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PL, Butterfly & TRT

Apresentam

Série Chaos Bleed MC


Sam Crescent
Staff

Disponibilização : Soryu

Tradução : Mariana PL

Revisão Inicial: Lili Costa

Revisão Final : Eva M. Carri

Leitura Final e Formatação :


Juuh Alves
Sinopse
Um telefonema no meio da noite não deveria causar
tanto tormento.

Ripper fará de tudo para a Chaos Bleeds, incluindo a


limpeza da bagunça da princesa. Quando Judi o chama,
sem pensar, ele responde e, logo, tem um corpo para
esconder e um carro para destruir. Ele fará tudo em seu
poder para proteger a jovem. O que não esperava era a
luxúria que o acerta quando está perto dela.

Judi nunca esperou desejar, sexualmente, um homem


depois de ter sido usada por um cafetão. Devil e a sua
gangue a salvaram do inferno, mas Ripper está com a
cabeça nas nuvens, pela primeira vez. O toque do Ripper
faz com que ela almeje tudo o que já desistiu.

No entanto, Devil adotou Judi como sua filha.


Ninguém toca ou fere a princesa da gangue. O que ele vai
fazer quando um dos seus homens de maior confiança, a
reivindicar para si mesmo?
Capítulo Um

Ripper pilotava sua máquina. Não deveria estar guiando,


dada a quantidade de álcool que tinha consumido, mas precisava
ajudar sua princesa. Judi tinha sido adotada, oficialmente, pelo
seu presidente, Devil, e todos da Chaos Bleeds a chamavam de
princesa. Ela era a princesa deles. A princesa da gangue.
Ninguém mexia com a Judy sem iniciar uma guerra com a
gangue. Todos se preocupavam com ela e fariam qualquer coisa
para protegê-la.

Verificando o nome da estrada, ultrapassou o limite de


velocidade tentando chegar até ela. Judi devia estar na festa do
Devil e da Lexie, e não em uma estrada onde poderia ser
assassinada. As mulheres não tinham qualquer respeito pela sua
própria segurança pessoal? Ficava preocupado só de pensar nela
sozinha. Que porra ela estava fazendo fora de casa? Na verdade,
se ela não tivesse uma boa desculpa, ele a colocaria sobre o
joelho e bateria na sua bunda por colocar a vida em perigo. Será
que ela não sabia o quão importante era, para eles?

Estas estradas não eram seguras para nenhuma mulher,


nem mesmo para a Princesa da Chaos Bleeds. Jamais deixaria
uma prostituta tentar arranjar programas nesta estrada. Todos
os tipos de fodidos estavam neste caminho, com intenção de
machucar os mais fracos. Ele a viu de pé, no acostamento,
andando para cima e para baixo. Ripper parou sua moto próxima
a ela. A luz que brilhava sobre ela mostrou as grandes
quantidades de manchas de sangue sobre a frente do seu corpo.
Princesa, que porra é essa?

Saltando da moto, foi até ela. Ela estava chorando,


lágrimas riscando seu rosto.

—Que porra você fez?— Foi até ela, segurando a região dos
seus braços onde não havia manchas de sangue. Examinando-a,
percebeu que nenhum sangue era dela.

—Ele não me deixou ir, e eu não conseguia fazê-lo parar.


Por favor, Ripper, preciso da sua ajuda.—

Ela estava soluçando. Não parava de chorar. Xingando,


olhou por cima do seu ombro, para ver o carro com a luz interna
acessa. A visão o fez ficar enjoado, assim como sabia que
alguma coisa estava para acontecer. Não conseguia ficar bravo
com ela por muito tempo. Judi era sua princesinha, e a viu ficar
mais forte desde que o Devil a adotou. Todos eles tentaram
fazê-la esquecer o passado. Ninguém mais a forçaria a ser uma
prostituta.

—Mostre-me—, disse ele, falando suavemente.

Ripper a seguiu até o carro. Movendo-se para o lado do


passageiro, viu a bagunça que já conhecia. Foi o responsável por
diversas mortes nos últimos anos, e a visão diante dele não o
afetou, nem um pouco.

—O que aconteceu?— Perguntou, já pensando nos homens


que poderia chamar para ajudar a limpar aquela bagunça.

—Eu estava caminhando e ele me disse para entrar no


carro. Eu me recusei e ele parou o carro. Comecei a correr, e ele
me agarrou. Tentei fugir, Ripper. Juro. Tentei lutar, mas ele era
muito forte. Ele me pegou e me jogou dentro do carro. Eu não
conseguia sair. Se eu o atacasse enquanto ele dirigia, poderia
nos matar. Não quero morrer. Ele estacionou aqui, e eu me
apavorei.— Ela parou, levantando a mão para enxugar as
lágrimas, depois parou, quando viu o sangue nas mãos. —Ele
era um cliente antigo ou, pelo menos, foi o que ele disse, junto
com uma porrada de merda.— Seus lábios tremeram. —Tentei,
de alguma forma, escapar, e ele me agarrou, me chamando de
todos os nomes que você pode imaginar.—

Diante da visão na sua frente, Ripper soube o que


aconteceu. Judi tinha perdido a cabeça e, em pânico, disparou
uma bala na cabeça do homem. Olhou para o rosto do homem,
que estava pendurado do lado de fora da porta. Pelo estado das
suas roupas, ela tinha tentado levantar a cabeça, mas não
conseguiu. Merda, não devia ter lhe dado uma arma. Devil ia
matá-lo.
—Merda, tenho que resolver isso e tirá-la daqui.— Passando
os dedos pelo cabelo, xingou, olhando para o horizonte. —Me dá
a merda da arma—, falou, estendendo a mão. Judi a entregou. O
sol se pôs e não apareceria por mais algumas horas. —Tire as
roupas—, disse, tirando a jaqueta. Ripper virou as costas,
dando-lhe privacidade.

—Sinto muito, Ripper—, disse.

—Não quero ouvir isso. Você vai fazer o que estou


mandando, sem comentários.— Estendeu a jaqueta, para ela
vestir. —Suba na minha moto.—

Ela montou na moto, segurando-o. Se dirigiu até um


daqueles hotéis destinados a clientes especiais, que
necessitavam de um quarto por uma hora. Ripper esperou pela
chave, então, acompanhou a Judi até o último andar, deixando-a
no quarto do hotel. —Não deixe ninguém entrar. Tome um
banho e limpe todo esse sangue. Vou chamar seu nome, quando
voltar. Não abra a porta para ninguém.— Não ficou por lá para
segurar sua mão ou consolá-la. A última coisa que precisava era
perder tempo. Que porra você estava fazendo fora de casa a
essa hora da noite, sozinha, princesa?

Batendo a porta, voltou para sua moto e voltou até a cena


do crime. Antes de desmontar, apagou os faróis e desligou a
ignição. Ninguém ainda tinha passado, quando ele voltou.
Pensando, Ripper sabia que não podia deixar o cara que estava
prestes a chamar ver o ferimento da bala. Agarrando a porta,
bateu a porta do carro no rosto do filho da puta. Cada
movimento fez com que o homem não se parecesse com
qualquer coisa. A arma ainda estava pressionada nas suas
costas, lembrando-lhe do babaca que tinha sido ao dá-la para
ela. Depois que terminou, olhou para a bagunça à sua frente e,
então, chamou o Curse. O outro motoqueiro o ajudaria, sem
muitas perguntas. Haveriam perguntas, mas o outro homem não
exigiria respostas.

Pegando o celular, teclou o número do Curse.

—É melhor que tenha um motivo bom pra caralho— Curse


falou, atendendo no terceiro toque.

—Preciso de você, irmão.—

—Tenho uma boceta apertada no meu pau e outra


esperando pela minha atenção. Não pode esperar?—

—É uma limpeza. Ninguém é tão bom quanto você.—

Ouviu o palavrão do outro lado da linha.

—Você me deve uma, porra.—

A linha ficou muda. Ripper sorriu, imaginando as mulheres


chorando a perda do Curse. Antes da Lexie domar o Devil, seu
líder era o encarregado de todas as bocetas. Agora, cabia ao
Curse manter, todas elas, satisfeitas. Ripper sorriu, pensando na
Lexie. Era uma mulher doce e uma cadela quente pra cacete.
Ouviu seus gritos quando o Devil a fodeu forte pra caralho. Devil
nunca a tomou na frente deles, como costumava fazer com
outras mulheres. Seu líder era possessivo com a esposa, e
Ripper entendia o porquê. Ela era uma guardiã.

Olhando para a bagunça, esperou que o Curse chegasse.


Apagou todos os pensamentos sobre a Lexie. Ela não merecia
fazer parte dessa bagunça. Nem a Judi. A jovem mulher já havia
tido mais do que o seu quinhão de dor. Foda-se, junto com todos
os seus outros irmãos, tinham prometido protegê-la. O som de
um carro se aproximando, alertou o Ripper para a presença de
outra pessoa.

Viu o Curse saltando da caminhonete, parecendo pronto


para causar problemas. —Eu tinha uma boceta apertada em
volta do meu pau. O que é que não podia esperar até de
manhã?—

Ripper apontou para o carro. —Precisamos nos livrar desta


merda.—

—Que diabos aconteceu aqui?— Perguntou o Curse,


cruzando os braços.

Ficando em silêncio, Ripper olhou para o outro homem.

—Você me separou de uma boceta e não vai, nem mesmo,


me dar uma boa razão?—

Ambos estavam imóveis.


A batalha de vontades se estendeu por vários minutos.
Nenhum deles tomava a iniciativa, e Ripper pensou na Judi.
Merda, não podia deixá-la sozinha por muito tempo.

—Eu lhe devo uma. Quando você precisar e não puder


chamar outro irmão, vou fazer qualquer coisa que você precise.
Por favor, pelo amor de Deus, me ajude.—

—Isto aqui tem mulher escrito para todo o lado. Você não
está transando com menores de idade, não é?—

—Porra nenhuma.— Ripper foi até a caminhonete e abriu a


porta do carona para procurar o equipamento de limpeza. —
Precisamos nos livrar do corpo. Não dou a mínima para quem ele
é, mas não pode ser encontrado com o carro.—

—Você quer fingir que ele saiu do carro em chamas?—


Perguntou o Curse.

—Sim. Algo que que mantenha os dois separados.—

—Esta mulher deve ser, realmente, muito especial.—

Ripper não sabia por que não contava a verdade para o


Curse, visto que o outro homem ia mantê-la para si mesmo,
mas, então, pensou na Judi. Ela chamou por ele, ninguém mais.
Claramente, não queria que qualquer um dos outros soubessem
o que tinha ocorrido, mas odiava manter segredos. Não era um
segredo dele, para poder contar, mas da Judi, quando estivesse
pronta.
—Não foi assim que imaginei a noite depois do churrasco.
Você viu alguns dos Skulls? Eles pareciam fodidamente felizes.—
Curse continuou falando enquanto trabalhavam, colocando o
corpo em um saco para carregá-lo.

—Eu vi.—

—Você ainda está ligado na Lexie?— Perguntou o Curse.

—Não.— Não estava ligado nela. Era uma mulher na qual


queria enfiar seu pau, nada mais. Lexie era a mulher do seu
presidente e fora dos limites para ele.

—Não se preocupe. O Tiny e a gangue dele já foram para


casa. Foi divertido vê-los. Estavam com medo que fizéssemos
alguma merda.— Curse riu.

Ripper lembrou da época em que visitaram Fort Wills e o


acordo que o Devil teve que fazer para todos ficarem bem.

Nas horas seguintes, limparam toda a bagunça, em


seguida, atearam fogo ao carro antes de partirem.

—Os policiais daqui sempre deixam esses tipos de


investigações de lado. Carro incendiado, nenhum sinal de
qualquer testemunha—, disse o Curse. —Não haverá nada
ligando essa merda até nós. Eles não vão encontrar um corpo e
não irão à procura.—
—Ele não vai ser encontrado a qualquer momento, de
qualquer maneira. Você quer uma carona de volta para o
clube?—

—Não, tenho algo para fazer.— Ripper foi até a moto, que
estava estacionada atrás da caminhonete. —Ninguém precisa
saber nada sobre essa merda, promete?—

—Prometo. Deus, não sou uma vadia.— Curse o deixou,


descendo a rua e ficando fora de vista. Montando na moto,
Ripper foi para o hotel, batendo na porta e gritando. Ficou à
espera, olhando por cima do ombro para ver o nascer do sol.

****

Judi secou o cabelo, saindo do banheiro depois da terceira


chuveirada. Sua pele estava vermelha de tanto esfregá-la. Toda
vez que olhava para baixo, via sangue sobre sua pele. Não
conseguia impedir o gemido que escapava dos seus lábios, nem
o pânico diante da visão. À cada chuveirada, esfregava a pele,
tentando lavar o sangue e limpar as memórias do que tinha
feito.

Ouvir a batida, seguida pela chamada do Ripper, fez com


que corresse até a porta. Não sabia por que o tinha chamado,
em vez do Devil, exceto que o seu pai adotivo teria envolvido a
Lexie, e ela não queria que a outra mulher a enxergasse de
forma diferente.
Nos últimos anos, tinha crescido perto do Ripper. Era um
homem doce, mesmo que fosse assustador como o inferno para
olhar. Duvidava que ele já tivesse sorrido. Judi não se lembrava
de um momento em que o viu sorrir. Ele a ouvia, falava com ela,
mas nunca dava nada de si mesmo.

Sentia-se segura em torno dele. Judi também sabia que ele


sentia alguma coisa pela Lexie, que ela nunca iria trazer à tona.
Lexie era uma mulher bonita, mesmo grávida. Toda a gangue a
adorava, mas ela era a esposa do Devil. Eles, realmente, não
tinham escolha.

Ripper entrou no quarto, fechando e trancando a porta


atrás dele. Olhou o estado da sua roupa.

—O chuveiro está livre.—

Ele não disse nada, passando por ela, para ir ao banheiro.


Não conseguia parar de olhar para o seu cabelo vermelho.
Nunca, em sua vida, tinha achado um homem ruivo atraente,
mas com o Ripper aquilo acontecia. Ele não se destacava tanto
assim. Não conseguia nem acreditar que estava pensando no
cabelo dele, em um momento como este. Ripper não era o tipo
de homem que ela queria. Era um dos amigos mais próximos do
Devil, incluindo os dela. Fechando os olhos, se acomodou na
beira da cama, esperando que ele aparecesse. Ela usava um
roupão que tinha encontrado no quarto do hotel.

Dez minutos depois, Ripper apareceu, com uma toalha


enrolada na cintura. Colocou a arma sobre a cama, ao lado dela.
—Que, diabos, você estava fazendo lá fora, sem
proteção?— Perguntou, olhando para ela.

Olhou para os músculos rígidos. Haviam seis gomos, que


pareciam muito duros, decorando o abdômen dele. Judi sabia
que ele malhava. Tinha-o visto muitas vezes antes, mas não
tinha dado muita atenção ao seu corpo. Tatuagens decoravam
suas laterais, e ela viu o nome —Chaos— de um lado, enquanto
do outro, —Bleeds— enfeitava o seu corpo, com uma letra
elaborada. Outras tatuagens eram de cobras, tribais e muitas
mais.

Cada pedaço de tinta era uma prova do seu tempo com a


gangue. Iam para todos os lugares, juntos. Apenas o Vincent se
estabeleceu, para ficar com sua esposa na cidade.

—É melhor você me responder, Judi. Não estou na porra do


humor para lidar com o seu tratamento silencioso.—

—Eu queria sair para dar uma caminhada, ok?— Olhou para
ele.

—O quê?—

—Eu estava enjoada e cansada de ouvir todos eles sendo


tão felizes.— Ela se levantou, colocando as mãos nos quadris. —
Eu nunca poderei ter isso, e saí para dar uma caminhada. Nem,
sequer, pensei. Só queria ficar longe de tudo. Longe da
faculdade, longe de ser a porra de uma princesa, longe de
tudo.— Judi se sentiu como uma cadela por deixar sua raiva
levar a melhor sobre ela. Este homem tinha cuidado da sua
bagunça, e tudo o que tinha feito, foi gritar com ele, que não
merecia. —Descul-—

Ele ergueu a mão na frente do seu rosto, para impedi-la. —


Não, você deu a porra da sua opinião.— Ripper agarrou seus
braços, virando-a e pressionando-a contra a parede. Sua mão
pousou no seu pescoço, e ele olhou fixamente nos olhos dela.

Pela primeira vez, desde que conheceu o homem à sua


frente, estava com medo.

—Vamos deixar uma coisa bem clara, Judi. Eu não dou a


mínima para quem você é. Eu poderia matá-la, agora, e o Devil
nunca ia cair na real, caralho.— Apertou os dedos em volta do
pescoço dela, mostrando quão verdadeira era a sua ameaça. —
As pessoas que falam comigo da maneira como você falou,
acabam mortas.— Afrouxou o aperto, mas não deixou soltou as
mãos do seu pescoço. —Lidei com a porra da sua bagunça, mas
isso nunca vai sair desta sala. Nenhum de nós nunca vai falar
sobre isso novamente, você entende?—

—Sim—, ela disse, e acenou com a cabeça, com medo dele.

—Você era uma prostituta, Judi. Não usaria isso contra


você. Merda, você não devia nem ter passado por esse tipo de
merda, absolutamente. Está no seu passado, mas você foi aceita
pela gangue, e vai viver pelas regras da gangue.—
Ele a soltou, e seus olhos estavam, mais uma vez, sem
expressão, onde segundos atrás tinham estado terrivelmente
frios. Ela levou uma mão ao pescoço, imaginando o que ele ia
fazer. Ele viu seu movimento, mas não ofereceu desculpas.

—Se você me odeia tanto, por que me atura?— Perguntou,


observando ele se sentar na beirada da cama. Judi se encolheu,
interiormente, diante do próprio comportamento. Desde que a
Chaos Bleeds a tinha afastado do inferno da sua vida, tinha
ficado mimada com o papel de princesa que lhe deram. Tinha
que parar de ser uma criança mimada. Ripper a tinha ajudado,
esta noite, e precisava se lembrar disso.

—Eu não odeio você, Judi. Independentemente do que eu


disse, não iria matá-la porque eu gosto e me preocupo com
você.— Olhou para ela.

Seus músculos se destacaram e, pela primeira vez em sua


vida, sentiu um pulsar entre as coxas. —Eu me preocupo com
você, também.—

—Quando o Devil perguntar, diga a ele que passou algum


tempo com seu namorado.—

—Eu não tenho namorado.— Ela não tinha, nem, um amigo.


—Invente uma desculpa para ele ficar satisfeito.— Pegou a
arma. —Você não vai receber isso de volta. Não confio em você,
para não ferrar um grande momento.—

—Eu errei—, disse ela, concordando. Ele odiava estar bravo


com ela e, depois do jeito que ela tinha falado com ele, tinha
todo o direito de estar.

—É uma coisa boa você saber disso.— Soltou um suspiro,


olhando ao redor da sala. —Não era assim que eu esperava
passar a noite.— Havia apenas uma cama de casal.

Judi o viu se levantar, indo até a cabeceira da cama e


puxando os cobertores.

—Eu não vou dormir no chão. É melhor estar bem para


você, partilhar a cama comigo.—

—Nunca compartilhei uma cama com um homem, antes.—


Parou de falar, sentindo o calor nas bochechas. Havia um monte
de coisas que ela não tinha feito, nem com um homem ou com
um rapaz.

—Venha então, Princesa, fazer sua estreia.— Deslizou para


baixo das cobertas, deitando a cabeça no travesseiro. Ela ficou
com o robe, pensando no que não tinha feito. Nunca tinha ido a
um encontro ou foi beijada por um rapaz que, realmente, queria
beijar. Nunca houve aquele tempo de ir para um estacionamento
e trocar carícias dentro de um carro. Lágrimas encheram seus
olhos enquanto se lembrava do que tinha feito por causa do seu
cafetão, o Rob. Ele a tomou e, antes que soubesse o que tinha
acontecido, outros homens já estavam transando com ela.

O trato com o Rob tinha sido ficar um fim de semana


disponível para os homens. Cada buraco tem seu uso, ele
costumava zombar. Seu estômago revirou com as lembranças.
Correndo para o banheiro, se inclinou sobre o assento do vaso
sanitário, deixando sair tudo o que tinha comido naquela noite.

Segundos depois, sentiu o Ripper pegando o seu cabelo,


tirando-o do caminho. Ela suspirou, derramando todo o conteúdo
do estômago no vaso. Mais e mais, ela vomitou.

—Estou com você, baby. Continue respirando.— A voz dele


a acalmou.

Ela viu a imagem do homem com um buraco na cabeça. Ele


falou sobre o fim de semana no qual foi subjugada, e ela se
perdeu. Aquela memória era uma coisa da qual queria se livrar.

Afundando no chão, chorou, desejando não conhecer o mal


de alguns homens. Ripper era um homem capaz de fazer coisas
más, mas nunca ia forçar uma mulher. Seus braços a rodearam,
juntamente com seu calor.
—Estou com você.—

Ele a pegou no colo, e ela se surpreendeu com a facilidade


com que a levou até a cama. Nos últimos dois anos, ela tinha
ganho um pouco de peso, preenchendo um manequim quarenta
e dois com sua figura. Ok, a maior parte das suas medidas já se
encaminhava no manequim quarenta e quatro, mas se recusava
a acreditar. A comida da Lexie era incrível, e nunca conseguiu
rejeitá-la.

—Memórias são coisas com as quais não podemos lutar,


Princesa. Você vai ter que aprender a aceitá-las e seguir em
frente.—

—Foi horrível—, falou.

—Eu sei, mas aquele filho da puta está morto e não vai
voltar.—

—Quantos homens você já matou?— Perguntou.

—Não vou responder a isso.—

—Você já matou alguma mulher?— A pergunta escapou dos


seus lábios.

—Não vou responder a isso também.— Beijou sua testa. —


Vá dormir. Vou te abraçar quando os pesadelos vierem.—
Fechou os olhos e descobriu que o Ripper não estava
mentindo. Ele a abraçou ao longo de cada pesadelo. Toda vez
que ele acariciava suas costas, ela era capaz de pensar, mais
uma vez.
Capítulo Dois

Abrindo os olhos, Ripper teve conhecimento da mulher


voluptuosa, deitada em seus braços. Olhou para o longo cabelo
castanho cobrindo seus braços, em seguida, para o seu rosto.
Seu pênis estava duro como uma rocha. Olhar o doce rosto da
Judi fez com que saltasse para fora da cama. Ela gritou, mas ele
estava caminhando em direção ao banheiro antes que ela visse
sua ereção matinal. Foda, merda, caralho, merda. Não havia
desculpa para ele estar de pau duro.

Lidando com a rotina matinal, esperou seu corpo ficar sob


controle antes de sair. Avistou suas roupas e xingou. Ontem à
noite, estava tão determinado a voltar correndo para o hotel,
que tinha esquecido de pegar algumas roupas para a Judi.

Colocando, rapidamente, suas roupas, abriu a porta do


banheiro. Encontrou a Judi do lado de fora da porta, retorcendo
as pernas. Saindo do seu caminho, esperou que ela fechasse a
porta.

—Vou arranjar algumas roupas—, falou.

—Ok.— Sua voz saiu em um sussurro.


Ignorando o desejo em sua alma, saiu do quarto, montando
na moto e indo até a loja mais próxima. Estacionou, entrando na
loja de departamentos e pegou algumas roupas nas prateleiras.
Quando colocou os braços em volta dela, Ripper teve uma boa
ideia do seu tamanho. Ela colocou um pouco de carne sobre os
ossos desde que foi morar com a Lexie. Ele não se importava.
Depois de anos fodendo sacos de ossos o tinham feito apreciar
uma mulher curvilínea, todos os dias da semana, e a Lexie o
tinha feito apreciar uma mulher com curvas, ainda mais. Ele a
tinha visto dançando, e então, havia uma porra de um orgasmo
esperando para acontecer.

Pagando pelo jeans, uma camiseta e roupas íntimas


simples, voltou para o hotel. Entrando, encontrou-a sentada na
beirada da cama, com os dedos entrelaçados fortemente.
Entregando a sacola para ela, se sentou, pegando o controle
remoto.

—Vista-se e vou deixá-la em casa.—

—Ripper?—

—Nós não vamos falar sobre essa merda. Lembra, que


nada aconteceu?—

Ela assentiu com a cabeça, sem dizer nada, desaparecendo


no banheiro. Não ia olhar para suas pernas bem torneadas,
também. Virando-se para a televisão, amaldiçoou sua fraqueza.
Precisava foder uma mulher, e quanto mais cedo fizesse
isso, melhor. Assistindo um programa de design na televisão,
esperou a Judi sair. Minutos se passaram, e ela, finalmente,
saiu. O cabelo castanho estava preso no alto da cabeça. Quando
ele a viu pela primeira vez, seu cabelo era curto. Nos últimos
anos, tinham virado cachos sedosos. Imaginou qual seria a
sensação se passasse os dedos entre os fios.

Pegar uma mulher, transar com ela e parar de pensar essas


merdas.

Desligando a televisão, se levantou e foi em direção à


porta. —Você vem?— Pegou sua jaqueta, esperando que ela o
seguisse.

Trancando a porta, devolveu a chave na recepção. Judi


estava esperando, ao lado da sua moto.

Ele montou, esperando que ela subisse na traseira da moto.


Sentindo seus braços o envolvendo, seu pênis empurrou, em
resposta. Não era um idiota do caralho para fazer isso. Ligando a
máquina, se dirigiu para a rua, pronto para levá-la.

Ultrapassando o limite de velocidade, chegou à sua rua. Ela


desmontou, entregando-lhe o capacete. Ele o pegou sem
encontrar seus olhos. De jeito nenhum, ia deixar essa merda
acontecer com ele. Judi fazia parte da gangue como uma
princesa. Estava fora dos limites, para os gostos dele.
Ripper observou a Judi caminhar até a casa que dividia com
o Devil e a Lexie. Esperou que ela entrasse, antes de dirigir ao
clube.

Entrando na sede do clube, viu a bagunça, imediatamente.


O Devil ia perder o controle daquela merda. Indo até o bar,
pegou uma garrafa de uísque e, em seguida, agarrou uma das
primeiras mulheres que viu na sua frente. Ela tinha cabelos
pretos, a pele pálida e estava mais do que disposta a foder
qualquer coisa.

—Ei, Ripper. Senti sua falta—, disse ela.

—Qual é o seu nome?— Perguntou.

—Ashley.— Ela riu, envolvendo os braços em volta do seu


pescoço. Ele a pegou, levando-a para o quarto que tinha, dentro
do clube. Todos eles tinham o seu próprio espaço, e ninguém
invadia o quarto dos outros. Chutou a porta para fechá-la,
caindo na cama com a Ashley. Tomando um longo gole da
garrafa de uísque, observou-a desabotoar sua calça jeans. Pegou
o seu pênis, que não estava muito duro.

Ela o tomou em sua boca e ele gemeu, afundando os dedos


no cabelo escuro. Ashley frequentava o clube desde o ano
passado. A maioria dos homens, exceto o Vincent e o Devil,
tinham fodido ela. Ela adorava o pau deles e não conseguia se
sentir satisfeita suficiente, com todos eles. Imaginou que ela
também adorava aquele estilo de vida, de não precisar
trabalhar, proporcionado a ela, desde que lhes desse sua boceta
sempre que exigido. Ele não tinha problemas em tomar uma
boceta quando a necessidade exigia.

Acordar ao lado da Judi com uma ereção não era uma


experiência que queria repetir. A única mulher com a qual não
queria ter uma ereção, era a Judi. Ela significava muito para a
gangue, para arriscar perder a sua vida. Ashley gemeu,
afastando sua mente da outra mulher, com a qual tinha passado
a noite.

Trepar com a Judi acabaria com ele. Devil nunca lhe


permitiria viver. Ela tinha a proteção da gangue e isso queria
dizer que ela era intocável. Sentindo-se mal do estômago,
afundou os dedos nos cabelos da Ashley, forçando-a a tomar
mais do seu pau.

—Porra, chupa isso direito.—

Quando ela o chupou, exigente e firme, ele agarrou um


preservativo, rapidamente se protegeu e golpeou profundamente
em sua pequena vagina quente. Ambos gemeram, e sua vagina
trabalhou seu pau, como se tivessem nascido um para o outro.
Ainda dentro dela, tomou outro grande gole de uísque.

—Quem você está tentando esquecer?— Perguntou Ashley.

Ele bateu no rabo dela, calando-a. Colocando a garrafa no


chão, agarrou seus quadris e mergulhou em sua vagina,
martelando dentro dela. Ela não reclamou nenhuma vez sobre a
profundidade ou a espessura do seu pênis. Ripper não teria
parado. Ele precisava de um orgasmo ou não ia ser capaz de
superar o que aconteceu esta manhã.

Fechando os olhos, fodeu a Ashley duramente, usando-a,


até encontrar sua própria libertação. Ela já estava cuidando do
seu próprio orgasmo, acariciando seu clitóris até que gozou.
Soltou seus quadris, deixando-a cair sobre a cama. Removendo
o preservativo, jogou-o no lixo, agarrando sua cabeça e lhe deu
o seu pau para lamber seu sêmen. Ripper assistiu sua língua
lambendo cada gota branca da sua porra.

—É isso aí, baby. Tome tudo.— Ele começou a ficar duro,


novamente, observando-a lambê-lo. —Você quer minha porra na
sua garganta?— Perguntou, sabendo que não ia parar até que
gozasse, novamente.

Ashley passou os próximos vinte minutos chupando o seu


pênis até que ele gozou, dando-lhe um bocado do seu esperma.
Viu-a engoli-lo. Só quando estava satisfeito, ele a deixou ir.

—Foda-se, Ripper. Você é um bastardo filho da puta. Você,


realmente, ama uma foda, não é?— Ela perguntou, passando a
mão na testa.

Tomando um longo gole de uísque, tentou não pensar na


culpa pelo que tinha acabado de fazer. Uma imagem do rosto
adormecido da Judi entrou em seus pensamentos, e a culpa o
fez ter vontade de vomitar diante do que tinha acabado de fazer.
—Saia—, disse ele, sorvendo mais alguns goles de uísque.

Viu a faísca de dor em seus olhos, mas não se importou.


Quando a porta fechou, caiu na cama, sentindo-se exaustão
depois de tudo o que tinha feito. Minutos depois, o Curse
apareceu, encostando no batente da porta com os braços
cruzados.

—O quê?— Perguntou Ripper.

—Você chega, depois de passar toda a noite fora, fode a


Ashley, e a perturba. Odeio dizer isso, mas ela é uma das boas,
Ripper.— Curse raramente falava bem de qualquer mulher,
muito menos das garotas que frequentavam o clube.

—Que merda você quer?—

—Preciso de um café da manhã, e você precisa se desculpar


com a Ashley. Ela não fez nada de errado ontem à noite.—

Olhando para o teto, Ripper pensou na Judi.

—Não estou com fome.—

—Arranje uma maldita fome. Ajudei você na noite passada.


Você me deve, e vai demorar muito para eu permitir que você
fique pra baixo, caralho.— Curse não se moveu da porta, mas
sua desaprovação foi sentida profundamente no quarto.
—Ela é uma garota da gangue. A Ashley não significa
nada.—

Olhando de relance para o Curse, soube que foi a coisa


errada a dizer. —Há muitos homens no térreo que discordariam.
Ela é uma mulher agradável e não faria mal a ninguém desta
gangue por nada. A Ashley não tem ciúme de ninguém, e tem
uma amizade legal com a Lexie e com a Phoebe. Ela não fica
perto dos homens que foram tomados e respeita todos.—

—Tudo bem, eu estou indo para o chuveiro, e então, vou


tomar a porra do café da manhã.—

Levantando-se, dirigiu-se para o chuveiro, para tentar lavar


aquela manhã da cabeça.

****

Judi chegou na cozinha. Entrou na casa pela porta dos


fundos, esperando que ninguém tivesse acordado, ainda.

—Onde, diabos, você estava?— Perguntou Devil.

Ela se virou para encontrá-lo sentado no balcão com a


Elizabeth no cadeirão. Estava dando o café da manhã para ele e
estava usando uma calça de moletom. Judi sabia que ele tinha
levado algum tempo para se acostumar a usar roupas em casa,
quando ela estava lá. A primeira vez que se encontraram, cara a
cara, ele com o pau pendurado para fora, ia assombrá-la para
sempre.

—Humm, estava na casa de um amigo—, falou, pensando


na desculpa do Ripper.

—Você não tem nenhum amigo.— Ele deu outra colherada


de comida para Elizabeth e, em seguida, voltou a olhar para ela.

—Eu tenho amigos.—

—Não, você não tem. Ouvi você dizendo isso para a Lexie
várias vezes.—

—Lexie e eu estávamos sozinhas durante essas


conversas.— E se a Lexie tinha contado sobre suas queixas?
Esperava que não. Judi nunca confiaria em outra mulher,
novamente.

—Independentemente do que você pensa, a Lexie nunca


iria trair a sua confiança. Ela, raramente, está sozinha, e
mantenho um olho nela, constantemente.— Apontou para o
canto da cozinha. Ela olhou para trás, e viu uma pequena
câmera.

—Você a está espionando?—

—Espionando, não. Estou cuidando do que é meu. Lexie é a


minha mulher. Ela pertence a mim e à gangue. Se não posso
estar sempre aqui, então vou manter um olho sobre ela, o
tempo todo.— Devil nem sequer parecia arrependido.
—Você deveria ter vergonha de si mesmo—, disse ela,
odiando o quanto ele sabia sobre ela. Quem mais sabia sobre as
câmeras?

—Minha mulher, minhas regras. Nunca vou deixar nenhum


mal vir até ela. Além disso, qualquer garoto que você pensar em
trazer aqui, será visto também.—

—Você é louco.— Ela cruzou os braços sobre o peito


desejando que pudesse dizer algo para impedi-lo de invadir a
privacidade de Lexie.

—Será que vocês dois podem parar de brigar?— Disse a


Lexie, entrando. Seu cabelo preso em cima da cabeça, muito
parecido com o da Judi. Ela usava uma camisa estilo regata e
uma calça de cintura baixa, que mostrava seu estômago
arredondado. Devil, praticamente, a mantinha grávida sempre.

—Estava lhe dando mais tempo para dormir—, disse Devil,


levantando-se para envolver os braços em volta dela.

—Eu sei. É difícil dormir quando o Simon gosta de jogar os


brinquedos contra a parede.— Esfregou os olhos, espantando o
sono. Judi estava preocupada com sua amiga. Parecia muito
mal, esta manhã.

—Você está bem?— Perguntou Judi.


—Sim, vou ficar bem.— Lexie levou uma mão à boca, em
seguida, ao estômago, ficando pálida. —Juro, já estou enjoada
há vinte e quatro horas.—

Judi assumiu a alimentação da Elizabeth enquanto Devil ia


cuidar do Simon. Haviam muitas coisas ruins que ela podia falar
sobre o Devil, mas via o amor que ele tinha pela Lexie. Várias
noites, pôde observar o casal. Devil passava a maior parte do
seu tempo assistindo a Lexie fazendo uma coisa ou outra.

—O que está acontecendo entre vocês dois?— Perguntou


Lexie, sentando-se e mordiscando algumas bolachas.

—Nada. Ele está sendo arrogante e um asno.— Terminou


de alimentar a Elizabeth, então se levantou. —Vou tomar um
banho.—

—O que você vai fazer hoje?—

—Vou até a biblioteca—, disse Judi, sentindo que precisava


ficar fora de casa. Se o Devil estava observando todos os seus
movimentos, então, precisava sair do caminho.

—Ok, eu vou na Phoebe com as crianças. Nós vamos ter um


dia de mulheres.—

Judi beijou o rosto da amiga e, em seguida, subiu as


escadas. Fechou a porta do seu quarto, manteve as costas
grudadas nela e escorregou para o chão. Cobrindo o rosto, Judi
imaginou o que ia fazer com o resto de sua vida. Em pouco
tempo, se tornaria uma assistente social, mas, logo, decidiu que
não era uma coisa que queria fazer com a sua vida. Então,
pensou em cuidar de outras pessoas à domicílio. Fechou os
olhos, imaginando o que ia fazer. Devil estava gastando um
monte de dinheiro com a sua educação.

Ser enfermeira estava fora de questão, pois odiava ver


sangue.

Você matou um homem na noite passada.

Cortando esses pensamentos, ficou de pé, indo em direção


ao chuveiro. A roupa que o Ripper havia comprado tinha um
ajuste perfeito. Ele sabia o seu tamanho, e ela não sabia se
deveria estar envergonhada por ele saber disso.

Tirando o elástico do cabelo, deixou as ondas caírem em


torno do seu rosto. Quando Rob colocou suas garras sobre ela e
começou a machucá-la, cada vez que um dos clientes
reclamava, ele puxava o seu cabelo. Ela odiava isso e, quando
não estava forçando-a a foder, cortou o cabelo com uma tesoura
sem corte.

Nos últimos dois anos, seu cabelo tinha crescido, cheio e


longo. Olhou para o seu comprimento, lembrando do homem na
noite passada, agarrando seus fios.

—Você é uma puta. A única coisa na qual você é boa é


chupando um pau, montando um pau. Mulheres como você
precisam dele na sua boca, na boceta e na bunda.—
Se afastou daquela memória com um suspiro. Seus
comentários tinham feito com que ele recebesse uma bala na
cabeça. Salpicando água fria no rosto, ligou o chuveiro e se
assegurou que a água estivesse congelando.

Gelada até os ossos, saiu do chuveiro, pegou uma toalha e


entrou no quarto. Procurando através do guarda-roupa, enfiou
um jeans e uma camiseta vermelha. Calçando sapatilhas, pegou
sua bolsa e desceu as escadas.

Devil estava beijando a Lexie na porta, acariciando suas


laterais.

—Eu estou bem.—

—Me mande uma mensagem, ou ligue, se sentir alguma


coisa diferente—, Devil pediu.

—Claro. Pare de entrar em pânico. A Phoebe vai tomar


conta de mim. Você sabe quão protetora ela é.— Lexie sorriu
para ele.

Ele passou os braços em volta dos ombros dela, em


seguida, olhou na sua direção. —Você vai até a cidade?—
Perguntou.

Ela assentiu, colocando a bolsa no ombro. —Sim, você vai


me dar uma carona?—
—Claro.—

Sorrindo para a Lexie, Judi subiu na traseira da moto do


Devil, se despedindo da amiga. Segurou a cintura do Devil
enquanto se dirigiam para a cidade. Ele parou em frente à
biblioteca, esperando ela descer. —O que há de errado com a
Lexie?— Perguntou Judi, preocupada.

—Ela está sofrendo com esta gravidez. Está enjoando


muito. Os médicos estão de olho nela.—

—Acho que, se alguma coisa acontecer com ela, os médicos


não vão saber de nada até o anoitecer.— Judi estava brincando,
mas viu a seriedade no rosto do Devil.

—Você é minha filha, aos olhos da lei, Judi. Adotei você e,


quando fiz isso, você passou a ser da minha família. Lexie é a
mulher que possui o meu coração e a minha alma. Se alguma
coisa acontecer com ela, vou matar qualquer um que poderia ter
previsto isso e não o fez.—

Judi engoliu o nó na garganta. Era doce, mas também, um


pouco assustador. —Tenho certeza que ela vai ficar bem.—

—É melhor ficar, de outra forma, Piston County terá três


médicos mortos.— Devil a deixou sozinha com suas palavras de
despedida.

Sim, esperava que não acontecesse nada com a Lexie dos


primeiros estágios da gravidez.
Andando até a biblioteca, se logou em um computador para
usar seus arquivos. Não estava na faculdade, no momento, uma
vez que fez uma pausa, mas ainda tinha atribuições, as quais
tinha que terminar. Sua educação era algo do qual se sentia
orgulhosa. Depois de tudo o que vivenciou, passou nos testes
com uma boa nota. Ela tinha vários trabalhos que precisava
terminar. Uma vez que estava conectada, deixou a bolsa ao lado
do computador, pegou alguns livros e começou a trabalhar no
computador.

No momento em que começou a estudar, todos os


pensamentos sobre o que aconteceu ontem à noite, saíram da
sua mente. Nada, nem ninguém, poderia machucá-la, aqui. O
único pensamento que não conseguia tirar da cabeça era sobre o
Ripper e o seu corpo nu, tão perto do seu rosto. Ele a agarrou
pelo pescoço, ameaçando-a, mas se sentiu mal por não ter
ficado, nem mesmo, com medo dele.

Supere isso, Judi. Nunca vai acontecer.

Descansando a cabeça em sua mão, leu vários artigos no


livro, teclando no computador. Podia ter feito todo este trabalho
em casa, mas ela teria sido distraída muito facilmente. Trabalhar
na sala de informática ajudava a colocar seus pensamentos
conturbados em ordem.
Continue trabalhando.

Gostaria de saber como seria a sensação dos seus lábios


nos dela.

O pensamento a fez ofegar e fechou o livro que estava


lendo. O som do livro fechando atraiu vários olhares.
Levantando-se da cadeira, colocou o livro de volta na prateleira.
Pensar sobre os lábios do Ripper não era algo que podia fazer.

Olhando para o outro lado da rua, na direção do


restaurante, seu estômago começou a roncar. Precisava de
comida. Depois de se alimentar, ia parar de ter esses
pensamentos estúpidos sobre o Ripper. Desligando o
computador e colocando a bolsa no ombro, se dirigiu para a
saída da biblioteca.
Capítulo Três

Ripper se sentou na frente da Ashley e do Curse. Já havia


um grupo à espera do café da manhã. Pussy, Death e o Spider
também estavam nas mesas próximas, com várias outras
garotas da gangue. Viu as garçonetes se afastarem e se
recusarem a vir anotar seus pedidos.

—Nós não vamos ser atendidos—, disse Ripper, olhando


para o menu. Haviam vários pratos que queria experimentar.

—A Mia estará aqui em breve. Ela vai nos servir—, disse a


Ashley, olhando para o menu.

—Quem é Mia?— Curse perguntou.

—Ela é minha amiga.—

—Por que nós não a vemos no clube?— Pussy perguntou.

Baseado no olhar de algumas das mulheres, elas,


realmente, não gostavam da Ashley tanto assim. Ripper viu que
todos os homens gostavam da Ashley. Imaginou o que ela tinha
feito por eles para lhe darem o respeito, geralmente, reservado
para as senhoras.

—A Mia não é de frequentar festas ou clubes. Ela estava na


faculdade, até seis meses atrás, quando sua mãe ficou doente.
Seu pai fugiu com a secretária, e ela está tentando sobreviver,
desde então.— Ashley continuou falando, e todos prestaram
atenção, além das mulheres. Ela olhou para cima, ao redor da
lanchonete. —Lá vem ela.—

Ripper olhou na direção dela. Uma mulher com cabelo preto


estava se aproximando da mesa deles. Usava o uniforme de
garçonete, que não escondia suas curvas. Foda-se, esta mulher
sabia como andar. Olhando de relance para o Curse, viu que seu
amigo não desgrudava o olhar dela.

—Ei, Ash, desculpe, estou atrasada.— Mia estava apalpando


os bolsos, procurando a caneta, para anotar seus pedidos. Ela
parecia esgotada e encantadora. Ripper achou que ela ia dar
uma olhada neles e ia se afastar. As roupas de couro, junto com
a aparência diferente, assustavam muitas mulheres.

—O que houve?— Ashley perguntou.

—Nada. Tive de correr até a farmácia para pegar os


remédios da mamãe. Quase não cheguei a tempo para o meu
turno.— Olhou para trás, para as outras mulheres. —Ninguém
mais os atendeu?—

—Não, elas estão com medo.—

Mia assentiu. —Ok, o que eu posso trazer para vocês?—

Ashley fez seu pedido, primeiro, e os homens esperaram


que a Mia se afastasse. Depois de alguns segundos, Mia olhou
para cima. —Você vai ser a única a comer?— O olhar dela
passou por todos os homens.

Todos eles aproveitaram, fazendo os pedidos para o café da


manhã. Ripper observou o Curse, que não tinha tirado os olhos
da Mia. Depois que terminou de anotar tudo, ela os deixou.

Não estranhava ser julgado por sua aparência. Estava mais


do que acostumado a ter algumas mulheres correndo dele,
enquanto outras davam em cima dele. Mia não parecia ter medo
deles. Acima de tudo, parecia mais irritada com as mulheres que
não se ofereceram para anotar seus pedidos.

—Ela parece legal—, o Curse disse.

—A Mia é um doce. Eu só queria que ela aprendesse a


relaxar.—

—Ela não julgou você por andar com a gente?— Perguntou


o Pussy, falando com franqueza.

—Não. Eu contei para ela quão feliz eu sou, e ela não falou
nada.— Ashley estendeu sua xícara quando a Mia retornou para
servir café para todos. O Curse ficou tranquilo durante todo o
tempo.

Ripper sabia o porquê, mas manteve o sorriso para si


mesmo. Seu amigo sempre foi apaixonado por morenas.

A porta do restaurante abriu, e seu próprio tormento


entrou. Judi ainda não os tinha visto no restaurante. —Olha
quem está aqui—, disse o Curse, acenando com a cabeça em
direção a ela.

Sua voz ganhou sua atenção, e ela olhou na direção deles.


Ripper reconheceu o sorriso falso. Ela não esperava vê-los ali.

—Ei, rapazes, estão aqui para o café da manhã?—


Perguntou, aproximando-se da mesa.

—Acho que está mais para hora do almoço, agora—, disse a


Ashley, sorrindo. —Não quer se sentar com a gente?—

—Não, tenho umas leituras para terminar.— Acenou com a


cabeça para cada um deles, evitando seus olhos. Tentou não
olhar enquanto ela seguia para a parte de trás do restaurante.
Mia voltou com a comida deles.

Ripper observou quando o Curse se inclinou para sentir o


cheiro da pele dela. O movimento foi leve, mas sua amizade era
antiga. Reconhecia os seus movimentos, coisa que os outros não
faziam.

Mia os deixou sozinhos para atender a Judi.

—Vejo que alguém chamou sua atenção—, disse Ripper.

Curse olhou para ele enquanto a Ashley se animava. —


Verdade, quem?—

—Nada.— Ambos os homens responderam, juntos.


Mordendo suas panquecas, Ripper tentou ignorar a mulher na
parte de trás do restaurante. Quando todos terminaram, Ashley
se despediu da sua amiga. Ele ficou para trás para poder dar
uma palavra com a Judi. Ela parecia pálida demais para o seu
gosto, e odiava pensar sobre o seu sofrimento.

Olhando para fora da janela, viu a última das motos


desaparecer antes de ir para a parte de trás e sentar-se em
frente à mulher que assolava seus pensamentos.

Ela ficou tensa quando ele se sentou.

—Qual é o problema?— Perguntou ela.

—Nada, queria ver como você estava.— Ele se reclinou,


olhando para ela.

Judi fez uma pausa, colocando o garfo no prato. —Eu estou


bem, Ripper—.

Olhando em seus olhos castanhos escuros, imaginou o que


estava acontecendo na cabeça dela. Ela sempre o fascinou, mas
ele cortava qualquer um dos pensamentos curiosos da sua
mente. Pela primeira vez, nos últimos dois anos, queria saber
mais.

—Sério?—

—O que você quer que eu diga?— Ela pegou o garfo para


comer um pouco mais.
Inclinando-se, ele agarrou uma das suas panquecas e a
comeu. —Ontem à noite você matou um homem. Não sou um
idiota, e não preciso de um diploma para saber que isso fode
com a cabeça das pessoas.— Sua primeira morte o deixou
cambaleando por vários dias. Para superar isso, tinha bebido, se
drogado feito um doido, e comido cada boceta disponível, para
parar de pensar sobre o que tinha feito. Fazer parte da gangue
também o ajudou.

Lágrimas encheram seus olhos, e ela olhou para a comida.

—Estou tentando não pensar sobre isso.—

Sua voz era apenas um sussurro, mas sentiu a tristeza


nela.

—Você precisa pensar sobre isso para poder superar.—

Ela olhou para cima, encarando-o. —Você me disse para


não falar sobre isso, fora daquele quarto de hotel. Por que está
me forçando a falar, agora?—

—Porque eu estava sendo um idiota, e você merece mais


do que isso. Matar um homem não torna as coisas mais fáceis.
Eu cuidei dele, mas você precisa cuidar disso aqui.— Colocou os
dedos na têmpora dela.

—Nunca vou ser capaz de superar isso. Eu matei um


homem.—

—Eu sei. Eu matei muitos.—


Ela fechou os olhos, pegando o garfo e começando a revirar
a comida. —Como você lidou com isso?—

—Da maneira usual, bebendo, me drogando e fodendo.


Duvido que vá ser assim para você.—

Judi balançou a cabeça. —Eu já fodi homens suficientes.—

Suas mãos se apertaram, em seus lados. —Não—, falou.

—Não, o quê? É a verdade.—

—Não, não é. Você foi fodida por homens, forçada a fazê-lo.


Você não estava disposta.—

—Como você sabe?— Ela perguntou, olhando para ele.

—Uma mulher disposta não apanha, até ficar toda roxa, do


seu cafetão.—

Seu rosto estava corado. Alcançando-a, pegou a mão dela.


—Aposto que você nem, sequer, sabe qual é a experiência de ter
um orgasmo de verdade.—

Cala a boca, Ripper.

Ele não deu ouvidos à razão. —Você sabe como é ter um


homem cheio de tesão por você, lambendo sua vagina doce?—

Ela suspirou, olhando para ele. —Ripper, o que você está


fazendo?—
—Nada. Porra nenhuma.— Se levantou, jogando algumas
notas em cima da mesa. —Se precisar de mim, me ligue.—

Se apressou em sair da lanchonete, e montou na moto.


Qual, diabos, era o problema dele? Judi não era problema seu.
Ela tinha vinte anos e merecia uma vida de amor e felicidade,
onde todos os seus sonhos se tornassem realidade. Ele não era o
tipo de homem que assumia tal compromisso.

Avançando para fora da cidade, sentiu o vento no rosto,


não se importando por não estava usando capacete. Segurança
era para maricas de merda.

Ripper pilotou pelas próximas horas, os pensamentos


atormentados pela Judi. Ela não deveria estar invadindo seus
pensamentos ou mesmo despertando seus desejos sexuais.
Quando retornou ao clube, encontrou o Devil e a Lexie. Vincent e
Phoebe estavam ausentes, junto com as crianças.

Lexie estava encolhida, pálida, contra o Devil. Estava


esfregando o estômago e bebendo um pouco de água. Sua
cabeça descansava no joelho do Devil. Acenando com a cabeça
na direção do seu presidente, Ripper foi para o quarto para se
concentrar nos seus sentimentos pela Judi. Ela era, apenas, uma
mulher, uma que ele não podia foder.

Nunca ia ter a Judi. Pararia de pensar nela. Ela não era sua.
Deitado de costas contra a cama, Ripper rosnou quando o
rosto dela invadiu seus pensamentos. Que porra ele iria fazer?

****

Que diabos aconteceu?

Judi olhou para o assento vazio à sua frente,


completamente perplexa com o que aconteceu. Pegando o garfo,
deu uma mordida na panqueca, em seguida, outra. Suas
palavras a deixaram molhada entre as coxas. Acabando de
comer, voltou para a biblioteca, a fim de terminar o trabalho no
computador. Quando deu cinco horas, estava exausta e voltou
para casa. A caminhada era longa, e chegou em casa uma hora
mais tarde. Lexie estava na cozinha, fazendo algum tipo de
molho, no fogão.

—Ei—, falou a Judi.

—Oi, o Devil e as crianças estão na sala de jantar, se você


quiser se juntar a eles.—

—Você devia estar trabalhando?—

—Estou bem, querida. É apenas o começo, e vou superar


isso. As mulheres têm ficado grávidas durante séculos.—

Elas também morriam por causa disso.


Judi manteve seus pensamentos para si mesma e entrou no
aposento. Elizabeth estava brincando com um livro, enquanto o
Simon estava pressionando botões no seu brinquedo ruidoso. Viu
que o Devil se inclinava sobre um livro.

—Alguma coisa interessante?— Perguntou Judi.

Ele levantou o livro, e ela viu que era um guia sobre


gravidez.

—Ainda preocupado com os seus enjoos?—

—Sim, ela não se sentia assim na gravidez da Elizabeth, e


não vou arriscar merda nenhuma por causa disso.—

Balançando a cabeça, largou a bolsa, pegando outro livro


sobre gravidez da prateleira no canto da sala. Vinte minutos
depois, Lexie entrou, assobiando, quando viu o que eles estavam
fazendo. —Parem com isso, vocês dois. Estou perfeitamente
bem. Agora, parem de tentar consertar algo que nem existe.—
Colocou os pratos na frente deles.

—Baby, vou continuar procurando até descobrir o que há de


errado com você.—

Ninguém, nem mesmo a Lexie, dizia ao Devil o que fazer ou


não. Lexie suspirou, mas nem chegou a argumentar com ele.

—Tudo bem, não se preocupe. É apenas o enjoo matinal e


nada mais.— Lexie se sentou e mergulhou na sua comida.
Judi comia com prazer, amando o molho picante. Percebeu
que o olhar do Devil estava constantemente sobre a Lexie, e a
inveja a acertou, duramente.

Qual seria a sensação de ter um homem apaixonado por


ela, tanto quanto o Devil amava a Lexie? Depois do jantar, lavou
os pratos, se assegurando que a Lexie descansasse. Limpando a
mesa, pensou no Ripper e o seu comentário. Nunca tinha
experimentado um único orgasmo, ou conhecido o sentido da
paixão verdadeira. Fechando a porta do seu quarto, descansou a
cabeça contra a madeira desejando que o Ripper não tivesse dito
aquilo, mais cedo, no restaurante. Seus pensamentos eram,
constantemente, sobre sexo e nada mais. Tinha fodido com
vários homens e, ainda assim, quando confrontada com a
sexualidade crua do Ripper, não soube como agir. Suas emoções
estavam, completamente, fodidas. A vida era melhor quando ela
não tinha que pensar em sexo, homens ou nada mais, apenas
nos seus estudos.

Afastando-se da porta, foi ao banheiro e começou sua


rotina noturna. Eram apenas sete horas, mas precisava lavar o
suor e a sujeira do seu corpo. Até mesmo sentar na biblioteca,
lhe causara suor e calor. Não havia nenhum ar condicionado no
interior do pequeno edifício. De pé, debaixo do chuveiro, deixou
a água quente escaldar seu corpo.

O pensamento das mãos grandes e capazes do Ripper


invadiram sua mente. Pressionando as palmas das mãos na
parede, mordeu o lábio tentando conter o gemido de
necessidade que ameaçava escapar.

Você não merece o amor ou a luxúria.

Você é uma prostituta e uma assassina.

Mudando da água quente para a fria, engasgou com a


queda repentina da temperatura, o gelo atacando sua pele.
Quando não conseguia mais aguentar o frio, desligou a água e
saiu. Enrolou uma toalha em volta do corpo e, em seguida, outra
no cabelo. O espelho estava embaçado pelo vapor e, quando
passou a mão nele para poder enxergar, engasgou, quando o
homem da noite passada olhou para ela. Fechando os olhos, o
coração batendo forte, se forçou a olhar, novamente, para o
espelho, para se encontrar olhando de volta para ela.

—Ele se foi, e não vai voltar.—

Entrando no quarto, ouviu o bip do seu celular. Franzindo a


testa, ela foi ver quem era.

Ripper: O que você está fazendo?


Que merda estava acontecendo com ele? Tinham se dado
bem nos últimos anos, mas ele nunca se preocupou em saber o
que ela andava fazendo.

Judi: Estou em casa, se é com isso que você está


preocupado.
Jogando o celular sobre a cama, secou o cabelo,
rapidamente, antes de passar uma escova por todo o
comprimento. Adorava ter tempo para se livrar de cada nó.
Quando se mudou, da primeira vez, com o Devil, passava horas
escovando os cabelos. A Lexie assumia quando seus braços
doíam. O celular apitou, novamente. Deixando a escova cair na
cama, pegou o pequeno dispositivo.

Ripper: Quer ir a algum lugar?

Judi: Você não tem uma prostituta para foder, no


clube?

Ripper: Não! Quer dar uma volta?

Olhando de relance para a porta, Judi se perguntou o que


ele estava fazendo. Ripper era seu amigo, mas sempre manteve
uma boa distância dela.

Ripper: Então?

O Devil e a Lexie nunca entravam no quarto dela. Teve uma


vez que o Devil entrou, enquanto ela estava se vestindo. Ela
gritou com ele, que ficou vermelho e saiu. Desde então, nenhum
deles entrava no seu quarto.

Judi: Me pegue às dez.

Ripper: Rebelde!
Ela sorriu, indo até o guarda-roupa e colocando um jeans e,
em seguida, uma camiseta. Prendendo o cabelo em um rabo de
cavalo, foi em direção à janela. Lentamente, desceu pela janela
do seu quarto utilizando os suportes para as plantas trepadeiras
que a Lexie usava para apoiá-las. A Lexie estava de pé na
cozinha, e ouviu o Devil falar.

—Não quero que nada aconteça com você—, disse Devil,


envolvendo os braços em volta da sua cintura.

—Tenho certeza que haverá uma abundância de bocetas


para me substituir.—

Judi observou quando o Devil agarrou o queixo da Lexie,


fazendo com que o encarasse. —Não dou a mínima para
qualquer outra boceta, apenas a sua. Promete que se isso
piorar, você vai me dizer.—

A emoção crua no rosto dele, acertou a Judi


profundamente. Este era o tipo de amor sobre o qual as pessoas
escreviam, mas eles o domavam para torná-lo palpável. Devil
morreria pela Lexie e vice-versa. Afastando-se, deixou o casal
desfrutando o momento. Ripper estava esperando por ela na
estrada, com o farol desligado.

—Vamos, princesa. Vamos nos divertir um pouco.— Lhe


entregou um capacete, esperando ela subir na carona da moto.

—O que deu em você?— Ela perguntou.


—Não sei. Precisava de uma companhia e queria a sua.—

Ela envolveu os braços na sua cintura quando ele ligou a


moto. Pressionando a cabeça contra as costas dele, sentiu seu
poder entre as coxas enquanto andavam de moto, na estrada.
Ripper era um especialista, mas à cada curva, teve que
aumentar o aperto.

—Não estou colocando-a em risco. Pare de entrar em


pânico.— Ele gritou, para ser ouvido acima do vento e do
barulho.

Fechando os olhos, Judi se deleitou com a liberdade. Rob


tinha tirado sua liberdade, prendendo-a em carros, quartos de
hotel ou, até mesmo, no seu apartamento, com homens que ela
não queria por perto. Tinha fodido com todos eles, gordos,
magros, empresários, bandidos, até mesmo com caras que
frequentavam a mesma faculdade que ela. Judi estremeceu,
mantendo os olhos fechados para se livrar das memórias. Já não
era uma prostituta da cidade, junto com todas as outras
mulheres do Rob.

Devil a tinha levado para longe da dor e do cheiro de sexo.


Será que ela descobriria o que se sentia ao fazer amor?
O tempo passou, com o Ripper voando baixo pelas
estradas, até que parou em frente a um restaurante. Entraram,
ocupando uma mesa nos fundos.

—O que estamos fazendo aqui?— Perguntou, sentando na


frente dele.

—Estou com fome e com sede. Peça o que quiser. A comida


é por minha conta.—

Olhou para o menu, enquanto a garçonete anotava o seu


pedido de três hambúrgueres e batatas fritas completos,
incluindo salada. Judi pediu um milk-shake e um hambúrguer.

—Uau, como você não pesa mais de uma tonelada?— Ela


perguntou.

—Eu me exercito todos os dias.—

—Sim, ouvi dizer que você é muito bom em um programa


de perda de peso.— Judi revirou os olhos, sorrindo.

Ripper não estava rindo. Parecia irritado. —Eu não fodo


tudo o que anda.—
—Eu não disse que você fazia isso. Não me importo de você
ser um pegador e tudo mais.— Sorriu para ele, tentando aliviar o
clima. —Alguém tem que manter o emprego das prostitutas.—

—Curse é mais do que suficiente para elas.—

—Só estou brincando, Ripper. Além de todos os homens, as


prostitutas falam sobre você, para dizer o mínimo.—

Ele parecia satisfeito com sua resposta. A garçonete lhes


serviu a comida e a bebida.

Ripper acabou com um hambúrguer em três mordidas. Judi


ficou de queixo caído ao ver o quanto ele comia. Ele não era
gorducho, de jeito nenhum.

—Os passeios que fazem isso com você?— Perguntou.

—Como você está lidando com o que aconteceu ontem à


noite?— Ignorou a sua pergunta com uma própria.

—Humm, estou lidando com isso, eu acho.—

Ele olhou para ela, enxergando, claramente, através da sua


mentira.
—Eu saí do chuveiro, e imaginei que eu o tinha visto.—
Parou para esfregar o pescoço. Sua garganta estava se
fechando.

—Você vai se sentir assim por um longo tempo.—

—Você se sente assim?—


Capítulo Quatro

Ripper encarou a Judi, imaginando o quanto devia


compartilhar com ela. Sua vida não tinha sido sempre um mar
de rosas. Aprendeu, da maneira mais difícil, que ninguém se
importava com ele. Filho de uma prostituta, tinha feito de tudo
para ganhar a vida. Matar alguém, pela primeira vez, o atingiu
fortemente, mas agora, era sua segunda natureza. Ninguém
mexia com ele ou com os irmãos da sua gangue. A responsável
pela salvação da sua vida era a Chaos Bleeds. Ele lhes devia
tudo.

—Sim, eu me senti desse jeito. Não há como parar isso.


Somos humanos, e tirar uma outra vida ainda cobra o seu
preço.— Matar pessoas tinha, há muito tempo, deixado de ser
um problema. Se alguém precisava morrer, então, estava mais
do que feliz em fazer isso.

—Como você superou isso?— Ela perguntou.

Olhando por cima da mesa, ele a viu mordiscar um


hambúrguer. Ela não estava fazendo justiça à sua comida.
Ninguém mordisca um hambúrguer.

—Eu não podia trazê-los de volta. Não importa o quanto eu


pensasse sobre isso, não conseguiria trazê-los de volta à vida.
Eles estavam mortos. Eu não. Aquele homem no qual você
colocou uma bala na cabeça, ele teria fodido você, aquela
noite.— Ele parou, esfregando as mãos para tentar amenizar a
raiva. —Aquele desgraçado teria forçado seu pau dentro de você,
Princesa. Ele teria estuprado você e, provavelmente, a matado,
para você não falar nada.—

Ela olhou em volta do restaurante. —Por que você está


dizendo essas coisas?—

—Porque são verdadeiras e você precisa parar de se sentir


culpada. Se fosse comigo, ia matá-lo num piscar de olhos. Você
fez bem em se proteger.—

—Fiquei surpresa por você não ter contado ao Devil. Por


que não fez isso?— Perguntou. —Você não era obrigado a me
ajudar.—

—Se você quer contar, então, faça isso. Duvido que irá
deixá-la sair depois de escurecer, e suas janelas e portas seriam
fechadas com pregos.— Levantou uma sobrancelha esperando
para ela absorver o que ele estava falando. —Devil assumiu o
papel de pai com você. Você é sua filha. Não o teste. Caso
contrário, estará implorando por algo diferente.—

Ele deu outra mordida no seu hambúrguer, esperando que


suas palavras penetrassem a fundo.
—E você?—

—O que tem eu?— Perguntou.

Suas bochechas ficaram coradíssimas. —Humm, o que


estava fazendo hoje, lá na outra lanchonete, falando sobre sexo
e orgasmo?—

Ripper riu. —Você não gostaria de descobrir?—

Não havia como negar sua atração por ela. Não iria levá-la
longe demais. Se ele a tocasse, Devil iria matá-lo. Imaginou
que, passar um tempo com ela, ia mostrar que sua atração não
era mais do que amizade.

—Você vai voltar para a faculdade?— Perguntou.

—Sim, acho que sim. Não tenho certeza. Com a Lexie


sofrendo com a gravidez recente, estou pensando em ficar por
perto e fazer as aulas online.— Passou os dedos pelo cabelo
enquanto falava.

Estava contando que ela partisse para acabar com aquela


merda que estava acontecendo dentro dele.

—O que está havendo com a Lexie?—


—Ela teima que a sua indisposição é só um enjoo matinal.
O Devil está preocupado. Vejo o jeito que ele a olha, e ele
acredita que é algo mais.— Finalmente, deu uma grande
mordida no seu hambúrguer. —Você quer que eu vá embora
para a faculdade?— Perguntou.

—Por que você pergunta isso?—

—Eu lhe causei nada mais do que problemas. Quer dizer,


você está aqui comigo, e aposto que, se não fosse por mim,
estaria com uma garota, agora, ou na boate de strip.—

Balançou a cabeça. —Não, não estou aqui por qualquer


outra razão além de querer passar mais tempo com você.—

Pronto, tinha falado.

Ela ficou em silêncio pelo resto da refeição. Quando


terminaram, jogou algumas notas em cima da mesa, em
seguida, se levantou.

—Vamos, vamos voltar para a cidade.—

Judi colocou o capacete ao subir na parte traseira da moto.


Estavam voltando para Piston County quando pararam em uma
das colinas mais altas que ofereciam uma vista da cidade. Era
uma pequena área para piqueniques, então ele estacionou e
desmontou.

—O que você está fazendo?— Perguntou ela, seguindo-o.


Seu cabelo estava uma bagunça, mas ela parecia incrivelmente
bonita.

A lua brilhava, alta no céu, banhando a pequena cidade. —


Sente-se aqui, comigo, um pouco.— Deu um tapinha no lugar ao
seu lado, no banco, não querendo que o tempo terminasse. Ela
se sentou ao lado dele. Sua mão estava no banco entre eles.
Olhando fixamente para a mão dela, voltou seu olhar,
novamente, para a vista. —Adoro vir aqui. Nós paramos de
viajar para ficar nesta cidade.—

—É tão pequena.—

—Eu sei.— Incapaz de se conter, Ripper cobriu a mão dela


com a sua. Em comparação com a dele, sua mão era muito
pequena, minúscula mesmo.

Ouviu o suspiro dela. —No que você está pensando?— Ela


perguntou.

—Que não há nenhum lugar no qual eu preferiria estar, do


que sentado com você, olhando para onde vivemos. Estive na
estrada a maior parte da minha vida. Não sou um homem bom,
Judi. Na verdade, alguns diriam que sou um filho da puta
completo, mas posso lhe prometer que a manterei protegida e
eu cumpro minhas promessas.—

—Por que você está dizendo isso?—

Ripper não respondeu. Nem ele sabia o porquê.


Entrelaçando seus dedos, olhou para a vista, desejando que as
coisas fossem diferentes.

Seu pênis engrossou e ele fechou os olhos, desejando que


aquilo sumisse.

—Você estava certo—, disse ela, capturando sua atenção


mais uma vez.

—Sobre o quê?— A parte sã do seu cérebro sabia aonde


esta conversa estava indo, enquanto a outra só queria que ele se
soltasse.

—Nunca fui beijada antes, não por um cara que eu queria.


Você estava certo sobre muitas coisas.—

Que porra ele estava fazendo?

O Devil vai te matar se você continuar.


A imagem dos seus lábios e do seu corpo inteiro
pressionado contra o dele, invadiu seus pensamentos. Desde a
noite anterior, vinha imaginando-a de várias maneiras
diferentes. Nem mesmo a Ashley podia substituir sua beleza. Ele
estava fodido.

—Merda, realmente, não devia estar fazendo isso.— Judi


levantou e puxou sua mão, da mão dele. Ele a segurou,
recusando a deixá-la ir. —Isso é loucura.—

Levantando-se, ele a puxou para perto, para que ela não


tivesse outra escolha, a não ser cair contra ele. —Eu sei, mas
me diga que você não quer isso e vou soltá-la. Eu não sou um
estuprador, princesa.—

O Devil vai te matar.

Mesmo com a ameaça que atravessou sua mente, colocou a


mão no seu quadril, então deslizou para a curva da sua bunda.
Com a comida de Lexie, Judi tinha crescido em todos os lugares
certos. Os seios dela eram adoráveis e cheios, o rabo firme e os
quadris arredondados.

Seu pênis pulsou mais forte, pressionando o estômago dela.


Inclinando sua cabeça para trás, olhou nos olhos dela antes
de deixar o olhar descer sobre seus lábios carnudos. A língua
dela deslizou para fora, para molhar os lábios.

—Bem, o que você quer fazer, Judi?— Perguntou.

Nunca quis uma mulher, tanto quanto a queria.

—Eu não sou uma virgem.—

—Eu não estou pedindo uma virgem.— Ripper não estava


no clima para mulheres que nunca tinham conhecido um pau
antes, embora a Judi, realmente, não soubesse nada; ela só
pensava que sim.

—O Devil não pode saber, nunca.—

—Não vou contar para o seu pai o que pretendo fazer com
você.— Acariciou seus cabelos, puxando sua cabeça para trás,
expondo o pescoço dela. Ripper se inclinou, pressionando os
lábios no seu pescoço, mordendo. —O que é que vai ser,
princesa?—

Ela ficou em silêncio por vários minutos, provocando-o, à


espera de uma resposta. Sugando a carne do seu pescoço,
tentou não deixar uma marca. Devil reconhecia um chupão a um
quilômetro e meio de distância. O que estava acontecendo entre
eles? Ripper não tinha uma resposta. Sempre gravitavam na
direção um do outro. Lembrou-se que, frequentemente, a Judi
ficava com ele, conversando e cozinhando, enquanto os outros
se misturavam.

Não pense. Sinta.

—Sim, eu quero isso, Ripper.—

—Então, é melhor você me dizer o que quer. Não vou fazer


nada que você não queira.— Ambas as mãos foram até o cabelo
dela, puxando-o, de modo que ela não ia conseguir esconder sua
resposta dele.

—Quero que você me beije.—

Baixando a cabeça, roçou os lábios contra sua bochecha. —


É isso que você quer, baby?—

—Não, nos meus lábios. Quero que você me beije do jeito


que me falou.—

Sorrindo, pressionou seus lábios nos dela, à espera da sua


resposta. As mãos dela pousaram nos seus braços, segurando
seus músculos. —Não tem como voltar atrás.—

—Eu sei.—
Agarrando sua cabeça, colou seus lábios nos dela,
mergulhando a língua na sua boca. Ela arfou, abrindo os lábios,
e o Ripper aproveitou aquela vantagem. Judi encontrou sua
língua com a dele, deslizando uma contra a outra.

Com suas mãos nas mãos dela, só a beijou, sem pressionar


o pênis no seu estômago.

Ela gemeu, e ele não a soltou. Quando teve certeza que ela
não ia se afastar, deslizou as mãos para baixo, sobre a sua
bunda. Judi era sua e, parte dele, sabia que nunca a deixaria
partir.

****

Olhando para o seu reflexo, Judi imaginou se havia alguma


diferença depois daquele beijo sem igual. Ele a deixou há dez
minutos atrás, e ela escalou o muro para entrar no seu quarto.
Não havia sinal de ninguém lá e ela, rapidamente, tirou a roupa
e colocou o pijama. Soltando o cabelo, virou o rosto para a
esquerda e para a direita. Depois que começou, Ripper passou
um longo tempo, simplesmente, beijando seus lábios.

Pressionando um dedo sobre os lábios sentiu que podia


saborear o gosto dele na sua língua. Ele não parou de beijá-la
até que estivesse pronto para parar. Seu toque era exigente e
doce ao mesmo tempo.

Você está ficando louca.

Desligando a luz, foi para a cama e se deitou, olhando para


o teto. De maneira nenhuma ia voltar para a faculdade. Falaria
com o Devil, em breve, sobre mudar para aulas on-line, em vez
de deixá-los. Pensando no Devil, entendeu o que o Ripper havia
falado. Ele se tornou o pai que ela nunca teve. A gangue era sua
família, e ninguém mexia com ela. Conhecia a dinâmica da
gangue. Quando haviam reuniões familiares, vinham todas as
garotas e todos os homens, também.

Judi se recusou a pensar no Ripper como algo diferente de


um amigo com benefícios. Ele não era o tipo de homem que se
acomodava com uma mulher. Já tinha ouvido várias garotas
falando sobre suas necessidades dentro do quarto. Sua atitude
também era conhecida como sendo inacessível. Ripper jamais a
tratou assim. Sempre foram cordiais, um com o outro.

Rolando para o lado, olhou para fora da janela, para a


escuridão. Como seria, finalmente, se entregar a um homem que
queria, de verdade? Afofando o travesseiro, rolou para o outro
lado, tentando esquecer aquele beijo. Fechando os olhos, se
sentiu muito cansada e só queria dormir.
Na manhã seguinte, acordou com o Simon gritando.
Levantando-se, entrou no berçário para encontrar o Devil
tentando trocar a fralda da Elizabeth ao mesmo tempo que
tentava entreter o Simon.

—Porra, você fede, menina—, disse Devil.

Rindo, Judi entrou na sala sentindo-se, realmente, feliz. —


Vou ajudá-lo.—

—Sim, você cuida da Elizabeth, e eu vou começar a fazer o


café da manhã—, disse o Devil.

Pegando o Simon, ela balançou a cabeça. —Você é o papai,


querido. Você consegue lidar com essa... bagunça.—

Saindo do berçário, Judi não conseguiu parar de rir no


caminho até a cozinha. Parou para dar tempo do Simon ir ao
banheiro antes de fazê-lo lavar as mãos. —Seu pai vai pagar
todos os pecados dele, trocando fraldas.—

Colocando a chaleira no fogo, ela colocou um pouco de


mingau em uma tigela para o Simon, em seguida, observou
enquanto o Devil descia as escadas, parecendo esverdeado.

Ela lhe entregou um café, antes de voltar para o fogão.


—O que tem para o café?— Perguntou.

—Estou fazendo ovos mexidos. Não estou fazendo nada


com cheiro muito forte—, disse ela, apontando para o teto.

—Eu sei. Ela dormiu a noite toda. Tudo que li nos livros diz
que é só o enjoo matinal, mesmo, e que deve passar.—

Judi os serviu e sentou à mesa, olhando para ele. —Por que


você acha que tem algo diferente?—

—Ela não teve esse tipo de mal-estar com os outros dois.—

—Outro—, ela disse, apontando para Simon.

—Merda, sim. Eu esqueço, às vezes. Ela não teve isso com


a Elizabeth.—

Simon não era filho da Lexie. Sua irmã o deixou com ela,
poucos dias depois dele ter nascido. Judi não sabia o que tinha
ido acontecido entre a irmã da Lexie, Kayla, e o Devil, só que a
Kayla tinha retornado para buscar seu filho.

—Nenhuma gravidez é igual. Confie na Lexie. Ela vai deixar


você saber quando algo não estiver certo.—
Ela comia os ovos mexidos e tentava não pensar sobre a
noite passada. Pensamentos dos lábios do Ripper sobre os dela e
indo até seu pescoço, estavam invadindo seus pensamentos,
constantemente.

—O que você fez ontem à noite?— Perguntou Devil.

—Humm, li um pouco. Tem uma coisa que eu quero falar


com você, na verdade. Estava pensando em terminar meus
cursos, online. A Lexie podia contar com a minha ajuda, e eu
posso aprender a mesma coisa aqui, que na faculdade.— Olhou
fixamente em seus olhos esperando que ele não percebesse o
rubor que, estava certa, corava suas bochechas.

—O que há de errado com a faculdade?—

—Nada. A Lexie e a Phoebe precisam de mim. Também sei


que os negócios do clube ainda estão fracos.— Levantou a mão
para impedi-lo de interferir. —Os Skulls discutem, assim como
você. Também reparei que você tranca a porta do seu escritório.
Não minta para mim, Devil. Não estou querendo fazer parte
disso, mas você não pode estar aqui vinte e quatro horas por
dia, sete dias por semana. O que vai acontecer se for necessário
ajudar os Skulls, novamente?—

Alguns anos atrás, não muito tempo depois que ela foi
morar com o Devil e a Lexie, ele sumiu por um tempo para
ajudar o Tiny, presidente dos Skulls, quando esteve sob ameaça.
Os dois clubes haviam formado uma espécie de amizade, e a
Lexie sempre cuidava deles, quando os visitavam.

—Você sabe demais para o seu próprio bem.—

—Posso ficar em casa?— Perguntou.

—Se você for mal na faculdade, vou te dar uma surra—,


disse ele.

Judi começou a rir. Ela nunca tinha sido tão querida em


toda a sua vida. —Você está brincando, certo? Tenho vinte
anos.—

—Sim, mas sou maior, mais forte, e pago a sua faculdade,


Princesa. Vou colocá-la sobre os joelhos se tiver que fazer isso.
Você é a minha menina, lembra?—

Ela sabia que não devia achar a ameaça de uma surra,


doce, mas o fez. Devil tinha, realmente, levado o papel de ser
seu pai, a sério.

—Eu amo você, Devil.—

—Eu também te amo, princesa.—


Não havia amor sexual entre eles. Eram como pai e filha.

—O que eu perdi?— Perguntou a Lexie, entrando na


cozinha. Havia um pouco de cor nas suas bochechas pela
primeira vez, desde que sua gravidez começou.

—Nada. Vou ficar por perto, por um tempo—, disse a Judi,


pegando algumas torradas para a Lexie.

—Sério, por quê?—

—Mamãe—, disse o Simon, alcançando a Lexie.

—Deixe-a, filho—, disse o Devil.

—Acho que é melhor eu ficar por aqui. Você pode pensar


que não precisa de mim, Lex, mas você precisa.—

—Eu não vou mentir. Sua presença é bem-vinda,


especialmente quando o Devil sai para uma das suas entregas.
Eu sei que você deixou isso com os rapazes. Eles precisam do
seu líder com eles, baby.—

Judi assistiu o momento entre os dois, sem dizer nada.

—Vou até a biblioteca para providenciar tudo. Estarei em


casa por volta do meio dia.— Judi beijou a Lexie na bochecha,
em seguida, se virou para fazer o mesmo no Devil. Uma vez que
estava vestida, viu uma mensagem do Ripper para ela.

Ripper: O que você vai fazer hoje?

Judi: Estou indo para a biblioteca.

Caminhando, com a bolsa no ombro, desceu as escadas e


deu tchau para o Devil. Ela não se importava de caminhar até a
cidade. Seu celular apitou, e viu que era o Ripper, novamente.

Ripper: Encontre-me na esquina.

O que ele estava fazendo? Excitação encheu cada parte dos


seus sentidos. Mesmo quando achava que ele era louco, não
conseguia impedir a emoção de saber que ia vê-lo de novo, tão
cedo. Caminhando até a cidade, prosseguiu até a esquina da
biblioteca para encontrar o Ripper lá, fumando. Jogou o cigarro
fora quando a viu.

Caminhando em direção a ele, parou, com distância


suficiente entre eles para que ninguém pensasse nada sobre eles
estarem juntos. —O que está fazendo aqui?— Perguntou.

—Vim ver você.—


—Eu conversei com o Devil. Tenho que voltar para casa na
hora do almoço.—

—Não estou aqui para prendê-la, baby. Venha cá e me dê


um beijo.—

Seu coração pulou dentro do peito. Encurtando a distância


entre eles, colocou os braços ao redor do seu pescoço enquanto
ele segurava a cintura dela. Seus lábios estavam nos dela no
segundo seguinte, e ela sentiu como se estivesse flutuando para
longe, com o prazer daquele beijo único.

—Porra, senti sua falta, a noite passada—, disse ele,


murmurando as palavras contra seus lábios.

—Nós só ficamos separados por algumas horas.—

—Não conseguia parar de pensar nos seus lábios. Eles são a


única coisa na qual consigo pensar.—

Puxando-o para baixo, ela lambeu ao longo dos seus lábios


cheios antes de enfiar a língua em sua boca. Suas mãos
apertaram sua bunda, e calor inundou sua vagina.

—Certo, vou deixar você ir fazer o seu trabalho—, disse ele,


afastando-se e forçando-a a ficar longe dele.
—O quê? Você vai embora, assim?—

—Sim, e tente se concentrar no seu curso, não em mim.—


Passou um dedo pela sua bochecha, antes de partir.

O bastardo. Ele sabia que ela não seria capaz de se


concentrar em qualquer outra coisa, apenas nele.

Grunhindo, com aborrecimento, invadiu a biblioteca.


Finalizando o seu trabalho, on-line, enviou um e-mail para a
faculdade, em seguida, fez os arranjos para os seus livros da
faculdade serem enviadas para casa. Durante todo o tempo que
trabalhou, seus lábios formigavam pelo simples contato com os
do Ripper.
Capítulo Cinco

—Alguém sabe o que está acontecendo com o Tiny e os


Skulls?— Perguntou o Ripper. Quando entrou na sede do clube,
vinte minutos atrás, tinha descoberto que todos eles estavam
reunidos, empenhados em uma discussão. Devil pareceu
satisfeito com sua desculpa de precisar de um passeio, para não
estar no clube. Pensou na Judi e na forma como os seus lábios
tinham tremido sob os dele, quando a beijou. Porra, não
conseguia esquecer isso.

—Tiny entrou em contato, falando sobre uma garota


chamada Prue. Ela foi baleada e está no hospital, em estado
crítico. Ninguém sabe que ele me ligou para me manter
atualizado,— Devil disse, passando um dedo sobre os lábios.

—Quem é Prue?— Perguntou o Curse.

—Ela tem algo a ver com o Zero. O Tiny acredita que um de


seus rapazes está em perigo. Pediu a nossa ajuda, se for
necessário. No momento, é apenas a Prue, e eles não sabem
muito mais.—

Esta era a hora deles trazerem as ideias para a mesa e


lidarem com os problemas da gangue.
—Eu poderia fazer uma viagem. Se o Tiny precisa de nós,
ficarei feliz em apoiá-lo e ir para Fort Wills. Adoro ver o pânico
dos Skulls, quando chegamos—, disse o Curse, falando em
primeiro lugar.

—O problema que tenho é a Lexie. Se alguma merda


acontecer com a gravidez ou com a Princesa, preciso de pessoas
aqui.— Devil olhou para cada um deles.

—Eu vou ficar—, disse o Ripper, falando alto.

Todos os homens se viraram para ele. —Já tive a minha


parte de merda por ter viajado e me divertido. Estou bem em
ficar para trás, se vocês precisam ajustar algumas merdas.—
Como desculpa, era muito boa. Só não conseguia imaginar ficar
longe da Judi em nenhum momento, agora. Ontem à noite, ela
não saiu da sua cabeça. Esta manhã, não conseguia pensar em
outra coisa, a não ser na sensação dos seus lábios contra ele.

—Você tem certeza?—

—Sim, tenho certeza—, disse o Ripper. —Alguém tem que


ficar para trás, e não tem nenhum motivo para eu querer me
afastar.—

Curse estava olhando para ele, sem dizer uma palavra.


—Então, está combinado. Se os Skulls precisam de nós,
então vamos, e, Ripper, você fica com o Vincent e alguns
outros.—

—Ficarei.— Acenou com a cabeça e mudou o assunto da


reunião para um negócio de drogas com o Jerry. Jerry era um
traficante de drogas e cafetão. Não vivia muito longe do Devil,
mas chegaram a um acordo, há dois anos, quando se
estabeleceram em Piston County. Eles trabalhavam para o outro
e os lucros eram divididos de forma justa.

Quando a reunião acabou, saiu e foi para o seu quarto.


Curse agarrou seu braço e o levou para fora para terem um
pouco de privacidade.

—Que merda você quer?— Perguntou o Ripper, querendo


estar tomando um banho.

—Nós somos amigos, Ripper. Que diabos está


acontecendo?— Curse tinha os braços cruzados e não se mexeu
um centímetro.

—Não sei do que você está falando.—

—Devo ir contar ao Devil sobre o cara que enterramos,


então, ou você esqueceu disso?— Curse se virou na direção do
Devil.
Merda, jamais deixaria isso acontecer.

—Foi a Judi quem o matou, ok? Ela pediu minha ajuda, não
a do fodido do Devil.— Ripper deixou as palavras saírem da sua
boca.

—A Judi? Que merda ela fez?— Perguntou o Curse,


parecendo estar com raiva.

—Eu não sei. Ela estava caminhando, tomando um ar,


alguma merda assim. Não fiz muitas perguntas para a cadela.
Cuidei do problema.—

—Ela matou uma pessoa, Ripper. Merdas como essa não


vão embora.—

—Estou cuidando isso.—

Cerrou os punhos, e o Curse ficou olhando para ele.

—É melhor você fazer isso. A Judi é preciosa para todos


nós.—

Ripper manteve a boca fechada. Se dissesse algo mais, o


Curse saberia a verdade sobre a mudança dos seus sentimentos
sobre a mulher que consideravam uma princesa.
—Existe alguma coisa que você não está me dizendo?—
Curse perguntou.

—Nada. Já providenciei tudo.— Ripper pensou na paixão


que experimentou nos lábios da Judi. Ela se sentia da mesma
maneira. Tinha visto os mamilos endurecerem, com seu beijo.

A vida que ela levava antes dele aparecer não o afetava. A


Judi podia ter fodido mais de cem homens, mas nenhum deles,
jamais, entrou no seu coração ou na sua mente. O fato dela ter
permanecido inteira, durante toda aquela experiência, foi uma
surpresa. Muitas mulheres já teriam enlouquecido. Haviam
strippers no clube que eram quase da idade dela, mas pareciam
ser bem mais velhas que os vinte anos da Judi.

—Se você precisar de algo, me fale. Farei qualquer coisa


pela nossa princesa.—

Balançando a cabeça, Ripper acendeu um cigarro,


procurando alguma maneira de desviar a conversa sobre a Judi.
—O que havia de errado com você, ontem, no restaurante? A
Mia estava anotando os pedidos, e você se comportava como se
ela estivesse implorando pelo seu pênis.—

Curse pegou o seu cigarro. —Nada.—


—Sério, nada. Então, você não estava imaginando o seu
pau enterrado, profundamente, na boceta dela?—

O outro homem balançou a cabeça. —Atenha-se a foder


mulheres. Estou caindo fora.— Curse o deixou sozinho.

Segundos depois, ouviu o som da moto do Curse


ronronando, ganhando vida. Apoiando-se contra a parte de trás
do muro do clube, Ripper tentou organizar os pensamentos.

Você tem que colocar um fim nesta merda com a Judi. A


gangue é muito mais importante do que qualquer cadela.

Tragando o cigarro, profundamente, fechou os olhos e os


esfregou, para tentar colocar os pensamentos em ordem.

Ela não é sua para tocar, ou para foder.

—Agradeço que você fique para trás, no caso da merda


bater no ventilador—, disse o Devil.

Abrindo os olhos, Ripper viu que seu líder estava ao lado


dele. —Não tem problema. Não me importo de ficar por perto,
pelas meninas.— Olhando, fixamente, para baixo, para os pés, o
tormento começou a se construir, novamente, dentro dele. Judi
estava fora dos limites para os homens como ele.
—Não quero estragar nada. A Judi está mais feliz do que já
vi. A Lexie está enjoando, mas a vida ainda está em curso.—
Devil acendeu um cigarro.

Lançando um olhar para o seu presidente, Ripper viu a dor


nos olhos do Devil.

—Você não vai perder a Lexie.—

—Eu sei. Até que você tenha uma mulher grávida, Ripper,
não diga mais nada.—

Desejou que houvesse algo mais que pudesse dizer. Aos


trinta e três anos, Ripper tinha passado por muita porcaria, mas
sua lealdade ao Devil era absoluta.

Sua lealdade significa uma merda. Você vai foder a Judi.

Ela merece alguém melhor que você.

—Não posso falar sobre filhos. Meu pau sempre usou


preservativo, mas não vou deixar nada acontecer com a Lexie.—

Devil não disse nada.

—Ela se tornou uma stripper pelo Simon. Se uma mulher,


que é tão reservada quanto a Lexie é, algumas vezes, e ainda
assim tirou as roupas para ganhar dinheiro, não vai se colocar
em perigo pelo seu filho.—

—Não dou a mínima para o meu filho. Você acha que vou
querer o pirralho perto de mim, se ele for o responsável pela
morte dela?— Devil gritou as palavras.

Um som ofegante veio de trás dele. Lexie estava ali, pálida,


olhando para ele.

—Merda, baby, eu sinto muito.— Devil foi até a Lexie, que


se virou para ir embora. Esfregando os olhos, Ripper sabia que
tinha fodido tudo conversando com o seu chefe. Merda, não
devia ter dito nada, e a Lexie não devia ter ido embora. Saindo
do clube, que lhe lembrava vários edifícios em Fort Wills,
circulou o prédio para ver a Lexie gritando com o Devil. Com
toda justiça, Devil parecia pronto para pegá-la e carregá-la,
como uma espécie de homem das cavernas.

—Eu enjoo pela manhã, Devil. Quando você vai colocar isso
nessa sua cabeça dura?— Perguntou a Lexie, gritando.

—Você não era assim com a Elizabeth.—

—Novidade, idiota, não estou grávida da Elizabeth.—


Ripper subiu em sua moto, deixando-os argumentarem.
Várias das mulheres estavam rindo. A última coisa que viu foi o
Devil calando-a com a boca. Sim, essa é a única maneira de
manter uma mulher calada, hoje em dia.

Foi até a cidade e entrou na biblioteca. A bibliotecária


estalou a língua para ele. Rindo, procurou através das salas, até
que encontrou a Judi sentada em frente a um computador,
digitando. Por vários minutos, ficou olhando para ela, com os
braços cruzados. Ela parecia absorta em uma leitura, atenta em
cada linha, em seguida, checou alguma coisa em um dos livros.
Dois indivíduos, mais ou menos da sua idade, estavam rindo e
apontando para ela.

Ripper não gostou do olhar nos seus rostos e ocupou o


lugar ao lado dela. —Ei, princesa—, falou, erguendo a voz para
que todos pudessem ouvir.

—O que você está fazendo aqui?— Ela perguntou.

Suas bochechas estavam com um belo tom de vermelho.


Inclinando-se para a frente, afastou uma mecha de cabelo do
seu rosto, para vê-la. —Pensei em vir vê-la. O Devil e a Lexie
estavam discutindo sobre seu enjoo matinal, quando os deixei
no clube. Pensei em vir até aqui, ver o que você está fazendo.—
Ripper queria fazer muito mais do que tocá-la.
—Devo estar recebendo os livros do meu curso em casa,
nas próximas semanas. Quando chegarem, estarei liberada. Só
preciso terminar essa tarefa e poderei ter alguns dias de folga.—

Levantando-se, Ripper sorriu para ela. —Então vá em


frente, termine. Vou dar uma olhada por aí.— Estava indo
ameaçar os dois idiotas com sua arma, mas ela não precisava
saber disso.

—Ok.— Sua atenção já estava de volta no computador.

Agora, ele podia atirar sua raiva sobre os dois homens que
estavam apontando para a sua mulher.

****

Digitando as últimas frases, Judi esfregou a parte de trás


do pescoço e massageou os músculos. Estava olhando para a
tela do computador nas últimas duas horas, e estava sentindo
uma pressão sobre os olhos. O Ripper ainda não tinha aparecido.
A Lexie e o Devil telefonaram para ela, mais cedo, para se
certificarem que ela estava bem. Disseram-lhe para terminar a
tarefa antes de voltar para casa.

—Acabou?— Ripper perguntou, subitamente, aparecendo


atrás dela.
Tomou conhecimento dos dois rapazes, apontando e rindo,
horas antes, mas algo devia ter acontecido, porque deixaram o
prédio, pálidos.

—Sim, já terminei.— Judi se esticou, os músculos se


queixando. Pressionando as teclas necessárias, se levantou e foi
até a impressora. Teria de lê-lo, antes de enviá-lo de volta para
o seu orientador. Salvando o trabalho, afastou umas mechas de
cabelo do rosto, em seguida, desligou o computador. —Estou tão
cansada.—

Seu estômago escolheu esse momento para roncar.

—Com fome, também—, disse o Ripper, rindo.

—Você está rindo de mim?— Ela ficou tensa, sentindo calor


nas bochechas, por causa do barulho que o seu corpo fez.

—Não, eu não estou rindo de você. É uma coisa boa eu ter


bastante dinheiro para alimentá-la.— Pegou a mão dela quando
ela colocou a alça da bolsa sobre o ombro. Antes que dissesse
qualquer coisa ele já estava levando-a para fora, até o
restaurante em frente à biblioteca.

—Você é sempre tão mandão?— Perguntou, ficando irritada


por ele assumir o comando.
Não irritada, excitada.

Afastando aquele pensamento, seguiu atrás dele, sem


nenhuma escolha, quando ele segurou sua mão. Estavam
sentados na parte de trás do restaurante, olhando o menu
dentro de segundos.

—Sim, eu sou mandão. Gosto das coisas feitas do meu


jeito. Além disso, o que você teria feito a respeito da comida?—
Perguntou.

—Teria ido para casa, para comer.—

—Sim, provavelmente, esperaria até o jantar e sobreviveria


com um pedaço de fruta. Mulheres, lunáticas.—

—Que diabos isso quer dizer?— Perguntou ela. Sua raiva


aflorou, diante da sua atitude condescendente.

—Vivemos uma vida só, e você é sempre tão exigente


sobre o que coloca na sua boca. Comida é alimento. Aprecie-o e
saboreie-o.—

—É fácil falar, vindo de um cara que pode comer o que,


diabos, quiser.— Ela cruzou os braços, olhando para ele.
—Eu faço um grande esforço para manter meu corpo em
forma.—

—Fodendo cada mulher com a qual se depara, estou


surpresa por você não ser anoréxico.— Houve um tempo, antes
da Lexie, no qual ela era magra, baixíssimo peso, mesmo.
Agora, tinha curvas em todos os lugares errados.

—Você está com ciúmes?— Perguntou. Havia um sorriso


malicioso no rosto dele. Ela o odiou.

—Não, não estou com ciúmes. Você é um anúncio


ambulante para doenças sexuais.— Ela pegou o menu,
levantando-o na frente do seu rosto, para que não tivesse que
olhar para o rosto presunçoso do bastardo do Ripper. Nesse
instante ela o odiava e tudo o que ele representava.

Ripper moveu-se rapidamente, sentando-se ao lado dela.


Estava presa contra a parede e o seu corpo duro. —Qual é o
problema, baby? Eu deixo você excitada?— Colocou a mão entre
suas coxas, direto contra sua vagina.

Ela engasgou. O calor dele pousou onde ela mais precisava.


—O que você está fazendo?— Ela perguntou, olhando ao redor
da lanchonete. Ninguém estava prestando atenção neles.
Ninguém ia, mesmo, saber que sua mão estava em seu
santuário.
—Estou olhando para o seu menu. Enxotei a garçonete para
longe. Só eu e você.— Ele não removeu a mão.

Fechando os olhos, tentou se concentrar em algo que não


fosse ele. —Isso não devia estar acontecendo.—

Sua calcinha estava encharcada contra a pele. Tinha


certeza disso. A tortura da sua mão estava a deixando louca.
Seus lábios estavam muito próximos do seu pescoço.

—Amo as suas curvas, Judi. Você era magra demais quando


nos conhecemos. Assim está muito melhor. E vou mandar em
você porque é divertido e eu gosto. Imagino que vai chegar o
momento em que você vai gostar, também.—

De repente, sua mão se foi, e ela foi deixada sozinha, onde


ele tinha sentado antes. Passando a língua sobre os lábios,
enfiou uma mecha do cabelo atrás da orelha, enquanto a
garçonete se aproximou. Mia sorriu para eles. —O que eu posso
oferecer?—

Ripper fez o pedido para ambos. Sorrindo, Judi fechou o


menu e esperou a mulher sair.

—Por que você fez isso? É algum tipo de coisa de


controle?— Ela perguntou.
—Fiz isso porque queria.—

—Você sabe que o Devil iria matá-lo se soubesse—, disse


ela, sem saber por que o trouxe à essa conversa.

—A qualquer hora que você quiser contar, vou estar


pronto.— Não evitou seu olhar, mas olhou diretamente para ela.

—Você não se importa?— Perguntou.

—Eu me importo. Não deveria estar tocando você ou estar


em qualquer lugar perto de você.—

Lágrimas encheram os olhos dela, diante do seu olhar


sombrio. —Então, por que está?— Estava tão confusa.

—Eu não consigo ficar longe de você.—

Mordendo os lábios, olhou para a mesa, em frente a ela.


Seu estômago roncou, mas ela ignorou a necessidade de comer.
—Você já tentou ficar longe de mim?—

—Mais do que você sabe.—

Ela ficou em silêncio quando a Mia trouxe a comida até a


mesa. Judi nunca se sentiu mais feliz em ter um motivo para
comer. Aquela conversa estava assustando-a, um pouco. Ripper
sempre foi um bom amigo para ela, e não queria que alguma
coisa ocorresse, para afastá-los.

—Não vou contar nada para o Devil. Nem sei por que falei
isso. Apenas, ignore.— Ela pegou o hambúrguer e começou a
comer.

Nenhum dos dois falou. Ripper parecia atormentado


enquanto seu olhar permanecia sobre ela. O celular tocou, e ela
colocou o hambúrguer no prato, para poder atender.

Era a Lexie que estava ligando.

—Olá—, disse a Judi, respondendo. Tentou parecer feliz


quando falou com sua amiga.

—Judi, como você está?—

—Bem. Estou almoçando com o Ripper.— Não ia mentir.

—Bom. Queria que você soubesse que o Devil vai nos levar
para passear e queria saber se você queria vir junto. Ele vai nos
levar para um spa por alguns dias.— Lexie parecia bastante
animada.
—Não, vou passar. Planejei terminar um monte de
tarefas.—

—Tem certeza?— Perguntou a Lexie.

—Sim, vou ficar em casa. Não se preocupe comigo. Posso


cuidar de mim mesma.—

—Eu sei que você consegue cuidar de si mesma. Tem


certeza? Podemos ter algum divertimento.— Se o Devil estava
levando a Lexie e as crianças para um spa, Judi sabia que tinha
toda a intenção deles estarem sendo cuidados enquanto ele
passava horas fazendo amor com ela. De maneira nenhuma, ia
interferir no seu divertimento.

—Vou passar. Talvez outra hora.— Seu coração estava


disparado quando o Ripper olhou para ela, esperando.

Que, diabos, estava passando na cabeça dele?

—Diga ao Ripper que o Devil quer ter uma palavra com


ele—, disse a Lexie.

Alcançou o telefone para ele, através da mesa. Não desviou


o olhar enquanto o Devil falava. —Vou mantê-la protegida. Sim,
quarto extra, parece bom.—
Ripper terminou a chamada, colocando o telefone no bolso
dele.

—Ei, eu preciso disso.—

—Coma.— Não lhe devolveu o telefone.

—O que está acontecendo?— Perguntou ela.

—Vamos passar alguns dias juntos. Devil já avisou à


gangue que eu vou ficar com você. Não seremos perturbados.—
O olhar do Ripper deslizou sobre o seu corpo.

Nos últimos dois anos, qualquer homem que olhasse,


assim, para ela, faria com que corresse para longe. Ripper a fez
arder, mais viva do que nunca. Lambendo os lábios, deu uma
mordida no seu hambúrguer, sabendo que não era aquilo que
ela queria morder.

Nenhum dos dois falou, novamente. Ripper pagou o


almoço. Em poucos minutos, estavam de volta na sua moto,
indo em direção à sua casa. O carro tinha desaparecido e,
quando entrou, encontrou a casa incrivelmente silenciosa.

Entrando na cozinha, encontrou um envelope em cima da


mesa. Dentro, havia um bilhete da Lexie para ela, incluindo
números de telefone e, também, muito dinheiro.
—Da forma como eles me tratam, as pessoas vão pensar
que sou uma criança—, disse a Judi.

—Como eu disse, Devil assumiu o papel de pai, e não há


como voltar atrás. Apesar de estar tão preocupado, você é a
menininha dele e isso nunca vai mudar.— Sua mão agarrou a
parte de trás do pescoço dela.

No momento em que a tocou, o ritmo do seu corpo


acelerou. Não conseguia pensar quando os dedos dele
acariciaram sua pele.

—Estou quebrando tantas regras que você nem, sequer,


imagina—, falou, roçando os lábios contra sua bochecha.

Seu coração estava pulsando com cada toque. —Então,


pare—, falou ela, esperando que ele não o fizesse.

—Não posso parar, Judi.— Ripper levantou o rosto dela,


para encará-la. —Não há como voltar atrás, para mim.—

Ela o olhou nos olhos, para ver aquelas profundezas verdes


brilhando com sua necessidade. Ele a encostou contra a mesa.
Seu pênis esfregou seu estômago. Judi engasgou. Ripper era
grande, grosso e duro.
—Peça-me para te foder, Judi, e eu vou. Nunca vou te
machucar. Você vai gostar de tudo o que eu fizer com você.—

Passando a língua sobre os lábios, Judi sabia que não havia


como voltar atrás, para nenhum dos dois.
Capítulo Seis

Os braços da Judi rodearam seu pescoço, e Ripper ficou


completamente perdido. Ele a levantou, até que estivesse
sentada em cima da mesa. O jeans que ela usava estava
atrapalhando, mas, levantando a cabeça dela, tomou posse dos
seus lábios. Ela derreteu, gemendo na sua boca.

Mergulhando a língua entre os seus lábios, provou dela e


quis mais. Era um homem morto, e a única coisa que restava
para ele, era ela. Pegando-a no colo, ele a levou pelo corredor e
foi até seu quarto. A única vez que parou foi para pressioná-la
contra a parede e fazer amor com sua boca. As pernas dela
estavam enganchadas na sua cintura, e ele esfregou o pênis
contra sua vagina. No momento em que suas roupas tivessem
desaparecido, os dois estariam implorando por mais.

Devil tinha viajado por alguns dias, dando um tempo a sós


para o Ripper ficar com a Judi. Se acreditasse em Deus, pensaria
que suas orações haviam sido respondidas. Não acreditava em
nada, além do seu instinto e na sua moto. Ambos, nunca o
abandonaram. Mesmo agora, sua razão estava lhe dizendo para
dar o fora, enquanto seu instinto estava afundando na Judi.

Fechando a porta, colocou-a no chão.

—Última oportunidade, princesa.—


—Não vou a lugar algum—, disse ela.

—Bom.— Deixando a jaqueta cair no chão, livrou seu corpo


dos sapatos e da camisa, ficando com a calça jeans. No meio de
tudo isso, observou a Judi se despir. Suas mãos tremiam, então
ele assumiu, removendo sua roupa para ela. Ela tentou cobrir o
corpo, mas ele pegou suas mãos, mantendo-as ao seu lado.

—Porra, você é de outro mundo.— Estendeu as mãos para


o lado e olhou para ela, de corpo inteiro. Seu pênis endureceu
com a visão. Ripper ainda estava de jeans, e a tensão era
insuportável. Os seios dela eram grandes, com pequenos
mamilos vermelhos. Podia colocar o mamilo inteiro na boca.
Eram lindos de se olhar. Seu estômago era arredondado e os
quadris, largos.

Suas pernas eram bonitas e grossas e aguentariam umas


estocadas. —Vá para a cama—, falou.

Alcançando o cinto, tirou o jeans, tomando cuidado ao


mover o tecido sobre o pênis alongado. Ele saltou, livre, e os
olhos dela se arregalaram com a visão.

Subindo na cama, afastou todo o pensamento do porquê


não deveria estar fazendo isso.
—Vou te dar uma última chance, princesa—, disse,
acomodando-se entre as coxas dela.

—Não quero que você pare.—

—Estou limpo.—

—Assim como eu. Fiz exames quando o Devil me acolheu.—


Apertou a palma da mão sobre a sua boca, impedindo-a de falar.

—Sei que você está limpa, baby. Tenho camisinhas, mas


queria que você soubesse que sou cuidadoso com meu pau.—

Inclinando-se, tomou seus lábios, mergulhando a língua em


sua boca. Ela gemeu, suas unhas marcando suas costas,
enquanto ele traçava um caminho para baixo, sobre o seu corpo.

Tomou um mamilo na boca, mordendo o botão duro. Judi


arqueou as costas para encontrá-lo. Ela era doce pra caralho.
Passando para o outro, circulou a base, em seguida, voltou para
o primeiro. Quando estava satisfeito com a dureza dos seus
mamilos, beijou sua barriga, chegando até o seu monte.

Ela tinha os pelos bem aparados. Deslizou os dedos,


acariciando-os. As pernas dela se abriram ainda mais, e ele
sentiu o cheiro da sua excitação.
Ripper abriu os lábios do seu sexo para encontrar o clitóris
inchado, brilhando para ele. O botão parecia uma joia preciosa.
Usando a ponta do dedo, acariciou o clitóris observando-a se
retorcer com, apenas, um pouco de pressão.

—Minha princesa é tão sensível e doce.—

Ela gritou. Todo seu corpo tremia sob o toque dele. Ripper
olhou para o corpo dela, assistindo suas mamas balançarem,
com as respirações ofegantes. Encurtou a distância, cobrindo o
clitóris com os lábios. Sugando a pequena joia em sua boca,
segurou os quadris da Judi com as mãos. Sugando e lambendo o
pequeno broto apertado, Ripper segurou a Judi no lugar
enquanto assistia ela gozar, em seus braços. Sua boceta estava
em chamas, e tinha a intenção de passar o resto do dia, e da
noite, observando-a.

Depois do primeiro orgasmo dela, se afastou, enxugando os


fluidos do rosto.

Seu olhar estava cravado no rosto dele, cheio de lágrimas


nos olhos. Ripper estava determinado a lhe mostrar tudo sobre o
amor. Em toda sua vida, tinha fodido mulheres, raramente,
fazendo amor, que era a conexão entre duas pessoas. Parte da
mente da Judi estava quebrada, despedaçada por causa do que
a sua vida tinha sido, por alguns poucos anos. Ele viu o pouco
respeito que ela tinha com os homens de fora da gangue. Eles
nunca a realizaram, no passado, apenas a forçaram a lhes dar
algo. Ela, realmente, era uma princesa em todos os sentidos.

—Eu, humm, eu nunca-— Judi enxugou as lágrimas dos


olhos. Rastejando para cima, sobre a cama, Ripper passou os
braços ao redor dos seus ombros e puxou-a para perto.

—Shhh, não precisa dizer nada para mim. Não vou forçá-la
ou exigir que você faça algo que não queira.— Beijou o topo da
cabeça dela, sabendo que mataria até o último filho da puta que
tinha tocado nela, se aquilo afastasse a tristeza dos seus olhos.
Judi era tudo o que queria proteger.

—Não é você. Eu nunca senti nada tão incrível, antes, na


minha vida. Nunca soube que podia... ser assim.— Suas
lágrimas estavam caindo, grossas e rapidamente.

Segurando-a mais apertado, Ripper fez um acordo consigo


mesmo, que ia matar qualquer homem que a tivesse tocado, no
passado. Se visse medo nos olhos dela, iria aniquilá-los.
—Pode ser assim, baby. Mas pode, também, ser muito
mais. Seu corpo, se tiver a chance, pode despertar de maneiras
com as quais você nunca sonhou.—

—Tenho medo, Ripper.—


Apertou os braços ao redor dela. —Vou te proteger, baby.
Ninguém, nunca mais, vai prejudicá-la, eu prometo.—

—Eu não mereço você.—

Agarrando suas bochechas, olhou fixamente nos seus olhos,


sentindo sua raiva aflorar. —Você merece alguém muito melhor
do que eu. Sou a porra de um motoqueiro, Judi. Trepei com mais
mulheres do que alguns homens sonhariam. Não me importava
com ninguém, apenas com a gangue, até conhecer você. Você
me faz querer ser melhor, caralho.—

Passando a mão pelo corpo dela, segurou seu olhar em


todos os momentos. —Você é perfeita, considerando que eu sou
um monstro, em comparação. Gostaria de poder lhe falar
palavras amáveis e todas essas outras merdas, mas não
consigo. Só tenho a oferecer o que eu sou.—

Ela tocou o rosto dele, e seus dedos aqueceram sua pele.


Nunca quis, tanto, que ela o quisesse. Judi era bonita, doce, e
seus olhos mostravam uma vida de dor. Foi dada a ele a chance
de poder substituir essa dor com amor, felicidade e tudo o que
fazia o coração de uma mulher transbordar de felicidade.

Judi sorriu para ele, ainda com lágrimas nos olhos. —Tenha
cuidado, Ripper. Qualquer um pensaria que você tem palavras
amorosas dentro de você.— Seus dedos se moveram para os
seus lábios, correndo as pontas sobre ele. —Não há ninguém
mais com quem eu preferia estar, do que com você.—

Pegando os dedos dela, chupou-os, amando os suspiros que


saíram, com o seu toque. Cada dedo foi chupado por sua boca,
aproveitando a chance de prová-la. Com o suco doce dos fluidos
dela, ainda em sua boca, correu os dedos para cima e para
baixo, sobre o seu corpo. A pele dela era suave ao toque.

—Por favor—, disse ela, gemendo.

Cobrindo os lábios dela com os seus, saqueou sua boca com


a língua. —É isso aí, baby. Abra-se para mim. Me dê o que eu
quero.—

Ela abriu os lábios, e seu beijo se aprofundou. Seu coração


acelerou quando a luxúria começou a assumir. Sentiu as mãos
dela correndo pelo seu estômago, traçando a dureza do seu
abdômen, antes de agarrar o seu pau. Silvando, se afastou para
observar os dedos pálidos bombearem o seu pênis.

—Tenha cuidado, baby. Estou tão perto de gozar, que não


vou aguentar muito.—

—Eu acho, apenas, que é justo.—


Ripper queria estar enfiado, profundamente, dentro da sua
boceta, mas se isso era o que ela queria fazer, primeiro, estava
mais do que feliz. Olhando para ela, de corpo inteiro, seu pênis
se contraiu dolorosamente. Seu corpo era cheio de curvas em
todos os lugares certos.

Ela apertou seu pênis criando um ritmo constante. Ele


respirou fundo várias vezes, não querendo gozar muito cedo. Em
muitos aspectos, esta era a primeira vez, de verdade, para a
Judi. Todas as outras vezes em que tinha estado com homens,
eles tinham pago por uma trepada. Desta vez, era sobre prazer
mútuo. Ripper queria vê-la gozar, tanto quanto queria sentir o
seu próprio orgasmo.

—Estou fazendo isso direito?— Ela perguntou.

Balançando a cabeça para ela, Ripper riu. —Baby, você está


fazendo tudo fodidamente certo.—

Ripper reivindicou seus lábios enquanto ela trabalhava o


seu pênis. O aperto dos seus dedos estava deixando ele louco.
Segurou seu rosto, inclinando a cabeça dela para trás, para
aprofundar o beijo. Sua respiração ficou ofegante.

Empurrando os quadris contra as mãos dela, Ripper sentiu


que estava perto da sua libertação. Grunhindo, apertou as mãos
em seus quadris, enquanto ela ordenhava seu pênis.
—Vou gozar, baby—, falou, ofegante.

As primeiras gotas do seu esperma revestiram o estômago


dela. Seu gozo jorrou entre eles, cobrindo a ambos.

Não parou até que ela acalmou os movimentos com a mão.


—Você precisa parar, baby, enquanto ainda tenho um pouco de
sanidade.— Porra, aquela punheta foi tão fodidamente perfeita,
que todas as outras empalideceram, em comparação.

****

Judi olhou nos belos olhos verdes dele. Seu coração batia
forte, e ela não se importava de estar coberta pelo seu esperma.
Aquele momento, juntos, significou mais para ela do que os cem
que ela passou com outros homens. Sua mão permaneceu sobre
a dela. Ficou chocada com o calor do seu toque.

—Uau—, disse ele, chamando sua atenção para os seus


lábios, que foram incríveis de sentir, contra ela própria.
—O quê?— Perguntou, querendo ouvir a voz dele.

—Você vai ser a minha morte, mulher.—


—Você foi o único que fez uma bagunça.— Apontou o dedo
para o seu pênis e para as gotas brancas que revestiam sua
pele.

Ele riu. —É hora de tomar um banho, eu acho.— Ripper


levantou da cama, em seguida, pegou-a no colo. —Vamos cuidar
dos lençóis depois de estarmos limpos.—

Judi engasgou quando ele a levou até o banheiro. Este era


o seu espaço, e nunca olharia para ele da mesma forma. Viu
quando ele ligou o chuveiro, testando a temperatura da água.
Olhando no espelho, ficou chocada com o contraste completo
entre eles. Ela era pálida pois não saía muito no sol. Manter seu
corpo coberto era tudo o que importava. Ripper era bronzeado
por trabalhar ao sol. Seu corpo era rígido, enquanto o dela era
suave, cheio de curvas.

Afastando-se do espelho, viu que o Ripper estava olhando


para ela. Movendo-se para trás dela, circulou seu corpo com os
braços. Juntos, olharam para seus reflexos. —Você tem alguma
ideia de quão sexy você é?— Perguntou.

Ela balançou a cabeça olhando para as próprias mãos.


—Você me deixa fodidamente excitado.— Pressionou o
pênis contra sua bunda. Ela sentiu que ele já estava
engrossando, com aquele simples toque. —Vamos levar isso, um
passo de cada vez.—
—Ok.—

—Vamos nos lavar—, disse ele, pegando sua mão e


levando-a para o chuveiro.

Judi teria escorregado se não fosse o domínio dele sobre o


seu corpo.

—Obrigada—, ela falou.

—Quando é que você vai aprender que sempre vou estar


aqui, para te pegar?— Beijou seu pescoço, e ela engoliu o nó na
garganta. Toda a sua presença a pegou de surpresa. Ripper
disse algo que a deixou completamente sem palavras.

Ele a empurrou para a frente com uma mão em seu ombro.


Ela olhou para a água, fechando os olhos para deixar o calor
infiltrar-se em seus ossos.

As mãos do Ripper se ocuparam do sabonete quando


começou a esfregar a espuma contra sua pele.

—Eu posso me lavar—, disse ela, se virando. Ele parou,


apertando seu ombro para mantê-la no lugar. Passando a língua
pelos lábios, ficou parada enquanto ele ensaboava seu corpo.
—Vou fazer o que eu quero—, falou ele, passando o
sabonete nas costas dela. Quando suas mãos estavam cobertas
com espuma, ele a usou para lavar seu corpo. Engasgou quando
ele deu especial atenção aos seus seios, em seguida, entre as
pernas. —Tenho que deixá-la bonita e limpa. Não posso deixar
você toda suja.—

Uma vez que toda a espuma tinha saído das suas mãos,
esperou que, agora, fosse a sua vez. Esse não foi o caso. Suas
mãos esfregaram a pele dela, devagar, quase como se a
memorizar sua forma. Até as mãos segurarem os peitos dela.
Seus polegares pressionaram seus mamilos, em seguida, os
apertaram, criando uma faísca de prazer que a pegou
completamente de surpresa.

Ela choramingou.

—Você está pronta e molhada para mim, Judi?— Perguntou,


sussurrando as palavras contra o seu ouvido.

Sacudindo a cabeça, não teve escolha, a não ser ficar em


seus braços, esperando.

—Não ouvi você.—

—Estou molhada—, disse ela, gemendo.


Uma das suas mãos tocou sua boceta. Sentiu um dedo
deslizar entre suas dobras, descendo, para afundar dentro dela.

—Porra, baby, você está molhada pra caralho.— Um


segundo dedo foi adicionado dentro dela, esticando-a. —Você é
bem apertada. Sou um homem grande, bebê. Tenho que me
assegurar que você consegue me aguentar dentro da sua boceta
apertada.— Bombeou os dedos para dentro e para fora da sua
vagina. Cada deliciosa bombada daquela mão tornava difícil ela
se concentrar. Havia uma sensação de queimação ao ser
esticada, apenas, por seus dedos.

Desde o momento em que o Devil entrou na sua vida, não


tinha estado com um homem. Ela não se tocava ou incentivava
os homens a pensar qualquer outra coisa. Judi os tinha mantido
afastados, até o Ripper. Havia muito mais que queria dele, mas
não conseguia encontrar as palavras certas para lhe dizer o que
ela, realmente, queria.

—Você sempre fala, assim?— Perguntou. Suas palavras não


foram para ofendê-la. Ele a virou. Sua voz a atingia duramente,
fazendo com que ela derretesse.

—Baby, quero que a mulher com a qual estou, saiba o que


eu a quero. Acostume-se a falar, também, me dizendo o que
gosta.—
Ela choramingou quando outro dedo penetrou sua vagina.

—Acostume-se a ter essa boceta sendo fodida. Quando


você me deixar penetrar o seu corpo, Judi, sei que eu vou estar
no céu. Você vai me dar tudo e pegar tudo o que tenho para te
dar.— Movimentou os dedos para dentro e para fora. Seu fluido
lubrificou os movimentos dele. Mordendo o lábio, estendeu as
mãos para a parede para se equilibrar. Com as mãos estendidas,
sentiu o corpo dele, ainda, pressionado firmemente, atrás dela.
—Sua vagina vai ser como o céu. Nunca vou ser capaz de
encontrar prazer em qualquer outro lugar. Você vai me dar sua
boceta sempre que eu precisar foder?— Perguntou.

Ela fechou os olhos, pensando no que ele disse. Houve um


tempo que pensar sobre sexo a repelia, mas, não mais. Seu
corpo estava em chamas pelo Ripper e seu jeito de fazer sexo.

—Por favor—, disse ela, gemendo quando o polegar dele


pressionou seu clitóris.

—Você quer gozar nos meus dedos, baby? Tenho que sentir
o seu gozo escorrer pelos meus dedos.—

As palavras falharam quando o corpo dela assumiu,


exigindo ser atendido.
—Vamos, Judi, me dê o seu orgasmo. Deixe eu ouvir você
gritar.—

Nada mais importava. Seu passado sumiu, e as únicas


pessoas no mundo eram ela e o Ripper.

—Confie em mim, baby. Vou estar aqui para pegar você,


sempre.—

O polegar dele acariciou o seu mamilo, e o orgasmo desceu


sobre ela, roubando seu fôlego. As mãos na parede a impediram
de cair.

—É isso aí, Judi. Posso sentir seus fluidos revestindo meus


dedos. Me dê o seu gozo.—

As palavras do Ripper rasgaram sua alma, não deixando


nada em seu lugar. Nunca pensou que seria capaz de ter algo
assim, com alguém. Cada palavra que saía dos seus lábios a
deixava desejando por mais.

—Seja uma boa menina. Me dê tudo.— Seu toque não


parou, até que ele estava satisfeito.

Lentamente, retirou a mão, segurando seus quadris.


—Agora, é a sua vez de me lavar.— Ele ficou em pé debaixo
da água. Ela pegou o sabonete, em seguida, começou a tocar a
pele dele. Suas costas estavam cobertas por tatuagens.
Nenhuma delas, na verdade, se destacava. Seu corpo era uma
obra de arte.

—Você tem um lance com agulhas?— Perguntou,


acariciando as costas dele.

—Adoro sentir a picada da agulha na minha pele.—

Os desenhos eram incríveis, lindos e de tirar o fôlego. O


cabelo, molhado pela água, estava mais escuro. Ela ensaboou
suas costas, a bunda, e ficou de joelhos para lavar seus pés. Ela
o virou, para lavá-lo na frente. Qualquer chance que tivesse para
admirá-lo, aproveitaria.

Seu pênis estava ereto, grande e grosso. Suas mãos


tremeram, enquanto o tocava.

—Como você pode estar pronto para transar de novo?—


Perguntou, chocada com a força da sua excitação.

—Você. Você me faz querer te foder, Judi.—

Ensaboando seu pau, ela o ouviu gemer. Segundos depois,


os dedos dela circularam seu pênis, e ele lhe mostrou o ritmo
que queria que ela mantivesse. Seus dedos estavam apertados
enquanto ela trabalhava sua vara.

—Vou gozar—, disse ele.

Judi manteve os movimentos, observando a ponta


enquanto seu sêmen esguichava para fora, espirrando na parte
inferior do chuveiro, escorrendo pelo ralo.

Uma vez que terminaram, Ripper desligou a água pegou


uma toalha para si mesmo. Ela ia sair, mas ele enrolou uma
toalha em torno do corpo dela.

—Tem certeza que você é um motoqueiro malvado?—


Perguntou.

—Sim.—

Estava sendo doce com ela, e não entendia de onde sua


imagem dura, tinha vindo. Pensando no homem morto,
empurrou o pensamento para o fundo da mente. Ripper era uma
força a ser reconhecida. Duvidava que alguém já tivesse visto
esse lado dele.

—Não confunda meu carinho por você como uma fraqueza,


Judi. Só você vai ver esse meu lado e só em particular.— Beijou
sua bochecha, em seguida, pegou sua mão, levando-a de volta
para o quarto.

—Estou com fome.—

Ficou chocada ao ver que já estavam no seu quarto há duas


horas, já. O tempo nem, sequer, era notado quando estavam
juntos.
Capítulo Sete

Sentado à mesa, Ripper observou a Judi zanzando em torno


da cozinha espaçosa. Ela usava um short e uma camiseta. Não ia
deixá-la usar sutiã ou calcinha, e gostava de observar as mamas
dela balançarem, enquanto se movia. O pênis já estava doendo
dentro da calça jeans que estava vestindo, mas não estava
preparado para andar com a bunda de fora por aí, ainda.

—Você gosta de frango picante com salada?— Perguntou,


segurando um prato com vários pedaços de peitos de frango
sobre ele.

—Certifique-se de cozinhar tudo isso—, falou ele.

—O quê? Tem muita coisa aqui.—

—Baby, eu como muito, e frango e salada não vão me


alimentar.—

—Ok, vou fazer alguma coisa para acompanhar.—

Assistindo seus movimentos em torno da cozinha, tomou


um gole de café, e ao mesmo tempo pensava na sua boceta
apertada, espremendo seus dedos. O corpo dela ia fazê-lo
passar por tempos difíceis, o tempo todo excitando-o.

O banho, sem igual, só tinha feito suas barreiras se


quebrarem, ainda mais. Não tomava banho com nenhuma
mulher. Ripper fodia mulheres, e uma vez que terminava, elas
deixavam o seu espaço. A Judi era diferente. Ela o fazia querer
ser um tipo diferente de homem, para ela.

Passando os dedos pelos cabelos, se levantou para olhar


pela janela. O sol ainda brilhava no céu. O bairro era bom. Viu
crianças brincando no gramado da frente. Todas usavam
camisas abotoadas e pareciam fora do lugar tentando acertar a
cesta de basquete

—Você gosta de viver aqui?— Perguntou.

—É bom. Sempre fomos deixados em paz. A Lexie não


recebe nenhuma merda de qualquer uma das mulheres, e os
homens têm medo do Devil.— Ela riu, olhando para ele. —Lexie
foi pegar um envelope no outro dia, na caixa postal no final da
rua, e um dos caras que vive algumas casas abaixo estava
passeando com o seu cão.— Seus olhos estavam brilhando
enquanto ela falava. —Ele estava flertando com a Lexie. Suas
mãos se estenderam, como se fosse tocá-la, e o Devil
enlouqueceu. Saiu de casa e o ameaçou com uma arma.
Praticamente, disse que se ele não fodesse a sua própria boceta,
não teria mais um pau.—

—Isso fez você rir?— Perguntou Ripper, sorrindo.

Ela não sorria o suficiente. Fez uma nota mental para


mudar isso. Judi tinha apenas vinte anos, e devia estar tendo
todos os tipos de experiências para fazê-la rir e sorrir.

—Sim, o que eu gostei foi do choque no seu rosto. Todas as


pessoas pensam que são tão boas, melhores do que todos os
outros, mas nenhum deles dá a mínima para os outros. Devil é o
presidente de uma gangue de motoqueiros e, ainda assim, ele se
importa. Eu não sei. Talvez eu seja apenas uma louca que, ao
ver pessoas ricas sendo ameaçadas, fico emocionada.—
Encolheu os ombros. Olhou para ela, que colocava o frango em
um pirex que ia ao forno e regando-o com azeite. Ripper gostava
muito de comida frita, mas não estava preparado para nenhum
outro argumento vindo dos seus lábios.

—Eles não se importaram o suficiente para impedir um


idiota como o Rob de te fazer mal—, disse Ripper.

Judi fez uma pausa. Sua mão começou a tremer, olhou para
ele e balançou a cabeça. —Sim, eles não se importaram,
absolutamente.—
—O que, realmente, aconteceu?— Perguntou o Ripper.
Sabiam que ela acabou nas garras do Rob, mas ninguém sabia o
porquê. —Você não tem que me contar se não estiver
confortável.— Não ia usar nada daquilo contra ela.

—É passado. Sempre tento esquecer o passado.— Colocou


o frango no forno e voltou-se para ele. Seus mamilos estavam
túrgidos e chamaram sua atenção.

Ele a ouviu suspirar.

—Eu era apenas uma criança, quando meus pais morreram,


de repente, em um acidente de carro e acabei indo morar com
uma tia. Ela era uma pessoa ruim. Verdadeiramente estúpida e
ignorante, de modo que, nem mesmo os meus pais, a visitavam
ou tinham qualquer contato com ela.— Afastou algumas mechas
do cabelo do rosto, olhando por cima do ombro dele. —Ela
odiava que eu lhe custasse dinheiro, e quando o Rob apareceu
na vizinhança, com uma das suas prostitutas, ela lhe disse para
me levar embora e que ela ia arrumar umas desculpas. Não sei o
que aconteceu com ela. Quando tentei fugir, ela já tinha ido
embora. Ele me pegou, e aprendi que a vida seria mais fácil se
eu não fugisse e fizesse apenas o que me diziam. Já estava com
ele há mais de um ano e meio, antes de vocês aparecerem.—

Ele a viu tremer.


Indo até ela, passou os braços ao redor do seu corpo,
abraçando-a.
—Qual é o nome da sua tia?— Perguntou.

Ela lhe falou o nome, e ele o guardou, para uso posterior.


—Sinto muito. Não quero que você sinta pena de mim. O Devil e
a Chaos Bleeds apareceram, e estou aqui.— Ela encolheu os
ombros, sorrindo. —Estou bem, agora. O passado está no
passado. Ele não pode me machucar mais.—

Ripper se asseguraria que nunca fariam mal a ela,


novamente.

—Enquanto você faz a salada, vou fazer uma ligação.


Acabei de me lembrar de alguns negócios. As portas estão
trancadas.— Ele a deixou sozinha, indo para o quintal, em
direção à piscina. Pegando o celular, o checou para ver se tinha
o número que precisava.

Discando, olhou para a piscina, imaginando se conseguiria


convencer a Judi a nadar com ele, um dia.

—O quê?— Perguntou o Whizz.

Whizz era o gênio dos computadores que trabalhava com os


Skulls. Quem precisava de informações ia até ele.
—Preciso encontrar uma pessoa, mas não quero que
ninguém saiba que estou procurando.—
—Oh, essa merda secreta, eu posso fazer. É moleza—,
disse o Whizz.

Ouviu risos e gemidos femininos no fundo.

—Quietas, cadelas. Estou trabalhando aqui.— Whizz gritou


no fundo. —Desculpe, estou tendo minha própria festa de foda.
O que posso fazer por você?—

Ripper lhe passou o nome. —Quero saber onde ela está.


Não diga a ninguém o que você está fazendo. Isso é pessoal.—

—Não deve demorar muito tempo—, disse Whizz.

—Deixe-me saber tudo que conseguiu, quando tiver


terminado.—

—Vou fazer isso.—

Desligou, olhando para baixo, para a piscina. Minutos


depois, a Judi saiu, carregando um prato de comida. —O jantar
está servido.—

Quando o Whizz lhe desse um retorno, Ripper ia cuidar da


cadela que tinha machucado a Judi. Sua tia ia viver por pouco
tempo, e teria um grande prazer em machucá-la antes de,
finalmente, matá-la.

****

Lavando os pratos, Judi olhou para o gramado em frente.


As últimas horas tinham sido mágicas. Ripper continuou
tentando convencê-la a dar um mergulho, e ela se recusou,
finalmente, mentindo e lhe dando a desculpa que não tinha um
biquíni.

Enquanto ela lavava a louça, clareando a mente, ele tinha


desaparecido no andar de cima. Não perguntou aonde ele estava
indo. Enxugando as mãos, se virou e viu o Ripper, de pé, com
pedaços de tecido pendurados no seu dedo.

—De quem é isso?— Perguntou, sabendo que ele tinha


encontrado algo para ela vestir.

—Lexie é semelhante a você, em tamanho. Ela tem roupas


mais do que suficientes que você pode usar. Se não posso
convencê-la a nadar nua, então você vai vestir um desses.— Ele
colocou cada peça em cima da mesa para ela dar uma boa
olhada.

—Você é louco se acha que eu vou vestir algo da Lexie. Eu


a amo e ela é uma das minhas amigas mais próximas, mas nem
mesmo ultrapasso o limite usando algo tão pessoal.— Ela cruzou
os braços, sentindo como se tivesse vencido.

Ripper não ia colocá-la em um biquíni ou qualquer outro


traje.

Ele sorriu e mostrou uma etiqueta. —Bom, tenho certeza


que ela não vai se importar de você vestir um dos novos. Ela
tem um monte, esperando para serem usados.—

—Seu bastardo—, disse ela.

—Olha a língua, baby. Vou colocá-la em cima do meu joelho


e bater na sua bunda, se você começar a me xingar.— Pegou o
sutiã do biquíni e se aproximou. Ela cruzou os braços sobre o
peito, olhando para ele.

—Eu não vou vestir essa coisa.—

—Sim, você vai.—

—Por que deveria?— Perguntou.

Suas mãos acariciaram ambos os lados dos seus braços. —


Porque você quer me agradar. Ver você dar um mergulho na
piscina vai me agradar.—
—Eu não quero agradá-lo.— Ela engasgou quando sua mão
foi para o meio das suas coxas, acariciando o seu interior. Seus
dedos trabalharam sob a parte inferior do short indo até a
evidência do que a sua proximidade estava fazendo com ela. Ela
engasgou quando os dedos alcançaram sua vagina, deslizando
entre suas dobras e tocando seu clitóris.

—Baby, a única pessoa a qual você está negando, é a si


mesma. Você quer me agradar, e entrar na piscina antes de eu
levá-la de volta para o seu quarto e comer sua boceta é o que
vai me fazer feliz.— Ele beijou o pescoço dela, sugando-o.

—Isso não é justo.—

Agarrou a mão dela e apertou a palma no seu pau. —O que


não é justo é você me provocar com sua boceta doce. Quero ver
você neste biquíni e se divertindo.— Deu um beijo em seus
lábios. —Isso é pedir muito?—

Olhando-o, tirou os braços de cima dos seios. —Não, não é


pedir muito.— Falou as palavras entre os dentes. —Eu não gosto
de você, agora.—

—Não preciso que você goste de mim. Posso sentir que a


sua boceta gosta muito mais de mim.—
Agarrou a barra da sua camiseta e a puxou sobre a sua
cabeça. Ela ficou parada enquanto ele arrumava o traje sobre
seus seios, em seguida, amarrou a corda em torno do seu
pescoço e nas costas.
Olhando para ele, se segurou na mesa enquanto tirava sua
bermuda. Não pegou a calcinha, imediatamente, para colocar
nela. Olhando para ele, viu que estava olhando para sua vagina.

—Qual é o problema?— Perguntou.

Ripper não respondeu. Colocou uma das suas pernas sobre


o ombro enquanto encurtava a distância, deslizando a língua,
profundamente, na sua boceta. Ela gritou com o movimento
repentino. Sua língua mergulhou na sua fenda antes dele
deslizar a mão e acariciar seu clitóris. Fez isso várias vezes,
antes de soltar sua perna.

Em um segundo, ela estava dentro do biquíni, que ele


arrumou ao seu gosto.
—Pronto, você está preparada para um mergulho.—

Ela não desviou o olhar quando ele tirou o jeans. Usava


uma cueca boxer preta, o que delineava, claramente, o seu pau
enorme.

—Tem certeza que quer nadar com isso?— Perguntou,


apontando para a grande ereção. —Você vai se afogar.—
Ripper começou a rir. —Não vou me afogar. Vou cuidar do
meu pau na hora certa.— Ela gostou quando ele pegou sua mão
e a levou-a para fora, na direção da piscina. Enfiando uma
mecha de cabelo atrás da orelha, ainda se sentia um pouco
autoconsciente do seu peso. A reação dele ao seu corpo a
encheu com um pouco mais de confiança do que pensou que
possuía.

De repente, ele parou, se virou e a pegou no colo.

—O que, diabos, você está fazendo?— Perguntou, gritando,


quando ele correu os últimos metros e a atirou na piscina.

Gritando, Judi subiu à superfície, ofegando e rindo. Olhando


ao redor da piscina, tentou encontrá-lo. Quando colocasse as
mãos nele, ia machucá-lo, talvez torcesse suas bolas.

Limpando a água de seus olhos, não conseguiu encontrá-lo.


Seus pés foram puxados debaixo dela, pegando-a de surpresa.
Agitando os braços, gritou quando braços rodearam sua cintura,
puxando-a para perto.

Ripper estava rindo para ela.


—Seu bastardo—, disse ela, batendo no peito dele. Judi não
tinha medo. Só não achou o que ele tinha feito, engraçado. —Eu
podia ter me afogado.—

—Você, realmente, acha que eu ia deixar algo acontecer


com você?— Perguntou.

Ela segurou nos seus ombros, olhando para ele. —Não é


justo.—

—Não? Então, por que você está sorrindo?—

Judi franziu a testa, percebendo que tinha estado, de fato,


sorrindo entre os gritos. Ela não estava em pânico ou com medo
e, na verdade, achou... hilariante.

—Você pode me agradecer a qualquer hora.—

—Não gosto de como você se diverte—, disse, afastando-se


dele. A água fria caía bem em sua pele após o calor do sol. Não
só o calor do sol a incomodava, mas, também, o Ripper. Sua
presença, por si só, acendia um fogo profundo dentro dela, que
não achava que seria capaz de colocar para fora, nunca. Suas
palavras, tudo sobre ele, a deixavam em chamas.

Ele deu um passo na direção dela, e ela deu um passo para


trás. Fizeram isso até que as costas dela encontraram a borda
da piscina. —Baby, estou sempre me divertindo.— Ripper pegou
seu rosto, inclinando sua cabeça para trás, antes de reivindicar
os seus lábios.

Quando se derreteu contra ele, tudo foi perdoado por jogá-


la na piscina.

Se não soubesse de nada, ela ia começar a pensar que


estava se apaixonando por aquele homem forte.

—Assim é melhor. Gosto de você tranquila e obediente. Me


faz pensar que estou no caminho certo.— Apertou um dos seios
dela, antes de nadar para longe.

Sentindo-se crua e exposta pelos pensamentos que


estavam em sua cabeça, começou a nadar sem olhar para ele.
Judi precisava ter o corpo e a mente sob controle.

Apaixonar-se pelo Ripper seria um grande erro. Primeiro,


eles não concordavam com qualquer coisa, absolutamente. Ela
sabia, sem dúvida, que ele nunca se contentaria com uma só
mulher. Ele amava mulheres e sexo, e conhecia o suficiente para
saber que não seria capaz de satisfazer todas as suas
necessidades.

Chegando em uma extremidade da piscina, se virou e


começou a nadar em direção à outra extremidade. Seu tempo
com o Rob lhe ensinou que nenhum homem permanecia fiel para
sempre. Ela observava o Devil com a Lexie e esperava que ele
fosse uma exceção, mas parte dela, realmente, acreditava que
ele ia se afastar da sua esposa, em breve.

—O que está passando por essa cabecinha?— Perguntou o


Ripper, pegando-a pela cintura e virando-a para encará-lo.

Ele era bonito de um jeito estranho. Gostava do cabelo


vermelho, dos músculos e dos olhos duros, que olhavam para
ela.

—Nada.—

—Você está muito calada. Não gosto disso. O que está


acontecendo?—

—Nada.— Não podia pensar em quaisquer outras palavras


para tranquilizá-lo.

—Não minta para mim.—

Jogando as mãos para o alto, Judi deixou tudo sair. —


Estava pensando sobre o Devil, e sei que ele não vai permanecer
fiel à Lexie, o tempo todo. Os homens não conseguem ser fiéis.
Homens traem, e ferem aqueles que os amam.— Fez questão de
manter seus sentimentos crescentes pelo Ripper em segredo.
Durante vários segundos, ele não disse nada. Seus braços a
seguravam firmemente, mas seus olhos pareciam se apagar,
endurecendo. No que ele estava pensando?
Capítulo Oito

Ia bater na sua bunda dentro de casa ou ao lado da


piscina? Ripper não tinha certeza em qual lugar ia puni-la. Sabia
que ia bater na sua bunda por causa da merda que ela tinha
falado, e uma vez que terminasse, iam ter uma boa conversa.
Aquela merda que ela vomitou pela boca precisava parar.
Colocando-a em cima do ombro, levou-a para fora da piscina.

Ao lado da piscina ou dentro de casa?

—O que, diabos, você está fazendo?— Perguntou ela,


esmurrando suas costas.

Casa. Privacidade era o que ele precisava para ter uma


conversa séria com esta mulher.

—Você não pode, simplesmente, me pegar e me levar


aonde você quer!— Gritou as palavras, grunhindo quando ele fez
exatamente aquilo.

—Estou fazendo exatamente isso, baby.— Abriu a porta,


fechando-a com cuidado antes de ir para a sala de estar. Ripper
colocou-a no chão, prendendo as mãos dela dentro das suas. —
Agora, você vai ser punida por aquilo que acabou de dizer. E não
dou a mínima se você gosta ou não. Você vai subir na porra do
meu joelho, agora, e vou lhe dar cinco tapas com as mãos, ou
vai lutar comigo e não vou deixar você gozar por uma semana.
O que é que vai ser?—

Seus braços estavam cruzados, mas viu que suas palavras


tinham chegado até ela. Sabia o quanto a Judi queria ter
orgasmos na próxima semana. Sabia quão talentoso era com a
língua. Nos últimos dias, deu a ela mais prazer do que já teve,
em toda sua vida.

—Pense antes de abrir esses belos lábios chupadores de


pau, baby.—

—Você é um bastardo.—

—Você está certa sobre isso. Nunca soube quem foi o meu
pai.—

Ela grunhiu de frustração, mais uma vez, batendo o pé. —


Tudo bem, vou ficar sobre o seu joelho.—

Ele riu com quão bonitinha ela parecia ao perder a


paciência. O movimento fez suas mamas saltarem, de forma que
só pensava nela montando o seu pênis. Ela, realmente, não
tinha ideia de quão fodível parecia, com a pele corada e o mau
comportamento.
—Então, venha.— Deu um tapinha no joelho sentindo a
excitação aumentar, mais uma vez. Lentamente, se posicionou
sobre os joelhos dele. Seus seios ficaram pendurados de um
lado, com a barriga entre as coxas dele. —Vou precisar que você
me ajude a contar, baby.—

—Foda-se—.

—E, por causa da sua boca suja, vamos fazer isso sem a
calcinha, em vez de, em cima dela.— Puxando o tecido, viu os
fluidos vazando através dos lábios da sua vagina. O cheiro era
incrível e doce. Passou um dedo sobre a excitação dela e colocou
o dedo na boca, sentindo o gosto dela. —Você está bastante
excitada, considerando que não quer isso.—

Ela ficou quieta.

Correndo as mãos sobre as bochechas redondas, esperou


até que estivesse pronto e, em uma rápida sucessão, pousou
cinco tapas contra suas nádegas. Fez questão de manter a mão
solta. Ripper não iria machucá-la e sabia que, com a pressão
correta poderia ter machucado muito a bunda dela, tornando
difícil para ela se sentar, durante a próxima semana.

Uma vez que terminou, sentou-a sobre o seu joelho,


agarrando sua mandíbula para que ela não pudesse olhar para
qualquer outro lugar, além ele. —Quero começar deixando algo
claro, para que você não vá pensando todo tipo errado de
merda. O Devil nunca vai trair a Lexie. Homens que são fracos e
não conseguem manter o pau dentro das calças, é que traem.
Esses merdas fracos não dão a mínima para ninguém, apenas
para si mesmos. O Devil não é um traidor fodido. Ele ama aquela
mulher e vai morrer, protegendo-a. Ela tem a sua marca,
carrega o seu bebê, monta na carona da sua moto, e só vai
montar um pau.—

Judi tentou se afastar dele, mas ele a abraçou. Não


permitiria que ela saísse.

—Eu nunca vou trair você, Judi.— Com a mão livre,


colocou-a sobre a sua boceta. —Isso é meu, e o meu pau é seu.
Não vou enganar você.— Nenhuma outra mulher chamava sua
atenção, e se o fizesse, não ia querer trepar com elas. Judi era a
sua mulher.

Bem, merda. Ripper fez uma pausa, olhando nos olhos dela
enquanto tentava fazer com que suas próprias emoções ficassem
em ordem. Nunca prometeu nada para cadelas, que não fosse,
apenas, um bom momento.

Por que, diabos, você está falando isso para a Judi?


Ignorando os pensamentos, continuou segurando o queixo
dela, enquanto deixava suas palavras serem absorvidas e
corrigirem seus próprios pensamentos.

—Os homens enganam—, disse ela, os lábios tremendo.

—Homens fracos, enganam. Nem eu, nem nós. Quando


tomamos uma mulher, tomamos uma mulher. Há uma diferença.
Se estamos com uma mulher e não há promessas feitas, então é
jogo livre. Você tem a minha promessa, baby. Eu sou seu. Meu
pau é seu. Ninguém mais vai chegar perto dele.—

Ela assentiu com a cabeça, e ele a observou, enquanto


enxugava as lágrimas.

—Está claro?—

—Sim, perfeitamente claro.—

—Bom, me dê esses malditos lábios como forma de


agradecimento.—

Ela se inclinou, roçando os lábios nos dele. Deslizou um


dedo na fenda da sua boceta, vendo como ela estava molhada.
Agarrando a parte de trás da sua cabeça, a manteve no lugar,
enquanto a fodia com seus dedos, esticando-a. Seu pênis estava
com uma necessidade desesperada de fodê-la. Interrompendo o
beijo, viu que suas bochechas estavam com um tom profundo de
vermelho. —Você quer voltar para a piscina?— Perguntou.

—Não.—

—O que você quer fazer?— Esperou, enquanto ela corria


um dedo sobre o seu peito. Traçou as linhas das tatuagens,
fazendo-o esperar.

—Acho que deveríamos ir lá para cima e ver aonde isso vai


nos levar—, disse ela, mordendo o lábio.

—Minha princesa está me pedindo para levá-la para cima e


transar com ela?— Perguntou, lambendo o fluido dos dedos.

Judi ficou em silêncio, olhando para ele.

—Não vou a lugar nenhum até que você diga isso, baby.—

—Por que está me fazendo dizer isso?—

—Gostaria de saber que a mulher a qual estou prestes a


foder está nisso comigo. Não sou bom em estupro, querida.
Gosto de ouvir que a minha mulher quer o meu pau, tanto
quanto quero dar isso a ela.—
Ela suspirou. Seus mamilos tinham endurecido com suas
palavras. —Nunca vou me acostumar com a maneira como você
fala—, disse.

—Vou continuar falando para tornar mais fácil para você.—


Beijou seus lábios, esperando.

—Ripper... Por favor, me leva lá para cima e me fode até


que eu esteja gritando o seu nome?—

—Baby, nada me daria mais prazer.—

Levantando-se, colocou-a por cima do ombro e, como um


homem das cavernas, levou-a para cima.

—Eu consigo andar.—

—Você tem que reservar suas forças.—

—Isso é loucura. Você é louco.—

—Já fui chamado de coisas muito piores—, falou, abrindo a


porta. Desta vez, ele a deixou aberta, quando a jogou em cima
da cama. Ela deu um pequeno salto antes de se acomodar.
Olhou para ela. Sua calcinha estava na altura dos joelhos. Em
um movimento rápido, tirou-as, completamente, deixando-a
com, apenas, o sutiã. —Tire. Mostre-me esses seios
fantásticos.—

—Você podia não ser tão rude?—

—Você ama isso. Sua vagina está pingando diante das


minhas palavras.— Ele não ia mudar por causa dela.

Ripper falava coisas duras e fodia ainda mais duramente.


Ela teria, apenas, que se acostumar com o jeito que ele fazia as
coisas.

Ela esticou a mão, até as costas, desatando os laços que


prendiam o sutiã do biquíni. Ele olhou fixamente para os
mamilos vermelhos e enrugados, quando foram expostos ao seu
olhar. Seu pênis doía por causa do sangue que pulsava através
dele.

—Caralho, baby.—

Circundou um dos mamilos túrgidos antes de ir até o outro.


Ela gritou.

—Tire a minha cueca—, falou.

Judi se moveu para a extremidade da cama. Seus dedos


agarraram o cós e a abaixaram, roçando o pênis muito duro. Por
uma fração de segundo, fechou os olhos desfrutando a liberdade
de sair da cueca apertada.

Abrindo os olhos, olhou para baixo, para vê-la olhando para


o seu pau. O prepúcio estava puxado para trás, mostrando a
ponta alargada, que estava brilhando com o pré-sêmen. —Você
quer me provar?— Perguntou.

Ela assentiu com a cabeça. O movimento foi tão leve que


ele quase não percebeu. Acariciando os cabelos dela, se
aproximou. —Vá em frente, leve-me em sua boca.—

Seu cabelo era sedoso e suave ao toque. Dedilhando as


mechas, observou ela se inclinar e, logo em seguida, sua língua
deslizar sobre a sua ponta.

Foda-se, sua língua parecia tão boa, e ela ainda não tinha
tomado tudo dele. Lambendo os lábios, esperou ela tomar mais.
Ripper não a apressaria. Depois de tudo que passou, deixaria ela
se familiarizar com o seu pau, antes de assumir, transando com
ela, dura e profundamente.

—É isso aí, baby, me leve para a sua boca.—

Com as duas mãos acariciava seu cabelo, usando toda sua


força de vontade, para não se derramar, profundamente, na sua
boca.
Ela gemeu, lambendo ao longo da borda, mas não o
abocanhando profundamente.

Vamos, princesa, minha sanidade não vai durar muito


tempo.

Ele não iria mais fundo, deixando a Judi definir o ritmo.

****

O gosto salgado do pré-sêmen do Ripper explodiu em sua


língua. Judi estava muito surpresa com a luxúria que se apossou
dela e sentiu as paredes internas da sua vagina se contraírem,
em resposta. Ela se segurou nas pernas dele enquanto movia a
língua ao longo da veia pulsante. Os dedos dele acariciavam seu
cabelo, mas não seguraram a sua cabeça para forçar o pau na
sua boca. Cada movimento acalmava os seus nervos, até que
estava confiante o suficiente para enfiar a ponta na boca.

—Puta merda, tem piedade—, disse ele.

Não acreditava que ele estava falando assim, com ela.


Levaria algum tempo para se acostumar a sua linguagem, mas
ele não mentiu. Suas palavras a despertaram, de um jeito que
ela não achou que fosse possível. Judi tomou mais alguns
centímetros em sua boca, chupando com força e sacudindo a
ponta com a língua para engolir mais do seu esperma.

—Eu não estava errado. Seus lábios foram feitos para


chupar um pau, o meu pau.—

Murmurando em acordo, afundou as unhas na sua carne,


quando o tomou profundamente, tanto quanto o seu pênis
alcançava. Quando ele atingiu a parte de trás da sua garganta,
ela se deteve, demorando alguns segundos antes de voltar a
deslizar para baixo. Ela tinha aperfeiçoado a arte de chupar um
pau sem machucá-lo, mas alguns homens não eram pacientes.

Esqueça-os. Pense, apenas, no Ripper.

Suas mãos agarraram seu cabelo com força, fazendo-o


queimar onde ele segurava. Ela gemeu quando a dor foi direto
para sua vagina.

—É isso aí, baby. Fique à vontade. Ame o meu pau.


Ninguém está com pressa de gozar.—

Uma das suas mãos soltou seu cabelo chegar e acariciou


seus seios. Suas mãos eram tão grandes que englobavam um
peito, facilmente. —Vou foder esses peitos, baby.—
Ela o ouviu falando quando ela o levou para o fundo da
garganta. No momento em que estava prestes a ter uma ânsia
de vômito, ela o soltou.

—Vou manter esses peitos juntos, quando deslizar entre


eles. Quando gozar, vou revesti-los com a minha porra. Você vai
ficar muito sexy, enfeitada com o meu esperma—, falou.

Segurando a base do seu pau, ela o tomou, tão profundo


quanto podia. Desta vez, não conseguiu impedir o reflexo de
vomitar.

Ripper se afastou, instantaneamente, ficando fora do


alcance dela. —Eu amo a sua boca em mim, Judi. Mas não
machuque a si mesma. Não sou um cliente. Estou aqui porque
quero estar, e quero o seu prazer tanto quanto quero você.—

Judi sentiu vontade de chorar. Suas palavras a tocaram


profundamente.

—Ok.—

Ele se aproximou, e ela o tomou de volta na boca,


acariciando suas bolas enquanto chupava seu pênis. Nunca
gostou de fazer sexo oral, mas Ripper tinha um sabor fresco e
limpo. Suas mãos e palavras a acalmavam, a cada segundo que
passava.
Depois de vários minutos, puxou o cabelo dela, deslizando
para fora. —Está na hora de provar a sua vagina doce.—

Ela ia protestar, mas ele ficou de joelhos, abrindo suas


pernas. Sentada na beira da cama, ela o viu abrir seus lábios,
expondo-a para ele.

—Bonita pra caralho—, falou.

Seus lábios, logo, substituíram os dedos, deixando-a mais


perto do orgasmo.

Se jogando de costas sobre a cama, sentiu sua língua se


movimentar sobre o clitóris. Deslizou para baixo, fodendo-a com
vários golpes duros antes de voltar a circular seu clitóris.

Poucos minutos depois de lambê-la, sentiu o orgasmo


próximo da superfície. Choramingando, se debatia na cama.

—Não, eu não vou deixar você gozar até que esteja dentro
de você.— Ripper se levantou, enxugando os fluidos do queixo.

—Por favor—, disse ela, implorando.

—Você pode ter tudo de mim, o que você quiser. Não vou
desistir. Se você não quiser o meu pênis dentro de você, então
vou chupar você, mas vou dormir em outro quarto. Não sei o
quanto posso aguentar, se você não quiser trepar.—

Judi se apoiou nos cotovelos, olhando para ele. —Você está


me dizendo que não vai dormir comigo, por medo de não
aguentar me ouvir dizer não?—

—Sim. Você vai ter que colocar na sua cabeça que você é
muito sexy.— Segurou o pênis, trabalhando o comprimento, da
base até a ponta. —Eu quero te foder, Judi. Eu devia estar morto
pelo que quero fazer com você.—

Ela mordeu o lábio, sem saber o que dizer.

Era tão doce.

Doce e Ripper, realmente, não encaixavam na mesma


frase.

—Eu quero que você me foda, Ripper. Não quero saber


sobre o depois.—

—Vá para o centro da cama—, ordenou.

Judi se moveu, olhando para o teto. A cama afundou sob o


seu peso, enquanto ele se arrastava em sua direção. Não subiu
nela ou a levou para o colo dele. Ripper deitou ao seu lado,
apoiando a mão na sua barriga.

—Calma, baby. Estamos nos divertindo aqui.—

Ela nem percebeu que havia ficado tensa.

Virando-se para ele, olhou fixamente nos olhos verdes e


deixou que o amor que tinha desenvolvido por ele, assumir.
Acariciou seu rosto, sentindo a barba. Houve várias vezes, ao
longo dos últimos dois anos, que ele pareceu intocável, para ela.
Se ela o tocasse, ele desapareceria.

Então, muitas vezes, durante a posse do Rob, tinha


imaginado um cavaleiro que vinha em seu socorro. Tinha sido
tão ingênua e estúpida, pensando que alguém viria em seu
socorro. Em todas as suas fantasias, nem uma única vez,
nenhum dos homens estava vestindo roupas de couro ou
pilotando uma moto. Ripper era um assassino, vivia sob o código
da gangue, não pelo código normal, e ainda assim, como o
Devil, era seu salvador.

—Estou bem aqui, Ripper. Estou exatamente onde quero


estar.—
A mão dele segurou seu rosto, o polegar acariciando seu
lábio inferior. —Você é de outro mundo. Você, realmente, não
sabe como é especial.—

Encurtou a distância, reivindicando seus lábios. Ela gemeu,


abrindo a boca. Ripper se demorou, amando sua boca antes de
beijar seu pescoço. Choramingando, virou a cabeça para que ele
tivesse melhor acesso, ao beijá-la.

—É isso aí, baby. Beije-me. Abra-se para mim.—

Passando as mãos pelas costas dele, o anseio começou a se


avolumar. O ato de beijar e tocar não era suficiente.

—Por favor, Ripper.—

—Você está pronta para mim?— Perguntou.

Ela balançou a cabeça, concordando.

A cama afundou novamente, e ela o viu pegar um


preservativo na mesa de cabeceira. —Deixei-o aqui, mais
cedo.—

—Você não precisa usá-lo—, disse ela.

—Você está tomando pílula?— Perguntou.


Judi concordou. Estava tomando uma pílula de baixa
dosagem para ajudar a controlar o seu ciclo mensal. O médico a
avisou que podia não funcionar como um contraceptivo, mas não
se importou.

—Ainda vou usá-lo, na primeira vez.—

Rasgou o pacote e colocou o látex sobre o pênis. Seu pau


estava grande e grosso. Ficou surpresa que um preservativo,
realmente, coubesse, ao longo do seu comprimento.

Quando se virou para ela, ela se deitou, olhando para ele.


Desta vez, não foi para o seu lado, mas se acomodou entre as
pernas dela. Ela as abriu o suficiente para acomodá-lo.

Seus dedos vagaram até o lado de fora das suas pernas,


em seguida, retornaram.

—Olhe para mim, Judi.—

Ela voltou o olhar para ele.

—Quem sou eu?—

—Ripper.—
—Com quem você se sente segura?—

—Com você.— Respondeu, sem hesitação.

—Você quer isso?—

Sorrindo, balançou a cabeça. —Sim.—

—Olhe para mim, então, em todos os momentos.—

Só conseguiu acenar com a cabeça, novamente. Ele


estendeu a mão, segurando seu eixo.

Olhando para baixo, ela o viu deslizar a ponta coberta


através da sua fenda. No momento em que acertou seu clitóris,
ela gritou, o prazer explodindo dentro dela.

—Tão fodidamente inchada. Você quer ser comida—, falou.

Judi nem teve como argumentar. Seu corpo estava em


chamas com a necessidade do pau dele.

Ele não mergulhou dentro dela. Ripper deslizou, através da


sua fenda, até a sua entrada. Empurrou, para que ela se abrisse
para a sua cabeça. Quando ela acolheu a ponta, ele se retirou,
voltando para o clitóris, deslizando sobre ele.
Mais e mais, repetiu o movimento, fazendo com que ela
sentisse dor, diante da necessidade de senti-lo dentro do seu
corpo.

—Por favor, Ripper, foda-me—, disse, gritando as palavras.

—Você quer o meu pau?— Perguntou.

—Sim.—

Agarrando suas mãos, ela afundou as unhas na sua carne


esperando que ele entendesse a mensagem sobre quão,
desesperadamente, o queria.

Ele não desistiu, torturando-a, afastando seu pênis. Caindo


de volta na cama, gritou de frustração. Ripper deve ter ficado
satisfeito com a forma como ela estava desesperada. Deslizou a
ponta em sua entrada e, com um impulso dos quadris, penetrou,
profundamente, em seu interior.

Ela estava no céu.


Capítulo Nove

A boceta da Judi era apertada pra caralho. Ripper moveu as


mãos até alcançar a cabeça dela. Ele a segurou firmemente,
olhando em seus olhos, que haviam dilatado, depois da
penetração. Sua vagina era muito mais gostosa do que a boca.
Foda-se, precisava se segurar, apenas, para não gozar,
imediatamente.

Porra, merda, caralho.

As palavras passavam por sua mente enquanto ele tentava


se orientar sobre o que estava acontecendo. Nada disso parecia
real para ele e, ainda assim, era completamente e totalmente
real. Seus sentimentos pela Judi não podiam ser confundidos.
Sempre se preocupou com ela, mas esses sentimentos estavam
ficando difíceis de ignorar, agora. Com a sensação da sua vagina
acondicionada em torno do seu pau, seu coração batia forte, e
não havia como fugir do amor que sentia por ela.

Durante anos, tinha trepado com muitas mulheres, mas


nenhuma delas significava nada para ele, até a Judi.

Ela o fazia se sentir um bosta.


—Você está bem?— Perguntou, olhando em seus olhos
castanhos.

—Sim, estou bem.—

—Você está bem, com o meu pau dentro de você?— Ripper


fingiu estar insultado, deslizando um pouco mais profundamente
dentro dela.

Judi engasgou, arqueando-se para ele.

—Você me sente agora? Isso é mais do que bem.—

Seus gemidos aumentaram, e ele a segurou no lugar.


Ripper sentia cada ondulação da sua vagina. O pulsar em sua
garganta estava batendo contra sua pele. Inclinando-se, chupou
sua garganta, sentindo-a gemer sob seu toque. —Diga-me, o
que está passando pela sua cabeça?—

—Você é tão grande. Não consigo sentir nada, além de


você, dentro de mim.— Ela mordeu o lábio enquanto ele beijava
o seu pescoço, mordiscando os pedaços de carne.

—Vou foder você em um minuto.—

Ela engasgou e ele sentiu a vagina contrair à sua volta.


Sem o preservativo, imaginou que conseguiria sentir cada gota
do gozo dela. Desejou que não houvesse uma camada de
proteção entre eles. Os dedos dela se apertaram em torno das
suas mãos, segurando-o com força.

—Por favor, Ripper—, falou.

—O que você quer, baby?—

Reivindicando seus lábios, a impediu de expressar sua


necessidade. Desta vez, sua língua espiou para fora, à procura
da sua. Deu tudo o que tinha, enfiando a língua, profundamente,
em sua boca. Ripper queria possuir, dominar, e mostrar a ela,
com o seu pau, a quem ela pertencia.

—Eu quero que você me foda.—

—Estou fodendo com você.— Ele se inclinou, beijando seu


pescoço e sorriu.

Ela rosnou. —Mova-se!—

—Você não está gostando do que estou fazendo?—

—Sim, por favor, me fode—, disse ela, implorando.

Moveu-se para fora do seu calor apertado, deixando,


apenas, a cabeça do seu pau dentro dela. Ela gritou,
choramingando. Olhando para onde se juntavam, Ripper quase
se perdeu. O preservativo que cobria o seu pau estava
escorregadio com seus fluidos. —Olhe para nós, baby. Olhe quão
perfeita sua boceta é.—

Ele rosnou a última palavra enquanto a fodia duramente,


penetrando até a base, dentro dela. Ela gritou.

Soltando as mãos, agarrou seus quadris e a golpeou, dura e


rapidamente. Ela segurou em seus ombros, as unhas cravadas
na carne dele. Ripper sentiu a picada do seu toque, mas adorou.
Ficaria feliz em carregar sua marca pelo resto da sua vida.

—Olhe para nós, baby. Olhe para nós, porra.— Tinha a


intenção de fazer com que a primeira vez deles, fosse lenta. Não
havia nenhuma possibilidade. Seu calor apertado tornou
impossível para ele, se concentrar. Ela olhou entre eles,
gritando, enquanto ele a fodia duramente. —Apoie as mãos na
cabeceira da cama.—

Esperou ela fazer o que pediu.

Com as palmas das mãos plantadas contra a cama, agarrou


seus quadris e golpeou profundamente. Cada impulso dentro da
sua boceta fazia com que ela se movesse contra a cama. As
mãos apoiadas na cabeceira impediam que ela batesse a cabeça.
A sensação da sua vagina apertada o estava deixando
louco.

Abaixando a mão, brincou com seu clitóris. Ele assistiu ao


seu orgasmo, bem como sentiu o aperto da sua boceta. Ela
gritou, se movendo contra o seu pênis.

—Tão fodidamente apertada. Vou transar com você a noite


toda. Você não vai ser capaz de andar pela porra de uma
semana, quando terminar com você.— Mais duro, mergulhou
dentro dela, penetrando ainda mais fundo.

Sentiu o colo do seu útero, a partir da profundidade da sua


penetração.

—Por favor, foda-me, por favor—, ela gritou.

—É isso aí, baby. Me dê um orgasmo. Deixe eu sentir sua


boceta apertada.— Os seios dela saltavam com a força dos seus
golpes. Observou-os, amando a rigidez dos botões vermelhos.

—Ripper, por favor.—

—Quero que você goze para mim, baby. Me dê o seu


gozo.— Sentiu sua própria libertação perto da superfície.
Rangendo os dentes, esperou que ela alcançasse o segundo
orgasmo. Quando o fez, ele a fodeu, mais e mais, até que os
primeiros tremores começaram.

Juntos, gritaram, e ele cravou os dedos nos seus quadris,


fortemente. Ripper sabia que suas impressões digitais ficariam
marcadas na sua pele. Ela teria que mantê-las escondidas do
Devil e da Lexie. Se dependesse dele, iam ficar à mostra. Judi
era sua mulher, e tinha toda a intenção de protegê-la.

O amor que sentia não podia mais ser ignorado ou negado.

Colocou as mãos em cada lado da sua cabeça, olhando para


ela. Abalado até a alma, viu que lágrimas estavam florescendo
em seus olhos.

—Eu nunca soube que podia ser assim—, falou.

—E pode ficar muito melhor.—

Inclinando-se, depositou um beijo em seus lábios, querendo


fazer muito mais. Se conteve, dando a Judi algum espaço para
se mover.

Algo tinha mudado entre eles.

—Não sei como isso pode ficar melhor—, disse ela,


passando a língua nos lábios.
—Esta foi a nossa primeira vez.— Estava sondando o
terreno, para ver até onde podia ir. A última coisa que queria
fazer, era deixá-la com medo ou pensando no seu passado.

—Vou sair para cuidar do preservativo. Você vai ficar


bem?—

Ela assentiu com a cabeça. O movimento foi simples, um


aceno da cabeça. Colocando a mão na parte de trás do pescoço
dela, estalou os lábios nos dela.

—Eu não vou a lugar nenhum, baby. Há mais por vir.—

O sorriso dela capturou seu coração. Merda, estava


começando a ficar assustado.

—Não deixe nada entrar aqui.— Ripper tocou sua têmpora,


tentando manter as más recordações à distância.

Se retirando do seu calor apertado, entrou no banheiro para


lidar com o preservativo usado.

Lavando o pau, se limpou antes de voltar para o quarto. Ela


tinha se enfiado debaixo das cobertas e estava olhando para o
teto. Seu olhar pousou sobre ele, quando entrou no quarto.
Verificando o relógio, viu que passava, apenas um pouco, das
nove.

—Não vou ficar deitado na cama à espera do sono. Vamos


lá.— Empurrou a coberta para longe, pegando-a no colo e se
dirigindo para a porta.

—Você vai parar de fazer isso? Eu posso andar.—

—Eu sei que pode caminhar, mas você vai brigar comigo.
Nós fodemos, e você está fazendo o que qualquer fêmea de
merda faz. Nós vamos assistir um filme ou fazer algo divertido.—
Entrando na sala de estar, ele a largou no sofá.

—Estou nua, Ripper—.

—Eu também— Ligando a televisão, começou a zapear


pelos canais. Agarrando o controle remoto, se acomodou atrás
da Judi, agarrando um peito enquanto procurava algo para
assistir.

—Estou cansada.—

—Não, você não está.— Encontrou um filme de terror e


deixou naquele canal. Acariciando a curva do seu mamilo, sentiu
sua excitação inicial aumentar.
Judi não disse nada enquanto ele brincava com seu corpo.
Ela era tão receptiva. Os seios dela eram uma das suas melhores
características. Estava ansioso para ver aqueles seios saltarem
na frente do seu rosto.

—Odeio filmes de terror—, ela falou.

—Posso colocar no canal pornô, se você preferir.—

Ela deu uma risadinha. —Você assiste filmes pornôs?—

—Todo homem assiste. Prefiro a vida real, do que a


porcaria que estão sempre enfiando na nossa cara. Não há nada
de atraente em uma mulher que está sendo cuspida.— Judi tinha
virado a cabeça para olhar para ele. Ela torceu o nariz com sua
descrição.

—Isso é nojento.—

—É um negócio, e é uma merda. Eu, pelo menos não posso


suportar isso, mas está disponível, quando necessário.— Não via
um filme pornô há vários anos.

—Acho que você está tentando me chocar—, disse ela, se


virando para encarar a televisão.
—Não estou. Sexo deve ser molhado e sujo.— Se inclinou,
deslizando um dedo na sua fenda. —A sua boceta está molhada
e pode levar um bom pau duro. Se você estivesse seca, eu não
poderia te foder.—

Mergulhou dois dedos dentro do seu calor úmido. Ela sentiu


a suavidade do seu toque.

Mordendo a lateral de seu pescoço, chupou a carne,


tomando cuidado para não marcá-la. Devil ia começar a fazer
perguntas e, até que ela estivesse pronta, ele não forçaria a
questão.

****

Na manhã seguinte, acordou com os braços do Ripper em


torno dela. A conversa de ontem à noite sobre filmes
pornográficos, trouxe uma súbita cor para sua pele. O filme de
terror acabou sendo esquecido quando o Ripper se inclinou sobre
ela e a pegou por trás. Apertou seus seios até que houvessem
marcas de impressões digitais ao redor da sua carne, quando
golpeou dentro dela. Sua paixão a surpreendeu. Ele a levou ao
orgasmo, várias vezes.

Nunca tinha experimentado um orgasmo até ser forçada a


ter múltiplos.
Olhando para o relógio, viu que passava das dez horas.
Gemendo, deixou cair a cabeça ao lado da cama.

—Qual é o problema, baby?— Ele perguntou, assustando-a.

—Há quanto tempo você está acordado?— Olhou para trás,


para ver os olhos abertos, olhando para ela.

—Tempo suficiente. Você ronca, sabia, e murmura coisas


no seu sono.—

—Sabe que eu não faço a menor ideia sobre o seu nome—,


disse ela. Judi não sabia o nome verdadeiro de mais da metade
dos rapazes da Chaos Bleeds. Gostava dos seus apelidos de
estrada. Ripper lhe convinha, por algum motivo.

—É Daniel Hill, mas não vou responder a esse nome. Sou


Ripper por um longo tempo, já.— Passou a mão pelo rosto,
levantando a cabeça e olhando para o relógio. —Não admira que
eu esteja morrendo de fome.—

Ela riu. —Vou fazer um pouco de comida para você,


Daniel.—

Sua mão agarrou sua cintura. —Oh não, não vai. Você não
vai a lugar nenhum.— Ripper a puxou até ficar em cima do seu
colo. Ela gritou, rindo, quando sentiu a evidência da sua
excitação entre as coxas.

—Você não se cansa?— Perguntou ela, gemendo.

Ripper cobriu seus seios, então beliscou seus mamilos.


Gemendo, empurrou o peito em direção ao seu toque.

—Se eu tocar sua vagina, você estará molhada?—

Ela olhou para baixo, direto em seus olhos. —Não sei.—

Ele bateu no seu rabo, fazendo-o arder. —Não minta para


mim.—

—Sim, estou molhada.—

—E você está reclamando sobre a minha necessidade?


Preciso arranjar alguns comprimidos para dar conta de você.
Meu pau só vai ficar muito duro.—

Judi revirou os olhos, rindo das suas palavras. —Você é


mais do que capaz de me manter, baby.—

Se inclinou para baixo, sentindo as mãos dele se moverem


para baixo, até os seus quadris. A ternura pareceu natural, ao
falar com ele. Segurando seu rosto, reclamou seus lábios,
acariciando-os com a língua. Ele os abriu, convidando-a a entrar.

—Beije-me—, disse ele.

Ela o fez, amando seus lábios.

Ripper arrancou a roupa dela, primeiro, levantando-a para


deslizar sobre o seu pênis. Ela estava dolorida da farra de ontem
à noite, mas isso era diferente. Tomou seu tempo, deslizando
dentro dela, lentamente.

Um gemido escapou dos seus lábios. Sua necessidade a


agarrou e a tomou de surpresa.

—Que boceta apertada do caralho. Esta é a minha boceta,


Judi. A nenhum outro homem é permitido ficar perto deste
corpo.—

—Eu sei. Ele só pertence a você.— Não podia repetir suas


palavras.

—A quem você pertence?—

—A você, Ripper, só você.—


—Boa menina.— Segurou sua bunda, puxando-a para
baixo, então, para cima, sobre o seu eixo. Gemendo, se apoiou
em seu abdômen rígido duro enquanto transava com ele. —Eu
sabia. Sabia que seus peitos balançando ficariam perfeitos pra
caralho, em cima de mim.—

Sentiu uma enorme satisfação ao saber que ele esteve


pensando sobre ela. Abrindo os olhos, olhou para baixo, para o
seu colo. A luxúria brilhou de volta para ela, ameaçando queimá-
la. Não havia outro lugar para ir.

Apoiada no seu abdômen, deslizando para cima e para


baixo, sobre o seu pênis, não havia outro lugar que quisesse ir.
Ripper a fazia ansiar por ele.

—Você é minha agora, Judi. Nunca vou deixá-la ir,


cacete.—

Judi fechou os olhos, enquanto o prazer assumia. Seu pênis


estava duro dentro dela, empurrando contra o colo do útero. A
profundidade do seu pênis beirava a dor. As duas combinações
eram um casamento perfeito. Seu corpo veio à vida, enquanto
ele a fodia mais duramente.

—Toque o clitóris, baby. Goze no meu pau.—


Inclinando-se, acariciou o clitóris, ofegando, quando o
mínimo toque a deixou próxima da satisfação. Seu corpo já não
era seu, mas do Ripper, para fazer o que quisesse.

—Foda-se, isso é do caralho.— Suas mãos foram até os


quadris dela, e ele golpeou, indo mais fundo do que nunca.

Gritaram, juntos, quando o Ripper gozou. Quando


terminaram, limpou o suor da testa dele, rindo. —Agora, essa é
a melhor maneira de começar o dia—, disse, beijando seus
lábios.

Suas mãos, unidas em torno dela, aterraram suas emoções


tumultuadas. Sentia-se segura em seus braços, como se nada
fosse incomodá-la, com ele por perto.

—Eu falei sério.—

Olhando para cima, viu que ele tinha colocado um


travesseiro debaixo da cabeça.

—Sobre o quê?— Ela colocou uma mecha do cabelo atrás


da orelha.

—Você é minha. Nenhum homem vai estar perto de você.


Nenhum encontro, nenhum flerte, nada.—
Ela sorriu. —Ripper, eu não namoro e, raramente, eu saio.
A Lexie e a Phoebe são minhas amigas, e ninguém mais.— Para
se divertir, ela cuidava das duas mulheres. Sim, seu mundo
estava cheio de emoção.

—Você tem algo mais, Judi. Qualquer homem daria um


braço para tê-la ao seu lado.—

—Eu não sou assim.— Se sentiu desconfortável. E se ele


tivesse esquecido que ela costumava vender seu corpo por
dinheiro?

Ele segurou seu queixo, forçando-a a olhar para ele. —O


seu corpo é todinho seu. Aquele filho da puta a obrigou a se
vender. Pare de pensar naquele merda como se fosse tudo o que
você é. Não é.—

Ela ia abrir a boca, quando ouviu a porta abrir.

Com os olhos arregalados, olhou fixamente para o Ripper,


enquanto ouvia.

—Vamos, crianças, estou com fome—, disse o Devil.

—Merda, o Devil está em casa.— Pânico desceu sobre ela.


Ser apanhada, nua, com o Ripper enfiado, profundamente,
dentro dela, não ia acabar bem. Lutando para sair de cima do
seu pênis, estremeceu com a dor súbita da sua largura. Não
estava acostumada a ter um pau duro entre as coxas.

—Judi, você está em casa?— Perguntou a Lexie, gritando, lá


em baixo.

—Sim, estou.— Ela gritou as palavras, esperando que a


Lexie fosse ficar lá embaixo.

—Nós ficamos sabendo que o Ripper ia ficar com você.


Onde ele está?—

Enfiando o short, viu que o Ripper teve o bom senso de


trazer suas roupas com ele. —Responda—, o Ripper sussurrou.

Suas mãos tremiam como uma louca. Merda, não era isso o
que ela queria.

Judi colocou uma camiseta, esquecendo-se do sutiã,


quando pulou da cama e começou a recolher suas coisas.

—Humm—, ela falou.

Merda, o que ela devia dizer?


A porta se abriu, de repente, e a Lexie apareceu. Gritando,
pegou uma ponta do cobertor. Pensando rápido, olhou para o
chão.

—Está lá, Ripper. É grande e feia.— Gritando, tentou fazer


com que seus nervos ficassem sob controle. Ela nunca tinha sido
capaz de mentir.

Ele a olhou, carrancudo.

Vamos lá, jogue essa merda junto comigo.

—O que está acontecendo?— Perguntou a Lexie, abrindo a


porta. Olhou do Ripper para a Judi, em seguida, novamente. A
suspeita estava clara em seu rosto.

—Estou lhe dizendo que é do tamanho de uma tarântula. Eu


a vi saindo do banheiro. Por favor, mate-a para mim.— Judi
deixou as palavras irem sumindo.

—Uma aranha, estou aqui para matar uma aranha.—

A Lexie gritou, mergulhando sobre a cama. —Aranhas,


odeio aranhas. Devil!— Gritou o nome dele, em desespero.

Grande ideia, Judi.


Segundos depois, o Devil entrava correndo no quarto
segurando uma colher de bebê. —O quê? Que porra é essa?—

—Uma aranha. A Judi viu uma aranha.—

As duas mulheres se abraçaram. Olhando de relance para o


Ripper, ela o viu revirar os olhos.

Se esforçou para não responder. De que outra forma ela ia


explicar o Ripper dentro do seu quarto?

—Que porra você está fazendo no quarto dela?— Perguntou


o Devil.

—Procurando por uma aranha, aparentemente. Sua menina


é uma porra de uma covarde.— Ripper olhou ao redor do chão.

Agora, o problema era, realmente, encontrar uma aranha


para ele matar.

—Tem certeza que viu alguma coisa?— Perguntou Devil.

—Por favor, não deixe uma aranha andando pela casa,


Devil. Estou em uma condição delicada.— Lexie esfregou sua
barriga.
Judi notou que a cor estava de volta ao seu rosto. —Você
se divertiu?— Perguntou.

—Sim, mas não conseguimos ficar lá. O cheiro do café da


manhã é demais. Algumas pessoas, de verdade, comem peixe—,
disse a Lexie, estremecendo.

Devil começou a rir. —Ela insultou o spa inteiro, vomitando


sobre a mesa. A Lex exigiu que partíssemos e abandonássemos
nossa curta viagem.—

Rindo, a Judi olhou para o Ripper. No minuto seguinte, ele


fingiu pegar a aranha e jogá-la fora.

A Lexie, finalmente, saiu da cama, com os braços do Devil


enrolados em torno dela.

—Uma aranha?— Perguntou o Ripper, beijando o topo da


sua cabeça quando ficaram sozinhos.

—Eu entrei em pânico.—

Todo mundo tinha medo de aranhas, até mesmo ela. Estava


mais com medo do que o Devil faria, no momento em que
percebesse que estava transando com o Ripper.

****
Mais tarde, naquele mesmo dia, o Devil estava sentado
atrás da sua mesa, em casa, pensando sobre o que acabara de
dizer ao Tiny. O Zero tinha contado tudo para a gangue. O Alan
não tinha conseguido sair da enfermeira, ainda, mas seu amigo
sabia que era só uma questão de tempo antes que o Alan
estivesse na ativa, novamente. Lexie estava junto ao batente da
porta, os braços cruzados sobre o peito.

—No que você está pensando?— Perguntou.

—Tenho a sensação que merda vai ser jogada no


ventilador—, disse. Ele nunca escondeu qualquer coisa dela. Ela
lhe dava tudo e, em troca, ele lhe dizia a verdade.

Ele a observou caminhar na sua direção. Ela se encostou na


mesa, olhando para ele. Estendendo a mão, ele a puxou para
perto, beijando sua barriga. Após as últimas semanas de
discussão ela, finalmente, o convenceu que não havia nada
errado, além de uma indisposição matinal.

Seus dedos afundaram no cabelo dele.

—O que, realmente, aconteceu?—

—Uma das amigas do Zero chegou na sede do clube com


um ferimento à bala em seu estômago. Ela está bem, mas esse
cara está causando um monte de problemas. Ele a levou até
uma enfermeira que transava com o Zero, e estão seguros. O
Tiny está me mantendo atualizado, mas nenhum dos outros sabe
de nada. Ele está preocupado,— Devil disse, beijando sua
barriga. —O Zero fez uma coisa no passado, e está fodido. Ele
está pagando o preço por seu erro.—

—Assim como o Snitch?—

Ele balançou a cabeça. —Não, ele queria vingança. Esta é


uma sentença de morte para o Zero. Alguém quer vê-lo morto,
mas quer que ele sofra primeiro. Tenho um sentimento que isso
vai acabar sendo um pesadelo para os Skulls.—

Devil adorava a sensação dos dedos dela em seus cabelos,


segurando-o.

—Você vai ajudá-lo, se ele pedir?—

—Eu tenho que ir, baby. O Tiny é um amigo.— Ela sorriu,


mas ele viu o medo em seus olhos. Acariciando sua bochecha, se
levantou olhando nos olhos dela. —Você é meu mundo inteiro.
Nunca vou fazer nada que vá nos colocar em risco.—

—Eu sei que a gangue significa muito para você.—


—Ei.— Segurou seu rosto para impedi-la de desviar o olhar.
—A gangue é a minha vida, mas você é a minha razão de viver.
Eu te amo, baby. Não vou a lugar algum.— Devil a beijou nos
lábios. —Se eu souber que é uma missão suicida, eu e os
meninos vamos correr. Não é minha luta, e você e os meus
meninos vêm em primeiro lugar.—

Devil não faria nada para machucá-la. Queria ver seu bebê
nascer e passar o resto dos seus anos envelhecendo ao lado da
sua mulher.

Segurando-a mais perto, pensou sobre o Ripper, hoje de


manhã. A forma como o outro homem tinha olhado para a Judi,
fez com que o estômago do Devil se retorcesse.

Alguma coisa estava acontecendo entre o casal. Não sabia o


que era. Devil só esperava que o Ripper mantivesse a cabeça no
lugar. Judi estava fora dos limites, e não ia ceder sobre este
assunto.
Capítulo Dez

Na semana seguinte, o Ripper estava fazendo de tudo para


evitar ficar sozinho com o Devil. O maior erro que ele podia
cometer, era pensar que o Devil não enxergava tudo. Havia uma
razão pela qual ele foi nomeado governante do inferno. Seu
presidente via tudo. Merda, isso o estava deixando nervoso.

Olhando por cima da moto, começou a se certificar de que


não havia falhas. Devil estava dentro do clube e ia ver os livros
que o Vincent trouxe com ele, da boate de strip. A boate de strip
estava se mostrando um negócio melhor do que a oficina
mecânica. Alguns dos ricos da região não gostavam que
motoqueiros mexessem em seus carros caros.

Ripper não se importava. Amava trabalhar com as mãos,


em todas as oportunidades.

Uma vez que se assegurou que a sua moto estava na


melhor condição possível, começou a fazer o trabalho de limpeza
no corpo da máquina. Suor pontilhava suas costas, e estava
custando toda a sua força de vontade, não enviar uma
mensagem para a Judi. A última vez em que estiveram juntos foi
há três dias, quando a convenceu a dar um passeio com ele,
tarde da noite. Ela ficava em casa, estudando, na maior parte do
tempo.
Tinha que conseguir ficar longe da casa, de outra forma, o
Devil pensaria que ele tinha alguma coisa com a Lexie. Nas
últimas semanas, ele viu que não tinha nada a ver com a Lexie.
Tudo o que queria dela era uma trepada. Ela era uma mulher
doce, sexy para caralho e boa dançarina. A maioria dos rapazes
gostaria de transar com ela.

Ela foi reivindicada, e seus pensamentos foram dominados


pela Judi.

Curse estava sobre ele, como uma sombra. O outro homem


era um dos seus amigos mais próximos. —A Ashley me disse
para lhe mandar um café—, disse ele, segurando uma xícara.

—Tem uma garçonete, agora?— Perguntou o Ripper, se


levantando.

—Ela estava pulando no meu pau, há dez minutos. Preciso


de um tempo.—

—Estou surpreso por você não estar no restaurante da


cidade, cobiçando a doce Mia de cabelos escuros.— Ripper
brincou com o amigo. Os dois tinham ido jantar lá e, todas as
vezes, o Curse mal disse uma palavra para a garçonete, embora
não conseguisse tirar os olhos dela.

—Por que você está evitando o Devil?— Curse perguntou.


O sorriso sumiu antes que ele pudesse impedir. Merda,
pensou que estava indo bem em evitar o Devil, sem ser notado.

—Não estou.—

—Mentiroso. Você chegou atrasado em todas as reuniões


dos Skulls. Você está sempre trabalhando fora, e só precisa sair
quando ele vem até aqui. O que está acontecendo?— Perguntou
o Curse, cruzando os braços.

—Nada.— Uma imagem da Judi montando seu pênis entrou


na sua mente.

Merda, controle-se.

—Você está mentindo. O Devil quer você lá dentro, de


qualquer maneira.—

Pânico o atingiu, instantaneamente. Limpando as mãos no


pano de graxa, entregou para o Curse a xícara vazia. Sem dizer
outra palavra, caminhou em direção à sede do clube. Vários
homens e mulheres faziam limpeza, bebiam, e, geralmente,
desfrutavam horas agradáveis. Viu o Pussy tentando convencer
a Ashley a fazer uma dança.

Indo direto para o escritório do Devil, bateu e entrou. A


porta já estava aberta.
—Entre, sente-se—, disse o Devil, olhando um arquivo em
sua mesa.

—O que posso fazer por você?— Perguntou o Ripper,


limpando as mãos, que tinham começado a suar no momento
que entrou no escritório.

—Só um minuto.— Devil assinalou alguma coisa no arquivo


e olhou para cima. —Por que você está me evitando?—

—Não estou. Eu estou bem aqui.—

—Não me faça de tolo, Ripper. Todos concordamos em nos


estabelecer em Piston County. Não posso gerenciar este clube se
algum dos meus meninos está escondendo alguma merda de
mim.—

Na estrada, Devil exigia respeito para poder saber de tudo,


desde o menor ao maior negócio.

—Não há nada errado.—

—Existe alguma coisa acontecendo entre você e a Judi?


Notei alguns olhares entre vocês. Eu não sou um idiota.—
Diga a ele. Diga a verdade. Esta é a sua oportunidade.
—Não há nada acontecendo. Eu estava ajudando a Judi. Ela
nem sempre se sente confortável em sua própria pele. Naquela
manhã, ela encontrou uma aranha.— Revirou os olhos, abrindo
os braços, para mostrar que não se importava. —Mulheres,
nunca vou entendê-las.—

—Por que você não fica muito tempo no clube?—

—Tenho precisado de um ar fresco. Dirijo a moto até uma


área de piquenique para ver a vista da cidade. Isso preenche a
necessidade.— As mentiras foram sendo despejadas, o que o
Ripper odiava. Seria muito mais fácil para ele falar a verdade,
mas a Judi ainda não estava pronta para que o Devil soubesse.

Muitas pessoas tinham perdido respeito dela, por não ouvi-


la. Não ia ser uma daquelas pessoas.

—Você já está arrependido de ter se estabelecido? Posso


arranjar um lugar para você em outra gangue, se você está
querendo voltar para a estrada—, disse o Devil.

—Não, aqui é onde eu vou ficar. O que está acontecendo


com o Zero? Eu sei que alguma merda está acontecendo com
ele.— Ripper tentou mudar de assunto, desviando a atenção do
Devil.
Pelos próximos minutos, foi atualizado com tudo o que
estava acontecendo em Fort Wills. Não havia nada de novo a
relatar. Zero ainda estava tentando descobrir o paradeiro do
Alan, mas estava mantendo uma vigília protetora sobre a mulher
que foi baleada, assim como no resto da gangue.

—Quando formos chamados para ajudar, quer ir junto?—


Perguntou o Devil.

—Você, realmente, acha que vai chegar a esse ponto?—

—Sim. Quando uma mulher leva um tiro não demora muito


para os problemas começarem.— Devil balançou os ombros. —O
que você quer fazer?—

—Vou ficar para trás e manter um olho sobre as mulheres e


os negócios.— Não podia deixar a Judi para trás. Só o
pensamento, já o fazia suar.

—Justo. Alguns dos meninos querem ir para a estrada. Vou


dar um giro enquanto você fica aqui.— Devil acenou para ele,
dispensando-o.

Levantando-se, voltou para sua moto, para limpá-la. Mais


tarde, naquele dia, a Lexie e a Judi foram até ele. Sentiu o olhar
dela sobre ele, e se obrigou a continuar a limpeza das outras
motos, ao lado da sua.
Ashley saiu correndo, pulando em seus braços. O sol batia
em cheio, nele. Passou os braços em volta da Ashley,
aproveitando o momento para olhar para a Judi. No momento
em que o fez, desejava que não tivesse olhado. Parecia que ela
tinha sido chutada no estômago. Com a Elizabeth no colo, seguiu
a Lexie para dentro do clube.

—Alguns de nós vão para a boate de strip, hoje à noite.


Você vai?— Perguntou a Ashley.

—O Curse vai?—

—Sim, foi ideia dele. Eu vou, mas não quero dançar ou


qualquer coisa. O Pussy e o Dead também vão.— Ashley era
uma mulher borbulhante. Sempre encontrava algo para sorrir.
Algumas das outras cadelas a desprezavam. Ripper, realmente,
gostava dela. Diante do olhar de dor nos olhos da Judi, desejou
que ele não tivesse fodido com ela.

Não podia mentir para ela, e teve o pressentimento que,


quando estivessem sozinhos, ela ia perguntar para ele.

—Estou indo dizer ao Curse—, disse a Ashley, pulando para


cima e para baixo.

—Me dizer o quê?— O homem apareceu ao lado dela.

—O Ripper vai para a boate, também.—


Sorrindo, olhou na direção do clube, imaginando o que
estava acontecendo lá dentro.

—A Lexie estava mostrando a sua mais nova ultrassom. O


médico também confirmou que ela só tinha enjoo matinal. Ela
vai ficar bem, com uma boa dieta e descanso. A Judi está
grudada nela que nem cola—, disse o Curse. —Ele tem uma
coisa pela Lex.— Curse falou para a Ashley.

—Não, eu não tenho.— Ripper contestou suas palavras.

Nenhum dos dois o ouviu.

Uma hora depois, entrou no clube, encontrando a Judi


sentada em um canto, com a Elizabeth e o Simon. Ela o ignorou
quando ele foi em direção à escada, para trocar a roupa.

Na volta, viu que ela estava se preparando para sair, com a


Lexie e o Devil.

—Onde você está indo?— Perguntou o Devil, antes dele


sair.

—Alguns de nós estão indo para a boate de strip—, o Curse


disse. —Estamos indo para uma festa em grande estilo. Pode ser
uma das últimas.—
Olhando na direção da Judi, viu como aquele pensamento a
chateou.

—Vou esperar no carro.— Segurou a mão do Simon,


enquanto saía do clube, sem sequer olhar na sua direção.

Sentiu o olhar do Devil sobre ele. Merda, precisava manter


seus pensamentos para si mesmo. Seguindo o Curse para fora
do clube, esperou a Ashley subir na parte traseira da moto do
Curse, antes de ir na direção da boate de strip.

Era cedo demais para estar aberta ao público. O Curse


tinha uma chave e estava cuidando do prédio para o Vincent.
Todos eles se revezavam em cuidar do lugar, para o clube.

Dentro da boate, viu as mulheres que ensaiavam, no palco.


Ele se sentou em um canto, enquanto alguns dos homens foram
para o bar ou lá para trás, para ver as mulheres. Ripper se
recostou, descansando a cabeça contra a parede.

O rosto cheio de dor da Judi entrou em seus pensamentos.

Não se sinta culpado.

Ela é minha.
Batendo no joelho, ele olhou em torno da boate, sabendo
que, na verdade, não queria estar ali, mas com ela. Ela,
realmente, tinha invadido a porra de sua vida e o fez se
apaixonar por ela.

Ali, finalmente, aceitou.

****

Comendo a salada de batata, Judi não conseguia sentir seu


gosto. Seus pensamentos estavam no Ripper com a Ashley. Ela
odiava o quão relaxada a mulher ficava, com ele. Observá-la se
jogar nos braços do Ripper e ele a abraçar, magoou a Judi
profundamente. Não tinha confiado em ninguém para se
segurar, fazia muito tempo.

Homens traem.

O Devil não trai.

—Como está indo a faculdade?— Perguntou o Devil,


invadindo seus pensamentos conturbados.

—Está indo bem.— Forçou um sorriso em seus lábios


quando olhou para ele. Não havia mais nada que pudesse pensar
em dizer. A Lexie estava olhando para ela, juntamente com o
Devil. —Como é que estão as coisas no clube?—
—Está tudo bem. Podemos ter que viajar se as coisas
ficarem ruins para os Skulls.—

Ela assentiu com a cabeça. Judi gostava dos Skulls. De


verdade, gostava da Angel. A outra mulher era tão doce. Na
primeira vez que viu a Angel, foi pega de surpresa. Nenhuma
mulher casada com um motoqueiro devia ter aquele ar de
inocência, no entanto, a Angel tinha.

—Os Skulls são boas pessoas. Espero que nada de ruim


aconteça a eles.— Pensou no homem no qual atirou, mais de
duas semanas atrás. Seu estômago revirou, lembrando todo o
incidente.

—Você não está se sentindo mal não é, querida? Você não


está comendo nada—, disse a Lexie, apontando para o prato na
frente dela.

—Estou bem. Apenas, não estou com fome.— Colocou o


garfo no prato, sorrindo para a sua família. —Tudo está bem.—

Eles olharam para ela, com ar de dúvida.

—O Ripper vai ficar para trás, no caso de acontecer alguma


coisa—, disse o Devil, falando alto.
—Tenho certeza que ele gostaria disso—, disse a Judi,
olhando para os seus pulsos. Desde a primeira vez deles, ela
ainda tinha marcas nos quadris e nos seios. Ela fazia questão de
vestir camisetas de mangas longas, de modo que nenhum dos
hematomas pudessem ser vistos.

—Há algo acontecendo entre vocês dois?— Perguntou Devil.

Ela balançou a cabeça. —Não, eu vou lavar a louça.—


Agarrando o prato, junto com um par de tigelas vazias, ela foi
para a cozinha. Jogando a comida no lixo, limpou o prato antes
de colocá-lo na máquina de lavar louça.

Segundos depois, ouviu a Lexie limpando a garganta.


Virando-se, viu que a sua amiga parecia um pouco preocupada.
—Tem alguma coisa que você queira falar?— Perguntou.

—Será que o Devil mandou você perguntar?—

—Não. Ele está pensando no Tiny e no que está


acontecendo em Fort Wills.—

—Você tem que lhe dizer para parar de se preocupar com


você e o bebê.— Judi continuou limpando os pratos e as
travessas, colocando-os na máquina de lavar louça.
—Não mude de assunto. Sei que há apenas alguns anos de
diferença entre nós, mas eu me preocupo com você, Judi.— A
preocupação era fácil de notar, em sua voz.

—Não há nada com que se preocupar. Prometo que estou


bem.—

—Você está magoada.—

Voltando-se para a amiga, sorriu para a Lexie. —Eu não


estou magoada. Estou cansada. Os dias têm sido longos, e o
calor está fazendo minha cabeça doer. Acho que fiquei longe,
muito tempo.— Secou as mãos em um pano. Indo até a Lexie,
colocou os braços ao redor dos seus ombros. —Prometo, não há
nada errado.—

—Vá descansar um pouco—, disse a Lexie. —Nós vamos ter


um dia só de mulheres, amanhã.—

Balançando a cabeça, em concordância, foi para o seu


quarto. Fechando e trancando a porta, se sentou na beirada da
cama. As lágrimas encheram seus olhos borrando a visão na
frente dela.

Envolvendo os braços ao redor dos ombros, tentou lidar


com a dor que explodia dentro do seu peito. Não podia desabar
na frente do Devil ou da Lexie. Todos iam saber por que ela
estava chorando. Enxugando o rosto, se forçou a respirar fundo
e levantar.

Seu telefone apitou, e ela o pegou, para ver uma


mensagem do Ripper.

Desanimada, leu a mensagem, mesmo que não quisesse.

Ripper: O que você está fazendo?

Sério? Sua raiva ferveu, ela mandou de volta, uma resposta


rápida.

Judi: Me deixe em paz.

Jogando o telefone em cima da cama, entrou no banheiro e


ligou o chuveiro. Olhando, de relance, para o seu reflexo,
balançou a cabeça. Ela era tão crédula. O primeiro homem a lhe
mostrar algum tipo de atenção e ela se apaixonou.

Virando, se despiu rapidamente e demorou no chuveiro. Ela


adorava a cascata de água quente sobre o seu corpo.

O tempo passou enquanto ela ensaboava a pele, o calor,


finalmente, aquecendo seus ossos, gelados. Quando saiu,
envolvendo uma toalha no cabelo, se sentia muito melhor.
Entrando no quarto, estacou, quando viu o Ripper sentado na
beirada da cama. O rosto dele mostrava raiva.

Olhando na direção da porta, viu que ainda estava


trancada. Virando-se para as portas com vista para o jardim, viu
que estavam abertas.

—O que, diabos, você está fazendo?— Perguntou, cruzando


os braços por baixo dos seios. Judi fez questão de manter a voz
baixa para que os outros, na casa, não ficassem cientes que
havia alguém no seu quarto.

—Você não respondeu minhas mensagens. E não gostei do


que você disse.—

Olhou para ela, em seguida, seu olhar vagou pelo seu


corpo. Diante daquele olhar, se sentiu em chamas.

—Você não devia estar aqui, Ripper. O Devil pode entrar a


qualquer momento.—

—Eles nunca vêm até aqui, desde que ele entrou e você
estava nua. Ele ficou apavorado de ver você sem roupa—, o
Ripper disse, levantando-se.

Tentou ficar firme. Ripper chegou mais perto, e não podia


evitar, mas recuou.
—Não se aproxime de mim.—

—Eu não te traí.—

Judi bufou, dando um passo para trás. Ela encostou na


parede, e grunhiu, com aborrecimento, por ter sido impedida de
ficar longe dele. —Você não comeu a Ashley, então?—

Ela viu sua mandíbula ficar tensa.

—Eu a peguei, antes de você e eu nos envolvermos.—

—Quando?— Ela perguntou, sabendo em seu coração, que


não queria saber a resposta.

Ele balançou a cabeça.

—Me diga.—

Ripper alcançou o nó da toalha e puxou. A toalha abriu,


caindo no chão.

—Você, realmente, quer saber?—

Não, eu não quero, seu bastardo. Me apaixonei por você, e


você é um bastardo completo e um mentiroso.
Não disse nenhuma das palavras que estavam em sua
mente.

—Tudo bem, a última vez que a peguei foi no dia seguinte


que enterrei o seu primeiro assassinato. Acordei com você nos
meus braços, e estava com tesão. Nunca estive tão excitado,
antes, e ainda assim você me fez, porra, querer estar dentro da
sua boceta.—

Suas palavras a pegaram, completamente, de surpresa.

—Então você transou com ela?—

—Peguei ela porque não podia ter você. Você sabe como é
difícil, para mim, te querer?— Perguntou. Sua voz era dura
enquanto falava. Viu o tormento em seus olhos, em cada palavra
que ele falou. —Vi a porra daquele animal batendo em você. Eu
queria machucá-lo, e você era apenas uma merda de garota.
Não devia estar tendo esses pensamentos com você, Judi, mas
estou. Que tipo de monstro isso faz de mim?— Ele perguntou,
batendo no peito.

Antes que pudesse responder, ele reivindicou os seus


lábios. Foi áspero, cheio de paixão, e ela só podia ficar ali,
enquanto ele assumia o comando. A toalha que segurava seus
cabelos foi jogada para longe. Segurou seu cabelo, ao mesmo
tempo que apertava um punhado da sua bunda.

Ela gritou com a pontada de dor. Ripper largou seu cabelo


para pressionar uma mão sobre a sua boca. —Você tem que ficar
quieta.— Ela ia enlouquecer se não pudesse falar.

Concordando com a cabeça, colocou a mão entre eles,


desatando o cinto. Isto era insano e muito perigoso. A raiva que
sentira minutos antes, evaporou, se transformando em luxúria.
Puxou o pênis para fora, apertando-o.

Ele grunhiu contra o seu pescoço, levantando-a.

Circundando as pernas ao redor da sua cintura, mordeu o


lábio quando ele afundou até a base, dentro dela.

—Não há ninguém além de você, baby—, disse ele,


sussurrando as palavras contra o seu ouvido. —Não sei de que
outra forma lhe dizer que você é a única cadela que existe no
meu mundo.—

—Não me chame assim.— Colocou os dedos sobre a sua


boca. A mão dela sobre a sua boca não o impediu de falar.

—Não importa do que eu chamo você, você ainda é minha.


Não me faz te querer menos do que eu já quero.—
Ela chiou quando ele afundou dentro dela. Seu pênis
raspando ao longo das suas paredes internas. Em poucos
minutos, seus fluidos encharcaram o pênis dele, tornando a
penetração mais fácil.

Ofegante, ela gemeu, e o Ripper cobriu sua boca para


abafar os sons dos seus gemidos. Ele a segurou contra a parede,
transando com ela, duramente.

Não havia como esconder seus sentimentos quando a


fodeu, assumindo cada parte dos seus sentidos. Ripper era dono
de cada centímetro dela.

—Minha, para sempre minha—, falou.

—Sim.—

Ela olhou fixamente nos olhos dele. As profundezas verdes


capturaram os seus olhos, fazendo-a se sentir inteira, somente
com o olhar. Juntos, encontraram o orgasmo. Seu pênis
empurrou dentro dela, pulsando seu esperma no ventre dela.

Não havia como voltar atrás, a partir de agora. Estavam


unidos de uma maneira que as palavras não conseguiam
descrever. Ripper tinha capturado seu coração e ligado a alma
dele à sua.
Capítulo Onze

O verão estava no seu auge e, até agora, os Skulls não


estavam em perigo. Devil estava organizando outro churrasco,
mas, em vez de se sentir nervoso, Ripper o aguardava. Qualquer
chance que ele tinha de estar com a Judi, ele aproveitou.
Sempre que ela precisava ir até a cidade, para a biblioteca, ele a
seguia, ficando com ela enquanto estudava. Ela foi a primeira
mulher que amava observar. Gostava da forma como ela mordia
o lábio, enquanto finalizava seu último trabalho.

A indisposição matinal da Lexie tinha, finalmente, se


acalmado, e ela já não estava pálida ou enjoada. O Devil
também tinha se acalmado, ao ver a Lexie com um aspecto
saudável. Pegando uma cerveja na geladeira, Ripper olhou em
volta do jardim, para os seus companheiros, junto com algumas
das famílias ricas de Piston County. Os churrascos do Devil se
tornaram famosos no bairro e todos apareciam. Viu uma família
manter sua filha protegida quando o Pussy se aproximou.
Balançando a cabeça, Ripper tentou não rir com aquela visão.
Qualquer um pensaria que eles eram animais, na esperança de
tomar e estuprar suas filhas. O pensamento fez o sorriso
desaparecer do seu rosto.

Tomando um longo gole da sua bebida, avistou a Judi se


afastando da piscina. Ashley estava conversando com ela,
enquanto caminhavam. Observou o rosto de Judi para ter
certeza que a outra mulher não estava perturbando-a. Quando
seu olhar caiu sobre ele, Ripper sentiu como se estivesse
pegando fogo. Foda-se, ele realmente amava essa mulher. Judi
havia invadido seu coração e sua alma. Teria contado ao Devil
sobre seus sentimentos, mas a Judi não estava pronta para
qualquer um saber sobre eles.

—Estou indo procurar o Curse. Estou ansiosa para fazer


compras com você—, disse a Ashley, em despedida. Sorriu para
ele antes de olhar para o Curse.

—Eu preciso saber o que está acontecendo entre vocês


duas?— Perguntou, mantendo distância. Ela pegou um
refrigerante na geladeira, esfregando os seios no braço dele,
quando se abaixou. A cadela estava fazendo isso de propósito,
se o seu sorriso fosse uma indicação.

—Nós não estamos comparando notas, se é com isso que


você está preocupado,— ela falou, sorrindo.

—Você vai ser a minha morte.—

Estavam, juntos, olhando o jardim. A Lexie estava sorrindo


para o Devil, conversando com o Vincent. Os homens estavam
todos juntos, e se sentiu humilhado por ser parte de uma família
tão grande.
—Você quer ir embora comigo, mais tarde?— Perguntou.

—O que você quer dizer?— Olhou para ele.

Durante muitos churrascos, eles tinham estado sozinhos.


Olhou através do quintal, sabendo que não aguentaria ficar mais
uma noite sem tê-la nos braços. —O hotel que ficamos, algumas
semanas atrás. Podemos ir até lá e nos divertirmos um pouco.—
Ele queria afundar os dedos em seus cabelos e puxá-la para
perto.

Controlando a tentação, tomou um gole da sua cerveja.

—Você está querendo ir para um hotel?—

—Eu quero você, sozinha, só para mim.—

—Não acho que seja uma boa ideia. O Devil continua


fazendo perguntas.— Tomou um gole da sua bebida. Ele notou
que seus mamilos estavam duros.

—Deixe ele perguntar. Isto não é sobre ele. É sobre nós.—


Ficou frustrado por não conseguir tê-la só para si. —Venha
comigo esta noite, e vou te foder de maneiras que você não
pode nem imaginar.—

—Você está brincando perigosamente.—


—Não, não estou. Você só está jogando duro para aceitar.—

Estendeu a mão para tocá-la, mas parou. Olhando através


do jardim, viu que ninguém estava prestando atenção neles. —
Bem, você vai estar lá hoje à noite?—

—Sim. O que é isso?— Ela perguntou, dando um passo à


frente dele. Qualquer um que olhasse na direção deles podia
pensar que estavam tendo uma conversa normal.

—Você me diz.—

—Eu sou o seu pequeno segredo sujo?—

Ripper se inclinou para frente, invadindo seu espaço. —


Baby, é mais como se eu fosse o seu pequeno segredo sujo.
Contarei ao Devil na hora em que você estiver pronta.—

Vendo o Curse observá-lo, se endireitou e deu um passo


em torno dela. —Hoje à noite, leve algumas roupas.—

Não daria a ela a chance de discutir com ele, enquanto foi


se misturar com alguns dos seus irmãos. Pussy e o Dead
estavam discutindo sobre o dever de stripper, na boate.

—Eu não chego perto delas. Suas garras vão ser a porra da
minha morte—, disse o Pussy.
Tentando entrar na conversa, o Ripper lutava para afastar o
olhar da Judi. Ela circulou pelo jardim, conversando com todos.
Nos últimos dois anos, tinha saído da sua concha. Sentiu que o
tempo que passaram juntos havia ajudado a desinibi-la, ainda
mais. Ela, realmente, era uma mulher bonita. A Lexie saiu da
cozinha com uma bandeja de picolés. Ripper observou a Judi
pegar um, rasgando o invólucro antes de lambê-lo.

Caralho, seu pau engrossou só com a visão dos seus lábios


cheios em volta da ponta, sugando-o em sua boca. Aquilo era
uma tortura, pura tortura.

—Tem alguma coisa acontecendo entre você e a princesa?—


Perguntou o Curse, se aproximando.

—Não, nada.— Desviando o olhar da ação que ela estava


dando ao picolé, prometeu a si mesmo que ia fazê-la pagar.

Seu pênis estava duro como uma rocha, e ele olhou para
longe dos seus irmãos, para que nenhum deles soubesse que
estava lutando com a excitação.

—Você iria falar comigo se algo estivesse incomodando


você, certo?— Perguntou o Curse.

—Sim, claro.— Tomou vários goles da sua cerveja,


enquanto olhava ao redor do jardim. Merda, merda, merda.
Precisava sair daqui. Ele observou a Lexie desaparecer. O som
do telefone tocando podia ser ouvido, até mesmo, sobre o
zumbido da festa, no jardim.

Devil tinha o braço em volta dos ombros da Judi, enquanto


conversava com o Vincent. A Phoebe estava apontando para a
estampa do vestido de verão que ela usava. Ele gostava de ver a
curva das suas pernas. Ela nunca usava saltos. Suas pernas não
precisavam disso.

Agarrou a garrafa de cerveja vazia, assistindo a facilidade


com que o Devil a tocava. Ripper não podia ser assim com ela.
Não ia ser fácil para ele, reivindicá-la. Tinha que ter paciência
esperando a Judi fazer o primeiro movimento.

Lexie gritou, vindo em direção à porta. Sua mão estava


sobre a boca quando olhou para o Devil.

O silêncio caiu sobre o jardim, quando eles olharam um


para o outro.

—Todo mundo, para fora—, disse o Devil, gritando as


palavras para que todos ouvissem.

Ripper observou seus convidados olharem um para o outro,


em estado de choque. Começaram a se mover para fora do
jardim, deixando-os sozinhos.
Ele viu como a Lexie se esforçou para segurar a notícia,
com pessoas ao lado. Este era um negócio da gangue.

—Que porra aconteceu agora?— Perguntou o Curse.

Olhando de relance para a Judi, viu o medo em seus olhos.

—O Zero foi baleado—, disse a Lexie. Sua voz se levantou


para que todos pudessem ouvir, no jardim.

—O quê? Que porra você está falando?— Perguntou o Devil,


dando um passo à frente.

Ripper viu que as mãos dela tremiam.

—Um carro passou, dando vários disparos. O Zero foi


atingido duas vezes. Está em cirurgia. O Tiny não sabe se ele vai
sobreviver. A Angel.— A Lexie parou, choramingando.

—O quê?— Perguntou a Judi.

—A Angel viu o que estava para acontecer e deu um passo


para a frente do Zero, antes que o Lash pudesse reagir. Ela
levou três tiros nas costas. Está uma confusão, Devil. Eles
precisam de você. Há muitos danos.— Olhou para o telefone,
como se ele fosse amaldiçoado.
Ripper observou quando o Devil foi até ela.

—Baby, você não pode entrar em pânico. Vou cuidar de


tudo. Nada vai acontecer a qualquer um.—

—A Angel e o Zero foram baleados. Ele disse que outros


também foram. Devil, eles podem morrer.— Lexie soluçava,
enquanto lançava as mãos em volta do seu homem.

Apertando os punhos, Ripper foi na direção da Judi.


Lágrimas brilhavam em seus olhos.

—Eu gosto da Angel. Ela é tão doce.— Ele passou os braços


em torno dela, sem se importar com o que os outros pensavam.
Ela era sua mulher, e precisava dele nesses momentos
extremos. Beijando o topo da sua cabeça, ele viu todos os
homens irem para dentro.

—O Tiny quer que você ligue de volta—, disse a Lexie,


entregando o telefone para ele. —É urgente.—

Com todos os seus irmãos se dirigindo para a casa, Ripper


segurou seu rosto. —Hoje à noite, você vai vir até mim?—
Perguntou.

—Sim—, ela disse, sem hesitar.


Saindo do lado dela, entrou na casa, atravessando a sala de
jantar. Fechou a porta atrás dele, quando o Devil ligou para o
Tiny.

O telefone tocou cinco vezes antes do Tiny responder. Ao


longo da linha, Ripper ouviu a tristeza na voz dele.

—O que está acontecendo?— Perguntou Devil.

—Os médicos tiveram que sedar o Lash. Ele estava


quebrando a porra do hospital.— Tiny parou, então ouviram um
murmúrio sobre a linha. —Ele estava coberto com o sangue da
Angel. Merda, o Zero, realmente, fez merda—.

Ripper ouviu quando Tiny contou como tudo aconteceu,


com o Alan. Alan tinha atirado na Angel, e não sabiam se ela ia
sobreviver. Nos últimos dez anos, o Zero vinha mantendo a irmã
do seu amigo escondida. Com as recentes notícias sobre as
rondas entre os Skulls e os danos, este homem, o Alan, o cara
que o Zero supôs ter matado, havia ressurgido.

—Você não faz nada pela metade, Tiny—, Devil disse,


parecendo irritado.

—Eu não ia pedir ajuda se não fosse necessário. Tenho


pessoas morrendo. A Angel, ela estava uma bagunça, Devil. Não
posso deixar isso acontecer, mesmo que o Zero não tenha feito
isso.—

—Foda-se, nós vamos para lá.—

Todos os homens na sala estavam de acordo. Ripper queria


ir para Fort Wills e destroçar quem se atreveu a machucar seus
amigos. Uma vez que o Tiny e o Devil marcaram um encontro,
ele desligou.

Com os braços cruzados sobre o peito, Ripper observou


quando o Devil jogou o telefone do outro lado da sala. —O Tiny
pode ser o líder de uma outra gangue de motoqueiros, mas ele é
um amigo. Não vou deixar nenhum desgraçado pensando que
pode se sair bem dessa.— Devil olhou para o Ripper. —Você vai
ficar aqui e manter um olho nas nossas mulheres e no clube.
Não posso ir para Fort Wills e me preocupar com a Lex. Isso não
vai acontecer. Se algum de vocês quiser se demitir, diga isso,
agora. Não estou na porra do humor para esperar vocês
decidirem mais tarde.—

Ninguém falou. Devil olhou para cada um deles. —


Estaremos na estrada, amanhã.—

****
Judi se dirigiu para a parte de trás da sua casa, no instante
em que recebeu a mensagem. Sabia que ele tinha estado
ocupado com os negócios da gangue e com Devil, e os rapazes
tinham estado trancados no seu escritório por algumas horas.
Agarrando os suportes, pulou. A Lexie e o Devil estavam no
quarto deles. O Vincent e a Phoebe tinham levado as crianças,
ao ver que essa ia ser a última noite do Devil, em casa, por
algumas semanas.

Enfiando o cabelo solto atrás da orelha, saiu do jardim,


caminhando até a rua. O Ripper se destacava no final dela, sem
nenhum farol aceso. Ele lhe entregou um capacete extra, que ela
aceitou, sem hesitar. Ela não gostou de como ele estava sendo
silencioso.

Subindo na parte traseira da sua moto, segurou, com força,


na sua cintura, quando ele se afastou, andando na direção que
queria. Ela estava nervosa sobre o que ele ia dizer ou fazer.

Quando o hotel ficou à vista, relaxou um pouco enquanto


ainda o segurava.

Ele estacionou a moto sem dizer uma palavra. Ela devolveu


o capacete para ele e se virou para a recepção.
—Eu já reservei o nosso.— Ripper pegou a mão dela,
levando-a para cima. Ela não gostava de quão tranquilo ele
estava sendo com ela.

Estaria partindo amanhã, com o Devil e os rapazes?

Ela ia perguntar quando ele abriu a porta do quarto deles.


Ele a impediu de falar colando os lábios nos dela.

Ripper bateu a porta, trancando-a e pressionando suas


costas contra ela. Suas mãos percorriam todo o seu corpo,
deixando-a sem nenhuma dúvida sobre o que ele queria fazer
com ela. Seu pênis duro pressionava a barriga dela, fazendo-a
gemer. Nunca ia se acostumar com a espessura dele.

—Caralho, tive vontade de fazer isso o dia todo.—


Murmurou as palavras contra os lábios dela. —Preciso estar
dentro de você, baby. Tire as roupas, agora.—

Tirando a camiseta, depois a calça jeans, assistiu ele


revelar o seu corpo lindo para ela.

—O que está acontecendo, Ripper?—

—Não, agora. Preciso estar dentro de você.— Ficou


esperando que ela tirasse a calça jeans. Ela gritou quando ele a
puxou com força, obrigando-a a cair em seus braços. Ele a
pegou com facilidade, segurando-a.

Aterrissando na cama, ela gemeu quando ele deslizou entre


suas coxas. Observou ele apertar sua carne antes de esfregar a
cabeça do pau sobre o seu clitóris. Esfregando-se no pênis dele,
Judi implorou por mais. —Por favor—, disse ela.

—Não se preocupe, querida. Vou dar tudo para você.— Ele


se moveu para sua entrada e a penetrou profundamente.

Sentia cada impulso do seu pênis, enquanto golpeava


dentro dela. Ele a preencheu até a borda. Ripper beijou seus
mamilos enquanto ela se acostumava com o tamanho do pênis
dele.

—Você é muito grande.—

Suas mãos agarraram a bunda dela, mantendo-a no lugar,


enquanto ele se retirava, apenas para entrar, novamente. Não
havia outro lugar para ela ir, quando ele entrava no seu corpo,
transando com ela com tanta força, que a cabeceira da cama
batia na parede.

Judi segurou nos ombros dele para ter apoio. Seu orgasmo
estava chegando mais perto, a cada impulso.
—Tão fodidamente suculenta!— Sua língua circulou os
mamilos, antes dele mordiscar as pontas. A explosão de dor a
tomou de surpresa, fazendo-a ofegar com o choque súbito de
prazer. Não havia como escapar da sua paixão, e ela não queria.
Sua força fez sua dor melhorar.

Mordeu um mamilo, sugando fortemente.

O orgasmo caiu sobre ela.

—É isso aí, baby. Tome todo meu pau. Deixe tudo pronto e
molhado para mim.—

Segurou, com mais força, os seus ombros, tentando se


manter no lugar. Do jeito que estava transando com ela,
atravessaria a parede em questão de minutos, se ele
continuasse golpeando dentro dela.

Em poucos minutos, seu pau se sacudiu e ela sentiu o jato


do seu esperma, inundando-a. Ele soltou um grunhido enquanto
a enchia com cada jato. Nenhum dos dois falou, por alguns
minutos. O único som no quarto que era ouvido, era o som da
sua respiração. Ela agarrou seus ombros, não querendo deixá-lo
ir.

Se estivesse indo para Fort Wills, poderia morrer, e o


pensamento dele morrer rasgou-a.
—Eu te amo—, disse, falando as palavras em voz alta.

Ele olhou para ela. Seus olhos verdes eram no que ela
pensava, tarde da noite, enquanto ela estava sozinha.

Tocando o rosto dele, olhou para os seus lábios, desejando


que fosse diferente. Ele acariciou sua bochecha.

—Sei que não estamos prometendo um ao outro, qualquer


coisa, mas achei que você devia saber. Eu te amo, e tentei não
fazer isso.—

Ripper colocou um dedo sobre os lábios dela. —Cale a


boca.—

Ela parou de falar. Seu pênis inchou e, de maneira


nenhuma, conseguiu escapar do seu olhar.

—Eu também te amo—, ele disse.

—Não, você não tem que dizer essas coisas só porque eu


disse.— Tentou argumentar com ele.

Ele pegou suas mãos, segurando-as contra a cama, ao lado


da sua cabeça. Estava presa, sem nenhuma forma de se libertar.
—Ouça-me, Judi.— Ripper aproximou-se do rosto dela. —Eu te
amo. Você tem me atormentado por semanas, com a forma
como eu me sinto. Isso não é fácil. Se eu quisesse uma coisa
fácil, foderia a Ashley ou algumas das prostitutas e strippers.—

Judi o ouvia. Ripper nunca ia ganhar prêmios por dizer


palavras românticas.

—Eu te amo, baby, e não estou indo para qualquer outro


lugar. Você é minha, e quando o Devil voltar para a cidade, vou
contar a ele sobre nós.—

—Você não pode fazer isso. Ele vai matar você—, disse ela,
em pânico.

—Eu vou fazer isso. Nós não vamos nos esconder pelo resto
das nossas vidas. Eu te amo, Judi, e vou impor uma porra de
reivindicação sobre você. Não vou passar mais um dia vendo ele
tocar em você com facilidade, enquanto eu não posso. Você vai
ser minha, então pare de discutir comigo.— Levou lábios até os
dela, e sentiu seu pau se agitar dentro dela.

Envolvendo os braços em volta do pescoço dele, se sentiu


muito feliz de estar com ele.

—Agora, é hora de irmos para o chuveiro, e você vai vir


comigo—, disse ele, segurando-a. Ripper a levantou da cama.
Rindo, ela colocou as pernas em volta da cintura dele,
quando ele a levou até o banheiro. Judi, gritou, enquanto ambos
entraram sob o spray frio.

Seguraram um ao outro, e ela se lembrou do que


aconteceu, esta tarde, com os Skulls.

—Você vai para Fort Wills?— Perguntou.

—Não, vou ficar para trás, para cuidar de você e da Lexie.—

Ciúme a atravessou com a menção do nome da Lexie. Todo


mundo sabia que ele tinha uma queda por ela. Judi ficou tensa
em seus braços ao ouvir o nome da Lexie.

—Ei, eu queria a Lexie porque ela era sexy, e só queria


transar com ela. Você é tudo para mim, e não iria desistir de
nada para ter uma chance com ela. Eu daria tudo por você.—

Lágrimas encheram seus olhos. —Eu nunca esperei nada


parecido, na minha vida—, ela disse.

Ele inclinou a cabeça dela para trás. —Você é um membro


da Chaos Bleeds e me apaixonei por você, Princesa. Não há
como fugir disso.—

Olhou para ele, quando roçou seus lábios contra os dela.


—Devil e alguns dos meninos estão indo para Fort Wills.
Não sei o que eles vão fazer com o Zero em cirurgia, e em
estado crítico.— Ripper agarrou o sabonete e começou a lavar
seu corpo. —Nós não somos invencíveis, e só há um tanto de
coisas que podemos fazer.—

—Estou satisfeita que você não vai. A Angel e o Zero foram


baleados. Não quero que nada aconteça com você.— Segurou-o
com força, contra ela.

Ele a abraçou. —Baby, não vou ser domado. Estou ficando


para trás, para cuidar de você. Outra vez, vou junto, ajudar os
meus irmãos.—

Ela assentiu com a cabeça. Judi compreendia.

Eles tomaram banho juntos, e ao longo de tudo, sentia-se


feliz. Quando o Devil voltasse para casa, iam deixar a verdade
do que tinham feito, a céu aberto.

Uma vez que terminaram, ela o seguiu de volta para o


quarto. Deitaram-se juntos. Seu toque era doce, bonito, e não
havia outro lugar que ela queria estar, do que em seus braços.

Ele me ama.
Mesmo com toda aquela felicidade, Judi sabia que não ia
demorar muito antes de enfrentarem um adversário muito pior.
Devil não ia aceitar bem a relação deles. Ela só esperava que ele
entendesse seus sentimentos antes que fizesse algo do qual se
arrependeria.
Capítulo Doze

Quatro dias depois, o Ripper estava na cozinha da Lexie,


observando as mulheres trabalharem. Tinham ido pegar frutas,
juntos, e estavam fervendo-as para fazer compotas caseiras.
Verificou o celular, à espera de uma atualização do Devil. Todas
as manhãs o presidente telefonava para perguntar sobre suas
mulheres e os meninos. No primeiro dia em que ele telefonou,
Ripper estava no clube, incapaz de dizer o que as mulheres
estavam fazendo. Ficou com dor de ouvido por causa da gritaria
do outro lado da linha.

Foi ordenado a ficar na casa para manter um olhar


constante sobre as mulheres. Ripper se sentia atormentado,
sabendo que sua mulher estava há, apenas, alguns quartos de
distância. Esta foi a sua punição por não ter contado ao Devil o
que estava acontecendo. Permanecia na casa e via sua mulher
todos os dias, sem poder tocá-la.

Ela estava em pé, na frente do fogão, enquanto a Lexie


adicionava as porções nos potes. Toda aquela cena doméstica
deveria tê-lo aterrorizado, mas isso não aconteceu. Na verdade,
sentia-se humilhado e encantado com as duas mulheres. A única
pessoa que segurava o seu olhar, porém, era a Judi. Seu sorriso
iluminava todo o seu rosto, enchendo-o com calor.
Sorvendo seu café, olhou para o Simon e a Elizabeth, que
estavam brincando nos cadeirões.

Poderia me acostumar com isso.

Olhando fixamente para a Judi, imaginou seu corpo


carregando seu filho ou filha. Merda, seu pênis entrou em ação
diante do pensamento.

—Certo, precisamos deixar que ferva por alguns minutos e,


em seguida, deve estar pronto para colocar em potes
esterilizados—, disse a Lexie, afastando um punhado de cabelo
do rosto. Sua barriga estava crescendo a cada dia.

—Você está bem? Podemos parar, se você precisar de um


descanso—, disse a Judi, tocando a barriga da Lexie.

—Estou bem. Só estou preocupada com o Devil. Odeio


quando ele está longe. Sinto falta dele, o tempo todo.— Havia
tristeza em seus olhos.

—Ele está bem, Lex. Eu prometo a você, Devil não vai


deixar ninguém matá-lo—, disse o Ripper.

Judi sorriu, mas o sorriso não alcançou seus olhos.


Mais tarde, naquela noite, Judi entrou, furtivamente, no
quarto dele, fechando a porta atrás dela.

—O que você está fazendo, baby?— Perguntou.

—Lexie já se retirou para dormir, e eu não consigo passar


mais um dia longe de você.— Subiu na cama, ao lado dele,
envolvendo os braços ao redor da sua cintura. —Eu te amo,
Ripper—.

—Eu também te amo, baby.—

—Você sente falta disso?— Perguntou ela, depois de ficar


em silêncio por vários minutos.

—O quê?—

—Estar com seus irmãos, na estrada? Você sente falta?—

Olhando para o teto, Ripper pensou sobre isso. —Sim, sinto


falta deles. Odeio não saber o que está acontecendo. Há tanta
coisa que eu posso deixar escapar pelo telefone. O Devil está
sempre cuidando o que ele diz.—

—Vou sentir sua falta quando você tiver que ir.— Olhou
para ele, com o queixo apoiado no seu peito.
—Vai demorar muito tempo, antes de eu sair—, disse ele,
sorrindo.

Suas mãos se moveram para cima e para baixo de seu


corpo, e seu pênis engrossou. Ela usava um top com um short
pequeno. Seu corpo estava relaxado contra o dele, e ele queria
estar dentro dela.

Movendo-se debaixo dela, rolou-a de bruços e ficou em


cima dela, para que a sua bunda encaixasse o seu pênis.
Correndo as mãos para cima e para baixo, sobre o seu corpo, se
contentou em acariciar sua bunda. Ele, realmente, amava sua
bunda. Ela o tentava de uma forma que nenhuma outra bunda já
fez.

—Você é tão perfeita, baby.—

Puxando o short para baixo, descobriu que não estava


usando calcinha.

Ela o ajudou a tirá-lo do seu corpo, e ele abriu as


bochechas da sua bunda, para olhar o seu centro cobiçado. O
buraco enrugado da sua bunda o tentou, mas, nem de longe,
tanto quanto a sua boceta.
Empurrou a cueca que usava, para baixo, deixando o pau
pular para a frente. A ponta já estava coberta de fluido, e ele
esfregou a ponta através da sua fenda, batendo no seu clitóris.

Judi gritou, e ele estendeu a mão para cobrir sua boca.

—Até que contemos ao Devil, você não pode fazer muito


barulho.—

Substituiu as mãos dele, com as dela. Satisfeito com o seu


silêncio, bateu no seu clitóris com o pênis, enfiando dois dedos
na sua boceta molhada. Judi sempre era tão molhada e ansiosa.

Ripper tirou os dedos e enfiou o pênis, profundamente,


dentro do seu corpo. Seus gritos foram abafados pelo
travesseiro que ela colocou debaixo da cabeça. Mantendo suas
nádegas afastadas, viu seu pênis deslizar na sua vagina.
Abrindo-se para aceitá-lo. —Porra, baby, você ficaria selvagem
se pudesse ver o que eu vejo.—

Sua resposta foi um gemido. Rindo, se retirou, deixando,


somente, a ponta dentro dela. Ele a viu revestir seu pênis, e
golpeou, novamente, para dentro. Em três movimentos rápidos,
afundou nela, observando-a tomar cada centímetro do seu
pênis.
Seus dedos ainda estavam molhados da sua boceta, então
os esfregou mais, para acariciar seu clitóris. Sua vagina se
contraiu em torno do seu pênis, e ele não parou, até que ela
explodiu em torno do seu pau. Gemendo, fez uma pausa para
saborear cada aperto e espasmo da sua boceta doce.

Com os dedos escorregadios, acariciou o seu rabo. Ela


permaneceu imóvel, enquanto ele demorava, brincando com a
sua bunda. Houve um tempo em que gostava de partilhar a sua
mulher com outros membros da Chaos Bleeds. Não podia, nem
sequer imaginar, partilhar a Judi. Ela era sua mulher, e não a
queria com ninguém.

—Por favor, Ripper—, disse ela, implorando.

—Você gosta da sensação do meu pau dentro da sua boceta


apertada?—

—Sim, por favor, não pare.—

—Não vou parar.— Pressionou um dedo sobre o buraco


enrugado, observando os músculos se contraírem, quando
procurou a entrada do seu cu. —Deixe-me entrar, baby. Possuo
cada centímetro de você, e isso inclui o seu traseiro.—

Ela choramingou, mas ficou congelada no lugar.


—Você me quer na sua bunda?— Perguntou.

—Sim.— Sua voz era apenas um sussurro, mas ele ouviu.

—Então deixe-me entrar. Vou te dar tudo o que você


precisa. Confie em mim.—

Lentamente, Judi começou a relaxar, e ele tomou seu


tempo, deslizando o dedo no seu rabo. Ela gritou quando ele
empurrou até a junta. Enfiou o dedo em sua bunda várias vezes,
antes de adicionar um segundo. Seus fluidos encharcavam seu
pau, que ainda estava enterrado dentro dela.

—Tão fodidamente perfeita—, disse ele, segurando seu


quadril com a mão livre. Ela empurrou de volta contra ele,
levando o pênis e o dedo mais fundo na sua bunda e na boceta.
—Boa menina. Foda-me de volta, me diga o que você quer, e eu
vou dar a você sempre que puder.— Pressionou os dedos sobre
a carne da sua bunda.

—Por favor, Ripper, você está me matando. Apenas, me


foda.—

Agarrando-a, saiu do seu calor só para penetrá-la


novamente. Mais e mais, fodeu dentro dela, querendo que ela
esquecesse tudo o mais, se concentrando, apenas, no seu pênis.
Ripper foi implacável quando a fodeu, levando-a ao ponto de
gozar apenas com o seu pau. Bombeou os dedos no seu rabo,
observando-a tomar tudo dele.

Seu coração batia forte, e Ripper queria contar tudo ao


Devil tudo. A Judi era dele, e queria colocar um anel no seu
dedo. Já tinha o anel de noivado que ia dar para ela. Não era
convencional, mas era perfeito para eles.

Quando a Judi gozou, Ripper golpeou profundamente,


quando a primeira onda do seu orgasmo explodiu dentro dele.
Esvaziou o sêmen, profundamente, no seu corpo, gemendo de
prazer. Seu sangue bombeava por todo o seu corpo, e tudo o
que ele podia fazer era gemer. Olhando para baixo, viu que ele
tinha deixado marcas no quadril dela, do seu aperto. —Merda,
baby, você está machucada, de novo.—

—Quando se trata de você, estou sempre machucada—,


disse ela, olhando para ele por cima do ombro.

Puxando para fora do seu calor, depositou um beijo na área


machucada e saiu para pegar um pano. Lavou as mãos na pia,
em seguida, foi na direção dela. Ela estava de joelhos,
esperando por ele. Ripper limpou a bagunça antes de jogar a
toalha no cesto de roupa e pegar a caixa na sua jaqueta.

Ela estava sentada na beira da cama quando ele se


aproximou dela. Ficando de joelhos, ele abriu a caixa. Dentro,
estava um anel de prata, com um crânio na parte dianteira. Era
um dos anéis que costumava usar, e tinha mandado ajeitar,
assim caberia no dedo dela.

—Ripper, não entendo—, disse ela, olhando para o anel,


depois, para ele. —Este é um dos seus anéis favoritos. Você me
disse que o conseguiu no seu primeiro ano com a Chaos Bleeds—
.

—Judi, você é o amor da minha vida. Não posso suportar


um momento sem você.— Ele parou, para olhar para o anel. —
Eu poderia comprar qualquer anel. Este é meu, e colocando-o,
todo mundo vai saber que você é minha.— Ele pegou o anel e o
deslizou no dedo dela. —Eu quero que você e o mundo tudo
saibam que você é a minha cadela.—

Ela começou a rir. —Ótimo, muito romântico. Eu sou sua


cadela.—

Ele olhou para o chão. —Nunca fui bom com as palavras,


Judi. Não posso lhe convencer com rosas, chocolates e palavras.
O que eu posso dar sou eu e a minha palavra. Eu NUNCA vou te
trair. Eu te amo, e não há ninguém com quem eu queira passar
o resto da minha vida. Você me possui, tanto quanto eu
mesmo.— Ele apontou para o peito. —No momento em que isso
for feito, vou escrever aqui. 'Propriedade da Judi'.—
Lágrimas encheram seus olhos ao ouvir suas palavras.

—Porra, Ripper.— Colocou os braços em volta do pescoço


dele. —Eu não preciso de palavras doces. Você é mais do que
suficiente para mim.—

****

Duas semanas mais tarde, Judi estava no clube colando o


último dos cartazes de boas vindas. Devil tinha ligado no dia
anterior para dizer que eles estavam voltando. Ela não sabia
como tinham ido com os Skulls. Ripper não falou qualquer coisa
sobre alguém da Chaos Bleeds ter morrido. Olhou para a mesa
do buffet, para ver a Mia organizando os pratos na mesa. Ashley
tinha convidado a garçonete.

Observando as duas mulheres, se perguntou como elas


eram melhores amigas, dadas as suas diferenças. Toda vez que
ela ia para a biblioteca, sempre comia no restaurante. Mia nunca
deu bola para nenhum dos homens. Ela os afastava, enquanto a
Ashley amava cada pedaço de atenção. Não havia como impedir
a outra mulher.

—Ripper está no quarto dele. Você vai lá e pede para ele se


certificar que a bebida está chegando, em breve?— Pediu a
Lexie, chegando ao lado dela. A Phoebe e o Vincent estavam
vigiando as crianças no canto do clube. As cadelas foram
obrigadas a permanecer em bom comportamento. Essa ia ser
uma festa de boas vindas do caralho. A única maneira que o
clube sabia como encerrar o seu tempo na estrada era fazendo
uma festa. Judi colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e
foi para o andar de cima. Em seu quarto, o Ripper estava sem
camisa, olhando para o celular. Se virou para ela, sorrindo
quando seu olhar caiu sobre ela.

—Devil está a uma hora de distância. Espero que tudo


esteja indo bem, lá embaixo.—

—Está indo melhor do que você poderia imaginar. Todo


mundo está animado.— Fechou a porta, descansando as costas
nela. Em seu dedo, estava o anel que ele lhe dera. Judi não
conseguiu tirá-lo. Ripper era tão romântico, e nem mesmo sabia.

—Você está querendo o meu pau, baby?— Ele perguntou,


cruzando os braços sobre o peito.

—Você colocou um vibrador na minha bunda no início desta


manhã e me disse para esperar por você. Estou a ponto de
explodir—, disse ela.

Ripper a surpreendeu quando colocou o vibrador na sua


sacola de compras. Teve grande prazer em dizer a ela o quanto
gostava de brincar com suas mulheres. Diante do brinquedo na
bolsa, sabia que ele ia sair para comprar o que quer que
encontrasse com a intenção de usá-lo sobre ela. Agora, trancou
a porta e deu um passo mais para perto.

—Você quer que eu te foda antes de todo mundo chegar.—


Seus dedos agarraram a parte de trás do seu pescoço, puxando-
a para perto dele. —Olhe para esses malditos olhos. Você está
implorando para ser fodida.— Colou seus lábios nos dela,
assumindo o controle. Ela abriu a boca, esperando ele tirar o
máximo proveito. Ripper não a decepcionou, deslizando sua
língua, profundamente, dentro da sua boca.

Judi se submeteu ao seu toque, amando como ele lhe dava


tanto prazer, sem tomar nada para si mesmo, até que ela
estivesse satisfeita.

—Porra, eu amo os seus lábios.— Murmurou as palavras


contra sua boca.

Beijando-o de volta, deu-lhe prazer também.

Ele a arrastou para sua cama. Sentando, engasgou quando


o pênis falso na bunda dela, fez sua presença ser notada.

—Eu sei como parar isso.—

Ripper colocou-a de joelhos, levantando o seu vestido de


verão, em seguida, puxando sua calcinha para baixo.
Seus dedos deslizaram na sua vagina enquanto usava a
outra mão para empurrar o vibrador na bunda dela. Ele puxou o
vibrador, empurrando-o, para dentro e para fora, ficando
selvagem de tesão.

—Por favor, Ripper—, disse ela, implorando.

—Não se preocupe, querida. Vou cuidar de você.— O


vibrador na bunda dela foi puxado para fora, completamente.

Ela o viu pegar algo de uma das suas gavetas.

—Estive pensando sobre isso desde que coloquei esse


vibrador dentro de você.— No instante seguinte sentiu frescor do
gel lubrificante quando o derramou sobre ela. Gemendo, agarrou
o lençol debaixo dela quando ele enfiou dois dedos dentro dela,
lubrificando-a.

Por vários segundos, seu toque desapareceu, e ela soube


que ele estava preparando o pênis.

Inspirando profundamente, apertou a mão sobre o lençol,


enquanto ele pressionava a ponta do seu pênis na bunda dela.

—Vou devagar. Diga-me para parar, se doer muito.—


Ela estava queimando de necessidade. Judi engasgou com a
súbita explosão de prazer e dor.

—Shh, está tudo bem, Judi. Não vou te machucar.—

Sua voz a acalmou enquanto ele trabalhava seu pênis


dentro do seu traseiro.

—Toque o seu clitóris. Faça isso ser bom—, disse ele.

Alcançando entre as coxas, passou os dedos através da sua


fenda, acariciando seu clitóris como ele ordenou.

O menor toque teve seu corpo clamando pelo prazer súbito.

—Sim, por favor, me fode, Ripper—, disse ela, querendo


senti-lo profundamente em seu núcleo.

—É isso aí, baby. Tome tudo de mim.—

Ele empurrou o pênis no seu rabo. Suas mãos seguraram


seus quadris, e ele deslizou todo o pau dentro dela.

—Você o tem todo. Devia ver quão gostosa você fica com o
meu pênis dentro do seu rabo. Você é toda minha, Judi.
Ninguém vai tirar você de mim.—
—Eu te amo, Ripper.— Ela não queria ir a lugar nenhum. O
único lugar que queria estar era com ele.

Ripper afastou o pau, apenas, para começar a bombear sua


bunda. Ela acariciou o clitóris sentindo o orgasmo se aproximar.
Não ia demorar muito para ela gozar. Ripper a fodeu
completamente, recebendo seu pagamento por ter seu pau na
bunda dela.

—Você é tão apertada, mais apertada que sua boceta.—

Ela choramingou quando suas estocadas aumentaram em


força. Suas mãos estavam, mais uma vez, segurando seus
quadris. Gozaram juntos. Seu orgasmo disparou através dela, e
ela empurrou de volta, contra o seu pau, tomando-o
profundamente.

—Porra, eu te amo, baby.—

Seu pênis pulsava enquanto a enchia de esperma.


Ofegante, ela caiu na cama, incapaz de sustentar sua sanidade,
enquanto o Ripper tomava tudo. Seu corpo tremia de
necessidade.

—Eu ia esperar até hoje à noite, para te foder. Eu,


simplesmente, não consegui esperar—, disse ele, dando um
beijo no seu ombro.
Ele saiu do seu corpo, e ela engasgou com a súbita
sensação de vazio que a inundou. Ripper voltou, limpando a
bunda dela com um pano. Seu toque era tão doce. Sorriu para
ele, sabendo que não poderia ter começado melhor.

Não conseguia acreditar que estava apaixonada pelo


Ripper. Ele não era o tipo de homem que imaginava para si.

Ripper tomou seu tempo, limpando sua vida amorosa. Judi


estava olhando em seus olhos para lhe dizer o quanto ela o
amava, quando a porta do quarto se abriu. Olhando para cima,
viu o Devil ali, com a Lexie, ambos entrando no quarto.
Levantando-se, Judi abaixou o vestido sobre o seu corpo. A raiva
no rosto do Devil era profunda. Seu rosto estava vermelho, e
toda sua raiva era dirigida ao homem que amava.

Olhando de relance para o Ripper viu o seu jeans, caído nos


quadris e aberto. Não havia como fugir do que tinham
testemunhado.

—Seu pervertido—, disse o Devil, atravessando o quarto.

Chorando, Judi tentou encontrar a voz, mas, confrontada


com a raiva do Devil, não conseguiu colocar as palavras para
fora.
Devil agarrou o Ripper e desfechou um golpe no seu rosto.
Ela ficou chocada por ele não ter caído de joelhos, com a força
do golpe.

—Devil, pare—, falou, finalmente encontrando a voz.

—Seu maldito pervertido. Deixo-o para cuidar das minhas


meninas e você está transando com uma delas.— Outro golpe
aterrissou no rosto do Ripper.

Pulando para fora da cama, tentou puxar o braço do Devil.


Ele não deu a mínima. Caindo em cima da cama, sendo
empurrada por, sentiu-se mal.

—É mais do que isso—, disse o Ripper, ficando de pé. A


gritaria tinha trazido mais pessoas da gangue lá para cima. Ela
viu o Curse parado na porta, olhando para cada um deles. No
chão estava o vibrador que tinha sido enfiado no rabo dela.

—Lexie, faça-o parar—, disse a Judi, ficando de pé.

Ela observou o Devil puxar o Ripper para fora do quarto.


Gritando, tentou segui-los. Lexie a segurou, impedindo-a de se
mover.

—Baby, você não pode segui-los. Devil vai resolver isso.


Ripper não deveria ter feito o que fez.—
—Não, você não entende. Eu amo o Ripper, e ele me
ama.—

Para uma mulher grávida, Lexie era incrivelmente forte,


mantendo a calma.

—Ripper conhece as regras. Ninguém podia tocar em


você.—

As lágrimas estavam caindo pelo seu rosto diante das suas


palavras. Curse estava olhando para o quarto. —Eu o amo. Eu
queria o seu toque. Por favor, ele não queria isso. Peça-lhe para
se afastar do Devil.— Ela levantou a mão, mostrando o anel que
ele tinha dado a ela. —Nós vamos nos casar. Por favor, ele
sempre me ajudou.—

—Você foi aquela que matou o cara fora da estrada


principal?— Perguntou o Curse.

Ela olhou para ele, chocada. Judi assentiu com a cabeça.

—Você tem certeza disso?— Perguntou Lexie.

—Sim, eu o amo. Por favor, nada pode acontecer com


ele.—
Capítulo Treze

Os golpes eram dolorosos, e Ripper duvidou que seria capaz


de ver fora de um olho até ao final do dia. Foda-se, não foi
assim que planejou que o Devil descobrisse a verdade. Judi
merecia muito mais do que isso. Ele a ouviu gritando, e só
esperava que o Devil não o matasse.

—Eu a amo, Devil—, disse ele.

Outro golpe veio em seu olho. Desmoronando no chão,


recebeu os golpes do seu pé, quando ele chutou suas costelas.
Protegeu-se o melhor que pôde. Isso era o que ele merecia.
Ninguém, em seu perfeito juízo, a teria tocado.

Eu a amo. Eu a protejo.

—Eu prometi protegê-la, e você transa com ela. Seu pedaço


de merda—.

Ele a ouviu gritando com Lexie, para deixá-la ir. Seus


irmãos estavam olhando para ele com uma mistura de nojo e
simpatia. Ripper aceitou tudo, e, em seguida, os golpes
pararam, quando a Judi se jogou sobre ele.
—Afaste-se, Judi,— ele disse, não querendo que ela se
machucasse enquanto corria o risco do Devil se lançar sobre ele.

—Não, eu não vou deixar ele te matar.—

—Lex, tire-a do caminho enquanto eu termino com este


pedaço de merda. Confiei nele, com vocês, e agora eu estou
indo me livrar dele como a porra do animal que ele é.— A raiva
do Devil irradiava na direção dele.

Colapsando no chão, Ripper aceitou tudo o que ele falou.

—Não, você não vai matá-lo. Eu o amo.—

Encontrando forças, Ripper se colocou de joelhos. Sua


jaqueta estava no quarto, mas ele lhe entregaria tudo.

—Eu a amo—, disse o Ripper, movendo-se em torno dela,


então ficou na frente do Devil.

Outro golpe aterrissou no seu rosto, derrubando-o no chão.

—Pare com isso—, gritou a Judi. —Pare de machucá-lo.—

Ela foi tirada do caminho pelo Pussy. Algo chutou a mente


do Ripper, e ele se levantou, pegando a arma do Devil do bolso.
—Você vai soltá-la, agora.— Se virou para o Devil. —Eu a amo.
Ela significa tudo para mim, e vou sair da gangue para estar com
ela. Por ela, vou sair, para nunca mais voltar. Vou tomar todas
as porradas e levantar para tomar mais, mas não vou desistir
dela.—

—Você está blefando—, disse o Devil.

Entregando a arma de volta para o Devil, Ripper estendeu a


mão para a Judi, puxando-a para os seus braços. —Eu pedi para
ela se casar comigo.—

Judi levantou a mão para cima mostrando a todos, o anel.


—Eu disse que sim. Eu o amo. Não quero mais ninguém, além
dele. Por favor, pare.— Estava chorando abertamente. —Fui eu
que lhe disse para não falar nada. Eu o amo e vou fazer de tudo
para estar com ele. Se você não me quer mais por perto, vou
embora com ele e estarei feliz fazendo isso.—

—Chefe,— Curse disse, ganhando sua atenção. —Ele


encobriu um assassinato que ela cometeu. Eu acredito nele,
quando diz que está apaixonado por ela. Ele não tocou nenhuma
das garotas e não chegou perto de nenhuma outra mulher.—

A tensão podia ser cortada com uma faca. Ripper devia ao


Curse muito mais do que jamais imaginou.

—Você vai se casar com ela?— Perguntou o Devil.


—Sim.—

—Se ela não exigisse silêncio, você teria me contado o que


estava acontecendo?—

Ripper acenou com a cabeça, sentindo a dor em suas


costelas. Devil devia ter quebrado algumas, elas doíam muito. —
Não tenho vergonha de estar com ela. Ela é o meu mundo.—

Ficaram em silêncio por vários minutos. —Então, vocês se


casam, hoje—, disse o Devil, depois de um longo silêncio.

—O quê?— Perguntou Judi. —Nós não podemos nos casar


hoje.—

—Vocês vão se casar hoje, e isso é o fim de tudo.—

Ripper assentiu. —Vou casar com ela, hoje.— Ele se


inclinou, beijando seu pescoço.

—Vocês casam hoje, e a papelada pode ser concluída em


uma data posterior.— Devil assumiu a liderança, descendo as
escadas. Os homens, com exceção do Curse, seguiram atrás
dele. Quando foram embora, Ripper caiu contra a parede,
ofegando com a dor.
—Eu sinto muito—, disse a Judi, segurando o seu rosto.

—Pelo que você está se desculpando?— Perguntou ele,


segurando seu lado.

—Se eu o tivesse escutado, isso não teria acontecido.


Merda, estou tão arrependida—, disse a Judi. —Por favor, me
perdoe.—

—Não há nada a perdoar, querida. Devil ia chutar quem


decidisse sair com você, Judi. Só estou feliz por ainda estar em
pé.— Ele tossiu, gemendo com o choque súbito de dor.

—Você mal pode ficar de pé, no momento,— Curse disse,


entregando-lhe a jaqueta.

Tossindo, pegou a jaqueta e, lentamente, colocou-a.

—Vou ligar para o médico para uma olhada nessas


costelas,— Curse falou, afastando-se.

—Obrigado, cara, por me ajudar.—

—Eu não teria ajudado se não soubesse que você estava


dizendo a verdade.— Curse saiu.
Judi parecia prestes a explodir em lágrimas, novamente. —
Você não tem que se casar comigo se não quiser.—

Tomando sua mão, depositou um beijo no anel que ele lhe


dera.

—Meu único arrependimento é que você não está tendo o


casamento de branco que você merece. Me casaria com você em
um maldito campo desde que estivesse ao seu lado.—
Segurando a mão dela, usou a parede para se apoiar.

Lá embaixo, Devil tinha um ministro esperando. O cara


parecia petrificado, mas Ripper não ia recuar. Não estava
mentindo, e provaria isso. Ele amava a Judi e daria sua vida
para estar com ela.

Ela o ajudou, apoiando-o sobre o seu ombro, não o


soltando quando foram para o térreo, juntos. As mãos da Judi o
mantiveram estável. Juntos, caminharam em direção ao resto da
gangue. Diante do ministro, o Ripper repetiu suas palavras e,
depois, a Judi o fez, entrelaçando suas vidas, juntas.

Depois que tudo acabou, beijou seus lábios, e o salão


aplaudiu e jogou as mãos para cima, em comemoração.

Quando o ministro foi embora, Devil caminhou até ele, com


a Lexie ao seu lado.
—Eu tinha toda a intenção de matá-lo, Ripper—, disse ele.
—Deixe-a triste ou pense em olhar para outra mulher e você vai
se encontrar debaixo de sete palmos.—

—Tenho tudo o que quero aqui—, disse Ripper, puxando a


Judi para o seu lado.

—Ela ainda vai continuar morando na minha casa até a


faculdade terminar. Você pode procurar um lugar para viver,
mas vai ficar no quarto de hóspedes e eu vou trancá-lo. Não
quero qualquer foda na minha casa.—

Lexie deu um tapa no braço do Devil. —Deixe-os sozinhos.


Este foi o casamento deles. Não posso acreditar que você fez
isso, hoje. Você pode ver que estão completamente
apaixonados.—

Ripper deixou a Judi ir até a Lexie, para abraçá-la. Olhando


nos olhos do Devil, viu o aceno de cabeça. Beijando a cabeça da
Judi fez o seu caminho para fora, tentando ignorar a dor a cada
passo que dava.

No exterior, cercado por privacidade, Ripper esperou o


golpe que estava por vir. Quando Devil se virou para ele, ficou
chocado que não havia arma apontada para ele. —Você protegeu
a Judi?—
—Sim. Ela estava caminhando, uma noite, e um dos seus
antigos clientes tentou pegá-la. Ela atirou nele.—

—Onde você enterrou o corpo?—

Ripper lhe deu a localização.

—Estou ligando para o Jerry. Ele estava procurando o


homem que você descreveu, e pode lidar com isso a partir
daqui.— Durante vários minutos, Devil tomou conta dos
negócios, deixando o Ripper esperar.

Ele estava casado, ou perto, de estar casado.

Sorrindo, olhou para o sol brilhante. Estava casado e


apaixonado.

—Você a ama, não é?—

—Ela é o meu mundo.—

Devil assentiu. —Eu a vejo como uma filha, e se isso não é


o que eu acho que é, então você estaria morto. Vou dar tudo
para a Judi. Não me importo se não temos o mesmo sangue,
mas sei que você vai cuidar dela e amá-la—.
—Eu irei. Vou procurar uma casa. Não quero que ela viva
no clube.—

—Foda-se, o que aconteceu com a gente? Nós fodemos


tudo, e agora estamos todos nos estabelecendo. Assim como os
Skulls.— Devil balançou a cabeça.

—O que aconteceu em Fort Wills?— Perguntou o Ripper.

—Um monte de merda que você não precisa ouvir no dia do


seu casamento. Tiny sabe o que está fazendo, e nós o ajudamos
onde pudemos. O resto da merda é com eles.— Devil lhe deu um
tapa nas costas. —Cuide da princesa.—

—Nunca quis ferir você ou a gangue—, disse o Ripper,


olhando para o chão, quando o Devil se afastou. —Eu estava
atormentado com os meus sentimentos, e lutei contra eles. Mas
a Judi, ela é difícil de ignorar.—

—Ela é apaixonada por você, Ripper. Faça valer seu tempo,


para estar com você.—

Observou o Devil ir, desejando que houvesse algo mais que


pudesse dizer. Entrando no clube, foi com o médico verificar
seus machucados. Judi ficou com ele, claramente preocupada
com o seu bem-estar.
Segurando em sua mão, se lembrou de comprar uma
aliança de casamento e, também, de providenciar a nova
tatuagem no seu peito.

—Você está louco—, disse a Judi, acariciando seu rosto.

—Baby, estamos juntos. Não me importo o que você


pensa.— Beijou sua testa, sentindo-se tranquilo pela primeira
vez em sua vida.

****

Cinco meses mais tarde

Judi lambeu os lábios com o mel que escorria pelo seu


queixo. Tinha mergulhado alguns morangos no mel e foi comê-
los, enquanto esperava o Devil e o Ripper voltarem do clube.
Olhando para o anel em seu dedo, sentiu muita alegria sabendo
que estava, devidamente, casada. Os documentos foram
assinados um mês depois que se casaram, na sede do clube.
Uma vez que os papéis foram assinados, fizeram outra pequena
cerimônia na sede do clube, desta vez, uma planejada. Foi
autorizada a usar seu vestido branco, mesmo que não estivesse
na igreja.

Igrejas eram superestimadas.


—Você está feliz—, disse a Lexie, levando o recém-nascido
até a cozinha. Um par de semanas atrás, Lexie tinha dado à luz
a uma linda e saltitante bebê. Simon e Elizabeth estavam
amando-a, e Lexie parecia mais feliz do que jamais esteve,
antes.

—Estou. Devil e o Ripper chegarão do clube a qualquer


momento.—

—O que há com morangos e mel?— Perguntou a Lexie.

—Pensei que seria mais saudável do que creme, e


morangos são muito azedos.— Ofereceu um à Lexie, que não
quis.

—Não, obrigada.— Havia um sorriso em seu rosto que


deixou a Judi com suspeitas.

—O que você está escondendo?— Perguntou Judi.

—Nada que não será conhecido em algumas horas.—

Nos últimos cinco meses, ela e o Ripper tiveram que roubar


um pouco de tempo, aqui e ali, juntos. Quando não eram os
outros membros gangue mantendo um olho sobre eles, era o
Devil ou a Lexie. Não tinham dormido juntos nesses cinco
meses, a pedido do Ripper. No momento em que o anel foi
colocado no seu dedo, Devil aceitou seu relacionamento e o
aceitou. O único problema era que o Devil tinha condições. Ele
não permitiria que ela deixasse sua casa até que o Ripper
tivesse uma casa pronta para eles. Não estava autorizada a
permanecer no clube, a menos que fosse para festas.

Judi não ia discutir, e estava mais do que feliz com o novo


arranjo. Mas ficou chocada quando o Ripper se recusou a ter
relações sexuais com ela. Ficou surpresa por ele não ter
explodido por causa de todas as vezes que ela tentou convencê-
lo. Judi sabia que não aguentaria muito mais. Não era
presumível que o Ripper fosse tão bom assim, ao ponto de
recusar sexo. Seu corpo estava em chamas, com a necessidade
do seu pênis. Ripper foi autorizado a ficar na casa, e
permaneceu em seu quarto, o que a surpreendeu, com papel de
pai do Devil, ainda, firmemente no lugar. Judi estava tão
desesperada para transar que ainda pediu ao Devil para ter uma
palavra com o Ripper. Nada.

A faculdade estava longe de terminar, mas ela tinha feito


muitos trabalhos nos últimos cinco meses, vendo que o Ripper
não ia ocupar o seu tempo, no quarto. Na verdade, pediu para
ela ler algumas dos seus trabalhos.

Achou que o comportamento conservador, repentino, do


Ripper era ridículo. Quando ela o confrontou sobre isso, ele
sorriu, segurou seu rosto, e lhe deu o melhor beijo que já tinha
experimentado, para calá-la. Ele estava planejando algo. Não
sabia o que era, mas, várias vezes nas quais entrou em uma
sala, onde ele estava falando com o Devil mostrando-lhe coisas
no seu celular ou em uma pasta, essa pasta desaparecia quando
ela começava a fazer perguntas.

—Você está escondendo alguma coisa de mim?—


Perguntou.

—Querida, te prometo, você vai adorar—, disse a Lexie.

—Duvido.— Murmurou as palavras, de modo que a Lexie


não lhe deu ouvidos.

Uma hora mais tarde, o Ripper entrou em casa, indo até ela
e puxando-a para os seus braços. —Ei, baby, senti sua falta.—
Ele aprofundou o beijo. Ela gemeu, colocando os braços em volta
do seu pescoço, enquanto ele mergulhava a língua,
profundamente, na sua boca.

—Chega—, disse o Devil. —Meu filho está assistindo, e não


quero que ele tenha qualquer ideia quando olhar para vocês
dois.—
Rindo, ela se afastou, desejando que não tivesse que deixá-
lo ir. Os braços do Ripper permaneceram em torno dela,
enquanto ela continuava a comer seus morangos com mel.

Devil tinha mantido um olho sobre ela, querendo saber se


ela estava grávida. O próprio pensamento de estar grávida a
enchia de pavor.

—Podemos ir?— Perguntou Ripper.

—Claro, vejo você na segunda-feira.—

Judi franziu a testa, olhando do Ripper para o Devil.

—Faça sua mala, doçura. Nós temos um lugar para ir. Eu


lhe disse que ia ser especial.—

Ela não precisou ouvir duas vezes. Correndo até o quarto,


rapidamente, jogou alguns itens em uma mochila, antes de
voltar lá para baixo.

Devil e a Lexie os observaram sair. Subindo na garupa da


moto do Ripper, ela o segurou com força. Estavam andando por
uns bons vinte minutos, antes dele parar em frente a uma casa.
Observou ele digitar um código em um sistema de segurança, e
os portões se abriram.
Mantendo seus pensamentos para si, olhou para a grande
casa. Não era tão grande quanto a do Devil, mas era
confortável.

Descendo, entregou ao Ripper o seu capacete. —Onde


estamos?— Perguntou.

Ele cobriu os olhos dela e a guiou na direção da porta.

—O que está acontecendo?— Começou a rir quando o


Ripper beijou o seu pescoço.

—Pare de estragar a minha diversão.—

O som da abertura de uma porta e uma luz sendo acesa,


foram, facilmente, ouvidos. Várias outras medidas foram
tomadas, e, em seguida, a porta atrás dela se fechou.

—Isso está me enlouquecendo—, falou.

Descobriu seus olhos e lhe disse para abri-los. Olhando em


volta, ela olhou para a casa.

—O que é isso?—
Entrou em cada aposento, olhando a sala de estar, que só
tinha uma cadeira. Atravessando até a cozinha, viu elementos
mínimos sobre os balcões, que adorou, instantaneamente.

—Esta é a nossa casa—, disse ele.

Virando-se para encará-lo, encontrou-o encostado no


batente da porta.

—O quê?—

—Esta é a nossa casa. Eu queria um lugar para chamar de


nosso. É isso. Você gosta?—

Judi olhou ao redor da sala, sentindo-se animada. —Esta é


a nossa casa?—

—Sim.—

—Você não vai me impedir de beijar você ou pedir por


mais?—

—Não, não vou. Este é o nosso lugar, e não toquei você ou


fiz qualquer coisa com você porque queria que a nossa primeira
vez, depois do nosso casamento, fosse especial. Devil é meu
chefe, e eu o respeito. Não vou pegar a filha dele sob o seu teto,
enquanto ele está lá. É brega. Eu queria algo para nós, para
chamar de nosso—, disse ele. —Quando você acordar de manhã,
quero que você seja livre para vir até aqui, nua, se quiser.—

Correndo na sua direção, ela se jogou em seus braços. —


Então, me leve para a cama antes da diversão chegar ao fim.—

Os últimos cinco meses tinham sido um pesadelo para ela.


Foi a primeira vez em sua vida que ela, realmente, desejou seu
toque. Ripper não tinha perdido seu lugar na gangue para estar
com ela, mas tinha que provar a eles que ele estava falando
sério sobre eles dois. Não tocou nenhuma outra mulher, e ela
estava começando a confiar mais nele, a cada dia que passava.

Ripper começou a rir. —Esta é a nossa casa. Nós vamos ter


que mobiliá-la, e você precisa terminar a faculdade, mas tudo
está bem no clube. Eles nos aceitaram, baby.—

Envolvendo os braços em volta do pescoço dele, ela o


puxou para lhe dar um beijo.

—Não me importo se eles não vão aparecer. Por favor,


Ripper, me leve lá para cima e faça amor comigo. Vou explodir
se não o fizer.—

Ele beijou seus lábios, rindo para ela, que grunhiu, com
aborrecimento.
—Venha então, baby. É hora de você ver o nosso quarto.—
Ele a levantou em seus braços, subindo o lance de escadas até o
terceiro quarto, ao longo do corredor.

Ela se segurou com força, quando ele chutou a porta,


abrindo-a, e largando-a em cima da cama. Gemendo, ela tomou
seus lábios enquanto ele afundou entre suas coxas. Arrancaram
suas roupas até que nada estivesse entre eles.

Judi abriu as coxas, amando a sensação do seu pênis,


esticando-a.

—Eu te amo, Judi. Você possui meu coração, e isso vai ser
algo que você nunca vai esquecer.—

Pressionando um dedo sobre os seus lábios, ela sorriu para


ele. —Cala a boca e me fode.—

Ele mergulhou dentro dela, fazendo-a gritar de prazer. Não


havia outro lugar que ela queria estar. Ela não tinha acreditado
que era possível se apaixonar, mas o Ripper tornou tudo
possível, para ela.
Epílogo

Curse se sentou, no restaurante, folheando o menu,


tentando pensar em algo para comer. A Lexie já o tinha
alimentado naquela manhã, depois de uma reunião da gangue
na casa do Devil, mas, ainda assim, ele veio até o restaurante,
para comer.

—Posso lhe servir alguma coisa?— Perguntou a Mia,


segurando uma jarra cheia de café.

—Eu quero uma xícara do melhor—, disse ele, sorrindo.

O Ripper e a Judi estavam na biblioteca, enquanto ela


estudava, e o Curse tinha optado por vir aqui. Não podia evitar.
Toda vez que deixava o restaurante, depois de encontrar a Mia,
prometia a si mesmo que seria a última vez. Ela nunca
demonstrou interesse nele. Na verdade, nunca mostrou
interesse em qualquer um dos membros da gangue. Estava
sempre ocupada, trabalhando na lanchonete ou cuidando da sua
mãe.

Tudo o que descobriu sobre ela, tinha vindo através da sua


melhor amiga, a Ashley. As duas mulheres eram completamente
diferentes e, ainda assim, eram melhores amigas. Não entendia
isso. Ashley amava sexo, homens e festas. A Mia amava cuidar
de pessoas.
—Onde está a Ashley?— Perguntou a Mia, derramando um
pouco de café quente em sua caneca. Todo pensamento
abandonou sua mente, enquanto ela sorria.

Foda-se a Ashley. Ela quer saber onde está a Ashley.


Pensando, sabia que ela tinha passado a noite com o Pussy.

—Ela está, humm, ela está ocupada—, disse ele, sentindo


calor nas bochechas.

Mia deu uma risadinha. —Ela está com um homem.— Ela


balançou a cabeça, colocando a mão em seu braço. —Não se
preocupe com isso. Posso ver a Ashley quando ela estiver
livre.—

—Como, em nome de Deus, vocês duas são amigas?—


Perguntou.

O sorriso dela sumiu, quando a tristeza encheu seus olhos.


—Nós sempre nos protegemos. Ela está lá quando eu preciso
que ela esteja.—

Notou que suas mãos começaram a tremer.

Se encheu de suspeitas com a reação dela. Depois de


muitos anos lidando com homens culpados, conhecia os sinais.
—Deixe-me saber quando você estiver com fome. Vou lhe
trazer um pouco de comida.—

Ela o deixou sozinho, quando o Ripper e a Judi se juntaram


a ele.

Os dois pombinhos o deixavam enjoado. Pelo menos a Judi


não estava grávida e toda temperamental. Ela era uma coisinha
doce.

Pegando seu café, ignorou a conversa observando a mulher


curvilínea que estava invadindo seus pensamentos. Queria saber
todos os seus segredos, e ia descobri-los.

Fim

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