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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, LETRAS E ARTES


DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA
Direitos Humanos, diversidade cultural e relações étnico-raciais (6M2345)
Docentes: Juliana Melo1; Rozeli Porto2
Estagiária docente: Francisca Raquel de Oliveira Temóteo
1/2022

EMENTA:
Etnocentrismo, Discriminação, Preconceito e Relativismo cultural. Diversidade, Alteridade
e Processos identitários, Etnicidade, Relações étnico-raciais (povos indígenas, quilombolas,
ciganos, grupos étnicos, etc.) e de gênero/sexualidade. Cidadania, Justiça e Protagonismo
social. Antropologia e Direitos humanos. Educação e Práticas inclusivas.

OBJETIVOS:
A disciplina visa discutir conceitos centrais da antropologia (cultura, diversidade e
etnicidade) e aprofundar o debate entre antropologia e Direitos Humanos. Depois de
discutirmos os Direitos Humanos, em termos de sua criação, consolidação e limitações,
analisaremos situações contemporâneas que envolvem conflitos étnicos, processos de
violações de Direitos Humanos, demandas por ações humanitárias e de reconhecimento.
Posteriormente, passaremos à discussão de pesquisas etnográficas que envolvem o tema em
contextos nacionais.

METODOLOGIA: O desenvolvimento da disciplina se dará por meio de aulas presenciais,


as quais serão regidas pelo diálogo, de maneira a instigar nos discentes o espirito critico-
reflexivo, estimulando a iniciativa e a argumentação. Para tanto, teremos atividades de
leitura, análise e produção de textos, elaboração de tarefas (via SIGAA) relativas aos textos
e ao material audiovisual complementar. Tais atividades, bem como os textos teóricos que
fundamentam cada conteúdo, serão disponibilizados no SIGAA. Também serão
disponibilizados links de palestras, conferências, dentre outros, relacionados aos conteúdos
estudados na disciplina.

AVALIAÇÃO: Será avaliado o progresso do aluno em sua habilidade de argumentação e


reflexão teórica a partir dos conceitos trabalhados ao longo do curso e realização das tarefas
demandadas. A metodologia da avaliação será contínua, formativa, processual e
participativa, em um processo gradativo e cumulativo do conhecimento. Além disso, serão
observados os seguintes aspectos para a avaliação da aprendizagem: assiduidade,
compromisso com as tarefas e com as aulas. Quanto à validação da assiduidade, esta será
feita por meio da participação dos discentes nas aulas presenciais.

Detalhamento dos recursos didáticos a serem utilizados:


Plataforma do SIGAA; aplicativos de videoconferência, com preferência para o Google
meets e uso de plataformas que disponibilizam produção audiovisual, filmes, lives, podcasts
e material jornalístico de forma gratuita (YouTube, Whatsapp, Vimeo, Porta-Curtas,
RetinaLatina, etc).

1
E-mail para contato: juliana_melo2003@yahoo.com, whatssap 84 996249000
2
Email:rozeliporto@gmail.com, whatssap:84 999144606

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
Unidade I. Cultura, diversidade e Direitos Humanos.
Unidade II. Contemporaneidade, conflitos étnicos e crise humanitária
Unidade III. Direitos Humanos em Contextos Nacionais

Sessões Referenciais bibliográficos e cronograma de trabalho


1, 01/4 Apresentação do programa e encaminhamentos.
Unidade I. Cultura, Diversidade e Direitos Humanos
2, 08/4 THOMAZ, Omar Ribeiro. “A Antropologia e o Mundo Contemporâneo:
cultura e diversidade”. A Temática Indígena na Escola. Brasília:
MEC/MARI/UNESCO, 1995.
Filme: Hotel Ruanda (Youtube)
3,22/4 SEGATO, Rita Laura. 2006. “Antropologia e direitos humanos: alteridade
e ética no movimento de expansão dos direitos universais”. Revista Mana
(12) 1. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006.
ABU-LUGHOD, Lila. “As mulheres muçulmanas precisam realmente de
salvação? Reflexões antropológicas sobre o relativismo cultural”. Estudos
Feministas, v. 20, n. 2, 2012.
Filme: Três canções para Benazir (Netflix).
Tarefa 1.
Ensaio teórico individual (informações complementares durante as aulas)
Unidade II. Contemporaneidade, conflitos étnicos e crise humanitária
VIGEVANI, Tullo; LIMA, Thiago; OLIVEIRA, Marcelo Fernandes de
4,29/4 Oliveira. “Conflito Étnico, Direitos Humanos e Intervenção Internacional”.
DADOS – Revista de Ciências
Sociais, Rio de Janeiro, Vol. 51, no 1, 2008.
PEREZ, Andréa Carolina Schvartz. “Campo de estupro: as mulheres e a
guerra da Bósnia”. Caderno Pagu n. 37, julho-dez, 2011.
Filme: Antes da Chuva (Youtube)
5,06/5 FERREIRA, Jaqueline. “O Humanitário no Centro das Emoções”.
Interseções. Rio de Janeiro, v. 19 n. 1, p. 61-76, jun. 2017.
CAVANELLA, Luciana B. “50 anos de Médicos sem Fronteiras e os
reflexos do trabalho humanitário contemporâneo”. Laboreal, Volume 17,
nº 2, 2021
Filme: Cafarnaum
6,13/5 CAVANELLAS, Luciana B.; BRITO, Jussara. “Os desafios do cuidado em
situações-limite: as dramáticas da atividade no trabalho humanitário”,
Laboreal [Online], Volume 15 Nº2 | 2019
Filme: Para Sama
7, 20/5 AGIER, Michel. “Refugiados diante da nova ordem mundial”. Tempo
Social, Revista de sociologia da USP, v. 18, nº 2, 2006.
TOLEDO, Fabricio. “Os refugiados e os direitos: entre a exceção, a
escassez e o excedente”. NETO, Helion Povoa; SANTOS, Miriam;
PETRUS, Regina (orgs.). Migrações: rumos, tendências e desafios. Rio de
Janeiro, PoloBooks, 2016.

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Tarefa 2. Ensaio teórico individual*3
Unidade III -Direitos Humanos em Contextos Nacionais
8, 27/5 MELO, Juliana; RODRIGUES, Raul. “Notícias de um massacre anunciado
e em andamento: o poder de matar e deixar morrer à luz do Massacre no
Presídio de Alcaçuz, RN”. Revista Brasileira de Segurança Pública, Vol.
11, nº. 2, Ago/Set; 2017, pp. 48-62.
Documentário: Justiça (Youtube)
9, 03/06 CARVALHO, José Jorge. “O confinamento racial do mundo acadêmico
brasileiro”. Revista Usp, São Paulo, nº.68, p. 88-103, dezembro/fevereiro
2005-2006
Documentário: 13ª Emenda (Netflix).
10,10/6 KRENAK, Ailton. Não está à venda. São Paulo: Companhia das Letras,
2020.
Filme: A Febre (Netflix)
11,17/6 RIFIOTIS, Theophilos. “Judicialização dos direitos humanos, lutas por
reconhecimento e políticas públicas no Brasil: configurações de sujeito”.
Revista de antropologia. São Paulo, Usp, 2014, v. 57, nº 1.
Filme: Notícias de uma guerra particular ou Juízo (Youtube).
12,24/6 VIANNA, Adriana; FARIAS, Juliana. “A guerra das mães: dor e política
em situações de violência institucional”. Caderno Pagu, 2011, n.37
Documentário: Quem matou Eloá? (Youtube)
13,01/7 PORTO, R; LOPES, P.; SILVEIRA, L. “Entre ‘negociar com homens’ e
‘empoderar as mulheres’: elaborações e práticas alternativas de justiça no
campo da violência de gênero em Natal/RN”. In. Judicialização da
“violência de gênero” e difusão de práticas alternativas numa perspectiva
comparada entre Brasil e Argentina. LEVIS, UFSC, 2021
14,08/7 Avaliação
15,29/7 Encerramento

Referenciais complementares
ALVES, José Augusto Lindgren. Os direitos humanos na pós- modernidade. São Paulo: Ed.
Perspectiva, 2005.
BIONDI, Karina. “Tecendo as tramas do significado: as facções prisionais enquanto
organizações fundantes de padrões sociais”. Em: Grossi, Miriam; Heilborn, Maria Luiza;
Machado, Lia Zanotta. Antropologia e Direitos humanos 4. Blumenau: Nova Letra, 2006.
BOTELHO, Andre; SCHWARCZ, Lilia Moritz. “Cidadania e Direitos: aproximações e
relações”. Em: Botelho, Andre; SCHWARCZ, Lilia Moritz (orgs). Cidadania, um projeto
em construção. Minorias, Justiça e Direitos. São Paulo: Claro Enigma, 2012.
DAS, Veena. “Encarando a Covid-19: Meu lugar sem esperança ou desespero”. Reflexões
na pandemia. Tradução de Marcella Araújo. Revista Dilemas. Rio de Janeiro, 2020.
DINIZ, Débora. Cadeias. Relatos sobre mulheres. Rio de Janeiro: Civilização brasileira,
2015.
DUARTE, Thaís Lemos. “Facções e milícias: aproximações e distanciamentos propostos
pela leitura”. BIB, SP, no. 90, 2019.

3
Informações complementares durante as aulas

3
DURÃO, Susana; COELHO, Maria Claudia. “Morais do drama urbano: violência policial,
discurso midiático e produção de contos morais”. Revista Sociedade e Estado - Volume 29
nº. 3, Setembro/Dezembro, 2014.
FASSIN, Didier. A sombra do mundo: uma antropología da condição carcerária. São Paulo:
Unifesp, 2020
HALL, Stuart. A Identidade Cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: Editora DP&A,
2005.
KANT DE LIMA, Roberto. “A administração dos conflitos no Brasil: a lógica da punição”.
VELHO, Gilberto e ALVITO, Marcos. Cidadania e violência. Rio de Janeiro: UFRJ, 1996.
LIMA, William da Silva. Quatrocentos contra um. Uma história do comando vermelho. São
Paulo: Laboratório Textual, 2001.
MACHADO, L.Z. “O aborto como direito e o aborto como crime: o retrocesso
neoconservador”. Cadernos Pagu [online]. 2017, n. 50.
MALHEIROS, Luana. Tornar-se mulher usuária de crack. Cultura e política sobre drogas.
Rio de Janeiro: Ed. Telha, 2020.
MARQUES, Adalton. Humanizar e expandir: uma genealogía da segurança pública em São
Paulo. São Paulo: IBCCRIM, 2018.
SILVA, Kelly C; SIMIÃO, Daniel. (Org.). Timor-Leste por Trás do Palco: A Cooperação
Internacional e a Dialética da Formação do Estado. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.
SCHWARCZ, Lília M. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no
Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1993.
SOUZA LIMA, Antônio Carlos (Coord). Antropologia & Direito. Temas antropológicos
para estudos jurídicos. Brasília: ABA, 2012.

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