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Judite e Holofernes, Andrea Mantegna, c.1495, 30 x 18 cm.

Judite e Holofernes, c.1598-99, M. de Caravaggio.


Detalhe: Judite e Holofernes, c.1598-99,
M. de Caravaggio.
Agnolo Bronzino, Alegoria com Vênus e
o Cupido, c.1540-45, óleo sobre tela.
Barroco (s)

Uma Estética complexa:

1. A via de intenção e impacto persuasórios, oriunda da doutrina contra-


reforma decretada pelo Concílio de Trento (1545-1563) e que, aliada ao
compadrio e oportunismo históricos à sanção absolutista da filosofia de
poder da razão de Estado, teria a cobertura comercial-bélica das
navegações de conquista e a cobertura confessional jesuítica e de outras
Ordens regulares da Igreja, numa extraordinária coligação de
resistência européia interna e, ao depois, de ação sedimentar da
geografia expansionista.

2. Assumindo a feição de arte persuasória, de uma arte a serviço, seria


natural que o barroco buscasse, como instrumento de rendimento
imediato da comunicação de sua mensagem: o primado do visual. E
isso não só no âmbito artístico, mas do campo observatório mais
periférico do estilo de vida. Rituais de ornamentação, valorização da
ação (movimento), do cênico, dos jogos, da coreografia efêmera ou
contextual da práxis artística e social.
3. Dentro da busca do primado do visual e acentuando sua intenção
persuasória de impactação perante o fruidor de sua arte ou receptor
de sua mensagem, o barroco impõe como terceiro elemento estrutural
de seu discurso visual ou escrito os recursos à geometria curva ou
encurvamento das formas (tendo como paradgma Borromini, na
arquitetura, e Antônio Vieira, na literatura) e à ilusão das massas em
movimento (no dinamismo sinestésico da escultura, na perspectiva
diagonal dos conjuntos e na pintura ilusionista dos grandes painéis).

4. Soldando em essência de linguagem os três segmentos ou camadas


estruturais do barroco que em precedência destacamos, ocorre a
prevalência, implícita ou explícita, de um denominador do lúdico, de
um espírito em substrato do instinto ou psicologia do jogo. [adaptado
do texto de Affonso Ávila. Circularidade da Ilusão, 2004.]
São Miguel Arcanjo, sec. 18, Bahia, madeira policromada, 102 x
50 x 40 cm.
Crucifixo, início do sec. 18, madeira policromada,
Olinda, PE.
São José, sec. 18, barro cozido policromado e dourado, 92
x 49 x 36cm; PE.
São Cristóvão, sec. 18, madeira policromada e dourada,
138 x 90 x 55 cm; Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro.
Francisco Xavier de Brito, atribuição, Santa
Maria Madalena, sec.18, madeira
policromada e dourada, 46 x 32 x 40cm,
Museu de Arte Sacra –SP.
Francisco Xavier de Brito, atribuição, Santa Maria
Madalena, sec.18, madeira policromada e dourada, 46x 32
x 40 cm, MAS-SP; de lado e detalhe do rosto.
Santas Mães, Bahia, sec. 18, madeira policromada,
85 x 47 x 23cm.
Nossa Senhora das Dores, Bahia, sec. 18, madeira
policromada e dourada, 180 x 100 x 61cm; Antiga Sé
Primacial do Brasil (derrubada em 1933)
São Cosme e São Damião, sec.18, Pernambuco, madeira
policromada, 90 x 46 x 27cm.
Mestre de Piranga (MG), Nossa Senhora do Calvário,
sec.18, madeira policromada, 46 x 23 x 20 cm.
Mestre de Piranga (MG), Nossa Senhora da
Conceição, sec.18, madeira policromada, 95 x 48 x
28cm, Museu Mineiro, MG. Ao lado: detalhe.
Mestre Piranga, Nossa Senhora da
Piedade, século 18, madeira policromada,
Minas Gerais.
Mestre de Piranga (MG), atribuição, São Francisco de
Assis, madeira policromada, 49 x 21 x 14cm.
Anjo Tocheiro, sec.18, madeira
policromada e dourada, 170 x 70
x 60cm, Mosteiro de São Bento,
Salvador, Bahia.

José Eduardo Garcia, atribuição, anjo


tocheiro, Bahia, sec.18, madeira
policromada e dourada, 190 x 87 x 80cm
Cariátide,
sec.17,madeira
policromada e dourada,
20 x 60 x 42 cm.

Mestre Valentim, atribuição, Figura da Virtude, cedro, 116


x 76 x 34cm, Museu Castro Maya,RJ.
Par de Cariátides, sec.17, madeira policromada e
dourada, 160 x 45 x 23cm, Mosteiro de São Bento da
Bahia.
Ruínas da Igreja de São Miguel Arcanjo. 1735-1745. Sítio arqueológico
de São Miguel das Missões, RS. (antiga região da Província jesuítica
Paraguay)

São Francisco Xavier, sec. 18, madeira policromada e dourada.


Importante exemplar de Arte Missioneira pertencente ao acervo do
Museu Júlio de Castilhos, Porto Alegre.
São Francisco Xavier e companheiros, Oficina
Jesuítica, sec. 18, madeira policromada, Santa
Maria-RS
Nossa Senhora da Conceição, São Miguel, RS, sec.XVIII
San Luis Gonzaga, sec.17, Região dos Sete Povos das
Missões. Acima: Anjo (fragmento), madeira, sec.17,
Região dos Sete Povos das Missões, MAS-SP
Par de Tocheiros Antropomórficos,
sec. 18, madeira, 145 x 65 x 60cm;
procedente da Capela Voturuna,
Santana do Parnaíba,SP.

Par de Cariátides, Minas Gerais, madeira dourada, 138 x 24 x


10cm.
Atlantes do altar lateral de Nossa
Senhora da Glória, 1742; Igreja do
Claustro do Convento de São
Francisco, Salvador, BA.
Talha da Igreja do Claustro do Convento de São
Francisco de Assis, Salvador, BA. Frei Luís de
Jesus, atribuição, c. 1735.
Talha da Igreja de São
Francisco de Assis,
Salvador, BA.
Exemplos de talha barroca. Bahia, sec.17-18, madeira dourada, MAS-UFBA.
Detalhe da talha do altar lateral
Anjo atlante, sec.18, Igreja
Matriz de Nossa Senhora do Pilar
Ouro Preto. MG.
Anjo Tocheiro , talha lateral da capela-mor do
Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro.
Frei Ricardo do Pilar, O Senhor dos
Martírios, 1690, Sacristia do
Mosteiro de São Bento, Rio de
Janeiro.
Igreja de Nossa Senhora das Neves, convento franciscano
mais antigo no Brasil (1585). Projeto de frei Francisco dos
Santos. Parcialmente destruído pelos Holandeses, foi
reconstruído na segunda metade do século XVII. Abaixo:
a sacristia com forro em gamela e paredes decoradas por
azulejos em azul e branco, vindos de Portugal. Olinda, PE.
Teto da Capela-mor da Igreja e Convento dos Terceiros de Nossa Senhora das Neves, Olinda, detalhe.
Sacristia (arcaz, pintura
do alçado e forro) da
Catedral da Sé de
Salvador; antiga Igreja
dos Jesuítas, 1657-1672.
Anchieta, em detalhe do teto da sacristia da
Catedral de Salvador, BA.

Detalhe do teto da sacristia da Catedral de Salvador,


Bahia, retratos de jesuítas.
Andrea Pozzo, Teto da nave da Igreja de Santo Inácio,
afrescos, Roma, 1685-1694. Acima: Cúpula
ilusionista na mesma igreja.
José Joaquim da Rocha, teto da Igreja de
Nossa Senhora da Conceição da Praia, óleo
sobre tabuado, 1772-1773, Salvador, BA.
José Joaquim da Rocha, teto da nave da Igreja da
Ordem Terceira dos Dominicanos, Salvador, BA.
Acima: detalhe.
Igreja e Convento de Santo Antônio e
Ordem Terceira de S. Francisco, projeto
de frei Francisco dos Santos; João
Pessoa-PB. Frontispícios produzidos em
estilo rococó, datado de 1779.

Pintura do forro da Igreja de Santo Antônio, José


Joaquim da Rocha, 1766; João Pessoa-PB.
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, 1703; projeto
do mestre Gabriel Ribeiro, Salvador.

Azulejos do claustro,
pintado por Valentim de
Almeida, segundo desenhos
de Pierre-Antoine Quillard
em homenagem as núpcias
do infante dom José; Ordem
Terceira de São Francisco da
Penitência, Salvador.
Painel de azulejos do claustro, Valentim de Almeida, Igreja da Ordem Terceira de
São Francisco da Penitencia, Salvador, BA.
Azulejos do claustro, Valentim de Almeida,
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da
Penitencia, Salvador, BA. Acima: Abraão
Oferece Hospitalidade aos Três Anjos (painel
lateral da capela-mor) , 1799, pintura sobre
madeira à maneira de azulejo, Igreja de São
Francisco de Assis , Ouro Preto, MG.
Azulejaria do Convento de São Francisco (1723), Salvador.
Detalhe de dois painéis de azulejos (2m de altura cada –
37 no total) pintados por Bartolomeu Antunes de Jesus,
baseados em gravuras do pintor holandês Otto van Veen,
c.1752.

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