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º ANO
A A ENSINO SECUNDÁRIO
I C
ÍM
MARGARIDA MARCÃO
Q U NUNO LINO
E
RICARDO PINTO
I C A
FÍS
1
ÍNDICE
Organizo ideias 89
Exercícios propostos 90
1 TEMPO, POSIÇÃO E VELOCIDADE No laboratório:
AL Movimento uniformemente retardado:
Referencial e posição: coordenadas cartesianas
velocidade e deslocamento 103
em movimentos retilíneos 6
Deslocamento. Distância percorrida sobre
a trajetória. Gráficos posição-tempo 7
Rapidez média. Velocidade média 9
Exercícios resolvidos 9
Velocidade e gráficos posição-tempo 12
Exercícios resolvidos
Gráficos velocidade-tempo: deslocamento
e distância percorrida
Exercícios resolvidos
14
17
18
2 Ondas e
eletromagnetismo
Organizo ideias 21
Exercícios propostos 22 1 SINAIS E ONDAS
ÍNDICE
3 ONDAS ELETROMAGNÉTICAS sistemas
Espetro eletromagnético. Reflexão,
transmissão e absorção de radiação 165
aquosos
Leis da reflexão 166
Exercícios resolvidos 166 1 REAÇÕES ÁCIDO-BASE
Leis da refração 170 Ácidos e bases 240
Reflexão total 171 Exercícios resolvidos 242
Exercícios resolvidos 173 Ácidos e bases em soluções aquosas 244
Difração 177 Constantes de acidez e de basicidade 245
Efeito Doppler 177 Força relativa de ácidos e bases 247
Exercícios resolvidos 178 Exercícios resolvidos 247
Organizo ideias 180 Acidez e basicidade em soluções aquosas
Exercícios propostos 181 de sais 251
No laboratório: Titulação ácido-base 252
AL Ondas: absorção, reflexão, refração Aspetos ambientais das reações ácido-base 254
e reflexão total 186 Exercícios resolvidos 255
AL Comprimento de onda e difração 188 Organio ideias 258
Teste de avaliação 3 191 Exercícios propostos 259
No laboratório:
AL Titulação ácido-base 267
2 REAÇÕES DE OXIDAÇÃO-REDUÇÃO
Caracterização das reações
3
SUBDOMÍNIO
1 Tempo, posição
e velocidade
RESUMO TEÓRICO
Referencial e posição: coordenadas cartesianas em movimentos
O QUE DEVO SABER
retilíneos
Referencial
O conceito de movimento ou de repouso depende do referencial escolhido.
Um piloto está em repouso relativamente ao referencial carro, não havendo alteração da sua
posição em relação ao carro, mas está em movimento relativamente ao referencial pista. Um
surfista está em repouso relativamente ao referencial prancha, mas está em movimento em
relação ao referencial onda.
Figura 1 Conceito de movimento e de repouso relativamente a diferentes referenciais.
Posição
A posição de uma partícula material pode ser descrita com base num referencial cartesiano,
localizando-a com base nas suas coordenadas cartesianas (x, y, z) relativamente a um referen-
cial tridimensional, bidimensional ou unidimensional.
O vetor posição, r ,⃗ tem início na origem do referencial e termina na posição ocupada pela par-
tícula. Este vetor e as coordenadas cartesianas da partícula definem a posição da partícula em
relação ao referencial escolhido.
→
r P = 10 →e (m)
x
ex rP P
0 5 10 x (m)
Figura 2 Representação do vetor posição da partícula P num referencial unidimensional.
Trajetória
A trajetória descrita por uma partícula é determinada pelas posições sucessivas que esta ocupa
ao longo do tempo, relativamente a um referencial, e pode ser retilínea ou curvilínea.
6
1 | Tempo, posição e velocidade FÍSICA
RESUMO TEÓRICO
Figura 3 Representação de uma trajetória curvilínea e de uma trajetória retilínea.
y (m)
B
yf
∆r
A
yi
ri A rf B ri rf
x (m) xi xf x (m)
∆r
Figura 4 Representação do vetor deslocamento numa trajetória retilínea (referencial unidimensional) e numa trajetória
curvilínea (referencial bidimensional).
7
DOMÍNIO 1 | MECÂNICA
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
VEJO COMO SE FAZ
Gancho
Orelha Esses
Curva 2 Curva 3
E
D
Parabólica
C Parabólica Ayrton Senna
Curva VIP Interior
Curva 1
F
B A
1.4. Considere um piloto X que executa uma volta regular, sem avarias nem acidentes, e, na mesma
volta, um piloto Y, que faz uma paragem na respetiva box. Será válido afirmar que, para o per-
curso AC:
| | | | | | | |
(A) v m⃗ X < v m⃗ Y e ∆ r X⃗ = ∆ r Y⃗ | | | | | | | |
(B) v m⃗ X < v m⃗ Y e ∆ r X⃗ < ∆ r Y⃗
(C) | v ⃗ | > | v ⃗ | e | ∆ r ⃗ | = | ∆ r ⃗ |
m X m Y X Y (D) | v ⃗ | > | v ⃗ | e | ∆ r ⃗ | < | ∆ r ⃗ |
m X m Y X Y
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
y (m)
3,0 D
A B
1,0 C
Resolução
⃗
Δ r
1.1. v m⃗ = ___ =0 m s−1
Δt
O deslocamento é nulo uma vez que as posições inicial e final são coincidentes.
A rapidez média é determinada por:
Δs
rm = ___ = _____________
4182,720 −1
= 50,73 m s
Δt ( 60 + 22,446)
15
DOMÍNIO 1 | MECÂNICA
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
VEJO COMO SE FAZ
Gancho
Orelha Esses
Curva 2 Curva 3
E
D
Parabólica
C Parabólica Ayrton Senna
Curva VIP Interior
Curva 1 F
B A
v
1.3. O
pção (A). Para que se verifique a igualdade entre a rapidez média e o módulo da velocidade
média, é necessário que o espaço percorrido e o módulo do deslocamento sejam iguais. Tal veri-
fica-se quando o corpo descreve uma trajetória retilínea sem inversão de sentido.
pção (C). O módulo do deslocamento, |Δ
1.4. O r | ⃗, é igual nos dois percursos, uma vez que as posições
inicial e final são as mesmas. O piloto X demora menos tempo a deslocar-se entre estas duas posi-
ções, uma vez que não efetua uma paragem na box ao contrário do que acontece com o piloto Y.
A velocidade média determina-se por v m⃗ = ___ Δ r ,⃗ logo a velocidade média do piloto X terá de ser
Δt
superior.
2.1. O
s ciclistas cruzam-se em ambos os instantes. No instante t1, deslocam-se no mesmo sentido
(ambas as funções são crescentes) e no, instante t3, deslocam-se em sentidos opostos (uma fun-
ção é crescente e a outra é decrescente).
2.2. S
erá o ciclista A, uma vez que, no ponto considerado, o declive x (m)
da reta tangente ao gráfico é superior. Recorde-se que o declive x4
x3
da reta tangente em cada ponto, no gráfico posição-tempo cor- x2
x1 B
responde à componente escalar da velocidade, em cada instante. A
xB0
2.3. S
erá o ciclista B. O deslocamento é uma grandeza vetorial que xA0
corresponde à diferença entre os vetores posição final e inicial. 0 t1t2 t3 t4 t5 t (s)
Como o ciclista A regressa ao ponto de partida, apresentará des-
locamento nulo, o que não acontece com o ciclista B.
3.1. y (m) 3.2. y (m) vD
3,0 ∆r D 3,0 D
1,0 A B C 1,0 A B C
1,0 2,0 3,0 4,0 x (m) vA 1,0 2,0 3,0 4,0 x (m)
3.3. O
vetor deslocamento é igual à diferença entre os vetores posição final e inicial, respetivamente,
r D⃗ e r A⃗ .
⃗ r D⃗ − r A⃗ = (4 e x⃗ + 3 e Y⃗ ) − (0 e x⃗ + e Y⃗ ) = 4 e x⃗ + 2 e Y⃗ (m) com origem no ponto A.
Δ r =
⏜
3.4. O espaço percorrido é medido sobre a trajetória, logo:
Δs = AB + ‾
BC + ‾
CD = π + 2 + 2 = 7,14 m
Δs 7,14
A rapidez média é determinada por: rm = ___ = ____
−1
= 0,60 m s
Δt 12
4.1. Opção (D). Trata-se de uma grandeza que indica o intervalo de tempo que o atleta demorou, em
média, a percorrer cada um dos 10 km do percurso. Esta informação é inversa à traduzida pela
grandeza rapidez média.
4.2. Opção (B). O atleta voltou ao ponto de partida, pelo que o deslocamento será nulo.
16
1 | Tempo, posição e velocidade FÍSICA
RESUMO TEÓRICO
Intervalo Representação
Descrição
de tempo vetorial
O módulo da velocidade da partícula aumenta uniformemente, esta
]0 ; t1[ s percorre distâncias cada vez maiores em iguais intervalos de tempo v v
⇒ movimento retilíneo uniformemente acelerado.
O módulo da velocidade da partícula é constante, esta percorre
]t1 ; t2[ s distâncias iguais em iguais intervalos de tempo ⇒ movimento v v
retilíneo e uniforme.
O módulo da velocidade da partícula diminui uniformemente, esta
]t2 ; t3[ s percorre distâncias cada vez menores em iguais intervalos de tempo v v
⇒ movimento retilíneo uniformemente retardado.
O módulo da velocidade da partícula aumenta uniformemente, esta
]t3 ; t4[ s percorre distâncias cada vez maiores em iguais intervalos de tempo v v
⇒ movimento retilíneo uniformemente acelerado.
O módulo da velocidade da partícula diminui uniformemente, esta
]t4 ; t5[ s percorre distâncias cada vez menores em iguais intervalos de tempo v v
⇒ movimento retilíneo uniformemente retardado.
Com base na determinação do declive nos gráficos posição-tempo, pode traçar-se os gráficos
velocidade-tempo correspondentes.
Movimentos retilíneos
x (m) v (m s-1)
t (s) t (s)
x (m) v (m s-1)
t t (s) t t (s)
FORÇAS
Intensidade
igual
resultam de somatório relacionam-se aos pares
Direção
Interações Força igual
Par ação-reação
fundamentais resultante
Sentido
pode ser
oposto
3.ª Lei de Ponto de
Nuclear forte
Newton aplicação
FR = 0 FR ≠ 0 diferente
Eletromagnética Lei da
Ação-Reação
1.ª Lei de 2.ª Lei de
Nuclear fraca
Newton Newton
Gravítica
Lei da Lei Fundamental
Inércia da Dinâmica
Variação da
Força Velocidade Velocidade Aceleração resulta da
velocidade ao
gravitacional constante nula constante
longo do tempo
depende da
Direção Direção
perpendicular tangente
Massa Distância à velocidade à velocidade
Movimento Movimento
retilíneo retilíneo
uniformemente uniformemente
acelerado retardado
48
2 | Interações e seus efeitos FÍSICA
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
AGORA FAÇO EU
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
1. Uma força é:
(A) uma interação entre dois corpos. (B) uma forma de movimento.
(C) uma mudança de posição. (D) uma forma de energia.
2. A cada uma das situações descritas associe a interação fundamental da Natureza evidenciada.
(A) O Sistema Solar é heliocêntrico.
(B) Um cristal de nitrato de prata é formado por aniões nitrato e catiões prata.
(C) A energia que é necessário fornecer ao núcleo de um átomo para o dividir é extremamente
elevada.
(D) Os eletrões são atraídos pelos protões.
(E) As marés ocorrem devido à presença da Lua.
(F) No Sol, ocorre a fusão do hidrogénio, originando hélio.
(G) A agulha de uma bússola indica o polo norte terrestre.
(H) O carbono-14 é utilizado para a datação de fósseis.
(I) Um corpo desloca-se sobre uma superfície e sente uma força de oposição ao movimento:
força de atrito.
5. A Lua descreve, no seu movimento de translação em torno da Terra, uma trajetória aproximada-
5
mente circular com um raio de 3,84 × 10 km. Admita que as massas da Terra e da Lua são,
respetivamente, 5,98 × 10 kg e 7,35 × 10 kg.
24 22
−11
6,67 × 10 × 5,98 × 10 × 7,35 × 10
24 22
(B) Fg = _____________________________________
(3,84 × 10 )
2 5
−11
6,67 × 10 × 5,98 × 10 × 7,35 × 10
24 22
(C) Fg = _____________________________________
8
3,84 × 10
−11
6,67 × 10 × 5,98 × 10 × 7,35 × 10
24 22
(D) Fg = _____________________________________
(3,84 × 10 )
2 8
49
PTFQ11-04
DOMÍNIO 1 | MECÂNICA
NO LABORATÓRIO
NO LABORATÓRIO
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Com o objetivo de verificar se a aceleração de um corpo em queda livre depende da massa do
mesmo, um grupo de alunos realizou uma experiência em que fez passar duas réguas de mas-
sas diferentes, por células fotoelétricas. Nessa experiência, foram utilizadas réguas transparen-
tes com uma fita opaca como mostra a figura.
ℓ
X
ℓ– 1,90 cm(largura da faixa opaca)
∆
tX – Intervalo de tempo de passagem
Δt queda
da faixa opaca pela célula X
∆
tqueda– Intervalo de tempo de passa- Y
gem da faixa opaca entre a célula X e Y
∆tY – Intervalo de tempo de passagem
da faixa opaca pela célula Y
Considere que a componente escalar da velocidade das réguas, ao passarem pelas células X e Y,
é constante.
Os resultados obtidos pelos alunos encontram-se na tabela seguinte:
1. Determine o módulo da aceleração a que cada uma das réguas esteve sujeita e refira a
conclusão a que o grupo de alunos chegou.
Resolução
1. Experiência 1:
Determinação do módulo da velocidade da régua ao passar em cada célula através da
expressão v = ___ :
ℓ
Δt
vX = _______ vY = _______
0,0190 −1 0,0190 −1
= 0,104 m s ;
= 2,8 m s
0,1830 0,0068
Δv vy − vx ___________
Determinação do módulo da aceleração: a = ______ = ______
2,8 − 0,104 −2
= = 9,8 m s
Δ tqueda
Δ tqueda 0,274
60
2 | Interações e seus efeitos FÍSICA
NO LABORATÓRIO
Experiência 2:
NO LABORATÓRIO
Determinação do módulo da velocidade da régua ao passar em cada célula através da
expressão v = ___ :
ℓ
Δt
vX = _______ vY = ________
0,0190 −1 0,0190 −1
= 0,101 m s ;
= 2,7 m s
0,1880 0,0070
Δv vy − vx ___________
Determinação do módulo da aceleração: a = ______ = ______
2,7 − 0,101 −2
= = 9,8 m s
Δ tqueda
Δ tqueda 0,266
Os alunos concluem que a aceleração do corpo não depende da sua massa.
2. pção (A). Retilíneo, uma vez que a direção da força resultante é a mesma da direção da
O
velocidade inicial; uniformemente, uma vez que a força resultante é constante; e acelerado
uma vez que a força resultante tem o mesmo sentido da velocidade inicial.
3. aceleração a que o corpo está sujeito é a gravítica uma vez que a única força que atua
A
sobre esta é o seu peso. Assim, permanece constante, não variando com a distância percor-
rida. O intervalo de tempo que a régua demora a percorrer a distância entre as duas células
aumenta, uma vez que a distância entre elas aumenta e a velocidade inicial (vx) se mantém
constante.
EXERCÍCIO PROPOSTO
Para determinar o módulo da aceleração gravítica à superfície terrestre, um
grupo de alunos realizou uma atividade experimental em que utilizou duas Esfera
células fotoelétricas, X e Y, ligadas a um cronómetro digital e uma esfera Célula X
com um diâmetro de 2,860 cm, que foi deixada cair de quatro alturas dife-
rentes. A dimensão e a forma da esfera permitiram minimizar o efeito da
resistência do ar.
Ensaio 1 2 3 4
∆t Y (ms) 9,30 10,30 11,80 16,10
∆t queda (s) 0,3077 0,2753 0,2428 0,1777
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
AGORA FAÇO EU
As resoluções dos próximos itens devem ter como suporte as capacidades gráficas da calculadora.
Deste modo, em todas elas deve ser apresentado o esboço do gráfico com as coordenadas de pontos que
considerar relevantes. Em alguns itens é necessário a apresentação da função introduzida na calculadora.
37. Uma partícula material move‐se ao longo de uma trajetória horizontal retilínea de acordo com a
seguinte lei do movimento:
x = - 4t2 + 6t + 8 (SI)
Considere o movimento durante os primeiros 7,0 s.
37.1. Em que instante ou instantes a partícula material passa na origem do eixo?
37.2. Determine a componente escalar da posição em que se encontra a partícula no instante 2,5 s.
37.3. Em que instante a partícula atinge a posição com componente escalar 6,0 m?
37.4. Indique, justificando, em qual dos instantes t = 1,0 s ou t = 3,0 s, a partícula apresenta maior
módulo de velocidade.
38. Uma partícula material move‐se ao longo de uma trajetória horizontal retilínea de acordo com a
seguinte lei das velocidades:
v = - 4t + 6 (SI)
Considere o intervalo de tempo que decorre desde o instante inicial até ao instante em que a
partícula apresenta módulo da velocidade igual ao inicial.
Determine a componente escalar do deslocamento nos dois primeiros segundos de movimento.
39. Uma partícula material move-se, durante 10 s e em linha reta, de acordo com a seguinte lei das
velocidades:
v = 0,6t2 - 3t + 2,4 (SI)
39.1. Determine entre que instantes a aceleração e a velocidade têm sentidos opostos.
39.2. Determine a componente escalar da aceleração média para o intervalo de tempo [1 ; 6] s.
40. A componente escalar, segundo o eixo Ox, da posição, x, de uma partícula material varia com o
tempo, t, de acordo com a equação:
x = - 284 + 8,0t - 0,040t2 (SI)
40.1. Determine ao final de quanto tempo a partícula material inverte o sentido do movimento.
40.2. Determine o espaço percorrido pela partícula no intervalo [0 ; 160] s.
40.3. Determine a componente escalar da aceleração média da partícula no intervalo de tempo
[10 ; 90] s.
41. Dois corpos movem-se num referencial XOY de acordo com as seguintes leis das posições:
xA = 50 + 15t
(SI)
yB = 30 + 2t
Determine a distância entre os dois corpos ao fim de 5 s.
42. Dois corpos movem-se segundo a mesma direção de acordo com as seguintes leis das posições:
xA = 15t + 2t2
(SI)
xB = 300 + 2t
Determine o instante e a distância a que os dois corpos se encontram quando se deslocam à
mesma velocidade.
102
3 | Forças e movimentos FÍSICA
NO LABORATÓRIO
NO LABORATÓRIO
AL MOVIMENTO UNIFORMEMENTE RETARDADO: VELOCIDADE E DESLOCAMENTO
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Um grupo de alunos planificou uma atividade experimental com o objetivo de determinar a in-
tensidade da força de atrito, suposta constante, que atua num carrinho. Para tal, os alunos uti-
lizaram um carrinho de massa 125,0 g que largaram de posições diferentes na rampa (A, B e C),
tendo determinado o tempo de passagem, Δ tD, de uma tira opaca de largura 1,00 cm numa cé-
lula fotoelétrica colocada no ponto D.
Admita que só existe atrito na parte horizontal da calha.
Digitímetro
A Célula
fotoelétrica
B
D
C
v0 Dx v=0
Para cada posição de lançamento, realizaram três ensaios. Mediram também a distância percor-
rida, Δ
x, pelo carrinho, após o ponto D, na superfície horizontal, até parar.
A 8,8 18,7
8,6 18,9
10,4 12,1
B 10,5 11,8
10,6 11,7
12,6 7,7
C 12,8 7,6
12,9 7,5
2 Reações de
oxidação-redução
RESUMO TEÓRICO
Caracterização das reações de oxidação-redução
O QUE DEVO SABER
O número de oxidação (n.o.) do átomo de um elemento corresponde à carga elétrica que este
teria se, em cada ligação que participa, os eletrões fossem atribuídos ao elemento que tem maior
tendência a atrair os eletrões (elemento mais eletronegativo).
H–O–H n.o.(O) = -
2 n.o.(H) = + 1
O oxigénio é mais eletronegativo e atrai um eletrão de cada hidrogénio.
• Numa substância elementar o elemento tem n.o. = 0 (H2, N2, O3, He, Na, P4)
• Num ião poliatómico, a soma dos números de oxidação de todos os elementos é igual à carga do ião.
2−
SO 4 n.o.(S) + 4 × n.o.(O) = - 2 (+ 6) + 4 × (- 2) = - 2
270
2 | Reações de oxidação-redução QUÍMICA
RESUMO TEÓRICO
Nas reações de oxidação-redução o acerto da equação química depende do acerto das cargas
e do número de átomos.
1.º) Divide-se a equação química nas duas semiequações.
2.º) Em cada semiequação acerta-se o número de átomos.
3.º) Em cada semiequação acertam-se as cargas.
4.º) Determinam-se os mínimos múltiplos comuns de modo a eliminar os eletrões quando se
somam as semiequações.
Exemplo:
−
Mg(s) → Mg (aq) + 2 e
2+
+ −
2 × (Ag (aq) + e → Ag(s))
+ − −
Ag (aq) + 2 e → Mg (aq) + 2 Ag(s) + 2 e
2+
Mg(s) + 2
271
DOMÍNIO 4 | REAÇÕES EM SISTEMAS AQUOSOS
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
VEJO COMO SE FAZ
Resolução
1.1. D
e acordo com a série eletroquímica apresentada, o alumínio metálico tem maior poder redutor
do que o zinco metálico. Assim, e como num par oxidante/redutor, quanto maior é o poder oxi-
dante, menor é o poder redutor, podemos inferir que o catião Aℓ3+ tem menor poder oxidante do
que o catião Zn2+. Deste modo, podemos concluir que, como a reação espontânea se dá entre as
espécies que têm maior tendência para reagir, irá ocorrer reação se estiverem em contacto o alu-
mínio metálico e o catião Zn2+. Na situação apresentada, irá ocorrer o desgaste da barra de alumínio
e começará a formar-se zinco metálico.
1.2. O
pção (C). De acordo com a série eletroquímica apresentada, o magnésio metálico tem maior
poder redutor do que o ferro metálico. Assim, e como num par oxidante/redutor, quanto maior é
o poder oxidante menor é o poder redutor, podemos inferir que o catião Mg2+ tem menor poder
oxidante do que o catião Fe2+. Deste modo, podemos concluir que, como a reação espontânea se
dá entre as espécies que têm maior tendência para reagir, irá ocorrer reação se estiverem em con-
tacto o magnésio metálico e o catião Fe2+. Tal significa que a reação espontânea será traduzida
pela equação química apresentada, mas no sentido inverso.
pção (C). O alumínio metálico e o catião Cu2+ são as espécies mais reativas e a equação tem de
1.3. O
estar acertada.
1.4. O
pção (A). Pretende-se evitar a corrosão do casco no navio, ou seja, a oxidação do ferro metálico.
Tal é conseguido se este estiver em contacto com uma espécie com maior poder redutor, isto é,
uma espécie com maior tendência para se oxidar. De acordo com a série eletroquímica apresen-
tada, pode utilizar-se o zinco, que obedece a este critério.
2. Opção (B).
276
2 | Reações de oxidação-redução QUÍMICA
ORGANIZO IDEIAS
REAÇÃO DE
OXIDAÇÃO-REDUÇÃO
ocorre
Transferência
existe de eletrões existe
Série
eletroquímica
compara
Oxidação Redução
Libertação Aceitação
pode ser
de eletrões de eletrões
indesejada
Número Número
de oxidação de oxidação
aumenta diminui
Corrosão
277
TESTE DE AVALIAÇÃO 5
ESTOU PREPARADO(A)?
Para responder aos itens de escolha múltipla, selecione a única opção (A, B, C ou D) que permite obter uma
afirmação correta ou responder corretamente à questão colocada.
Se apresentar mais do que uma opção, a resposta será classificada com zero pontos, o mesmo acontecendo se a
letra transcrita for ilegível. Utilize unicamente valores numéricos das grandezas referidas na prova (enunciado,
tabela de constantes e Tabela Periódica).
Grupo I
Um composto iónico, de massa 5,844 g, contendo aniões Cℓ- e catiões de um metal X, alcalino,
é dissolvido em água e tratado com excesso de solução de nitrato de prata, AgNO3.
A massa do precipitado de cloreto de prata, AgCℓ, que se forma, é 14,33 g, num processo que
ocorre de acordo com a equação:
XCℓ (aq) + AgNO3(s) → AgCℓ(s) + XNO3(aq)
2. O metal X em causa é:
(A) lítio (B) sódio (C) potássio (D) rubídio
Grupo II
O ácido adípico, C6H10O4, é uma matéria-prima muito importante na indústria química. É usado
principalmente na produção do nylon-6,6, de fibras sintéticas, plásticos e lubrificantes sintéticos.
A síntese do ácido adípico, a seguir representada, é um dos processos referenciados como exem-
plo de Química Verde.
O
HO
+ 4 H2O2 + 2 H2O Catalisador OH + 4 H2O
Na2WO2
O
2. Considere uma amostra de C6H10, de massa 1,0 × 103 g, com um grau de pureza de 80%.
A massa de C 6H10O4que se pode obter, a partir da reação completa do C
6H10existente na amos-
tra, pode ser determinada por:
TESTE DE AVALIAÇÃO 5
ESTOU PREPARADO(A)?
3. Para avaliar a adequação aos princípios da Química Verde utiliza-se o conceito de economia
atómica.
A economia atómica percentual para este processo de obtenção do ácido adípico é aproximada-
mente:
(A) 71% (B) 67%
(C) 79% (D) 75%
Grupo III
O ácido sulfúrico, H2SO4, é um dos produtos químicos mais importantes a nível mundial. Devido
à grande procura de que é alvo, foram desenvolvidos processos de obtenção a custos rentáveis.
Um dos passos envolvidos na preparação industrial de ácido sulfúrico é a produção do trióxido
de enxofre, SO3, de acordo com a equação química seguinte.
2 SO2(g) + O2(g) ⇌ 2 SO3(g)
O gráfico seguinte mostra o rendimento da reação de formação de trióxido de enxofre até se
atingir o equilíbrio químico, à pressão de 1 atm, em função da temperatura.
% de conversão em SO3
100
50
0
400 600 800 1000 𝜭 (ºC)
2. Num recipiente de 2,0 dm3 introduziram-se 1,0 mol de dióxido de enxofre, SO2, 1,0 mol de oxigé-
nio, O2, e 2,0 mol de trióxido de enxofre, SO3, tendo-se fechado o recipiente. Passado um minuto,
o sistema atingiu o estado de equilíbrio, à temperatura T.
A constante de equilíbrio, à temperatura T, não pode ser igual a:
(A) 1 (B) 4
(C) 8 (D) 12
287
PROVA GLOBAL 1
ESTOU PREPARADO(A)?
Grupo VII
Considere uma reação traduzida pela equação química genérica:
2 A(g) + B(g) ⇌ C(g)
Considere que se introduziu, num reator com a capacidade de
c (mol dm–3)
2,0 L, uma mistura de A, B e C, em fase gasosa, em diferentes
B
concentrações.
O gráfico da figura representa a evolução, ao longo do tempo, t,
C
das concentrações, c, dessas substâncias, à temperatura T.
A
1. Relativamente ao estado de equilíbrio é válido afirmar que:
0 t (s)
(A) é espontâneo.
(B) depende da composição inicial do sistema.
(C) é atingido quando as velocidades das reações direta e inversa ficam constantes no tempo.
(D) é atingido quando a reação deixa de ocorrer em ambos os sentidos.
4. Indique a variação da quantidade de matéria de A(g) até ter sido atingido o estado de equilíbrio
químico.
6. Preveja, com base no Princípio de Le Châtelier, o efeito no equilíbrio acima apresentado após
uma compressão isotérmica do vaso reacional.
FIM
COTAÇÕES
GRUPO I GRUPO II GRUPO III GRUPO IV GRUPO V GRUPO VI GRUPO VII
1. 2. 3. 1. 2. 3. 4. 1. 2. 3. 4. 1. 2. 3. 1. 2. 3. 4. 1. 2.1. 2.2. 1. 2. 3. 4. 5. 6. TOTAL
5 10 5 5 10 5 5 5 5 15 5 15 5 5 5 10 5 5 5 15 10 5 5 5 5 15 10
20 25 30 25 25 30 45 200
314
PROVAS GLOBAIS FÍSICA E QUÍMICA A 11.º ANO
ESTOU PREPARADO(A)?
• Aspetos quantitativos das reações químicas • Tempo, posição e velocidade
• Reações de ácido-base • Forças e movimentos
• Reações de oxidação-redução • Ondas eletromagnéticas
• Equilíbrio químico e extensão das reações químicas
• Soluções e equilíbrio de solubilidade
Para responder aos itens de escolha múltipla, selecione a única opção (A, B, C ou D) que permite obter uma
afirmação correta ou responder corretamente à questão colocada.
Se apresentar mais do que uma opção, a resposta será classificada com zero pontos, o mesmo acontecendo se a
letra transcrita for ilegível. Utilize unicamente valores numéricos das grandezas referidas na prova (enunciado,
tabela de constantes e Tabela Periódica).
Grupo I
Em duas tinas contendo iguais volumes de água destilada e uma gota de indicador ácido-base, à
pressão de 1 atm e à temperatura de 25 ºC, colocam-se pequenas porções de sódio metálico (En-
saio 1) e de potássio metálico (Ensaio 2).
Sódio Potássio
Ensaio 1 Ensaio 2
Ocorrem reações químicas completas, que podem ser interpretadas com base na série eletroquí-
mica seguinte:
Equações de redução
K+(aq) + e– → K(s)
Poder oxidante
N a+(aq) + e– → Na(s)
2 H2O(ℓ) + 2 e– → H2(g) + 2 OH –(aq)
2. Selecione a opção que identifica corretamente os metais por ordem crescente do seu poder redutor.
(A) K < Na (B) K > Na (C) Na < K (D) Na > K
3. À temperatura de 25 ºC, o caráter químico das soluções resultantes dos ensaios 1 e 2 poderá ser
confirmado utilizando apenas um dos dois indicadores ácido-base constantes na tabela se-
guinte: