O documentário "Feminicídio: um crime de gênero e ódio" foi produzido por estudantes da Unipampa sob orientação da professora Sara Alves Feitosa. Ele apresenta entrevistas sobre a violência contra a mulher e o feminicídio no Brasil, além de imagens de arquivo e encenações. O objetivo é conscientizar sobre a problemática e a necessidade de debates e políticas públicas que protejam as mulheres.
O documentário "Feminicídio: um crime de gênero e ódio" foi produzido por estudantes da Unipampa sob orientação da professora Sara Alves Feitosa. Ele apresenta entrevistas sobre a violência contra a mulher e o feminicídio no Brasil, além de imagens de arquivo e encenações. O objetivo é conscientizar sobre a problemática e a necessidade de debates e políticas públicas que protejam as mulheres.
O documentário "Feminicídio: um crime de gênero e ódio" foi produzido por estudantes da Unipampa sob orientação da professora Sara Alves Feitosa. Ele apresenta entrevistas sobre a violência contra a mulher e o feminicídio no Brasil, além de imagens de arquivo e encenações. O objetivo é conscientizar sobre a problemática e a necessidade de debates e políticas públicas que protejam as mulheres.
JO 16 - Documentário jornalístico e grande reportagem em vídeo e televisão
Feminicídio: um crime de gênero e ódio
Link do produto: https://www.youtube.com/watch?v=q2_T5DtmKG0&ab_channel=JerusadeArruda
DESCRIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO (400 a 4000 toques)
O documentário é um tipo de produção de não-ficção que tem o foco em fenômenos
da realidade social, caracterizando-se em um espaço de fronteira entre o jornalismo e o cinema, uma vez que, utiliza de elementos discursivos e narrativos que se aproximam de produções ficcionais, mas possui uma ancoragem no real (NICHOLS, 2012; LINS; MESQUITA, 2008). Deste modo, o documentário permite representar e refletir sobre temas de interesse público e social, como neste caso, o feminicídio. A violência contra a mulher é uma das grandes questões a serem enfrentadas social e juridicamente na atualidade. Historicamente, as mulheres foram vistas como inferiores aos homens, sendo que estes consideravam-se no direito de, muitas vezes, alegarem uma suposta “honra” para agredir e/ou assassinar mulheres. No Brasil, somente em 1932, as mulheres adquiriram o direito ao voto, após intensas lutas dos movimentos sufragistas. Anos mais tarde, em 1977, foi aprovada a Lei do Divórcio e as mulheres passaram a poder escolher não estar mais vinculadas a uniões abusivas. Em 1985, é criada a primeira Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher, no Estado de São Paulo. Ao longo dos anos, essas delegacias especializadas se tornaram essenciais nas ações de proteção e investigação dos crimes de violência doméstica e violência sexual contra as mulheres. Outras duas conquistas importantes em prol da igualdade de gênero vieram primeiro com a Constituição de 1988, quando homens e mulheres passaram a ser considerados iguais perante a lei. E depois, com a Lei n° 11.340 de 7 de agosto de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha, um marco no combate à violência doméstica no país. No entanto, apenas com a Lei nº 13.104/2015, o crime de feminicídio passou a ser tipificado e classificado de modo particular, sendo enquadrado um crime torpe e cruel. É considerado feminicídio quando o assassinato envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima. Ainda assim, dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgados em reportagem do G1, mostram que o Brasil teve um estupro a cada 10 minutos e um feminicídio a cada 7 horas em 2021, totalizando 56.098 estupros de mulheres no ano. Informações do Monitor da Violência, mostram também que 1.410 mulheres foram assassinadas por questões de gênero em 2022. Esses números revelam a necessidade e a urgência do debate em torno da questão, incluindo, a mídia, produções jornalísticas e documentários.
DESCRIÇÃO DAS PESQUISAS REALIZADAS (400 a 4000 toques)
O documentário “Feminicídio: um crime de gênero e ódio” se caracteriza como uma
produção expositiva, segundo a classificação proposta por Nichols (2009), isto porque traz fragmentos do contexto histórico e social, além de dados complementares, em favor de uma argumentação. Neste caso, a retórica pretendida é a de conscientização e debate em torno das políticas públicas, legislações e redes de apoio, voltadas para as mulheres vítimas de violência e feminicídio no Brasil. A produção também apresenta características performativas, com trechos de encenação do cotidiano, utilizados para representar situações de violência doméstica. Deste modo, o documentário aproxima ainda mais o espectador da realidade e da problemática apresentada. O recurso de encenação em documentários tem o objetivo de “registrar um personagem realizando aquilo que seriam suas atividades diárias como forma de cobrir, com outras imagens, um depoimento e quebrar a monotonia do plano de entrevista” (PUCCINI, 2009 p.75). O foco das encenações do documentário não está na ação dramática, mas em gestos e expressões. O desenvolvimento das entrevistas, roteiro e edição também levou em consideração diversos aspectos apontados por Puccini (2009), em especial, quando o autor comenta sobre a utilização de um “dispositivo” para guiar a produção. Puccini (2009) descreve esse recurso a partir da análise dos documentários de Eduardo Coutinho, segundo ele, seria uma espécie de fio condutor da narrativa. É esse dispositivo, e não um roteiro mais planejado, que vai determinar o desenvolvimento do documentário. “O interesse do dispositivo está na incerteza acerca dos resultados a serem obtidos por um projeto feito quase sem nenhum planejamento prévio” (PUCCINI, 2009, p.71). No presente trabalho, o foco em questões verbais, nas situações de entrevistas, na valorização do depoimento de mulheres sobre o tema e o desejo de problematizar o feminicídio do ponto de vista conceitual, histórico e jurídico, foram os principais aspectos utilizados como “dispositivo” para a produção.
DESCRIÇÃO DO PRODUTO (400 a 4000 toques)
O documentário “Feminicídio: um crime de gênero e ódio” possui duração de 9’56
minutos e foi produzido pelos estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Cassiano Battisti, Danilo Perez, Giovanna Vitória, Mariana Diel e Micael Olegário, sob a orientação da professora Sara Alves Feitosa, no componente curricular de Telejornalismo III. O documentário é composto por imagens de arquivo, encenações e sonoras de três entrevistas feitas pelos estudantes. Colaboraram com a produção, a mestranda em Gênero e Mídia na Universidade de Sussex, Louise da Campo, a professora da Universidade Estadual da Bahia, Jerusa Arruda e a psicóloga Lara Barbosa. A edição foi feita por Micael Olegário. O vídeo começa com um lettering sobre a criação da Lei do Feminicídio em 2015. Em seguida, a narrativa segue com um off e a primeira sonora da entrevistada Louisa da Campo, que comenta sobre a construção da sociedade patriarcal e preconceituosa. Na sequência, outro lettering contextualiza a criação da primeira Delegacia da Mulher e a Lei Maria da Penha, entra então a primeira sonora da professora Jerusa Arruda sobre a aprovação desta legislação. No minuto 3’47, após um fade out, o off direciona para um caso específico, o da modelo Eliza Samúdio, assassinada em 2010, sob suspeita de feminicídio a mando do seu ex-companheiro, o então jogador de futebol profissional, Bruno Fernandes de Souza. O documentário também traz um depoimento de Eliza ao Jornal Extra do Rio de Janeiro, dado em 2009, antes do assassinato da modelo. Em 5’34 minutos, entram imagens de reconstituição encenadas pelos estudantes para representar cenas de violência doméstica, em seguida a entrevistada Lara Barbosa, comenta sobre aspectos psicológicos da violência contra as mulheres. Depois, o documentário alterna entre sonoras de Louisa, Jerusa e Lara e um off que destaca a importância da discussão sobre o tema na esfera pública. Por fim, o documentário encerra com dados sobre feminicídio e violências contra as mulheres e o telefone para denúncia, após, entram os créditos da produção.
Referências:
LINS, C.; MESQUITA, C. Filma o real: Sobre o documentário brasileiro contemporâneo.Rio
de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008.
NICHOLS, B. Introdução ao documentário. Campinas (SP): Papirus,2012
NICHOLS, Bill. Que tipos de documentário existem. In: ________. Introdução ao
documentário. Campinas (SP): Papirus. 2009.
PUCCINI, Sérgio. Elementos de montagem no documentário. In: ________.Roteiro de
documentário: da pré-produção à pós-produção. Campinas (SP): Papirus, 2009.
Manipulation Techniques - How To Understand and Influence People Using Mind Control, Subliminal Persuasion, Self Discipline, NLP and Body Language. 101 Tips&tricks and Dark Psychology Secrets