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MONITORAMENTO EM TEMPO REAL NO CANTEIRO DE OBRAS.

Alexandre Faustino Gonçalves, email. xandefaustino.mm@gmail.com


Henrique Eduardo Apolinario, Henrique.apolinario019@gmail.com
Ingrid Marie de Lapouble Ferraz Damasceno, ingriddelapouble@gmail.com
Otávio Augusto Soares Costa, otavioaugusto23@yahoo.com.br
Thiago Simões de A. Ferreira, thiagosimoes125@gmail.com

Centro Universitário Newton Paiva, Av. Presidente Carlos Luz, 220 - Caiçaras, Belo Horizonte - MG, 31250-810.

Resumo:
A finalidade deste trabalho é demonstrar através de estudos e pesquisas o desenvolvimento e o funcionamento do uso
da tecnologia do GPS no canteiro de obras, demonstrando a eficiência no sistema produtivo, caracterizado no
planejamento e controle da obra, para se obter técnicas de segurança, otimização no controle espacial dos funcionários,
controle das atividades a serem exercidas, entre outras viabilidades. O sitema de monitoramento será desenvolvido para
atender construções de grande e pequeno porte que componha elevado número de empregados, com objetivo de
acompanhar em tempo real a produção do serviço a ser exercido. No decorrer deste projeto iremos exemplificar o
funcioanamento do uso da tecnologia e os problemas enfrentados para sua performance no canteiro de obras.

Palavras-chave: Controle; Segurança; Tecnologia .

1. INTRODUÇÃO

Em face do cenário nos últimos anos, a indústria da construção civil vem apresentando mudanças significativas com
relação a tecnologia empregada no setor industrial e comercial, refletindo assim em seus processos construtivos. Tendo
em conta que o crescimento da concorrência, vem estimulando propostas de execuções construtivas baseados em espaço
de tempo menor (maior produtividade) e qualidade, torna-se necessário uma mão-de-obra cada vez mais especializada e
um melhor gerenciamento dos processos, tornando assim a importância de planejamento estruturado e organizado, e uma
gestão de obra aprimorada com uso das inovações tecnológicas.

A construção civil é atividade econômica na qual possui mais óbitos de trabalhadores no Brasil a cada ano, são mais de
450 casos registrados. Diante deste cenário visa a implementar um sistema que monitore o canteiro de obras, evitando
acidentes e, consequentemente, torna-los mais seguro. Em 1978 no Brasil, ocorreu a grande mudança em relação à
segurança do trabalho, pois, nesse ano, criaram-se 28 Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do trabalho, entre
elas a NR18- Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, que nos dias atuais venha a ser
chamada de Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção, utilizado como conhecimentos de preservação
para o trabalhador nos canteiros de obras.

Percebe-se que na construção civil, os acidentes de trabalho são frequentes e os fatores que propiciam o empregado aos
riscos são elementos comuns, tais como: o não uso ou uso inadequado dos equipamentos de proteção individual e coletiva,
falta de habilidade do operário para execução de determinados serviços, operário trabalhar ou se deslocar fora da área de
segurança, entre outras.

Portanto, é necessário tornar o canteiro de obras em uma planta industrial interna e externa sob o ponto de vista logístico,
voltados diretamente para produção e entrega. Para o controle da obra em geral, este trabalho visa a utilização do GPS
como a ferramenta central par obtenção dos resultados almejados.

O GPS (Global Positioning System) é um sistema de localização por satélite que permite encontrar localizações
geográficas. O sistema foi declarado operacional em 1995. Atualmente, com os avanços e inovações tecnológicas, existem
diversos gps com alta precisão de localização e programados para emissão de sinais sonoros como alerta a um objeto.
Neste trabalho iremos utilizar o sistema de GPS AirTag, um dispositivo circular de 11 gramas, com resistência a poeira e
submersão até um metro de profundidade, que envia um sinal seguro por Bluetooth podendo ser detectado por aparelhos
próximos na rede, sendo possível descobrir as coordenadas em que o positivo se encontra sem a necessidade da internet.

Nosso intuito neste projeto é vincular a indústria 4.0 com a tecnologia do AirTag no canteiro de obras, trazendo autonomia
sistêmica para algumas medidas afim de obter rendimentos produtivos. O Airtag terá a função de monitorar o operário
durante a execução de seus serviços com a função de delimitar áreas através de mapas recreativos, zonas de trânsito e
operação, caso ocorra deslocamentos de funcionários entre uma zona de risco, automaticamente irá gerar sinais sonoros
alertando o operador e o receptor para a retirada ou imobilização do equipamento.
2. METODOLOGIA

A indústria 4.0, também chamada de quarta revolução industrial, como o próprio nome já diz vem trazendo significativas
mudanças ao unir Inteligência artificial, robótica, Internet das coisas (IoT) e computação em nuvem. O advento e
implementação dessas tecnologias proporcionam melhorias de produtividade e eficiência.

A Indústria 1.0 surgiu após a Revolução industrial, com a adoção das máquinas a vapor, e foi sucedida por outras, de
acordo com os avanços trazidos, mas o marco da Indústria 4.0 é a incorporação de inteligência às maquinas. Portanto, a
informação é matéria prima deste novo modelo e há uma mudança na forma de usar esses dados. A adoção destas novas
tecnologias permite, entre muitas outras funções, monitorar equipamentos e esta será a ferramenta que o trabalho em
questão irá explorar.

A proposta é monitorar o deslocamento de um funcionário em uma obra para evitar que o mesmo se exponha a algum
perigo no canteiro de obras durante suas atividades rotineiras de trabalho.

Além de ser uma ferramenta que pode, literalmente, salvar vidas seu uso pode agregar, também, no controle da gerência
da obra para monitor o dia a dia de seus funcionários.

Para essa simulação usamos um AirTag, como um GPS, acoplado ao capacete do funcionário.

Figura 1 – Airtag
(https://support.apple.com/kb/SP840?viewlocale=pt_BR&locale=pt_BR)

Com o mapa da obra em mãos é possível identificar as áreas de risco e, assim que o funcionário estiver em um local
perigoso, alerta-lo para sair imediatamente.

Se trata apenas da simulação para uma tecnologia futura, que poderá emitir algum som para alertar a pessoa, que se
encontra em uma zona de risco.

Em seguida, através da figura 2 demonstramos o mapa da obra disponibilizado pela Direcional Engenharia.

Figura 2 – Mapa da Obra


(Direcional Engenharia)
Segue abaixo nas figuras 3 e 4 respectivamente, o AirTag fixado no capacete de segurança da obra.

Figura 3 – Exibição do AirTag com o capacete


(Registrado através aparelho celular)

Figura 4 – AirTag fixado no carneiro do capacete


(Registrado através aparelho celular)
A seguir, o registro capturado da movimentação do colaborador através do Airtag no canteiro de obra.

Figura 5 – Registro de funcionamento do AirTag


(Registrado através aparelho celular)

Vantagens da utilização do Sistema AirTag no canteiro de obras.

- Melhora no controle das atividades.


- Comunicação entre os funcionários.
- Segurança dos funcionários.
- Eficiência nos processos construtivos.
- Monitoramento das atividades dos funcionários.
Desvantagens da utilização do Sistema AirTag no canteiro de obras.

- Fácil de arranhar devido a poeira exposta.


- Não são atualizados em tempo real.
3. CONCLUSÕES

Neste trabalho contemplamos apenas a ideia de algo que, se aprimorado, pode revolucionar o ramo da construção civil.
Muitos acidentes acontecem por descuidos pequenos, que poderiam ser totalmente evitados, salvando vidas, preservando
famílias e mantendo um ambiente onde os funcionários pudessem se sentir mais seguros.

A união da tecnologia (aparelho rastreador) com a informação (identificação, processamento e alerta) é o que vivemos
hoje na revolução 4.0. Atribuir inteligência ao processamento (leitura de uma área de perigo e envio de um sinal como
alerta) é inovar na forma que duas tecnologias dialogam.

Conclui-se que um monitoramento inteligente dentro do canteiro de obras pode proteger muitas vidas.

4. REFERÊNCIAS

BOSCH, Robert. Indústria 4.0: muito além da automação, 2022. Disponível em: https://www.bosch.com.br/noticias-
e-historias/industria-4-0/?utm_source=search&utm_medium=cpc&utm_campaign=br-google-i4.0-search-
always_on_setembro&gclid=Cj0KCQjwk5ibBhDqARIsACzmgLTdXM01OLMrdw01aF_X4N9rDZYwxClaySR
PYqEFTbODd2DLxPeN_8EaAmpBEALw_wcB. Acesso em 04 de novembro de 2022.

Dogmar A. de Souza Jr. Qualidade, segurança e eficiência de canteiros de obras, Uberlândia, 2013. Disponível em:
http://www.civil.uminho.pt/revista/artigos/n46/Pag.19-29.pdf. Acesso em 05 de novembro de 2022.

SANTOS,Marize. Planejamento e controle de obras, Salvador, 2011. Disponível em:


http://www.gpsustentavel.ufba.br/downloads/Planejamento%20e%20Controle%20de%20Obras%20-
%20Marize%20Silva.pdf. Acesso em 03 de novembro de 2022.

MUFATO, Angélica. Proposta de framework para medição e monitoramento proativo de segurança em canteiros
de obra, Florianópolis, 2018. Disponível em:
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/205217/PEPS5727-D.pdf?sequence=-1&isAllowed=y.
Acesso em 04 de novembro de 2022.

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