho, enquanto que
topar um colega mal- humorado causa desconforto do início ao fim do expediente. Esta postura gera
desgastes desnecessários, pois além de deixar toda uma equipe desmotivada ainda atrapalha a
produtividade. Pessoas mal-humoradas geralmente não toleram brincadeiras. Com isso,
automaticamente são excluídas da equipe, o que não é saudável. Por essa razão, manter o bom
humor no trabalho é fundamental para cultivar bons relacionamentos".

Deixar de cultivar relacionamentos

"Os melhores empregos não estão nos jornais e nem nos classificados. A partir do seu
relacionamento interpessoal no trabalho é que conseguirá construir uma rede de contatos
(networking) que servirá, no futuro, para encaminhá-lo às melhores oportunidades. É importante
mostrar dinamismo, ser cooperativo no trabalho e nunca fechar as portas pelos lugares onde
passar"

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Não ouvir os colegas

"É importante escutar a todos, mesmo aqueles que têm menos experiência. Isso estimula a
participação e a receptividade de novas idéias e soluções. Questionar com um ar de superioridade as
opiniões colocadas numa reunião não só intimida quem está expondo a idéia, como passa uma
imagem de que você é hostil. É necessário refletir sobre o que está sendo dito, não apenas ouvir e
descartar a idéia de antemão por considerá-la inútil".

Não respeitar a diversidade

"Todas as diferenças devem ser respeitadas entre os membros de uma equipe. Não é aceitável na
nossa sociedade alguém que não queira contato com outro indivíduo apenas por ele ser diferente. Ao
passo que o funcionário aceita a diversidade, ele amplia as possibilidades de atuação, seja dentro
da organização ou com um novo cliente. Além disso, o respeito e o tratamento justo são valores do
mundo globalizado que deveriam estar no DNA de todos. Sem eles, o colaborador atrapalha o
relacionamento das equipes, invade limites dos colegas e a natureza do outro".

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Apontar o erro do outro

"A perfeição não é virtude de ninguém. Antes de apontar o erro do outro, deve-se analisar a sua
própria conduta e sua responsabilidade para o insucesso de um trabalho ou projeto. É melhor ajudar
a solucionar um problema do que criar outro maior em cima de algo que já deu errado. Lembre-se:
errar é humano e o julgamento não cabe no ambiente de trabalho. No futuro, o erro apontado
pode ser o seu".

Ficar nervoso (a) com a equipe

"Atritos são inevitáveis no ambiente de trabalho, mas a empatia deve ser colocada em prática nos
momentos de tensão entre a equipe para evitar que o problema chegue ao gestor e se torne ainda
pior. Cada um tem um tipo de aprendizagem e um ritmo de trabalho, o que não quer dizer que a
qualidade da atividade seja melhor ou pior que a sua. O respeito e a maturidade profissional
devem falar mais alto do que o nervosismo. Equilíbrio emocional e uma conduta educada são
importantes tanto para a empresa como para o profissional".

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NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 19
Fatores que influenciam um grupo a tornar-se ou não uma equipe

Formas de dar “feedback”

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Forma Reações prováveis Resultados

A excelência da equipe

Para se conseguir a excelência no trabalho, é preciso considerar as quatro dimensões da


experiência humana:

▪ A dimensão intelectual, que almeja a Verdade

▪ A dimensão estética, que almeja a Beleza

▪ A dimensão moral, que almeja a Bondade

▪ A dimensão espiritual, que almeja a Unidade

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O Valor do Trabalho em Equipe

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 21


Grupo
É um conjunto de pessoas praticando atividades comuns, com objetivos idênticos, porém
individualizados.

Equipe
É um conjunto de pessoas que oferecem suas competências e conjugam seus esforços para fazerem
coisas que são da responsabilidade de todos, visando obter resultados comum através da
interatividade.

Trabalho em Equipe
O trabalho em equipe é um processo baseado em princípios e valores que estão claramente
definidos e entendidos. O verdadeiro trabalho em equipe é um processo contínuo interativo de um
grupo de pessoas aprendendo, crescendo e trabalhando interdependentemente para alcançar
metas e objetivos específicos no suporte a uma missão comum.

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Objetivo Comum

Dicas para o trabalho em equipe


• "Seja paciente: "Cada cabeça um sentença". Procure expor os seus pontos de vista com
moderação e procure ouvir o que os outros têm a dizer;
• Aceite as idéias dos outros: Acima do nosso orgulho está o objetivo comum que a equipe
pretende alcançar; É importante saber reconhecer que a idéia de um colega pode ser melhor
do que a sua.
• Não critique os colegas: Ás vezes podem surgir conflitos entre os colegas do grupo, porém é
muito importante não permitir que isso interfira no trabalho em equipe;
• Saiba dividir: Ao trabalhar em equipe é importante dividir tarefas. Você não pode o único que
sabe realizar uma determinada tarefa. Compartilhe responsabilidades, informações e
conhecimentos;
• Trabalhe: Não é por trabalhar em equipe que deve esquecer suas obrigações. Dividir tarefas é
uma coisa, deixar de trabalhar é outra completamente diferente;
Seja participativo e solidário: Procure ajudar seus colegas e dar o melhor de si sempre que
necessário, da mesma forma não deverá sentir-se constrangido quando necessitar pedir
ajuda;
Converse: Ao sentir-se incomodado com alguma situação ou tarefa que lhe tenha sido atribuída,
é importante que explique o problema para que seja possível alcançar um solução de
compromisso, que agrade a maioria; Planeje: O planejamento e a organização são ferramentas
importantes para que o trabalho em equipe seja eficiente e eficaz;
Aproveite o trabalho em equipe: Ele é a sua oportunidade e conviver mais perto de seus
colegas, e principalmente de compartilhar conhecimentos mutuamente."
E o mais importante: Comunique-se e saiba falar com as pessoas!!!
Como pré-requisito dos mais importantes na formação de uma equipe em instalação
energizada, está a avaliação rigorosa do estado físico e psicológico de cada elemento
indicado para compor esta equipe. Indiscutivelmente, esta observação irá garantir uma
porcentagem de segurança nos trabalhos em linhas energizada. Além disso, a utilização de
equipamentos adequados e a conscientização de toda equipe sobre os riscos das tarefas irão
garantir a execução dos trabalhos com a máxima segurança.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 23


Concluindo-se que um homem não possuindo o temperamento adequado para esta classe de
trabalho não deve continuar com seu treinamento, será aproveitado em outros deveres dentro de
suas responsabilidades. Três dos fatores mais significativos que devem ressaltar nos homens que se
dedicam a esta classe de trabalho são:

1. Alto grau de habilidade manual;


2. Coordenação de primeira classe;
3. Temperamento tranqüilo.

Prontuário e Cadastro das Instalações


• Mas, o que é o Prontuário de Instalações Elétricas?
É um sistema organizado de forma a conter uma memória dinâmica de informações pertinentes
às instalações e aos trabalhadores.

• Objetivo do Prontuário de Instalações Elétricas


O objetivo é reunir um conjunto de documentos técnicos que caracterizam a existência de
documentação atualizada sobre as instalações, os serviços e os profissionais autorizados a intervir
nessas instalações.
As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de
potência devem constituir prontuário além dos requisitos anteriores, os documentos a seguir
listados:

▪ Descrição dos procedimentos para emergências;


▪ Certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual.

NR-06 Equipamento de Proteção Individual - EPI


6.2 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto
à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e
Emprego.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 25


Relevante ressaltar que:

▪ O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo


empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à
disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade;
▪ Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser
elaborados por
profissional legalmente habilitado.

1. Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o


Prontuário de Instalações Elétricas, contendo no mínimo:

a. esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as
especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de
proteção.

b. conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde,


implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes;

c. documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas


e aterramentos elétricos;

d. especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis


conforme determina esta NR;

e. documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos


trabalhadores e dos treinamentos realizados;

f. resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção


individual e coletiva;

g. certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;

h. relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações,


contemplando as alíneas de “a” a “g”.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 26


Métodos de Trabalho

O Método é:

▪ Uma sequência finita de acontecimentos.

▪ Um conjunto de movimentos empregados na realização de uma operação.

▪ Uma determinada utilização de dispositivos (ferramentas).

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 26


O melhor método é aquele que é:

▪ Mais simples;

▪ Mais rápido;

▪ Mais econômico;

▪ Menos fatigante;

▪ E sobretudo o mais seguro.

Reunir idéias

Convém reunir numa primeira solução, todas as idéias aproveitáveis que não exijam aquisições ou
modificações importantes. Tratar-se-á, neste caso, de implementações no modo operatório, da
implantação de dispositivos de aprovisionamento e de evacuação, de mudanças na ordem do
processo, do encaminhamento das movimentações, de medidas de segurança simples, etc. Numa
ou mais soluções seguintes, todas as idéias aproveitáveis que impliquem aquisição de
equipamento, modificações importantes de implantações, etc.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 27


Analisar um ou novos métodos

Pode-se estabelecer a análise de métodos utilizando os gráficos de análise (método proposto) ou


outros gráficos mais adequados. Durante esta elaboração convém consultar os colegas e os
interessados avaliando-se assim a possibilidade de realização.

Comunicação

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 28


NORMA REGULAMENTADORA NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE (PORTARIA Nº 3.214)

10.7.9 Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles envolvidos
em atividades no SEP devem dispor de equipamento que permita a comunicação permanente com
os demais membros da equipe ou com o centro de operação durante a realização do serviço.

Processo de comunicação

A comunicação humana para ser estudada, necessita do respaldo da filosofia, que lhe dá a relação
entre “UM HOMEM E O OUTRO”, na transmissão de um entendimento entre ambos e do sentido e
significado de suas palavras.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 29


Comunicação é o processo de transmissão de uma informação de uma pessoa para outra então
compartilhada por ambas. Para que haja comunicação, é necessário que o destinatário da
informação a receba e a compreenda. A informação simplesmente transmitida, mas não recebida,
não foi comunicada”.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 30


Percepção social:

Formamos impressões sobre as pessoas, e por meio das nossas experiências com elas. O

comportamento das pessoas é que nos leva a percebê-las e julgá-las.

Percepção correta = relação interpessoal boa Percepção errônea = relação interpessoal precária

É importante lembrar que temos: “pontos cegos”, ou “atalhos no modo de pensar”.

Indícios de percepção

• Diretos: palavras, gestos, expressões fisionômicas, atitudes e comportamentos específicos.


• Indiretos: comentários, fofocas, cartas de referência, elogios e críticas.

Quando as pessoas não praticam as relações humanas legítimas:

▪ Não ouvem tão bem quanto falam

▪ Interrompem os outros quando falam

▪ São agressivas

▪ Gostam de impor suas idéias

▪ Não compreendem as outras pessoas além do seu ângulo de visão

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 31


• Compreender o outro: é a aptidão para sentir o que o outro pensa e sente = sensibilidade
social ou empatia.

• Flexibilidade de comportamento: ter um repertório de condutas que varia, conforme a


situação e a pessoa.

Como podemos desenvolver sensibilidade social e flexibilidade de


comportamento?

▪ Tendo melhor conhecimento de si próprio


▪ Tendo melhor compreensão dos outros
▪ Tendo melhor convivência em grupo
▪ Desenvolvendo aptidões para um relacionamento mais eficiente para com os outros.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 32


NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 33
Empatia (ou sensibilidade social) é a extensão com a qual conseguimos compreender realmente os

outros. Na percepção social temos de considerar três aspectos:

PERCEBEDOR PERCEBIDO

SITUAÇÃO

▪ Percebedor – É a pessoa que está olhando e tentando compreender o outro.

▪ Percebido – É a pessoa que está sendo olhada e percebida.

▪ Situação – É a soma das forças que atuam no meio, no momento de perceber.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 33


ESTEREÓTIPO

Você pode passar a ver e a julgar outras pessoas pelos seus estereótipos. Exemplo:

▪ A pessoa que fuma e acha que todos deveriam fumar, e que quem não fuma não vive a vida.

▪ O indivíduo que é agressivo acredita que todo o mundo vive provocando-o.

As nossas primeiras impressões de uma pessoa podem estar alicerçadas em


estereótipos.

• Ah! é mulher... não sabe dirigir.


• É latino-americano, então é sentimental.
• Ora, é cabelo de fogo... cuidado com ele.
• É loira, só podia... por isso é volúvel.

A ARTE DE OUVIR
Comunicação é um processo de duas vias. Se você não consegue ouvir e entender o que estão
dizendo, não há comunicação. Para que uma comunicação seja efetiva, você precisa ouvir
ativamente. Isto pode parecer óbvio, na medida que a ação de ouvir é passiva, no entanto existe sim
uma grande diferença entre escutar o que está sendo dito e ouvir ativamente e,
consequentemente, compreender o significado da comunicação.

Ouvir ativamente, observar e olhar cuidadosamente seu interlocutor são habilidades importantes,
porque desta forma você poderá primeiro reconhecer quem é seu interlocutor e segundo perceber se
a mensagem está alcançando seu êxito.

A simples observação das atividades de qualquer pessoa nos mostra claramente que a grande maioria
está bem mais preocupada em falar, em se fazer compreender e em persuadir do que em escutar
integralmente.

A natureza nos deu dois ouvidos e uma só boca. A velha filosofia chinesa ensina que falar é

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 34


plantar e ouvir é colher.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 35


Ouvir é um processo sensorial e emocional que exige atenção e disciplina. Os pontos a seguir
levantados são úteis para refletir sobre o assunto e buscar um incremento nessa tão importante

capacidade e talvez uma arte - a de ouvir.

Comunicação

A comunicação humana é um dos aspectos mais importantes na segurança no trabalho.

Mensagens mal formuladas ou mensagens não compreendidas corretamente podem ser fatores
provocadores de acidentes.

Aspectos Comportamentais
Percepção

Define-se a percepção como sendo a interpretação que o indivíduo faz dos estímulos recebidos do
meio ambiente através dos sentidos de tato, audição, visão, paladar e olfato. Os estímulos também
podem ser internos, tais como a sensação de fome, sede, frio, as emoções, etc. A maneira de
perceber o mundo e as situações varia de pessoa para pessoa. As pessoas agem no mundo de
acordo com suas percepções.

Percepção do risco: esse tipo de percepção tem como base à experiência de cada um em relação ao
trabalho a ser desenvolvido e o conhecimento do conceito de risco e perigo, aliado a prática
preventiva de evitar acidentes.

Assim, quando a organização fornece os meios adequados, como por exemplo, capacitação do
empregado e o estímulo ao trabalho de equipe, ela está adotando uma característica preventiva na
busca do índice zero em acidentes.

Em outras palavras, a atualização dos conhecimentos fortalece a necessidade do ser humano de


cuidar de si e dos outros com responsabilidade e o trabalho em equipe representa um estímulo à
segurança da decisão que precisa

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 36


Ser tomada, assim como uma oportunidade da equipe de discutir suas práticas diárias, ampliando a
percepção do empregado quanto aos assuntos ligados à segurança.

Acidente do trabalho

Todo acidente é CAUSADO, e não simplesmente acontece, é por isso que toda vez que ocorre um
acidente, por mais simples que possa parecer, nós o investigamos e analisamos, com a finalidade de
encontrarmos causas e, em consequência, encontrarmos as providências ou recomendações
necessárias, para evitarmos a repetição de acidentes semelhantes.

Os acidentes ocorrem por falta cometida pelo empregado contra as regras de segurança ou por
condição de insegurança que existem no ambiente de trabalho.

Podemos classificar basicamente as causa de um acidente de trabalho em dois fatores: ATO ou


CONDIÇÃO INSEGURA

Existe uma terceira classificação de causas de acidentes que são as causas naturais, responsável por 1
a 2% dos acidentes.

As causas naturais são os fatores da natureza, tais como vulcão, terremotos, maremotos,
tempestades, etc, onde a tecnologia não tem controle ou previsões mais confiáveis.

Atos e condições inseguras são fatores que, combinados ou não, desencadeiam os acidentes do
trabalho. São portanto, as causas diretas dos acidentes. Assim, pode-se entender que prevenir
acidentes do trabalho, em síntese, é corrigir condições inseguras existentes nos locais de trabalho,
não permitir que outras sejam criadas e evitar a pratica de atos inseguros por parte das pessoas.

Levantamentos realizados por diversos órgãos e institutos mostraram que a proporção das causas de
acidentes é de aproximadamente:

ATOS INSEGUROS 80%


CONDIÇÕES INSEGURAS 20%

É a maneira como as pessoas se expõem, consciente ou inconscientemente, a riscos de acidentes. São


esses os atos responsáveis por muitos dos acidentes de trabalho e que estão presentes na maioria
dos casos em que há alguém ferido.

Nota-se que nas investigações de acidentes, que alguns atos inseguros se sobressaem entre os
catalogados como os frequentes, embora essa maior evidência varie de empresa para empresa.
Cabe ressaltar que um funcionário sem treinamento ou que não saiba os riscos inerentes a uma
determinada atividade, não deve ser classificado como ato inseguro, mas sim como condição
insegura.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 37


Abaixo alguns exemplos de atos inseguros mais conhecidos:

Ficar junto ou sob cargas suspensas.

▪ Usar máquinas sem habilitação ou permissão.

▪ Lubrificar, ajustar e limpar máquina em movimento.

▪ Inutilizar dispositivos de segurança.

Uso de roupa inadequada.

Transportar ou empilhar inseguramente.

Tentar ganhar tempo.

▪ Expor partes do corpo, a partes móveis de máquinas ou equipamentos.

Excesso de velocidade.

Improvisar ou fazer uso de ferramenta inadequada a tarefa exigida.

▪ Não utilizar EPI.

▪ Manipulação inadequada de produtos químicos.

Fumar em lugar proibido.

▪ Consumir drogas, ou bebidas alcoólicas durante a jornada de trabalho.

Condição insegura

Condições inseguras nos locais de serviço são aquelas que compreendem a segurança do trabalhador.
São as falhas, os defeitos, irregularidades técnicas e carência de dispositivos de segurança que
coloca em risco a integridade física e/ou a saúde das pessoas e a própria segurança das
instalações e equipamentos.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 37


Convém ter em mente que estas não devem ser confundidas com os riscos inerentes a certas
operações industriais. Por exemplo: a corrente elétrica é um risco inerente aos trabalhos que
envolvam eletricidade, aparelhos ou instalações elétricas, a eletricidade não pode ser considerada
uma condição insegura por ser perigosa. Instalações mal feitas, ou improvisadas, fios expostos,
etc... são condições inseguras.

Abaixo alguns exemplos de condições inseguras mais comumente conhecidas:

▪ Falta de proteção em máquinas e equipamentos.

▪ Deficiência de maquinário e ferramental.

Passagens perigosas.

▪ Instalações elétricas inadequadas ou defeituosas.

▪ Falta de equipamento de proteção individual.

▪ Nível de ruído elevado.

▪ Proteções inadequadas ou defeituosas.

▪ Má arrumação/falta de limpeza.

▪ Defeitos nas edificações.

▪ Iluminação inadequada.

Piso danificado.

▪ Risco de fogo ou explosão.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 38


ATOS E CONDIÇÕES INSEGURAS

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 39


CONDIÇÕES INSEGURAS

Aspecto Comportamental

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 40


Desequilíbrio emocional

Compromete

Atitudes no trabalho

Compromete

Empregabilidade
NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 41
“O bom humor e a presença de espírito vêm ganhando espaço no mundo dos negócios,
portanto

Profissionais que demonstram o bom humor mesmo em momentos mais críticos tendem a
ser bem sucedidos.”

Condições Impeditivas para Serviços

Condições impeditivas

Trabalhos com eletricidade em ambientes expostos às condições atmosféricas (condições ambientais)


costumam trazer sérios desconfortos para os trabalhadores, como se verá nos itens a seguir.

Calor

▪ Intempéries da natureza

▪ Radiações solares

Calor

Nas atividades desempenhadas em espaços fechados ou em subestações (próximo a


transformadores) é comum que a temperatura esteja normalmente a um nível mais elevado do que
as temperaturas em ambientes confortáveis. Desta forma, os trabalhos nestas condições levam a
um esforço físico maior ao trabalhador e consequentemente mais cansaço do trabalhador. Como
recomendação e onde for possível (ex. salas elétricas) é desejável que seja projetado um sistema um
sistema de ventilação adequado, seja ele natural ou forçado por ventiladores ou sistemas de
climatização. Isto resultará em melhor desempenho do trabalhador nestes locais e ainda uma
melhoria operacional dos equipamentos elétricos ali instalados.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 42


Intempéries da natureza

Como recomendação do texto da NR10 em seu item 10.6, os serviços programados em instalações
energizadas, realizados em áreas sujeitas às intempéries, somente podem ser realizados sob boas
condições de tempo, devendo ser suspensos de imediato, na iminência de ocorrências que
possam colocar em perigo os trabalhadores.

Na iminência de tempestades, devem ser suspensos os trabalhos em instalações energizadas


abrigadas, conectadas diretamente a rede elétrica.

Trabalhar sobre efeito de álcool

O álcool é absorvido principalmente no intestino delgado, e em menores quantidades no estômago e


no cólon. A concentração do álcool que chega ao sangue depende de fatores como: quantidade de
álcool consumida em um determinado tempo, massa corporal, e metabolismo de quem bebe,
quantidade de comida no estômago.

Quando o álcool já está no sangue, não há comida ou bebida que interfira em seus efeitos. O uso do
álcool causa desde uma sensação de calor até o coma e a morte dependendo da concentração
que o álcool atinge no sangue.

O álcool pode levar uma pessoa a fazer coisas que não faria se não estivesse sob o efeito do álcool,
como dirigir em velocidade perigosa ou realizar atos atrevidos.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 43


Os sintomas do álcool são:

▪ Pode causar agressividade, raiva, comportamento violento ou depressão, que podem se


intensificar se a pessoa consumir mais álcool.

▪ Pode resultar em suicídio.

▪ Pode causar perda de memória, dificuldade de concentração e problemas em outras


funções intelectuais.

▪ O àlcool resulta geralmente em menor atenção e produtividade no trabalho, além de


dificuldade de relacionamento com empregados e colegas de trabalho.

Diminuição das funções cerebrais:

Consumido por muito tempo, o álcool provoca danos à memória, como esquecimento de fatos
recentes. Na dependência, é comum a dificuldade de aprendizagem e concentração.

Câncer: A bebida inflama a parede que reveste o esôfago, o estômago e o pâncreas e aumenta as
chances de surgirem tumores malignos nesses órgãos.

Males cardíacos: Com o tempo o álcool provoca uma lesão no miocárdio, uma estrutura
muscular. Se for comprometido, gera alterações no ritmo dos batimentos. Há chances de ocorrer
uma arritmia grave e até uma parada cardíaca. Ele eleva também a pressão arterial.

Cirrose: A bebida alcoólica provoca a morte das células do fígado. A agressão crônica causa uma
lesão séria no órgão. Se a situação evoluir, existe o perigo de surgir tumor.

Risco na gravidez: Não se conhece ainda qual o limite de álcool permitido nesse período. Por
isso, os especialistas não recomendam beber durante a gestação. Sabe-se que as grávidas
dependentes podem ter bebês com problemas de saúde, como dificuldades motoras.

Impotência: O consumo excessivo prejudica o sistema nervoso central e causa depressão,


diminuição da libido e perda da função sexual.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 45


Como as drogas circulam no corpo

As drogas circulam de maneira previsível pelo corpo e ganham maior velocidade e alcance a partir
do momento em que entram na corrente sanguínea. O sangue circula dos tecidos para o coração
através das veias; do coração, ele parte para os pulmões para adquirir oxigênio e liberar o dióxido de
carbono. O sangue volta, então, para o coração através das artérias, carregando consigo a droga.

As drogas podem ser ingeridas (via oral), inaladas (pelo nariz) e injetadas (através da pele). A injeção
é a via que produz os efeitos mais rápidos.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 46


Outra condição impeditiva para o trabalho, são os medicamentos que causem distúrbios do sistema

nervoso central.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 47


Presença de insetos tais como enxames de abelhas e marimbondos, pode ocorrer na execução de
serviços de trabalhos elétricos. Alguns locais onde é comum este tipo de risco são:

Torres/postes,

▪ Subestações,

Leitura de medidores,

▪ Serviços de poda de árvore e outros.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 46


Riscos Típicos no SEP e sua Prevenção

Proximidade e Contatos com Partes Energizadas

Trabalho em proximidade é o trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona controlada,
ainda que seja com uma parte do seu corpo ou com extensões condutoras, representadas por
materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule.

ZL - Zona Livre.

ZcP - Zona Controlada, restrita a trabalhadores autorizados.

Zr - Zona de Risco, adoção de técnicas, instrumentos e equipamentos adequados.

PE - Ponto energizado.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 47


Zona de Risco

Zona controlada

Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja
possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de
acidentes. As partes das instalações elétricas, não cobertas por material isolante, na
impossibilidade de se conservarem distâncias que evitem contatos causais, devem ser isoladas por

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 48


obstáculos que ofereçam, de forma segura, resistência a esforços mecânicos usuais

Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos circuitos elétricos, mas que,
eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser aterrada, desde que esteja em local acessível a
contatos.

As instalações elétricas, quando a natureza do risco exigir e sempre que tecnicamente possível,
devem ser providas de proteção complementar através de controle à distância, manual e/ou
automático.

As instalações elétricas que estejam em contato direto ou indireto com a água e que possam permitir
fuga de corrente, devem ser projetadas e executadas, em especial quanto à blindagem,
isolamento e aterramento.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 49


O trabalho realizado em proximidade é aquele durante o qual o trabalhador pode entrar na zona
controlada, ainda que seja com uma parte do seu corpo ou com extensões condutoras,
representadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule.

Exemplos: em instalações de redes telefônicas, sistemas de comunicação de cabos, antenas, obras


em construção civil, no interior de locais de serviço elétrico e ainda em muitas outras situações em
que possam ocorrer uma aproximação aos circuitos elétricos energizados.

TRABALHOS EM PROXIMIDADES

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 49


Proteção das partes vivas

São elementos construídos com materiais dielétricos (não condutores de eletricidade)


que têm por objetivo isolar condutores ou outras partes da estrutura que estão energizadas, para que
os serviços possam ser executados com efeito controle dos riscos pelo trabalhador.

Os obstáculos são destinados a impedir o contato involuntário com partes vivas, mas não o contato
que pode resultar de uma ação deliberada e voluntária de ignorar ou contornar o obstáculo.

Os obstáculos devem impedir:

▪ Uma aproximação física não intencional das partes energizadas;

Contato não intencionais com partes energizadas durante atuações sobre o equipamento, estando o
equipamento em serviço normal

Indução
• Indução

Uma grande preocupação com a indução elétrica. Esse fenômeno pode ser particularmente
importante quando há diferentes circuitos próximos uns dos outros.

A passagem da corrente elétrica em condutores gera um campo eletromagnético que, por sua vez,
iduz uma corrente elétrica em condutores próximos. Assim, pode ocorrer a passagem de corrente
elétrica em um circuito desenergizado se ele estiver próximo a outro circuito energizado.

Por isso é fundamental que você, além de desligar o circuito no qual vai trabalhar, confira, com
equipamentos apropriados (voltímetros ou detectores de tensão), se o circuito está efetivamente
em tensão.

Descargas Atmosféricas

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 50


NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 51
A fricção entre as partículas de água e gelo que formam as nuvens, provocada pelos ventos
ascendentes, de forte intensidade, dão origem a uma grande quantidade de cargas elétricas.

Verifica-se experimentalmente que as cargas elétricas positivas ocupam a parte superior da nuvem,
enquanto que as cargas negativas se encontram na parte inferior, acarretando, consequentemente,
uma intensa migração de cargas positivas na superfície da terra para a área correspondente à

localização da nuvem.

Desta forma, a concentração de cargas elétricas positivas e negativas numa determinada região faz
surgir uma diferença de potencial que se denomina gradiente de tensão entre a nuvem e a terra. No
entanto, o ar apresenta uma determinada rigidez dielétrica, normalmente elevada, comparada
com outros agentes ambientais.

O aumento desta diferença de potencial, que se denomina gradiente de tensão, poderá atingir um
valor que supere a rigidez dielétrica do ar, interposto entre a nuvem e a terra, fazendo com que as
cargas elétricas negativas migrem na direção da terra, um trajeto tortuoso e normalmente cheio de
ramificações, cujo fenômeno é conhecido como descarga piloto.

É de, aproximadamente, 1kV/mm o gradiente de tensão para o qual a rigidez dielétrica do ar é


rompida. A ionização do caminho seguido pela descarga piloto propicia condições favoráveis de
condutibilidade do ar ambiente. Mantendo-se elevado o gradiente de tensão na região entre a nuvem
e a terra, surge de uma das ramificações da descarga piloto, em função da aproximação com o solo,
uma descarga ascendente, constituída de cargas elétricas positivas, denominadas de retorno
principal, de grande intensidade, responsável pelo fenômeno conhecido como trovão, que é o
deslocamento da massa de ar circundante ao caminhamento do raio, em função da elevação da
temperatura e, consequentemente, do aumento do volume.

Não se tem como precisar a altura do encontro entre estes dois fluxos de cargas que caminham em
sentidos opostos, mas acredita-se que seja a poucas dezenas de metros da superfície da terra. A
descarga de retorno atingindo a nuvem provoca, numa determinada região da mesma, uma
neutralização eletrostática temporária. Na tentativa de manter o equilíbrio dos potenciais elétricos no

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 52


interior da nuvem, surgem nestas, intensas descargas que resultam na formação de novas cargas
negativas na sua parte inferior, dando início às chamadas descargas reflexas ou secundárias, no
sentido da nuvem para a terra, tendo como canal condutor aquele seguido pela descarga de retorno
que em sua trajetória ascendente deixa o ar ionizado.

As descargas atmosféricas são um dos maiores causadores de acidentes em sistemas elétricos


causando prejuízos tanto materiais quanto para a segurança pessoal. Com o crescente aumento
dessas descargas, tornou-se necessário a avaliação do risco de exposição a que estão submetidos
os edifícios, sendo este um meio eficaz de verificar a necessidade de instalação de pára-raios.

Estática

A eletricidade estática é uma carga elétrica em repouso. Ela é gerada principalmente por um
desbalanceamento de elétrons localizado sob uma superfície ou no ar do ambiente. O
desbalanceamento de elétrons (em todos os casos, gerado pela falta ou excesso de elétrons) gera
assim um campo elétrico que é capaz de influenciar outros objetos que se encontram a uma
determinada distância. O nível de carga é afetado pelo tipo de material, velocidade de contato e
separação dos corpos, umidade e diversos outros fatores.

Choque elétrico

O choque elétrico pode ser definido como o conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos
que se manifestam no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por corrente elétrica.
As manifestações relativas ao choque elétrico, dependendo das condições e intensidade da corrente
elétrica, podem variar de ligeiras contrações superficiais até violentas contrações musculares que
podem provocar a morte. Até ocorrer a morte propriamente dita, o indivíduo passa por vários
estágios e outras consequências.

O choque elétrico pode ser dividido em duas categorias que serão apresentadas nas
próximas seções.

Choque estático

A resistência orgânica do corpo humano é constituída de uma impedância composta por uma
resistência elétrica associada a um componente com comportamento levemente capacitivo. O
choque estático é normalmente produzido por descarga eletrostática, ou descarga de um
capacitor. Esse tipo de choque é de pequena duração, o suficiente para descarregar a eletricidade

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 53


contida no corpo energizado. Por ser um choque de curta duração na maioria das suas ocorrências,
não apresenta efeitos danosos ao corpo da vítima.

Um exemplo típico de descarga eletrostática é o de um carro que se move em clima muito seco,
sendo que o atrito com o ar gera cargas elétricas que acumulam ao longo da estrutura externa do
veículo. Dessa forma é criada uma diferença de potencial entre o carro e o solo e dependendo do
acúmulo de cargas na estrutura do veículo, há possibilidade de faiscamento ou choque elétrico,
no momento em que o indivíduo tocar a estrutura do carro.

Choque dinâmico

É o que ocorre quando se faz contato com um elemento energizado. Este choque se dá
devido ao:

toque acidental na parte viva do condutor (contato direto);

▪ Toque em partes condutoras próximas aos equipamentos e instalações, que ficaram


energizadas acidentalmente por defeito, fissura ou rachadura na isolação (contato indireto).

Este tipo de choque é considerado o mais perigosos porque a rede elétrica mantém o indivíduo
energizado continuadamente.

Campos Elétricos e Magnéticos


Campos eletromagnéticos

Outro risco presente nos trabalhos com eletricidade é a exposição à radiação eletromagnética. O
agente de risco “radiação eletromagnética não-ionizante” está presente em inúmeras atividades
humanas, como a operação com soldas
elétricas ou a “laser’, fornos micro-ondas, comunicações radiofônicas, por satélite, por telefonia,
celular, fornos de indução, assim como em diversa outras aplicações e atividades incluindo-se
os trabalhos nas proximidades de linhas e equipamentos energizados. Neste caso, a radiação
eletromagnética é originada a partir da passagem de corrente elétrica nos meios condutores.

O campo eletromagnético existente nas proximidades de condutores e equipamentos energizados


em corrente alternada, tais como linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica,
transformadores, motores, fornos de indução, dentre outros, outros, oscila numa frequência de 60
Hz, que é a frequência utilizada no Brasil para a distribuição e consumo de energia elétrica.

A radiação eletromagnética está associada a dois campos distintos:

▪ O Campo Elétrico (E)

▪ O Campo Magnético (H)

A unidade de medida do campo E é o volt por metro (V/m), e a unidade de medida do campo H é o
ampere por metro (A/m). A associação desses campos cria a densidade de potência eletromagnética

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 54


(DP) dada pelo produto E x H cuja unidade de medida é o Watt por metro quadrado (W/m²).
O corpo humano quando submetido a radiação eletromagnética atua como uma antena captando e
absorvendo energia, transformando-a em calor e descarregando em outras partes de menor
potencial elétrico. A nocividade deste efeito no organismo é função da frequência de oscilação, das
intensidades da corrente e tensões elétricas (consequentemente de DP), da proximidade do
trabalhador à fonte e do tempo de exposição do trabalhador à radiação eletromagnética.

Comunicação e Identificação
É uma parte importante do controle do risco, como padronização dos procedimentos transmissão e
operação, criando uma linguagem simples fazendo uma nomenclaturas e utilizando métodos
seguros (cartões de segurança painéis de controle e padronizações das cores), e utilização de
cones cercas e fitas.

Trabalhos em Altura, Máquinas e Equipamentos Especiais


Padronizações do cinturão tipo paraquedista, com talabarte de segurança de acordo com altura e
estrutura a ser utilizada (cintas abdominais, talabartes e trava quedas) padronizações de suas
máquinas e equipamentos com seu manual de procedimentos (português) e na sua utilização
(como limite de abertura carga instalada e condições de uso).

As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de partida e parada e outros


que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do trabalho, especialmente quanto ao
risco de acionamento acidental. Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e
equipamentos devem ser vistoriados e limpos, sempre que apresentarem riscos provenientes
de graxas, óleos e outras substâncias que os tornem escorregados. As áreas de circulação e os
espaços em torno de máquinas e equipamentos devem ser dimensionados de forma que o
material, os trabalhadores e os transportadores mecanizados possam movimentar-se com
segurança.

As máquinas e os equipamentos de grandes dimensões devem ter escadas e passadiços que


permitam acesso fácil e seguro aos locais em que seja necessária a execução de tarefas.

Regras Gerais
Todo e qualquer trabalho a ser executado pela contratada e/ou prestadora de serviços sobre área
produtiva, deve possuir prévia autorização da fabricação.

1. O local deverá ser sinalizado através de placas indicativas e ser feito um isolamento para prevenir
acidentes com transeuntes ou pessoas que estejam trabalhando embaixo. Ex.: Cuidado - Homens
trabalhando acima desta área.
2. É obrigatório o uso do cinto de segurança para trabalhos em altura superior a 2 metros.
3. O transporte do material para cima ou para baixo deverá ser feito preferencialmente com a
utilização de cordas em cestos especiais ou de forma mais adequada.

4. Materiais e ferramentas não podem ser deixados desordenadamente nos locais de trabalho

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 55


sobre andaimes, plataformas ou qualquer estrutura elevada, para evitar acidentes com pessoas
que estejam trabalhando ou transitando sob as mesmas.

5. As Ferramentas não podem ser transportadas em bolsos; utilizar sacolas especiais ou cintos
apropriados.

6. Todo trabalho em altura deverá ser previamente autorizado pelo SESMT da empresa
contratante.

7. Somente poderão trabalhar em alturas os empregados que possuírem a "Autorização para


Trabalho em Alturas". Que será emitida com a apresentação de atestado médico capacitando-o
para tal. Exames esses que devem conter pressão arterial e teste de equilíbrio. Estão impedidas
de trabalhar em alturas pessoas com histórico de hipertensão ou epilepsia.

Recomendações para trabalho em altura

▪ Analisar atentamente o local de trabalho, antes de iniciar o serviço.

▪ Sob forte ameaça de chuva ou ventos fortes, suspender imediatamente o serviço.

▪ Nunca andar diretamente sobre materiais frágeis (telhas, ripas estuques); instalar uma
prancha móvel.

▪ Usar cinto de segurança ancorado em local adequado.

▪ Não amontoar ou guardar coisa alguma sobre o telhado.

▪ É proibido arremessar material para o solo, deve ser utilizado equipamento adequado
(cordas ou cestas especiais), caso não seja possível, a área destinada para jogar o material deve
ser cercada, sinalizada e com a devida autorização do SESMT da empresa Contratante.

▪ Usar equipamento adequado (cordas ou cestas especiais) para erguer materiais e


ferramentas.

▪ Instalações elétricas provisórias devem ser realizadas exclusivamente por eletricistas


autorizados.

▪ Imobilizar a escada ou providenciar para que alguém se posicione na base para calçá-la.

▪ Ao descer ou subir escadas, faça com calma e devagar. Não Improvisar.

Altura

Trabalho em altura é qualquer atividade onde o trabalhador atue acima do nível do solo e/ou
desníveis de pisos.

Para trabalhos com desníveis acima de 2 metros é obrigatório o uso de EPI’s básicos. Para a

realização de atividades em altura os trabalhadores devem:

▪ Possuir os exames específicos da função ASO - Atestado de Saúde Ocupacional;


▪ Estar em perfeitas condições físicas e psicológicas;

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 56


▪ Estar treinado e orientado sobre todos os riscos envolvidos.

Evolução da segurança, transmissão

Com o advento do novo texto da NR 10, a preocupação constante em relação à segurança dos
trabalhadores, exigiu a aplicação de um novo sistema de segurança para trabalhos em estruturas
elevadas que possibilitam outros métodos de escalada, movimentação e resgate, para todos os
setores do SEP.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 57


Evolução da segurança, transmissão

Equipamentos utilizados

Cinturão de segurança Talabartes ajustáveis


tipo paraquedista

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 58


Linha de vida dispositivo trava-quedas

Sistema de ancoragem

Não menos importante que o próprio EPI, é considerado como o coração do sistema de segurança, a
ancoragem onde conectamos a corda com um ponto mecânico, seja na vertical ou horizontal, deve
estar dimensionada para receber uma queda ou impacto.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 59


Resgate

Podemos considerar um bom sistema de resgate aquele que necessita de um menor número de
equipamentos para sua aplicação, tornando com isso um ato simplificado, rápido, sem colocar a
vida da pessoa em perigo.

Outros meios para trabalho em altura

▪ As escadas guardadas em abrigos, fora da exposição de sol ou umidade, repousada em ganchos

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 60


na parede;

▪ Não apoiar escadas em vidros, portas ou locais escorregadios;

▪ Toda a escada deve ter uma base sólida, com extremos inferiores (pés) nivelados.

Outros meios para trabalho em altura

▪ Não subir/descer transportando cargas volumosas;

▪ Isolamento da área ao redor da escada;

▪ Os pés do usuário devem estar sobre os degraus da escada.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 61


As escadas devem ser amarradas no seu topo, de modo a evitar escorregamento ou quedas frontais

ou laterais. Quando não for possível, outro empregado pode segurá-la.

Outros meios para trabalho em altura

▪ Os andaimes deverão ter assoalhos fixos e travados;

▪ Devem ser construídos, amarrados em estruturas e contraventados (estaiados), de modo a


suportar a carga as quais estarão sujeitos;

▪ Obrigatório o uso do cinto de segurança com dois talabartes, e somente liberar um após
certificar que o outro esteja devidamente preso;

Outros meios para trabalho em altura

▪ Isolamento da área ao redor do andaime;

▪ Não é permitido o uso de arames prendendo andaimes;

▪ Deve ficar perfeitamente na vertical, sendo necessário para terrenos irregulares a utilização de placa
de base ajustável (macaco);

▪ Devem ser tomadas precauções especiais quando da montagem, desmontagem e movimentação de


andaime próximo a circuitos e equipamento elétricos.

Outros meios para trabalho em altura

▪ As torres deverão ser inspecionadas antes da escalada;

▪ Para trabalhos em transmissão é obrigatório, além dos EPI’s básicos a utilização da linha de vida
(período de transição para Distribuição);

▪ Obrigatório o uso do cinto de segurança com dois pontos de ancoragem,

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 62


e somente liberar um após certificar que o outro esteja devidamente “preso”;

Outros meios para trabalho em altura

▪ A filosofia de trabalho adotada é de que em nenhum momento, nas movimentações durante a


execução das tarefas, o trabalhador não poderá ficar desamarrado da estrutura;

▪ Estudos comprovam que a suspensão inerte, mesmo em períodos curtos de tempo, pode
desencadear transtornos fisiológicos graves, em função da compressão dos vasos sanguíneos e
problemas de circulação. Estes transtornos podem levar a morte se o resgate não for
realizado em rapidamente.

Técnicas de Análise de Riscos no SEP


Riscos

▪ Origem elétrica;

▪ Queda;

▪ Transporte e com equipamentos;

▪ Ataques de insetos;

▪ Riscos Ocupacionais;

▪ Riscos Ergonômicos;

▪ Ataque de animais Peçonhentos/Domésticos.

Riscos de origem elétrica

▪ Choque elétrico;

▪ Campo elétrico;

▪ Campo eletromagnético.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 63


Riscos de queda

As quedas, conseqüência de choques elétricos, de utilização inadequada de equipamentos de


elevação (escadas, cestas, plataformas), falta ou uso inadequado de EPI, falta de treinamento dos
trabalhadores, falta de delimitação e de sinalização do canteiro do serviço e ataque de insetos.

Riscos no transporte e com equipamentos

Veículos a caminho dos locais de trabalho em campo, o deslocamento diário dos trabalhadores até os
efetivos pontos de prestação de serviços.

Esses deslocamentos expõem os trabalhadores aos riscos característicos das vias de


transporte.

Riscos de ataques de insetos, animais peçonhentos/domésticos

Na execução de serviços em torres, postes, subestações, usinas, leitura de medidores, serviços de


poda de árvores e outros podem ocorrer ataques de insetos, tais como abelhas e formigas.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 64


Riscos ocupacionais

Consideram-se riscos ocupacionais, os agentes existentes nos ambientes de trabalho, capazes de


causar danos à saúde do empregado.

Riscos ergonômicos

▪ Biomecânicos: posturas inadequadas de trabalho, levando a intensa solicitação muscular,


levantamento e transporte de carga, etc.

▪ Organizacionais: “pressão psicológica” para atendimento a emergências ou a situações com


períodos de tempo rigidamente estabelecidos, pressões da população com falta do
fornecimento de energia elétrica.

▪ Psicossociais: elevada exigência cognitiva necessária ao exercício das atividades.

▪ Ambientais: risco ambiental compreende os físicos, químicos e biológicos; esta terminologia fica
inadequada, devem-se separar os riscos provenientes de causas naturais (raios, chuva,
terremotos, ciclones, ventanias, inundações, etc.)

Definições

Risco: capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde das
pessoas. Os riscos podem ser eliminados ou controlados.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 65


Perigo: situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão física ou dano à saúde das
pessoas por ausência de medidas de controle.

Causa de acidente é a qualificação da ação, frente a um risco/perigo, que contribuiu para um dano
seja pessoal ou impessoal.

Ex.: A avenida com grande movimento não constitui uma causa do acidente, porém o ato de
atravessá-lá com pressa, pode ser considerado como uma das causas.

Controle é uma ação que visa eliminar/controlar o risco ou quando isso não é possível, reduzir a
níveis aceitáveis o risco na execução de uma determinada etapa do trabalho, seja através da adoção
de materiais, ferramentas, equipamentos ou metodologia apropriada.

Planejamento

Antes da fase de execução, serão analisados os riscos potenciais. Este trabalho é realizado através
da Análise Preliminar de Risco – APR, no mínimo, as seguintes informações:

▪ Descrição detalhada das etapas dentro de um serviço, operação ou atividade;


▪ Identificação dos riscos existentes em cada etapa;
▪ Medidas de segurança para a realização de todas as etapas dos serviços, no sentido de reduzir
e/ou eliminar riscos existentes (técnicas de execução, equipamentos a serem utilizados, EPC,
EPI, etc);

▪ Número de profissionais necessários para a execução dos serviços com segurança.

Análise Preliminar de Riscos (APR)

▪ Trata-se de uma técnica de análise prévia de riscos.

▪ Análise Preliminar de Riscos é uma visão do trabalho a ser executado, que permite a
identificação dos riscos envolvidos em cada passo da tarefa, ainda propicia condição para evitá-
los ou conviver com eles em segurança.

▪ Por se tratar de uma técnica aplicável a todas as atividades, a técnica de Análise Preliminar de
Riscos é o fato de promover e estimular o trabalho em equipe e a responsabilidade solidária.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 66


NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 67
Check list

O objetivo é criar o hábito de verificar os itens de segurança antes de iniciar as atividades, auxiliando
na prevenção dos acidentes e no planejamento das tarefas, enfocando os aspectos de
segurança.

Será preenchido de acordo com as regras de Segurança do Trabalho. “A Equipe somente iniciará a
atividade, após realizar a identificação de todos os riscos, medidas de controle e após concluir o
respectivo planejamento da atividade”.

Exemplo de check list

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 68


Procedimentos de Trabalho - Análise e Discussão
• Procedimentos de Trabalho
Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em conformidade com
procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo
a passo, assinados por profissional que atenda ao que estabelece a NR 10.

Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço especificas,


aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências
aos procedimentos de trabalho a serem adotados.

Recomenda-se que todos os trabalhos envolvendo inspeção e manutenção de equipamentos


energizados ou que possuam risco de serem acionados inadvertidamente devem ser precedidos de
análise de risco antes da emissão da ordem de serviço específica.

É necessário:
Elaborar e implantar procedimentos operacionais (Seqüência de operações a serem desenvolvidas
para realização de um determinado trabalho) contendo passo a passo as instruções e
orientações de segurança no trabalho.

Todos os serviços em instalações elétricas devem ser planejados, programados e realizados em


conformidade com procedimentos de trabalho específicos e adequados.
Os procedimentos devem ser divulgados, conhecidos, entendidos e cumpridos por todos os
trabalhadores.

Os procedimentos de trabalho devem conter no mínimo:


▪ Objetivo;
▪ Campo de aplicação;
▪ Base técnica;
▪ Competências e responsabilidades;
▪ Disposições gerais;
▪ Medidas de controle; e
▪ Orientações finais.

Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde e a autorização devem ter a


participação em todo processo de desenvolvimento do Serviço Especializado de Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, quando houver.

A autorização deve estar em conformidade com o treinamento ministrado.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 71


Procedimento é uma descrição detalhada de todas as operações necessárias para a realização de
uma atividade, ou seja, é um roteiro padronizado para realizar uma atividade.

O procedimento pode ser aplicado, por exemplo, numa empresa cujos colaboradores trabalhem em
três turnos, sem que os trabalhadores desses três turnos se encontrem e que, por isso, executem
a mesma tarefa de modo diferente.

A maioria das empresas que empregam este tipo de formulário possuem um Manual de
Procedimentos que é originado a partir do fluxograma da organização.

É o documento que expressa o planejamento do trabalho repetitivo que deve ser executado para o
alcance da meta padrão. Contem: listagem dos equipamentos; peças e materiais utilizados na
tarefa, incluindo-se os instrumentos de medida; padrões da qualidade; descrição dos
procedimentos da tarefa por atividades críticas; condições de fabricação, de operação e pontos
proibidos de cada tarefa; pontos de controle (itens de controle e características da qualidade) e os
métodos de controle; relação de anomalias passíveis de ação; roteiro de inspeção periódicas dos
equipamentos de produção.

Como e quem deve fazer um procedimento

Transcrever as tarefas rotineiras que todos fazemos mecanicamente para uma folha de papel nem
sempre é uma tarefa fácil, talvez seja um pouco cansativo, mas devemos tomar alguns
cuidados.

▪ Nunca copie procedimentos de livros ou de outras organizações, existem particularidades que


só o nosso estabelecimento tem e isso é de fácil percepção por parte do responsável do
estabelecimento ou ainda por ação de auditores, nem tão experientes..

▪ A pessoa que executa a tarefa é quem deve colaborar com o desenvolvimento do procedimento,
ele é o dono do processo. Existe ainda um caráter psicológico que faz com que o funcionário se
sinta parte integrante do Sistema da Qualidade do estabelecimento e que as diretrizes desse
sistema não sejam uma imposição da alta administração

▪ O funcionário tem que ser treinado, habilitado e qualificado para a execução de sua tarefa. Sendo
assim, escreva o que você faz e faça o que está escrito.

▪ Faça constantes análises críticas (pelo menos duas vezes por ano) sobre a aplicabilidade de seus

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 72


procedimentos e se os mesmos ainda estão sendo seguidos.

▪ A linguagem utilizada no Procedimento deverá estar em consonância com o grau de instrução das
pessoas envolvidas nas tarefas, dê preferência para uma linguagem simples e objetiva.

O conteúdo do procedimento, assim como sua aplicação, deverá ter o completo entendimento e
familiarização por parte dos funcionários que tenham participação direta e/ou indireta na
qualidade final daquele procedimento.

Normalmente a ingerência de supervisores, coordenadores e diretores neste ponto é uma


das causas de ineficiência na implantação de um Sistema da Qualidade. Cabendo aos mesmos as
responsabilidades pela revisão e aprovação do procedimento.

Qual a finalidade do procedimento?

Um procedimento tem o objetivo de se padronizar e minimizar a ocorrência de desvios na


execução de tarefas fundamentais, para o funcionamento correto do processo. Ou seja, um
procedimento coerente garante ao usuário que a qualquer momento que ele se dirija ao
estabelecimento, as ações tomadas para garantir a qualidade sejam as mesmas, de um turno para
outro, de um dia para outro. Ou seja, aumenta-se a previsibilidade de seus resultados, minimizando
as variações causadas por imperícia e adaptações aleatórias, independente de falta, ausência
parcial ou férias de um funcionário.

O método de trabalho em instalações energizadas apresenta mais segurança do que os trabalhos


em linha desenergizada. Para comprovar esta afirmativa basta analisar que a maioria dos acidentes
registrados nos serviços em linhas desenergizadas se deve a uma das razões abaixo:

1. Erro na manobra, onde não se previu a energização do circuito;

2. Engano na determinação da zona de trabalho;

3. Contato com instalações energizadas vizinhas à zona de trabalho.

Metodologia de trabalho

Para o desenvolvimento dos trabalhos e rede de distribuição aérea energizadas, poderão ser
classificados por duas metodologias básicas a serem adotadas nas tarefas com linha viva como: à
distância e ao contato. O que não inviabiliza a utilização simultânea dos dois métodos de
trabalho, que é uma técnica muito utilizada e que se aplica perfeitamente na execução dos serviços
com linha viva. Por se tratar de dois métodos diferentes para se executar serviços com redes
energizadas o treinamento dos eletricistas se inicia com o serviço em linha à distância que só
habilita a executarem serviços somente neste método, passando por um período de avaliação para se
adaptarem a esta nova sistemática de trabalho.

Deverá ser observada rigorosamente a distância de segurança para trabalho, mínima necessária
para que o eletricista possa se movimentar, inclusive manipulando equipamentos ou ferramentas,
de modo a não ocorrer risco de abertura de arco elétrico em relação ao seu corpo, com sendo de
75 cm, independente da classe de tensão da rede entre 1 Kv e 26.5 Kv, quando em serviços nas

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 73


redes energizadas ser à distância ou ao contato. Sempre que não for possível respeitar a
distância de segurança para o trabalho, devem ser colocados protetores e coberturas isolantes.

Depois deste período de adaptação se inicia o treinamento com linha viva ao contato e só depois
de passar por esta fase de avaliação é que o eletricista estaria se credenciando a trabalhar com rede
energizada ao contato ficando apto para executar os serviços em rede energizada aplicando os
dois métodos de trabalho de acordo com o procedimento técnico de segurança. Os trabalhos ao
contato direto, somente poderão ser realizados desde que disponíveis os equipamentos nas
seguintes classes de tensões:

▪ Sistemas de baixa tensão até 1 Kv – classe 0 de isolamento;

▪ Sistemas de média tensão até 17 Kv – classe 2 de isolamento;

▪ Sistemas de média tensão até 26,5 Kv – classe 3 de isolamento.

Método à distância

Na execução dos serviços utilizando este método, nestas tarefas com linha viva os eletricistas
trabalham em potencial de terra ou seja posicionados em escadas comuns de madeira, ou até mesmo
em esporas, executando todos os serviços usando ferramentas e equipamentos adequados.

Na execução dos serviços neste método de trabalho, o eletricista deverá estar perfeitamente
acomodado na escada, calçando luva de borracha com luva de cobertura na classe de tensão da
rede e todo serviço será executado através de bastões. Em hipótese nenhuma será permitido que o
eletricista toque nas redes diretamente, mesmo equipado com luvas de borracha.

Descrição dos serviços – Método à distância

No início da formação de uma equipe de linha viva se aplica este método para executar as tarefas
mais simples nas redes de distribuição aérea como:

▪ Substituição de isoladores de pino e ou acessórios como pinos ou amarração, cadeia com isolador
de suspensão em estruturas simples ou duplas;

▪ Substituição de cruzetas, simples ou duplas em ângulos suaves com isolador de pino ou


suspensão;

▪ Instalação e ou substituição de postes com estrutura simples;

▪ Substituição de para raio e ou equipamentos.

Na prática se executa todos os serviços de linha ao contato direto e em determinada situações


durante a execução de algumas tarefas pode ser utilizada serviços com método à distância
facilitando e agilizando o desenvolvimento das tarefas. Nos locais de difícil acesso, como alto de
morro ou local onde não se chega com a cesta aérea aplica-se este método de trabalho com muita
eficiência para atendimento deste tipo de serviços. Também se mostra muito útil nas estruturas das
subestações para se executar manutenção, limpeza de isoladores, para raios, etc...

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 74


Método ao contato

Com este novo método de trabalho os eletricistas se transferem para um potencial intermediário
ficando isolado do potencial de terra posicionado dentro de cesta aérea, plataforma isolada ou
escada isolada usando ferramentas e equipamentos adequados.

Na execução de serviços neste método de trabalho o eletricista se acomoda em uma cesta aérea, ou
em cima de uma plataforma isolada ou ainda uma escada isolada devidamente aparamentados
com mangas de borracha, luva de borracha com luva de cobertura na classe de tensão da rede, e
todo o serviço será executado diretamente na fase energizada.

Técnicas de Trabalho Sob Tensão

Em Linha Viva

Manutenção com a linha energizada “linha viva”

Esta atividade deve ser realizada mediante a adoção de procedimentos e metodologias que
garantam a segurança dos trabalhadores. Nesta condição de trabalho as atividades devem ser
realizadas mediante os métodos ao potencial, ao contato e à distância.

Ao Potencial
Método ao potencial

É o método onde o trabalhador fica em contato direto com a tensão da rede, no mesmo potencial.
Nesse método é necessário o emprego de medidas de segurança que garantam o mesmo potencial
elétrico no corpo inteiro do trabalhador, devendo ser utilizado conjunto de vestimenta condutiva

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 75


(roupas, capuzes, luvas e botas), ligadas através de cabo condutor elétrico e cinto à rede objeto
da atividade.

Trabalho a Distância
Método à distância

É o método onde o trabalhador interage com a parte energizada a uma distância segura, através do
emprego de procedimentos, estruturas, equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes
apropriados.

Trabalhos Noturnos
O sono é a principal queixa dos trabalhadores noturnos. Durante o dia, o barulho, a claridade e

movimentação de pessoas em casa prejudicam o sono, tornando-o menos reparador. A privação do


sono provoca fadiga crônica e queda no desempenho, o que contribui para o “erro humano” e os
acidentes de trabalho. O risco de ocorrerem acidentes no trabalho noturno é três vezes maior,
quando comparado ao trabalho diurno.

Ritmo biológico

Outra dificuldade é que o corpo humano tem ritmos biológicos, que o preparam para a vigília de dia.
“Antes de acordarmos, o corpo secreta um hormônio chamado cortisol, que nos prepara para reagir e

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 76


desempenhar as atividades. Esse ritmo praticamente não muda, mesmo quando a pessoa fica
acordada à noite, prejudicando o sono diurno.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 77


Em relação à alimentação, estudos mostram que o trabalhador noturno tem maior habito de ingerir
alimentos pré-cozidos e congelados e também “beliscar”. Além disso, algumas empresas que
oferecem refeições não se preocupam em preparar um cardápio especial para o trabalhador
noturno, incluindo até feijoada para essa população.

“São frequentes as queixas de trabalhadores noturnos em relação à azia, dores abdominais,


constipação. Esses sintomas podem se agravar e chegar a uma gastrite crônica ou úlcera. Isso
porque nosso sistema digestivo está preparado para trabalhar melhor durante o dia”.

É importante que a empresa permita pequenos cochilos durante o horário de trabalho, quando
possível. Quanto à dieta, deve-se planejar melhor o horário das refeições e a qualidade dos
alimentos; problemas cardíacos podem ser evitados com a melhor qualidade de vida, relaxamento,
prática de atividade física e maior exposição à luz natural.

Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou
suplementar, apropriada a natureza das atividades. A iluminação geral deve ser uniformemente
distribuída e difusa.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 72


A iluminação que se refere à quantidade de luminosidade que incide no local de trabalho do
empregado. Não se trata da iluminação em geral, mas a quantidade de luz no ponto focal do
trabalho. Assim, os padrões de iluminação são estabelecidos de acordo com o tipo de tarefa visual
que o empregado deve executar: quanto maior a concentração visual do empregado em detalhes e
minúcias tanto mais necessária a luminosidade no ponto focal de trabalho.

A má iluminação causa fadiga à vista, prejudica o sistema nervoso, concorre para a má qualidade do
trabalho e é responsável por razoável parcela dos acidentes. Um sistema de iluminação deve possuir
os seguintes requisitos:

a) Ter suficiência: de forma que cada foco luminoso forneça toda quantidade de luz necessária a
cada tipo de trabalho.
b) Estar sempre constante e uniformemente distribuído: de modo que evite a fadiga dos olhos,
decorrente das sucessivas acomodações em virtude das variações da intensidade da luz deve-
se evitar contrastes violentos de luz e sombra e as oposições de claro e escuro.

Importância da boa iluminação

A utilização de uma iluminação adequada proporciona um ambiente de trabalho agradável, produtivo


e mais seguro. Portanto, é evidente que:

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 73


Na segurança - diminui as probabilidades das ocorrências de acidentes, facilitando a visualização de
possíveis riscos existentes e das sinalizações de segurança;

Na produtividade - diminui o desperdício de material oriundo de refugar pela não conformidade


final de produtos semi acabados ocasionado por falha operacional;

No fator humano - age de forma psíquica ao tornar o ambiente de trabalho mais alegre e
agradável.

Fatores de influência
Tipos de lâmpadas ou luminárias

A escolha do tipo de lâmpadas e luminárias tem fundamental importância para a qualidade final da
iluminação. Uma escolha inadequada pode implicar em uma depreciação e, consequentemente, em
uma iluminação deficiente ainda que os demais fatores de influência tenham sido
adequadamente considerados.

Quantidades de luminárias

As luminárias devem ser distribuídas de forma tal que gerem um nível de iluminação compatível com a
necessidade da atividade do ambiente ou posto de trabalho.

Distribuição das luminárias

Devem ser distribuídas no ambiente de forma a proporcionar uma iluminação homogênea e


uniforme, com um certo cuidado de não criar sombras ou contrastes nos locais onde se deseja
iluminar.

Manutenção
Periodicamente devem ser realizadas operações de limpeza das luminárias para evitar acúmulo de
poeiras ou insetos e substituição de lâmpadas defeituosas a fim de obter o mínimo de depreciação
do fator de iluminação.

A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento,
reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.

Os níveis mínimos de iluminação a serem observados nos locais de trabalho são os valores de
iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.

A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de
trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a
sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência.

Durante o trabalho noturno ou em condições de pouca visibilidade em subestações, dentro de todas


as instalações do SEP “Sistema Elétrico de Potência’’ devem possuir iluminação suficiente.

Quando as condições atmosféricas impedirem a visibilidade, mesmo com iluminação artificial, os

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 74


trabalhos e o tráfego de veículos e equipamentos móveis deverão ser suspensos.
Ambientes Subterrâneos
Para trabalhos realizados no SEP, em instalações e serviços elétricos em ambientes subterrâneos, os
requisitos abaixo deverão ser seguidos:

As galerias devem ser projetadas e construídas de forma compatível com a segurança do profissional
da área de elétrica e equipamentos que por elas transitam, assegurando posição confortável e
impedindo o contato acidental com o teto e paredes.

Os acessos às bancadas devem ser identificados e sinalizados.

Ventilação em atividades de subsolo

As atividades em subsolo devem dispor de sistema de ventilação mecânica que atenda aos
seguintes requisitos:
a) Suprimento de oxigênio;
b) Renovação contínua do ar;
c) Diluição eficaz de gases inflamáveis ou nocivos e de poeiras do ambiente de trabalho;
d) Temperatura e umidade adequadas ao trabalho humano e
e) Ser mantido e operado de forma regular e contínua.

As instalações e serviços de eletricidade devem ser projetados, executados, operados, mantidos,


reformados e ampliados, de forma a permitir a adequada distribuição de energia e isolamento,
correta proteção contra fugas de corrente, curtos-circuitos, choques elétricos e outros riscos
decorrentes do uso de energia elétrica.

Os serviços de manutenção ou reparo de sistemas elétricos só podem ser executados com o


equipamento desligado, etiquetado, bloqueado e aterrado, exceto se forem:

a) Utilizadas técnicas adequadas para circuitos energizados;


b) Utilizadas ferramentas e equipamentos adequadas à classe de tensão;
c) Tomadas precauções necessárias para a segurança dos trabalhadores.
O bloqueio durante as operações de manutenção e reparo de instalações elétricas deve ser realizado
utilizando-se de cadeado e etiquetas sinalizadoras, fixadas em local visível, contendo, no mínimo, as
seguintes indicações:
a) Horário e data do bloqueio;
b) Motivo da manutenção e
c) Nome do responsável pela operação.
Os equipamentos e máquinas de emergência, destinados a manter a continuidade do fornecimento
de energia elétrica e as condições de segurança no trabalho, devem ser mantidos permanentemente
em condições de funcionamento.

Toda instalação: carcaça, invólucro, blindagem ou peça condutora, que não faça parte dos circuitos
elétricos mas que, eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser aterrada, desde que esteja em
local acessível a contatos.

As instalações elétricas, com possibilidade de contato com água, devem ser projetadas, executadas e

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 75


mantidas com especial cuidado quanto à blindagem, estanqueidade, isolamento, aterramento e
proteção contra falhas elétricas.

Equipamentos e Ferramentas de Trabalho Escolha, Uso,


Conservação, Verificação, Ensaios

Ferramentas portáteis isoladas

A adoção de ferramentas isoladas apropriadas, além dos EPI`s básicos para trabalhos com
eletricidade (capacete, óculos, botina de segurança e luvas isolantes de borracha), possibilita o
trabalho nos equipamentos elétricos, com controle eficaz dos riscos elétricos existentes na
atividade.

Faz-se necessário, portanto, a utilização de inúmeras ferramentas isoladas, como chaves de fenda,
chaves estrela com catraca, chaves catraca, alicates, etc. Principalmente em condições
ergonomicamente desfavoráveis, deve-se utilizar ferramentas apropriadas que resultem em uma
maior segurança para o trabalhador.

As ferramentas devem ser ensaiadas, certificadas e, além disto, atender tecnicamente, as técnicas
exigências da NBR- 5410- Instalações elétricas de baixa tensão e NR 10 Instalações e Serviços em
Eletricidade sendo anatomicamente ergonômicas, satisfazendo unanimente os empregados
que as utilizarem.

Os métodos de ensaio definidos pelas normas devem satisfazer aos critérios técnicos e de segurança
para a realização da atividade, permitindo o trabalho em quaisquer tipos de equipamentos elétricos
com segurança, diminuindo, portanto, substancialmente o tempo de realização da tarefa e
aumentando a efetividade do profissional.

Outro aspecto importante que deve ser levado em consideração quando da utilização das
ferramentas, diz respeito à necessidade de não se desligar desnecessariamente determinadas
áreas.

Ferramentas ensaiadas e certificadas satisfazem as questões de segurança, propiciando


credibilidade ao eletricista.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 76


Ferramenta portátil isolada

Ferramenta manual fabricada em material isolante, para proteger o usuário de contato elétrico e
minimizar os riscos de curto-circuito entre elementos de potenciais diferentes.

Ferramenta portátil isolante

Ferramenta manual fabricada em material isolante, exceção feita aos insertos metálicos que são
incluídos no corpo da peça (seja na cabeça ou na parte ativa, seja utilizada como reforço sem que
nenhuma das partes metálicas tenha acesso).

Está concebida para proteger o usuário contra choques elétricos e evitar o curto circuito entre os
elementos com potenciais diferentes.

Ensaio dielétrico

Após um acondicionamento de 24 horas em banho de água, tira-se a ferramenta da água secando-a.


Inicia-se o ensaio da seguinte maneira:

Coloca-se a parte isolada da ferramenta em um banho de água e aplica-se sobre a cabeça da


ferramenta 10.000 volts durante 3 minutos. Mede-se a corrente de escoamento, que deve ser
inferior a 1mA por 200 mm de parte isolada.

Ensaio de impacto

É um tipo de ensaio que verifica a dureza da ferramenta (devendo ser submetido ao tratamento
térmico). Selecionam-se 3 pontos de ensaio suscetíveis de serem avariados em caso de caída sobre
uma superfície plana. O ensaio faz-se sobre estes pontos.

Ensaio de penetração

É um tipo de ensaio que verifica a penetração da ferramenta. Coloca-se um aparato com uma ponta
de prova de 2 kg no centro da parte isolada.

Depois coloca-se este conjuntos em um forno programado a 70 graus durante 2 horas. Após a
saída do forno realiza-se um ensaio dielétrico entre a ponta do aparato e a cabeça não isolada da
ferramenta, de 5KV durante 3 minutos.

Ensaio de aderência do revestimento isolante

Após um acondicionamento de 168 horas da ferramenta em uma temperatura de 70º C realiza-se o


ensaio de aderência entre o terceiro e o quinto minuto. A capa isolante não pode descolar mais
que 3 mm de parte condutora em comparação com sua posição inicial. O peso é de acordo com o
tipo da ferramenta ensaiada.

Ferramentas para trabalhos com eletricidade e em altura Condições iniciais

Em determinadas situações, quando em trabalhos com eletricidade e em altura, para se executar as


tarefas que dizem respeito às instalações elétricas, o eletricista pode se defrontar com algumas

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 77


dificuldades que devem ser sanadas antes que ele inicie os trabalhos programados.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 78


Exemplos dessas situações é presença de galhos de árvores, objetos que se depositam nos
dispositivos elétricos, entulhos, etc.

Para solucionar tais inconvenientes, são utilizadas ferramentas especiais para desobstrução e podas
de galhos de árvores, retirada de objetos, corte de condutores, limpezas em geral, etc.

Na maioria dos casos, estas ferramentas são adaptadas a varas de manobra isolantes. O trabalhador
deverá receber previamente um treinamento específico para operá-las, uma vez que exige uma
coordenação motora muito bem definida.

Exemplos de ferramentas utilizadas em trabalhos com eletricidades e em altura

Trata-se de uma serra especialmente projetada para poda de galhos de árvores a uma determinada
distância do operador.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 78


Arco de serra para corte de metais
São utilizados para, serrar peças metálicas situadas em uma determinada altura, que estejam
interferindo com o trabalho do eletricista. A serra propriamente dita é aquela comumente utilizada

em arcos de serra convencionais.

Varas de manobra
As Varas de Manobra de Fibra de Vidro, tem por objetivo garantir a distância de segurança e o
isolamento necessário nas intervenções em instalações elétricas, sendo portanto, uma ferramenta e
ao mesmo tempo um equipamento de segurança dos mais utilizados neste setor.

Permite execução de diversas operações como:

Manobra de chave faca;

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 79


▪ Manobra de chave fusível;
▪ Retirada e colocação de fusível;
▪ Operação de detector de tensão;
▪ Instalação e retirada de conjunto de aterramento temporário e grampo de linha viva;
▪ Poda árvore;

Limpeza de rede;

▪ Troca de lâmpada, etc.

As VARAS DE MANOBRAS Seccionadas possuem altíssima resistência mecânica e excelente


rigidez dielétrica.

Principais regras no uso de ferramentas

Ao executar um serviço verifique qual é a ferramenta adequada para a execução da


atividade.

Vai iniciar a atividade verifique se a ferramenta está bem conservada ou se apresenta algum tipo de
dano aparente que impossibilite seu uso;
Terminou de executar a atividade limpe a ferramenta inspecione para ver se ela sofreu
algum dano.

Guarde sempre a ferramenta em local apropriado para evitar que ela se danifique. Ao usar uma
ferramenta para apertar porcas ou parafusos posicione a ferramenta adequadamente, segurando-a
firmemente antes de fazer qualquer esforço físico sobre a mesma. Nunca dirija a ferramenta
contra seu próprio corpo.

Principais regras no uso de ferramentas


Ao executar um serviço verifique qual é a ferramenta adequada para a execução da
atividade.

Vai iniciar a atividade verifique se a ferramenta está bem conservada ou se apresenta algum tipo de
dano aparente que impossibilite seu uso;

Terminou de executar a atividade limpe a ferramenta inspecione para ver se ela sofreu
algum dano.

Guarde sempre a ferramenta em local apropriado para evitar que ela se danifique. Ao usar uma
ferramenta para apertar porcas ou parafusos posicione a ferramenta adequadamente, segurando-a
firmemente antes de fazer qualquer esforço físico sobre a mesma. Nunca dirija a ferramenta
contra seu próprio corpo.

Ao usar martelo, marreta ou qualquer ferramenta de bater deve ser de madeira, não use ferramentas
com cabo de ferro ou aço.

A largura da ponta da chave de fenda deve ser adequada à fenda do parafuso. Não submeta a
ferramenta a esforço excessivo.

Em hipótese alguma se deve aumentar o comprimento do braço, pois ao submeter à boca da chave e

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 80


a cabeça do parafuso, a esforços para os quais não foram dimensionados.

As chaves cujo cabo não é devidamente isolado, não podem ser usadas em trabalhos
elétricos.

As chaves de fenda devem ter cuidados especiais quanto à ponta e o cabo, devendo ser checados
periodicamente. Na maioria das vezes as pontas recebem tratamento térmico ou mecânico para
endurecimento superficial, conferindo-lhe melhor resistência ao desgaste. Por esta razão, não se
recomenda a ajustagem da ponta em
‘esmeris” e sim de “pedra” apropriada para este fim.

O cabo da ferramenta deve estar liso e livre de imperfeições, de modo a não lesar a mão do

trabalhador. Nunca use calços a fim de compensar folgas.

Verifique sempre se tem um bom apoio quando for aplicar força às ferramentas.

Sistemas de Proteção Coletiva

Equipamento de proteção coletiva – EPC


EPC é todo dispositivo, sistema ou meio físico ou móvel de abrangência coletiva, destinado a
preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores usuários e terceiros.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 81


NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 82
N

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 82


NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 83
Equipamentos de Proteção Individual
E o homem...

...possui inteligência???

Equipamento de proteção individual – EPI

Dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado, destinado à proteção de riscos suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Os EPI’s devem ser utilizados:

▪ Quando esgotadas as possibilidades de adoção de solução técnica e de proteção coletiva;


▪ Enquanto estas medidas estiverem em fase de implantação; e
▪ Quando da existência de risco inerente à atividade ou ambiente.

Proteção da cabeça

▪ Capacete de proteção tipo aba frontal (jóquei)


▪ Capacete de proteção tipo aba total
▪ Capacete de proteção tipo aba frontal com viseira

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 84


Proteção dos olhos

▪ Óculos de segurança para proteção (lente incolor)

▪ Óculos de segurança para proteção (lente com tonalidade escura)

Proteção auditiva

▪ Protetor auditivo tipo concha

▪ Protetor auditivo tipo inserção (plug)

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 85


Proteção respiratória

▪ Respirador purificador de ar (descartável)


▪ Respirador purificador de ar (com filtro)
▪ Respirador de adução de ar (máscara autônoma)

Proteção dos membros superiores

Pro teção dos membros super iores

▪ Luva de proteção em raspa e vaqueta


▪ Luva de cobertura para proteção da luva isolante de borracha
▪ Luva de proteção em vaqueta

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 86


▪ Luva de proteção em borracha nitrilica

▪ Luva de proteção em PVC (hexanol)


▪ Luva de proteção tipo condutiva

▪ Manga de proteção isolante de borracha

Creme protetor para a pele

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 87


Proteção dos membros inferiores

▪ Calçado de proteção tipo botina de couro


▪ Calçado de proteção tipo bota de couro (cano médio)
▪ Calçado de proteção tipo bota de couro (cano longo)

▪ Calçado de proteção tipo bota de borracha (cano longo)


▪ Calçado de proteção tipo condutivo
▪ Perneira de segurança

Vestimentas de segurança
▪ Blusão em tecido impermeável

▪ Calça em tecido impermeável

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 88


▪ Vestimenta de proteção tipo apicultor

▪ Vestimenta de proteção tipo condutiva

Sinalização
▪ Colete de sinalização refletivo

▪ Colete salva-vidas (aquático)

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 89


Proteção contra quedas com diferença de nível

▪ Cinturão de segurança tipo paraquedista

▪ Talabarte de segurança tipo regulável

▪ Talabarte de segurança tipo Y com absorvedor de energia

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 90


Dispositivo trava-quedas

Proteção para a pele

Creme protetor solar (SEM C.A)

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 91


Posturas e Vestuários de Trabalho

Vestimentas de trabalho (condutiva para trabalhos em linha viva e/ou resistente ao arco

elétrico).

Obs.: Outros equipamentos podem ser aplicáveis, dependendo do tipo de atividade, como é o
caso de cintos de segurança, luvas de cobertura (a serem usadas sobre a luva de borracha),
respiradores (máscaras) para trabalhos em espaços confinados etc.

As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a


condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. É vedado o uso de adornos pessoais
nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades.

Ex.: cordões, brincos, anéis, pulseiras...

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 92


Perigo do Arco-Elétrico

Roupa pode derreter.


A roupa pode ser aberta pelo arco.

▪ Calor proveniente do Arco-Elétrico.


▪ Fogo secundário ou explosão.

A exposição a um arco-elétrico pode exceder rapidamente o valor tolerado pela pele humana e causar
queimaduras de segundo e terceiro grau.

As queimaduras por arcos elétricos representam uma parcela muito grande entre os ferimentos
provocados por eletricidade em locais de trabalho. Apesar da seriedade e da importância vital que
isso representa para os trabalhadores que executam serviços em eletricidade, este assunto tem
recebido pouca atenção pelos usuários em geral, quando comparado com outros perigos da
eletricidade como os choques, incêndios e outros aspectos que tange a segurança industrial.

É reconhecido que a tecnologia tem evoluído muito para preservar a integridade do equipamento ou
da instalação, como proteção do sistema elétrico, detecção do arco interno, equipamentos
resistentes a arco entre outros. Estas tecnologias normalmente são aplicadas para proteção
patrimonial e operacional da instalação na eventualidade de ocorrer falhas no sistema elétrico
segregando as partes afetadas ou confinando as consequências da falha em invólucros como painéis
de tal forma que não atinja as pessoas que eventualmente estiver na proximidade.

A maioria dos acidentes acontece quando o operador ou o eletricista precisa remover as barreiras de
proteções como portas de painéis, instalar ou inserir e remover componentes operacionais como
disjuntores com o equipamento energizado. Nestas situações o trabalhador fica totalmente exposto
ao perigo e a sua segurança só depende da prática segura e uso de EPI adequado. É justamente
nesta condição de trabalho que devemos ficar atentos providenciando proteção.

A energia liberada por arco elétrico é extremamente alta e pode causar ferimentos severos até a
uma distância de 3 metros do ponto de falha nos equipamentos industriais de alta tensão mais
comuns e igualmente para distância menor, nos equipamentos de baixa tensão. A energia liberada
varia de acordo com a configuração do sistema elétrico e nível de curto circuito disponível no ponto
da falha.

Quem está sob Risco?

Trabalhadores expostos aos riscos do Arco-Elétrico:

Trabalhadores de linhas vivas.

▪ Instaladores de cabos subterrâneos.

Eletricistas.

▪ Operadores de subestações.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 93


Engenheiros de chaveamento.

▪ Trabalhadores em Geração de Energia.


▪ Leitores de Consumo/Pessoal de Serviço.

Regras das roupas de proteção contra arco-elétrico

No caso de haver uma chama ou um arco-elétrico acidental, a roupa de proteção térmica


deve:

▪ Proporcionar tempo de fuga


▪ Reduzir as queimaduras
▪ Aumentar as chances de sobrevivência

Proteção contra arco-elétrico Por que não utilizar roupas de proteção diária?

Tecidos convencionais podem queimar e manter a chama no corpo, aumentando a


exposição do trabalhador.

Tecidos que queimam:

Algodão, Viscose, Lã

Tecidos que queimam e derretem:

Polyester, Nylon

Como vimos anteriormente, no Brasil, a NR-6 - Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e


Emprego estabelece as exigências legais para Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para
proteção dos trabalhadores contra riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
Nesta NR não está explicita a necessidade de proteção contra arcos elétricos, mas estabelece que o
EPI deve proteger os trabalhadores contra agentes térmicos tanto para cabeça, face, membro
superior e inferior e corpo inteiro. O arco elétrico numa falha é um agente térmico igual da solda
elétrica a arco. A diferença é que nos serviços em eletricidade os arcos ocorrem por falha liberando
energia muito superior a de uma máquina de solda e é um risco suscetível de ameaça a segurança e a
saúde do trabalhador, portanto o trabalhador deve ser protegido pelo EPI.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 94


Conjunto NOMEX

Cuidados com o capuz:

▪ Lavar com água fria.

▪ Não usar alvejante, somente detergente suave.

▪ Secar à sombra.

Importante:

Uma vez exposto ao arco elétrico, o capuz deve ser removido de serviço.

Cuidados com o visor:

▪ Limpe com panos úmidos, utilize sabão neutro e água fria.

Secar ao ar.

▪ Não esfregar.

Blusão NOMEX:

▪ Contaminantes inflamáveis reduzirão a proteção térmica de qualquer traje de proteção


resistentes a chamas.

▪ Lave este traje freqüentemente para garantir que ele está livre de graxa, óleo ou outros
contaminantes quando for usado.

▪ Reparos ou alterações devem ser feitos com materiais adequados (tecido, linha e
fechamentos).

▪ O usuário é responsável por examinar o EPI antes e depois de usá-lo, para ter certeza de que
ele está em condições de uso.

▪ Lave o traje novo antes de usá-lo para remover impurezas provenientes da confecção.

▪ Não use trajes defeituosos.

▪ Para exposições ao arco elétrico use roupas de proteção adequadas à classe de proteção
definida pela análise de risco.

▪ O traje deve ser confortável e prover mobilidade adequada para o usuário desempenhar
suas atividades.

Todos os fechamentos devem estar travados.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 95


Cuidados com o traje:

Lave o traje separadamente de outras roupas.

Trave todos os fechamentos antes de lavar.

▪ Se caso for lavar com água aquecida (máximo 60ºC).

▪ Lave com sabão neutro, não aplique alvejante ou detergente clorado.

▪ Secagem com ar aquecido (máximo 71ºC).

▪ Antes de lavar remova as manchas de graxa ou de óleo.


▪ Não use amaciante.
▪ Não armazene ou seque sob a luz do sol.
▪ Não use para combate a incêndio.

NOTA: Apesar deste traje ser resistente à chamas e projetado para minimizar queimaduras, o
usuário deve tentar escapar o mais rapidamente da área possível. O usuário assume todos os riscos e
responsabilidades associados com o uso deste produto. “Não respeitar as recomendações contidas
neste aviso pode resultar em sérios danos físicos ou morte.”

EPI: Vestimentas de trabalho com proteção contra a inflamabilidade

▪ Análise de risco;

▪ Cálculo da Energia incidente com decisão sobre o uso e escolha de classe decisão sobre o uso e

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 96


escolha de classe da vestimenta. (NFPA.70 da vestimenta; (NFPA.70-E – IEEE);

▪ Adequação - conforto do trabalhador;

▪ Sistematização - periodicidade de troca e higienização.

Segurança com Veículos e Transporte de Pessoas, Materiais e Equipamentos Transporte,

meio de translação de pessoas ou bens a partir de um lugar para outro.

Desde os primeiros tempos da sua existência que o homem reconheceu a necessidade de se deslocar
entre variados lugares.

Durante séculos, os tradicionais meios de transporte usavam como principal forma de


deslocação a tração animal.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 97


Com a evolução natural, necessitou de meios que lhe permitissem deslocar-se entre dois lugares de
forma cada vez mais rápida.

E posteriormente...

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 98


Riscos no transporte e com equipamentos
Veículos a caminho dos locais de trabalho em campo

É comum o deslocamento diário dos trabalhadores até os efetivos pontos de prestação de


serviços. Esses deslocamentos expõem os trabalhadores aos riscos característicos das vias de
transporte.

Um agravante, também, da condição de risco é situação em que o motorista exerce outra função além
dessa, ou seja, múltipla função. Como exemplo, é atribuída ao motorista à função de dirigir e
inspecionar e inspecionar uma linha de transmissão para encontrar pontos que demandam
reparos ou manutenção, tarefas estas incompatíveis.

Veículos e equipamentos para elevação de cargas e cestas aéreas.

Nos serviços de construção e manutenção em linhas e redes elétricas nos quais são utilizados cestas
aéreas e plataformas, além de elevação de cargas (equipamentos, postes) é necessária a
aproximação dos veículos junto às estruturas (postes, torres) e do guindauto junto das linhas ou
cabos. Nestas operações podem acontecer acidentes graves, exigindo cuidados especiais que vão
desde a manutenção preventiva e corretiva do equipamento, o correto posicionamento do veículo,
adequado travamento e fixação, até a operação precisa do equipamento.

A operação de máquinas e equipamentos que exponham o operador ou terceiros a riscos só pode ser

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 99


feita por trabalhador qualificado e identificado por crachá.

Devem ser protegidas todas as partes móveis dos motores, transmissões e partes perigosas das
máquinas ao alcance dos trabalhadores.

As máquinas e os equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes móveis, projeção de
peças ou de partículas de materiais devem ser providos de proteção adequada.

As máquinas e equipamentos de grande porte devem proteger adequadamente o operador contra a


incidência de raios solares e intempéries.

O abastecimento de máquinas e equipamentos com motor a explosão deve ser realizado por
trabalhador qualificado, em local apropriado, utilizando-se de técnicas e equipamentos que
garantam a segurança da operação.

As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivo de acionamento e parada


localizado de modo que:

a) seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho;


b) não se localize na zona perigosa da máquina ou do equipamento;
c) possa ser desligado em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador;
d) não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador ou por qualquer
outra forma acidental;
e) não acarrete riscos adicionais.

As máquinas, equipamentos e ferramentas devem ser submetidos à inspeção e manutenção de


acordo com as normas técnicas oficiais vigentes, dispensando-se especial atenção a freios,
mecanismo de direção, cabos de tração e suspensão, sistema elétrico e outros dispositivos de
segurança.

Toda máquina ou equipamento deve estar localizado em ambiente com iluminação natural e/ou
artificial adequada à atividade.

Nas operações com equipamentos pesados, devem ser observadas as seguintes


medidas de segurança:

a) para encher/esvaziar pneus, não se posicionar de frente para eles, mas atrás da banda de
rodagem, usando uma conexão de autofixação para encher o pneu. O enchimento só deve ser
feito por trabalhadores qualificados, de modo gradativo e com medições sucessivas da
pressão;

b) em caso de superaquecimento de pneus e sistemas de freio, devem ser tomadas precauções


especiais, prevenindo-se de possíveis explosões e incêndios;

c) antes de iniciar a movimentação ou dar partida no motor, é preciso certificar-se de que não há
ninguém trabalhando sobre, debaixo ou perto dos mesmos;
d) os equipamentos que operam em marcha a re devem possuir alarme sonoro acoplado ao
sistema de câmbio e retrovisores em bom estado;

e) o transporte de acessórios e materiais por içamento deve ser feito o mais próximo possível do

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 100


piso, tomando-se as devidas precauções de isolamento da área de circulação, transporte de
materiais e de pessoas;

f) as máquinas não devem ser operadas em posição que comprometa sua estabilidade;

g) é proibido manter sustentação de equipamentos e máquinas somente pelos cilindros


hidráulicos, quando em manutenção;

h) devem ser tomadas precauções especiais quando da movimentação de máquinas e


equipamentos próximos a redes elétricas.

Sinalização e Isolamento de Áreas de Trabalho


A sinalização de segurança consiste num procedimento padronizado destinado a orientar, alertar,
avisar e advertir as pessoas quanto aos riscos ou condições de perigo existentes, proibições de
ingresso ou acesso e cuidados e identificação dos circuitos ou parte dele.

É de fundamental importância a existência de procedimentos de sinalização padronizados,


documentados e que sejam conhecidos por todos os trabalhadores (próprios e prestadores de
serviços).

Os materiais de sinalização constituem-se de cone, bandeirola, fita, grade, sinalizador, placa,


etc.

Exemplos de placas:
Finalidade

Destinada advertir as pessoas quanto ao perigo de ultrapassar áreas delimitadas onde haja a
possibilidade de choque elétrico, devendo ser instalada em caráter permanente.

PLACA: não operar “trabalhos”

Finalidade

Destinada a advertir para o fato do equipamento em referência estar incluído na condição de


segurança, devendo a placa ser co-locada no comando local dos equipamentos.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 101


PLACA: perigo de morte – alta tensão

Finalidade

Destinada a advertir para o fato do equipamento em referência, mesmo estando no interior da área
delimitada para trabalhos, encontrar-se energizado.

PLACA: equipamento energizado

Finalidade

Destinada a alertar quanto a possibilidade de exposição a ruído excessivo e partes volantes, quando
de partida automática de grupos auxiliares de emergência.

PLACA: equipamento com partida automática

Finalidade

Destinada a advertir quanto ao perigo de explosão, quando do contato de fontes de calor com os
gases presentes em salas de baterias e depósitos de inflamáveis, devendo a mesma ser afixada
no lado exte

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 102


PLACA: perigo - não fume - não acenda fogo - desligue o celular

Finalidade

Destinada a alertar quanto à obrigatoriedade do uso de determinado equipamento de


proteção individual.

PLACA: uso obrigatório

Finalidade

Destinada a alertar quanto à necessidade do acionamento do sistema de exaustão das salas de


baterias antes de se adentrar, para retirada de possíveis gases no local.

PLACA: atenção – gases

Finalidade

Destinada a alertar a Operação, Manutenção e Construção quanto à necessidade de espera de um


tempo mínimo para fazer o Aterramento Móvel Temporário de forma segura e iniciar os serviços.

Ao confeccionar esta placa, o tempo de espera deverá ser adequado de acordo com a especificidade
do local onde a placa será instalada.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 103


PLACA: atenção para banco de capacitores e cabos a óleo

Finalidade

Advertir terceiros quanto aos perigos de choque elétrico nas instalações dentro da área delimitada.
Instalada nos muros e cercas externas das subestações.

PLACA: perigo – não entre – alta tensão

Finalidade

Advertir terceiros para não subir, devido ao perigo da alta tensão. Instaladas em torres, pórticos e
postes de sustentação de condutores energizados.

PLACA: perigo – não suba

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 104


Restrições e impedimentos de acesso delimitações de áreas

Sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de


cargas

Liberação de Instalação para Serviço e para Operação e Uso


Desenergização

A desenergização é um conjunto de ações coordenadas, seqüenciadas e controladas, destinadas a


garantir a efetiva ausência de tensão no circuito, trecho ou ponto de trabalho, durante todo o tempo
de intervenção e sob controle dos trabalhadores envolvidos.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 105


Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho,
mediante os procedimentos apropriados e obedecida a seqüência a seguir:

Seccionamento

É o ato de promover a descontinuidade elétrica total, com afastamento adequado entre um circuito
ou dispositivo e outro, obtida mediante o acionamento de dispositivo apropriado (chave
seccionadora, interruptor, disjuntor), acionado por meios manuais ou automáticos, ou ainda
através de ferramental apropriado e segundo procedimentos específicos.

Impedimento de reenergização

É o estabelecimento de condições que impedem, de modo reconhecidamente garantido, a


reenergização do circuito ou equipamento desenergizado, assegurando ao trabalhador o controle do
seccionamento. Na prática trata-se da aplicação de travamentos mecânicos, por meio de fechaduras,
cadeados e dispositivos auxiliares de travamento ou com sistemas informatizados equivalentes.

Deve-se utilizar um sistema de travamento do dispositivo de seccionamento, para o quadro, painel


ou caixa de energia elétrica e garantir o efetivo impedimento de reenergização involuntária ou
acidental do circuito ou equipamento durante a execução da atividade que originou o
seccionamento. Deve-se também fixar placas de sinalização alertando sobre a proibição da
ligação da chave e indicando que o circuito está em manutenção.

O risco de energizar inadvertidamente o circuito é grande em atividades que envolvam equipes


diferentes, onde mais de um empregado estiver trabalhando.

Nesse caso a eliminação do risco é obtida pelo emprego de tantos bloqueios quantos forem
necessários para execução da atividade.

Dessa forma, o circuito será novamente energizado quando o último empregado concluir seu serviço
e destravar os bloqueios. Após a conclusão dos serviços deverão ser adotados os procedimentos
de liberação específicos.

A desenergização de circuito ou mesmo de todos os circuitos numa instalação deve ser sempre
programada e amplamente divulgada para que a interrupção da energia elétrica reduza os
transtornos e a possibilidade de acidentes. A reenergização deverá ser autorizada mediante a
divulgação a todos os envolvidos.

Constatação da ausência de tensão

É a verificação da efetiva ausência de tensão nos condutores do circuito elétrico. Deve ser feita com
detectores testados antes e após a verificação da ausência de tensão, sendo realizada por contato
ou por aproximação e de acordo com procedimentos específicos.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 106


Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos
circuitos

Constatada a inexistência de tensão, um condutor do conjunto de aterramento temporário deverá ser


ligado a uma haste conectada a terra. Na seqüência, deverão ser conectadas as garras de
aterramento aos condutores fase, previamente desligados.

OBS.: Trabalhar entre dois pontos devidamente aterrados.

Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada

Define-se zona controlada como, área em torno da parte condutora energizada, segregada,
acessível, de dimensões estabelecidas de acordo com nível de tensão, cuja aproximação só é
permitida a profissionais autorizados, como disposto no anexo II da Norma Regulamentadora Nº10.
Podendo ser feito com anteparos, dupla isolação invólucros, etc.

Instalação da sinalização de impedimento de reenergização

Deverá ser adotada sinalização adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação da


razão de desenergização e informações do responsável.

Os cartões, avisos, placas ou etiquetas de sinalização do travamento ou bloqueio devem ser


claros e adequadamente fixados. No caso de método alternativo, procedimentos específicos
deverão assegurar a comunicação da condição impeditiva de energização a todos os possíveis
usuários do sistema. Somente após a conclusão dos serviços e verificação de ausência de
anormalidades, o trabalhador providenciará a retirada de ferramentas, equipamentos e utensílios e
por fim o dispositivo individual de travamento e etiqueta correspondente.

Os responsáveis pelos serviços, após inspeção geral e certificação da retirada de todos os


travamentos, cartões e bloqueios, providenciará a remoção dos conjuntos de aterramento, e
adotará os procedimentos de liberação do sistema elétrico para operação.

A retirada dos conjuntos de aterramento temporário deverá ocorrer em ordem inversa à de


sua instalação.

Os serviços a serem executados em instalações elétricas desenergizadas, mas com possibilidade de


energização, por qualquer meio ou razão, devem atender ao que estabelece o disposto no item 10.6.
da NR 10, que diz respeito a segurança em instalações elétricas desenergizadas.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 107


Técnicas de Remoção

▪ Remoção de vítimas Uma pessoa - De Apoio

Passe o seu braço em torno da cintura da vítima e o braço da vítima ao redor de seu pescoço.

Uma pessoa - Nas costas

Dê as costas para a vítima, passe os braços


dela ao redor de seu pescoço, incline-a para frente e levante-a.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 108


Duas pessoas - Cadeirinha

Faça a cadeirinha conforme abaixo. Passe os braços da vítima ao redor do seu pescoço e
levante a vítima.

Duas pessoas - Segurando pelas extremidades

Uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a outra, segura pelas pernas abertas. Ambas
devem erguer a vítima simultaneamente.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 109


Três pessoas

Uma segura a cabeça e costas, a outra, a cintura e a parte superior das coxas. A terceira
segura a parte inferior das coxas e pernas. Os movimentos das três pessoas devem ser
simultâneos, para impedir deslocamentos da cabeça, coluna, coxas e pernas.

Quatro pessoas
Semelhante ao de três pessoas. A quarta pessoa imobiliza a cabeça da vítima impedindo
qualquer tipo de deslocamento.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 110


Acidentes Típicos - Análise,
Discussão, Medidas de Proteção
Causas determinantes

Veremos a seguir os meios através dos quais são criadas condições para que uma pessoa venha a
sofrer um choque elétrico.

Contato com um condutor nú energizado

Uma das causas mais comuns desses acidentes é o contato com condutores aéreos energizados.
Normalmente o que ocorre é que equipamentos tais como guindastes, caminhões basculantes
tocam nos condutores, tornando-se parte do circuito elétrico; ao serem tocados por uma pessoa
localizada fora dos mesmos, ou mesmo pelo motorista, se este, ao sair do veículo, mantiver contato
simultâneo com a terra e o mesmo, causam um acidente fatal.

Com freqüência, pessoas sofrem choque elétrico em circuitos com banca de capacitores, os quais,
embora desligados do circuito que os alimenta, conservam por determinado intervalo de tempo sua
carga elétrica. Daí a importância de se seguir as normativas referentes a estes dispositivos.

Grande cuidado deve ser observado, ao desligar-se o primário de transformadores, nos quais se
pretende executar algum serviço. O risco que se corre é que do lado do secundário pode ter sido
ligado algum aparelho, o que poderá induzir no primário uma tensão elevadíssima. Daí a
importância de, ao se desligarem os condutores do primário de um transformador, estes
serem aterrados.

Falha na isolação elétrica

Os condutores quer sejam empregados isoladamente, como nas instalações elétricas, quer como
partes de equipamentos, são usualmente recobertos por uma película isolante. No entanto, a
deterioração por agentes agressivos, o envelhecimento natural ou forçado ou mesmo o uso
inadequado do equipamento podem comprometer a eficácia da película, como isolante elétrico.

Veremos, a seguir, os vários meios pelos quais o isolamento elétrico pode ficar
comprometido:

Calor e temperaturas elevadas

A circulação da corrente em um condutor sempre gera calor e, por conseguinte, aumento da


temperatura do mesmo. Este aumento pode causar a ruptura de alguns polímeros, de que são
feitos alguns materiais isolantes, dos condutores elétricos.

Umidade

Alguns materiais isolantes que revestem condutores absolvem umidade, como é o caso do nylon. Isto
faz com que a resistência isolante do material diminua.

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 111


Oxidação

Esta pode ser atribuída à presença de oxigênio, ozônio ou outros oxidantes na atmosfera. O ozônio
torna-se um problema especial em ambientes fechados, nos quais operem motores, geradores.
Estes produzem em seu funcionamento arcos elétricos, que por sua vez geram o ozônio. O ozônio é
o oxigênio em sua forma mais instável e reativa. Embora esteja presente na atmosfera em um grau
muito menor do que o oxigênio, por suas características, ele cria muito maior dano ao isolamento do
que aquele.

Radiação

As radiações ultravioletas têm a capacidade de degradar as propriedades do isolamento,


especialmente de polímeros. Os processos fotoquímicos iniciados pela radiação solar provocam a
ruptura de polímeros, tais como, o cloreto de vinila, a borracha sintética e natural, a partir dos quais o
cloreto de hidrogênio é produzido. Esta substância causa, então, reações e rupturas adicionais,
comprometendo, desta forma, as propriedades físicas e elétricas do isolamento.

Produtos Químicos

Os materiais normalmente utilizados como isolantes elétricos degradam-se na presença de


substâncias como ácidos, lubrificantes e sais.

Desgaste Mecânico

As grandes causas de danos mecânicos ao isolamento elétrico são a abrasão, o corte, a flexão e
torção do recobrimento dos condutores. O corte do isolamento dá-se quando o condutor é puxado
através de uma superfície cortante. A abrasão tanto pode ser devida à puxada de condutores por
sobre superfícies abrasivas, por orifícios por demais pequenos, quanto à sua colocação em
superfícies que vibrem, as quais consomem o isolamento do condutor. As linhas de pipas com cerol
(material cortante) também agridem o isolamento dos condutores.

Fatores Biológicos

Roedores e insetos podem comer os materiais orgânicos de que são constituídos os


isolamentos elétricos, comprometendo a isolação dos condutores. Outra forma de degradação das
características do isolamento elétrico é a presença de fungos, que se desenvolvem na presença
da umidade.

Altas Tensões

Altas tensões podem dar origem à arcos elétricos ou efeitos corona, os quais criam buracos na
isolação ou degradação química, reduzindo, assim, a resistência elétrica do isolamento.

Pressão

O vácuo pode causar o desprendimento de materiais voláteis dos isolantes orgânicos, causando
vazios internos e conseqüente variação nas suas dimensões, perda de peso e conseqüentemente,

NR-10 COMPLEMENTAR - SEP 112


redução de sua resistividade.

Queimaduras

A corrente elétrica atinge o organismo através do revestimento cutâneo. Por esse motivo, as vitimas
de acidente com eletricidade apresentam, na maioria dos casos queimaduras.

Devido à alta resistência da pele, a passagem de corrente elétrica produz alterações estruturais
conhecidas como “marcas de corrente”.

As características, portanto, das queimaduras provocadas pela eletricidade diferem daquelas


causadas por efeitos químicos, térmicos e biológicos.

Em relação às queimaduras por efeito térmico, aquelas causadas pela eletricidade são geralmente
menos dolorosas, pois a passagem da corrente poderá destruir as terminações nervosas. Não
significa, porém que sejam menos perigosas, pois elas tendem a progredir em profundidade,
mesmo depois de desfeito o contato elétrico ou a descarga.

A passagem de corrente elétrica através de um condutor cria o chamado efeito joule, ou seja, uma
certa quantidade de energia elétrica é transformada em calor. Essa energia (Watts) varia de
acordo com a resistência que o corpo oferece à passagem da corrente elétrica, com a intensidade da
corrente elétrica e com o tempo de exposição, podendo ser calculada pela expressão:

onde: W-energia dissipada R-resistência

I-intensidade da corrente t-tempo

É importante destacar que não há necessidade de contato direto da pessoa com partes energizadas. A
passagem da corrente poderá ser devida a uma descarga elétrica em caso de proximidade do
individuo com partes eletricamente carregadas.

A eletricidade pode produzir queimaduras por diversas formas, o que resulta na seguinte
classificação:

queimaduras por contato;

queimaduras por arco voltaico;

▪ queimaduras por radiação (em arcos produzidos por curtos-circuitos);

▪ queimaduras por vapor metálico.

Queimaduras por contato

“Quando se toca uma superfície condutora energizada, as queimaduras podem ser locais e

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profundas atingindo até a parte óssea, ou por outro lado muito pequenas, deixando apenas uma
pequena “mancha branca na pela”. Em caso de sobrevir à morte, esse último caso é bastante
importante, e deve ser verificado no exame necrológico, para possibilitar a reconstrução, mais
exata possível, do caminho percorrido pela corrente.

Queimaduras por arco voltaico

O arco elétrico caracteriza-se pelo fluxo de corrente elétrica através do ar, e geralmente é produzido
quando da conexão e desconexão de dispositivos elétricos e também em caso de curto-circuito,
provocando queimaduras de segundo ou terceiro grau. O arco elétrico possui energia suficiente para
queimar as roupas e provocar incêndios, emitindo vapores de material ionizado e raios
ultravioletas.

Queimaduras por vapor metálico

Na fusão de um elo fusível ou condutor, há a emissão de vapores e derramamento de metais


derretidos (em alguns casos prata ou estanho) podendo atingir as pessoas localizadas nas
proximidades.

Responsabilidades
As responsabilidades são solidárias a todos os contratantes e contratados envolvidos;

É de responsabilidade dos contratantes manterem os trabalhadores informados sobre os riscos a que


estão expostos, instruindo - os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos
elétricos a serem adotados.

Cabe à empresa:

Propor e adotar medidas preventivas e corretivas na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo


instalações e serviços em eletricidade.

Cabe aos trabalhadores:

Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou
omissões no trabalho;

Responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares,
inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e

Comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar de risco
para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.

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GLOSSÁRIO

1. Alta Tensão (AT): tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente
contínua, entre fases ou entre fase e terra.
2. Área Classificada: local com potencialidade de ocorrência de atmosfera explosiva.
3. Aterramento Elétrico Temporário: ligação elétrica efetiva confiável e adequada intencional à terra,
destinada a garantir a equipotencialidade e mantida continuamente durante a intervenção na
instalação elétrica.
4. Atmosfera Explosiva: mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis
na forma de gás, vapor, névoa, poeira ou fibras, na qual após a ignição a combustão se propaga.
5. Baixa Tensão (BT): tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente
contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente
contínua, entre fases ou entre fase e terra.
6. Barreira: dispositivo que impede qualquer contato com partes energizadas das instalações
elétricas.
7. Direito de Recusa: instrumento que assegura ao trabalhador a interrupção de uma atividade de
trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente risco para sua segurança e saúde ou
de outras pessoas.
8. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC): dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel de
abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores,
usuários e terceiros.
9. Equipamento Segregado: equipamento tornado inacessível por meio de invólucro ou barreira.
10. Extra-Baixa Tensão (EBT): tensão não superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em
corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.
11. Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção de medidas de
proteção para segurança das pessoas e desempenho dos componentes da instalação.
12. Instalação Elétrica: conjunto das partes elétricas e não elétricas associadas e com características
coordenadas entre si, que são necessárias ao funcionamento de uma parte determinada de um
sistema elétrico.
13. Instalação Liberada para Serviços (BT/AT): aquela que garanta as condições de segurança ao
trabalhador por meio de procedimentos e equipamentos adequados desde o início até o final dos
trabalhos e liberação para uso.
14. Impedimento de Reenergização: condição que garante a não energização do circuito através de
recursos e procedimentos apropriados, sob controle dos trabalhadores envolvidos nos serviços.
15. Invólucro: envoltório de partes energizadas destinado a impedir qualquer contato com partes
internas.
16. Isolamento Elétrico: processo destinado a impedir a passagem de corrente elétrica, por
interposição de materiais isolantes.
17. Obstáculo: elemento que impede o contato acidental, mas não impede o contato direto por ação
deliberada.
18. Perigo: situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão física ou dano à saúde
das pessoas por ausência de medidas de controle.
19. Pessoa Advertida: pessoa informada ou com conhecimento suficiente para evitar os perigos da
eletricidade.
20. Procedimento: seqüência de operações a serem desenvolvidas para realização de um
determinado trabalho, com a inclusão dos meios materiais e humanos, medidas de segurança e

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circunstâncias que impossibilitem sua realização.
21. Prontuário: sistema organizado de forma a conter uma memória dinâmica de informações
pertinentes às instalações e aos trabalhadores.
22. Risco: capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde das
pessoas.
23. Riscos Adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos elétricos, específicos de
cada ambiente ou processos de Trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a
segurança e a saúde no trabalho.
24. Sinalização: procedimento padronizado destinado a orientar, alertar, avisar e advertir.
25. Sistema Elétrico: circuito ou circuitos elétricos inter-relacionados destinados a atingir um
determinado objetivo.
26. Sistema Elétrico de Potência (SEP): conjunto das instalações e equipamentos destinados à
geração, transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição, inclusive.
27. Tensão de Segurança: extra baixa tensão originada em uma fonte de segurança.
28. Trabalho em Proximidade: trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona controlada,
ainda que seja com uma parte do seu corpo ou com extensões condutoras, representadas por
materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule.
29. Travamento: ação destinada a manter, por meios mecânicos, um dispositivo de manobra fixo
numa determinada posição, de forma a impedir uma operação não autorizada.
30. Zona de Risco: entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível inclusive
acidentalmente, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação
só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos
apropriados de trabalho.
31. Zona Controlada: entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, de
dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a
profissionais autorizados.

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REFERÊNCIAS
1. BRASIL. Norma Regulamentadora. NR nº 10– Segurança e Saúde nos Trabalhos
em Eletricidade
Brasília: Ministério do Trabalho. 1978.

2. BRASIL. Portaria. Portaria nº 3214 de 08.06.78. Brasília: Ministério do Trabalho. 1978.

3. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR nº 14.039 Instalações


Elétricas de Média Tensão - NBR nº 5410 Instalações Elétricas de Baixa Tensão,
procedimentos e medidas de proteção. São Paulo: ABNT. 2001.

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