Críticas a Popper e Kuhn
Popper
1. Não corresponde ao que a maior parte
dos cientistas realmente faz, nem as
teorias são abandonadas diante previsões
falhadas. O objetivo dos cientistas não é
provar que a sua teoria é falsa, mas sim
confirmá-la.
2. Os sucessos da ciência devem-se
sobretudo às suas previsões bem-
sucedidas e não ao facto de as suas
teorias não terem sido falsificadas.
3. Se Popper tivesse razão não haveria
juízos racionalmente justificados sobre o
futuro, o que, na prática, não nos deixaria
numa posição melhor do que a indução.
4. Popper sobrevaloriza o erro como motor
de arranque da ciência e considera-o o
ponto de partida da ciência.
5. O falsificacionismo falsificou teorias que
mais tarde se revelaram verdadeiras.
Kuhn
1. Dá uma visão da ciência que afasta a
racionalidade e o pensamento crítico.
2. Exceto em períodos de ciência normal,
não parece haver fundamento, dada a
incomensurabilidade dos paradigmas,
para falar de progresso científico. Um
paradigma não é objetivamente superior
a nenhum outro
3. A ideia de que os cientistas não estão
essencialmente comprometidos com a
descoberta da verdade, mas com a
manutenção de uma dada forma de ver o
mundo, parece desafiar a convicção que
a verdade é a meta ideal da atividade
científica.
4. A ideia de verdade objetiva é posta em
causa porque só podemos avaliar um
paradigma usando os meios que este
fornece. Há tantas verdades quantos os
paradigmas (quantas as formas que, ao
longo da história da ciência, tiveram de
ver o mundo).
5. A acusação de relativismo é uma das mais
frequentes de que Kuhn é alvo.