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CEPI VALPARAIZO

Professor (a): Gilda Rezende e Aparecida Luciana


Disciplina: Língua Portuguesa Data: Fevereiro de 2022
Aluno (a): _____________________________________________________ Série/Turma: 1º___
Leia o texto abaixo.
Do Impresso ao Digital
A passagem da cultura oral para a impressa, no Ocidente, foi uma travessia gradual e trouxe
grandes transformações para a humanidade. Lembremos que houve um universo sem a escrita que foi
estruturado de uma maneira muito diferente. O homem dependia exclusivamente da memória individual.
No universo sem a escrita, a memória individual era a verdadeira guardiã de ritos, poesias,
costumes e tradições de uma sociedade. A cultura era mantida, dessa maneira, por meio da transmissão,
geralmente, em rituais e outros recursos que envolvessem memórias individuais.
Com a escrita, houve a grande mudança para a humanidade. A memória individual passou a ser
transferida para suportes materiais exteriores a ela. Se as sociedades orais dependiam de memorizações
e outros processos de manutenção das tradições, cultura e literatura, a escrita, de forma gradativa, vai
operar em registros fora de uma memória individual. Nessa medida, para o bem e para o mal, as
sociedades passam a ter outro tipo de comportamento em relação ao conhecimento.
Sabemos o quão a invenção da imprensa foi decisiva para a mobilidade e difusão dos
conhecimentos. A imprensa significou um grande avanço de acessibilidade em relação à leitura, sob todos
os pontos de vista. Fato consumado. Os livros nunca ficaram tão mais próximos dos possíveis leitores,
apesar do grande índice de analfabetismo, principalmente antes do século XX.
Mas a grande revolução foi a Internet. Jamais a humanidade teve acesso a uma quantidade tão grande de
informações. Os “tempos líquidos”, na feliz expressão de Bauman, materializaram-se a uma velocidade
sem precedentes. Com isso foi criado um sistema de leitura mais rápido do que nunca.
Quando estamos na Internet, os conteúdos nos chegam de forma rápida e em fragmentos. A capacidade
de fixação de tal tipo de leitura nos conduz a certa distração. Nessa medida, mecanismos de memória e
outros ficam comprometidos. Pesquisas mostram que a leitura digital não conduz as pessoas a pensar
profundamente e, se não houver equilíbrio, cada vez mais estaremos sujeitos a pensar sem crítica e sem
profundidade.
Ana Maria H. Baptista. Do impresso ao digital. In: Conhecimento

Prático Língua Portuguesa e Literatura, ano 8, ed. 83,

Com base nas ideias do texto, julgue os itens de 1 a 5 como certo (C) ou errado (E).
1) ( ) O texto destaca que a imprensa foi a maior de todas as transformações proporcionadas pela escrita.
2) ( ) Segundo o texto, a imprensa facilitou o acesso a livros, mas, quando ela foi inventada, muitas
pessoas sequer sabiam ler.
3) ( ) O texto constrói uma argumentação no sentido de que a humanidade cultivava tradições melhores
antes da escrita.
4) ( ) O texto mostra que a leitura se tornou mais rápida com a Internet e que isso pode ser prejudicial à
memória e à capacidade de interpretação das pessoas.
5) ( ) O texto defende a ideia de que povos ágrafos são culturalmente atrasados, porque dependem
exclusivamente da memória individual das pessoas para manter seus costumes.
Leia o texto abaixo com atenção e julgue como certo (C) ou errado (E) as afirmativas.
Como fazíamos sem petróleo
Sem petróleo, todo mundo vivia muito bem, obrigada — usando, claro, outras fontes de
energia, como madeira, tração animal, vento e carvão vegetal. A madeira foi a primeira: é
utilizada desde a descoberta do fogo e ficou imbatível por milênios — era a queima dela que
cozinhava os alimentos, aquecia e iluminava as casas.
Sua hegemonia durou até 1750, quando, com o aumento populacional das cidades
europeias, a demanda cresceu e a oferta diminuiu. A alternativa passou a ser o carvão mineral.
Em 1900, vinha desse mineral metade da energia usada para cozinhar, passar roupa, aquecer e
iluminar casas e cidades.
Nas indústrias, o mineral substituiu a tração dos escravos e dos animais, com as máquinas
a vapor. Até em carros o carvão foi usado. Em 1863, apenas cerca de 500 exemplares deles
foram vendidos — eram grandes, caros, barulhentos e muito lentos. E o carvão também tinha
“efeitos colaterais”. A queima de seus derivados liberava substâncias poluentes, como o dióxido
de carbono e o enxofre.
Mas, se na economia tudo ia bem, como o petróleo entra nessa história? Pode-se dizer
que ele foi necessário por uma simples questão de espaço. O carvão limitava a potência das
máquinas a vapor, que viraram geringonças gigantes. E, como elas eram incompatíveis com a
Revolução Industrial, o petróleo foi a solução. Conhecido desde a pré-história (os persas já
sabiam que era um ótimo combustível), foi apenas em 1849 que se descobriu que, de sua
destilação, outros produtos eram obtidos, como o querosene, a gasolina e o gás de cozinha.
Em 1893, o primeiro carro com motor à gasolina foi construído nos Estados Unidos. E virou
uma febre, que dura até hoje.
Carolina Galassi. Como fazíamos sem petróleo. In: Aventuras na História,

ed. 214, São Paulo: Editora Caras, 2021 (com adaptações).

Julgue os itens de 6 a 15 como certo (C) ou errado (E).


6) ( )O texto é desenvolvido com base no tipo textual argumentativo, para reforçar a afirmação inicial de
que todo mundo vivia melhor sem petróleo.
7) ( ) segundo as informações do texto, durante milênios, a madeira foi a principal fonte de energia
utilizada pelas pessoas.
8) ( ) O texto mostra o auge e a decadência de diferentes fontes de energia ao longo da história.
9) ( ) Segundo as informações do texto, a aplicação da madeira como fonte de energia possibilitou o fim
do uso do transporte por tração nas indústrias, que era realizado por escravos e animais.
10) ( ) Conclui-se do texto que o petróleo se tornou uma alternativa ao carvão mineral não por questões
ambientais ou econômicas, mas por atender as demandas da Revolução Industrial.
11) ( )O trecho “eram grandes, caros, barulhentos e muito lentos” detalha as desvantagens das máquinas
a vapor.
12) ( ) Infere-se do texto que inexistiam carros antes da criação da gasolina.
13) ( ) A palavra “hegemonia” significa o mesmo que supremacia.
14) ( ) No trecho “é utilizada desde a descoberta do fogo e ficou imbatível por milênios”, os diferentes
tempos verbais permitem distinguir uma ação ainda atual de uma situação restrita ao passado.
15) ( ) De acordo com o texto, só no ano de 1849 o petróleo foi descoberto, por isso, até então, a madeira
e o carvão mineral eram usados como fontes de energia.
GABARITO:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E C E C E E C C E C

11 12 13 14 15
E E C C E

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