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COLÉGIO ALFACOOP- EXTERNATO INFANTE D.

HENRIQUE
Trabalho individual 2.º Período

Ano lectivo 2021/2022

ECONOMIA
Guerra comercial
EUA – China

Aluno(a): Mariana Coelho


Turma: 11º
Atualmente existe uma disputa comercial entre as duas grandes potências que são
a China e os Estados Unidos da América. Toda esta afronta iniciou-se quando o ex-
presidente norte-americano Donald Trump, anunciou a 22 de março de 2019, uma lista de
tarifas rondando o 50 bilhões de dólares americanos sobre as importações provenientes
da China, com bases na Lei do Comércio aprovada em 1974. Trump, acusava a China de
“práticas comerciais desleais".
Os motivos que acaram por desencadear este conflito estão presentes na
constante transformação do cenário económico global relativo à mudança constante entre
poderes das principais económicas mundiais, tendo a China obtido uma ascensão
económica e os EUA uma queda no seu crescimento. Nos Estados Unidos, foi notória uma
taxa de crescimento potencial que acabou por cair substancialmente durante o século 21,
seguido de um declínio gradual nas décadas antecedentes. Esta queda, evidenciou um
aumento notório da desigualdade, conflitos étnicos, problemas relativamente à migração e
uma recessão nos designados «cinturões de ferrugem». Estes cinturões são uma região
dos EUA que abarca uma relevante quantidade de estados do Nordeste, Grandes Lagos e
do meio-oeste. O governo dos EUA encontra-se sob pressão para abarcar medidas que,
de alguma forma, revertam este enfraquecimento do seu importante crescimento
económico. Junto do eficaz e rápido crescimento económico chinês, a globalização é um
importante fator de mudança nas políticas económicas e comerciais em comparação dos
EUA com a China.
A 10 de abril de 2018, durante o Boao Forum, o presidente da China Xi Jinping,
comunicou medidas de forma a aumentar o mercado chinês. Este anúncio foi bem visto no
âmbito internacional. Em abril desse mesmo ano, na OMC, a delegação americana
apresentou um relatório ao Órgão de Solução de Controvérsias, contrapondo o pedido de
consulta chinês sob a forma como se definiam as disputas da OMC. Assim, foram criadas
novas condições para que ambos os países desenvolvessem negociações sob as regras
da OMC.
Contudo, uma guerra comercial evidencia algumas vantagens e desvantagens.
Primeiramente e, como é obvio, acaba por atingir a população que está diretamente ligada
a estas batalhas e conflitos como por exemplo os produtores industriais, comerciantes,
pecuaristas e agrícolas. Estes, podem acabar por ter grandes dificuldades em vender os
seus produtos no mercado exterior, devido à rivalidade com a nação oposta, podendo essa
exportar grande parte desses bens. Estes setores lucrativos acabam por,
consequentemente, perder capital, necessitando de reduzir custos. Esta redução acaba
por ser evidenciada na produção, tendo a obrigação de despedir funcionários para reduzir
os prejuízos. Outro impacto negativo assente é a diminuição da diversidade de produtos,
pois os países rivais acabam por reduzir a venda de mercadorias entre os mesmos. Esta
redução de variedade, acaba por resultar no aumento dos preços, diminuindo o poder de

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compra do público geral. Contudo, caso este quadro se verifique por um longo período de
tempo, pode acabar por provocar crises económicas nas nações abarcadas pela guerra,
deixando de adquirir mercadorias a outros países, prejudicando também alguns países
que, de forma indireta, acabam por participar também nesta guerra.
As vantagens de uma guerra comercial, normalmente são sempre notórias
naqueles países que acabam por manter uma relação comercial próxima com um dos
países, acabando por oferecer produtos alternativos ao do países rival. Como por
exemplo, no Brasil, quando a disputa comercial se iniciou nos Estados Unidos e na China,
as exportações brasileiras para a China aumentaram cerca de 35% quando comparadas
com as exportações de 2017. Como resultado disso, os produtores de soja venderam mais
7 bilhões de dólares para Pequim em 2018 e os comerciantes de algodão aumentaram em
358 milhões de dólares os seus lucros.
Enumeram-se ainda algumas consequências para o resto dos países do mundo,
como:
Recessões económicas devido à notória instabilidade;
Queda na bolsa de valores;
Diminuição do crescimento económico de cariz mundial e do PIB;
Um país em decadência económica em comparação com o seu país rival;
Ameaças ao comércio mundial;
Diminuição da produtividade e desemprego;
Diminuição do poder de compra;
Aumento das medidas protecionaistas;
Desvalorização da moeda;
Falta de tolerância entre nações;
Criação de alianças entre diversos países.

Em 2019, numa publicação realizada pelo jornal online “Dinheiro Vivo”, refere que
Este conflito entre os EUA e a China acabou por ser, em parte, benéfico para Portugal. Um
estudo realizado por Robb Subbaraman, Michael Loo e Sonal Varma afirmou que « o
desvio recíproco das importações dos EUA e da China para outros países pode beneficiar
algumas indústrias dessas mesmas economias». Estes, concluem ainda que, em
contrapartida em alguns países, estes conflitos serão espelho de algumas consequências
negativas.
Em conclusão, esta guerra comercial acaba por ter os seus vincados pontos
positivos e negativos tanto para as fações rivais de forma direta, quanto para nações
envolventes na sua forma indireta. Contudo, Portugal acabou por beneficiar deste conflito,
aumentando 0,4% do PIB (dado concluído em 2019).

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Bibliografia
https://fia.com.br/blog/guerra-comercial/
https://www.dinheirovivo.pt/economia/portugal-e-o-pais-
da-europa-que-mais-ganha-na-guerra-comercial-
12806261.html
https://eco.sapo.pt/2019/04/03/todos-perdem-numa-
guerra-comercial-mas-eua-e-china-perdem-mais-avisa-o-
fmi/

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