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1- SISTEMA DE PREVENÇÃO AO FOGO E COMBATE A INCÊNDIO

É o conjunto de procedimentos, instalações e componentes pertinentes que quando acionados


possibilitam a ação desejada para o auxílio, controle ou até mesmo a extinção completa do
incêndio em questão.

1.1- DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE COMBATE AO INCÊNDIO EXISTENTE

O sistema de combate a incêndio é munido dos seguintes equipamentos:

1.1.1- Sistemas de Bombeamento para Resfriamento – Constituído por 3 conjuntos de


equipamentos Motobombas KSB, com seus motores alimentados a combustível (óleo
diesel) sendo 2 (MB1 e MB2) da montadora Mercedes Benz com 470 cv e o outro (MB5)
da montadora Cummins, todas as 3 bombas são do modelo MEGANORM 250-500, vazão
de 840 m³/h, H 93 mca, RPM 1800 e Peso aprox. 650 Kg cada;

1.1.1.1- Procedimento de Operação (resfriamento e espuma)

 Acionamento dos motores (manualmente)

 Desligar bomba Jockey no botão existente na fronte do painel de elétrica


e disjuntores do setor motobombas;
 Verificar abertura da válvula geral da rede de resfriamento e (ou)
espuma (instaladas nas tubulações próximas ao portão de entrada do
setor motobombas);
 Verificar água da escorva da motobomba a ser ligada, (caso necessário,
completar a água abrindo o registro de água potável instalado logo
acima da válvula de saída de água da bomba;
 Anotar informação inicial do horimetro da motobomba a ser ligada,
(instalado na parte superior do painel de interação de cada
equipamento);
 Anotar informação da quantidade de óleo diesel no tanque de
combustível do motor a ser ligado, antes da partida da motobomba;
 Acionar o botão de partida do motor da motobomba, (botão na cor
verde instalado na parte inferior do painel de interação de cada
equipamento);
 Anotar a hora da partida da motobomba;
 Acompanhar indicador rotações por minutos (RPM) do motor, (instalado
na parte superior do painel de interação de cada equipamento), devendo
permanecer na rotação dimensionada para trabalho de 1800 RPM, caso
haja necessidade de alteração, ajustar acelerador manual localizado do
lado oposto do motor em relação ao painel de interações;
 Acompanhar constantemente o valor da pressão manométrica da rede
de hidrantes pelo manômetro instalado logo na saída da bomba;
 Acompanhar constantemente o valor da temperatura do motor pelo
indicador de temperatura, (instalado na parte superior do painel de
interação de cada equipamento);
 Acompanhar e aguardar informações, via radio, do líder da brigada de
incêndio e (ou) operador responsável pelas atividades de campo.

 Acionamento dos motores (automaticamente)

 Despressurização da rede de hidrantes até em torno dos 85 psi (6,0


kgf/cm²) para entrada automática da bomba Jockey;
 Despressurização da rede de hidrantes até em torno dos 65 psi (4,5
kgf/cm²) para entrada automática da motobomba N°5 (MB5), com
desligamento automatizado da bomba Jockey;
 Necessário 2 operadores capacitados a operação de sistema de
motobombas dirigir-se ao setor e proceder as ações a partir do sub-
item Acionamento dos motores (manualmente) inciso N° 8.

 Parada dos motores

 Baixar rotação do motor para 1000 RPM;


 Para MB1, MB2, MB3 e MB4, acionar lentamente o afogador
localizado do lado oposto do motor em relação ao painel de
interações, instalado logo acima do acelerador, até a parada total do
equipamento;
 Para MB5, acionar alavanca de mudança de rotação para a rotação
mínima (1000 RPM), localizado ao lado do painel de interações, logo
após pressionar o botão vermelho de parada total do equipamento
no painel de interações;
 Anotar a hora da parada da motobomba;
 Anotar informação final do horimetro da motobomba utilizada,
(instalado na parte superior do painel de interação de cada
equipamento);
 Anotar informação da quantidade de óleo diesel no tanque de
combustível do motor utilizado, após a parada da motobomba,
(recomendar abastecimento caso necessário);
 Verificar água da escorva da motobomba utilizada, (caso necessário,
completar abrindo o registro de água potável instalado logo acima
da válvula de saída de água da bomba;
 Religar bomba Jockey no botão existente na fronte do painel de
elétrica e disjuntores do setor motobombas ajustando-o em modo
automático;
 Aguardar pressurização da rede de hidrantes em torno dos 100 psi
(7,0 kgf/cm²).

1.1.1.2- Bomba Jockey - A Bomba Jockey é uma bomba de manutenção de pressão, sua
função é manter a pressão do sistema de hidrantes e evitar danos causados por
golpe de aríete, portanto uma bomba de incêndio não pode ser utilizada para
manter a pressão do sistema de proteção contra incêndios (essa é a função da
BOMBA JOCKEY).

1.1.1.2.1- Procedimento de Operação

 Verificar água da escorva da bomba Jockey, caso necessário


retirar o ar linha:

 Abra o registro ¾” instalado na parte superior da


tubulação de sucção da bomba;
 Insira a mangueira de água potável no engate do tubo
¾” instalado na parte lateral da tubulação de sucção da
bomba e abra o registro ¾” da linha;
 Abra o registro de água potável e aguarde o completo
enchimento do tubo de sucção da bomba Jockey,
observado pela saída constante de água, sem mistura de
ar do tubo ¾” instalado na parte superior da tubulação
de sucção da bomba Jockey;
 Fechar simultaneamente os registros de água potável, e
registro ¾” da lateral da tubulação de sucção da bomba
Jockey;
 Fechar o registro 3/4'” instalado na parte superior da
tubulação de sucção da bomba Jockey.

1.1.2- Sistema de Bombeamento para Supressão de Espuma - Constituído por 2 conjuntos de


equipamentos Motobombas KSB, com seus motores alimentados a combustível (óleo
diesel) (MB3 e MB4) da montadora Mercedes Benz com 320 cv, todas as 2 bombas são
do modelo WKL150/3, vazão de 378 m³/h, H 146 mca, RPM 1800 e Peso aprox. 550 Kg
cada;
1.1.2.1- Procedimento de Operação

 (Procedimento descrito junto ao item 1.1.1.1).

1.1.3- Rede de Hidrantes – Constituída de 11 hidrantes munidos de 4 encaixes para mangueiras


de 2 1/2” de diâmetro, equipados com 8 mangueiras de 2 1/2” de diâmetro por 15
metros de comprimento, 2 chaves STORZ de aperto rápido para as mangueiras, 1
esguicho proporcionador de espuma, 1 esguicho vazão regulável seletor de vazão, 1
esguicho regulável simples, 1 extintor 50 kg tipo BC (para hidrantes sobre o talude foram
adotados extintores de 20 kg para melhor rapidez e agilidade em seu transporte) e 1
extintor 4 kg tipo BC por unidade além de 4 galões de 20 Litros de LGE distribuídos
estrategicamente entre os hidrantes, sistema de alarmes tipo quebra vidros;

1.1.3.1- Procedimento de Operação

 Retirar as mangueiras de seus devidos compartimentos


localizadas no abrigo de mangueiras ao lado dos hidrantes;
 Aduchar a mangueira, (ato de desenrolar a mangueira), conforme
ensinamento absorvido nos treinamentos e testes de brigada de
incêndio;
 Desacoplar tampas protetoras das conexões de saída de água do
hidrante utilizando as chaves de conexão rápida que estão
localizadas no abrigo de mangueiras ao lado dos hidrantes;
 Conectar as mangueiras nas conexões de saída de água do
hidrante utilizando as chaves de conexão rápida que estão
localizadas no abrigo de mangueiras ao lado dos hidrantes;
 Conectar na outra extremidade da mangueira o equipamento a
ser utilizado no conjunto, (esguicho proporcionador de espuma,
esguicho vazão regulável seletor de vazão, esguicho regulável
simples ou canhão monitor), utilizando as chaves de conexão
rápida que estão localizadas no abrigo de mangueiras ao lado dos
hidrantes;
 Verificar e orientar o correto posicionamento dos brigadistas ou
bombeiros ao empunharem as mangueiras para evitar acidentes;
 Abrir o registro posicionado em cada saída de água, com
mangueiras devidamente conectadas e empunhadas por
brigadistas e ou bombeiros, no hidrante;

NOTA: Em hipótese alguma, abra o registro de água de uma mangueira sem ter plena
convicção de que ela esteja empunhada de forma correta ou que não esteja empunhada com
por alguém, para que não ocorram acidentes de grandes proporções;

1.1.3.2- Canhão Monitor- Atualmente a Empresa conta com 1 equipamento Canhão


Monitor Portátil de 2 entradas de engate rápido, com sistema de movimentação
horizontal de 180° e vertical 80° que pode ser utilizado para o resfriamento do costado
dos tanques ou em conjunto ao esguicho para emissão de espuma.

1.1.3.3- Procedimento de Operação

 (Procedimento descrito junto ao item 1.1.3.1, incisos 1° a 5° ).

1.1.3.4- Válvulas Redutoras de Pressão - Quando esta válvula é fechada, a pressão da


linha de abastecimento é fornecida tanto para a câmara de controle da válvula [1],
quanto para o relé hidráulico (HRV) [2] via linha de injeção [3], que assam através de
uma válvula de retenção [4] e um acelerador [5]. Esta pressão é mantida pela válvula de
retenção, o (HRV) fechado, uma válvula solenoide fechada [6] e por uma válvula de
emergência manual também fechada [7]. A pressão mantém o diafragma da válvula e o
plug pressionados contra a sede da válvula [8], selando-a contra vazamento e mantendo
a tubulação seca.

Sob condições de incêndio, um sinal elétrico aciona a válvula solenoide, abrindo o (HRV).
A pressão é então liberada da câmara de controle da válvula principal, através do piloto
redutor de pressão (PRPV) [9] e em seguida a (HRV) aberta. Cada vez que a pressão à
jusante da válvula principal estiver acima da configurada no piloto, este irá restringir a
linha de injeção [3], fechando parcialmente a câmara de controle da válvula principal
controlando a pressão do sistema. A válvula de emergência manual instalada antes do
piloto, o substitui. Quando este for aberto, a válvula se abrirá por completo.
 INSTALAÇÃO

NOTA: Qualquer alteração no tamanho do Trim ou arranjo pode afetar adversamente o bom
funcionamento da válvula dilúvio.
Todos os dispositivos de inicialização (detectores), instrumentos indicadores, dispositivos de
liberação e dispositivos de atuação na linha úmida, tais como: dispositivos termostáticos, e/ ou
dispositivos de temperatura fixa, bem como o painel de controle, devem ser compatíveis e aprovados
pela UL para o uso com este sistema de dilúvio. Consulte o atual “Diretório de equipamento
aprovados pela UL” Consulte também o NFPA 13 ou os padrões de instalação aplicáveis, códigos e as
autoridades competentes.

AVISO: A válvula e o Trim devem ser instalados apenas em áreas onde eles não estarão expostos a
riscos de congelamento.

1.1.4- SISTEMAS DE ASPERSÃO E NEBULICAÇÃO - Esse sistema é equipado com sprinklers


abertos que dispersam a água quando aplicada pressão. Para controle desse sistema faz-
se necessário o emprego de válvulas dilúvio que podem ser acionadas manualmente
através de comandos hidráulicos controlados no painel de botoeiras de acionamento
localizado próximo às plataformas de operação.
1.1.4.1- Procedimento de Operação

1.1.5- SUPRESSÃO POR ESPUMA - A espuma mecânica, que é formada por bolhas de ar
produzidas através do batimento mecânico da água com o líquido gerador de espuma
(LGE) que é uma espécie de detergente líquido concentrado, agente extintor mais
utilizado no combate a incêndios de classe B envolvendo líquidos inflamáveis. Deve ser
aplicada contra um anteparo, para que suas propriedades trabalhem na cobertura da
superfície na área incendiada e a aplicação seja mais suave. Ela possui dupla ação, agindo
tanto por resfriamento, devido à água, quanto por abafamento, pois a própria espuma
forma um tipo de cobertor.
1.1.5.1- Proporcionadores - Para os proporcionadores de espuma o método conta com
uma mistura projetada e regulada a 3%, ou seja, teremos cerca de 97 partes de água e 3
partes de liquido gerador de espuma (LGE 3%), baseado no sistema de Venturi onde há o
estrangulamento da maior vazão causando sequestramento do LGE a ser inserido no
sistema. Para esse sistema é necessário sempre observar a pressão mínima nas redes de
hidrantes que devem girar em torno dos 100 psi (7,0 kgf/cm²). A pressão disponível na
linha de descarga é de aproximadamente 2/3 da pressão de trabalho na entrada;

1.1.5.2- SISTEMA DE GERAÇÃO DE ESPUMA - Para controle desse sistema também faz-se
necessário o emprego de válvulas dilúvio que podem ser acionadas manualmente
através de comandos hidráulicos controlados no painel de botoeiras de acionamento
localizado próximo às plataformas de operação.

1.1.5.3- Procedimento de Operação

 Em caso de incêndio o (sistema de resfriamento) dos tanques deverá ser acionado


primeiro, em seguida acionar os proporcionadores conforme instruções abaixo.
 Identificar o tanque onde ocorreu o sinistro;
 Partir o motor a diesel (espuma);
 Pressurizar a rede até 250 libras;
 Seguindo a orientação das placas, abrir as válvulas gavetas da linha de água do
proporcionador identificado pelas letras “A”, “B”, “C” ou “D”;
 Acionar a botoeira para abertura das válvulas no tanque onde ocorreu o sinistro;
 Abrir o “registro esfera vermelho” do reservatório de “LGE” - líquido gerador de
espuma, identificado pelas letras “A”, “B”, “C” e “D”;

1.1.6- DISTRIBUIÇÃO DOS EXTINTORES - A Empresa conta com uma série de extintores
empregados e direcionados a mais adequada utilização e estrategicamente distribuídos
ao longo de toda sua Planta sendo eles relatados com identificação de localização,
número dos lacres e prazo de validade, no check-list de extintores anexado a pasta de
relatórios de inspeção FM-05 (item sistema de combate a incêndio) do ano corrente!

2- VERIFICAÇÕES PERIÓDICAS NO SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO

2.1- (Casa de Bombas)

 Verificar óleo lubrificante do motor a diesel;


 Verificar água da escorva nas bombas;
 Verificar condições das baterias;
 Verificar vazamento de óleo diesel nas conexões em geral;
 Verificar água do radiador dos motores a diesel;
 Verificar o correto funcionamento da bomba jockey (automatização);
 Verificar ausência de indicadores de problemas (luzes acesas) nos painéis
elétricos dos conjuntos de motobombas a diesel;
 Verificar horas de trabalho de cada equipamento;
 Verificar nível de óleo diesel nos tanques de alimentação dos motores a
diesel;
 Verificar funcionamento das resistências de aquecimento dos motores a
diesel;
 Verificar ausência de obstruções e garantir livre acesso a todos os
equipamentos, inclusive os extintores de incêndio do setor;
 Verificar válvula geral de saída de água de ambas as redes (resfriamento e
espuma);
 Verificar ausência de vazamentos no sistema em geral;

2.2- (Parque de Tanques e Base de Carregamento)

 Verificar ausência de falhas no funcionamento das botoeiras de acionamento


das válvulas de resfriamento e espuma;
 Verificar aberturas das válvulas do sistema gerador de espuma (LGE) de
acordo com sua utilização;
 Verificar funcionamento das válvulas automáticas de todo o sistema de
resfriamento e espuma do parque de tanques e plataformas de
carregamento;
 Verificar ausência de obstruções e garantir livre acesso a todos os
equipamentos, (mangueiras, extintores de incêndio, canhões monitores, LGE
e chaves de conexão), assim como todas as 4 saídas de água de cada
hidrante;
 Verificar o perfeito funcionamento do alarme sonoro de sinistro;
 Verificar ausência de obstruções nas ruas/estradas internas mantendo fácil
acesso para entrada de caminhão do Corpo de Bombeiros;

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