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Paróquia Cristo Rei

Catequese - Crisma
Catequista: Gilberto Dantas Jr

Sumário
1. Acolhida.................................................................................................................................................................... 3
1.1. Amor de Deus...................................................................................................................................................4
1.2. Pecado e Salvação.............................................................................................................................................5
1.2.1. O que é o Pecado: A resposta da Bíblia.........................................................................................................5
1.2.2. Pergunta: "A Bíblia ensina sobre pecado mortal e pecado venial?".............................................................5
1.2.3. Um pouco mais sobre o conceito de Pecado Mortal e Pecado venial:..........................................................7
1.2.4. Salvação - Perdão dos pecados - O que a Bíblia ensina a respeito................................................................7
1.2.5. Se você perder sua salvação, você pode recuperá-la?..................................................................................8
1.2.6. Ainda sobre Pecados...................................................................................................................................10
1.2.6.1. Pergunta: "O que é o pecado original?"..................................................................................................10
1.2.6.2. Os “Pecados Atuais”................................................................................................................................11
1.2.7. Pergunta: "Quais são os sete pecados capitais?"........................................................................................13
1.2.8. Pecado contra o Espírito Santo de Deus.....................................................................................................14
1.2.8.1. E que pecado é esse?..............................................................................................................................14
2. A Bíblia.................................................................................................................................................................... 17
2.1. Tabela Periódica da Bíblia...............................................................................................................................17
2.2. Como a Bíblia está estruturada.......................................................................................................................18
2.2.1. Antigo Testamento está dividido em 04 Partes:.....................................................................................18
2.2.2. O Novo Testamento está estruturado em 04 Partes:..............................................................................19
2.3. Informações adicionais sobre a Bíblia.............................................................................................................20
3. Aliança - O Pacto da Amizade.................................................................................................................................22
3.1. Conceito de aliança.........................................................................................................................................22
3.2. Conceito de aliança.........................................................................................................................................22
3.2.1. Aliança Adâmica que pode ser dividida em duas partes:............................................................................22
3.2.2. A Aliança Noética........................................................................................................................................22
3.2.3. Aliança Abraâmica......................................................................................................................................23
3.2.4. Aliança Palestiniana/Palestina....................................................................................................................23
3.2.5. Aliança Mosaica..........................................................................................................................................23
3.2.6. Aliança Davídica..........................................................................................................................................23
3.2.7. Nova Aliança...............................................................................................................................................24

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3.3. Ponto de vista bíblico sobre As Leis................................................................................................................24


3.4. Qual a sua resposta para o texto abaixo?.......................................................................................................24
3.5. Mais curiosidades sobre o período Pré-Diluviano...........................................................................................25
3.6. Genealogia bíblica de Noé até Abraão............................................................................................................29
4. Abraão - o amigo de Deus.......................................................................................................................................31
4.1. INTRODUÇÃO:.................................................................................................................................................31
4.2. Vamos analisar:...............................................................................................................................................31
4.2.1. Algumas virtudes que qualificaram Abraão a se tornar "amigo de deus"...................................................31
4.2.1.1. Sua fé inigualável....................................................................................................................................31
4.2.1.2. Sua obediência incondicional..................................................................................................................33
4.2.1.3. Seu temor a Deus....................................................................................................................................34
4.2.1.4. Conclusão................................................................................................................................................35
5. Moisés - o libertador do seu povo..........................................................................................................................36
5.1. O povo escravo do Faraó................................................................................................................................36
5.2. Dez Pragas do Egito........................................................................................................................................37
5.3. A Páscoa dos Judeus.......................................................................................................................................38

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1. Acolhida
("...
De todas as coisas que Deus criou, qual você mais admira?
O que você deve fazer quando vê as coisas lindas que Deus criou?
De que maneira você colabora com a criação de Deus?
Como é para você o rosto de Deus?
O que a natureza transmite para você?
O que é amor?"
...”)
No primeiro livro da Bíblia, o Gênesis, encontramos o relato da criação do mundo.

De maneira poética, o autor sagrado, apresenta a criação do mundo em seis dias e no sétimo dia “Deus
descansou”. Esta narrativa encontra-se em Gênesis 1, 1-31 e Gênesis 2, 1-4.

A narração da criação do mundo, é linda, mas devemos saber que sua linguagem é simbólica, poética:
“Um dia” não significa 24 horas. “Um dia” da criação quer significar um ato do Criador. Cada dia da
criação quer mostrar a ação de Deus.

Quantas maravilhas Deus criou e quis dar para nós!

Que alegria saber que tudo que existe é para nosso bem!

Mas também, quanta responsabilidade!

Com que cuidado devemos cuidar da criação de Deus!

O Gênesis também nos diz que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança:

“... então Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele domine os peixes do
mar, as aves do céu, os animais domésticos, todas as feras e todos os répteis que rastejam sobre a
terra...” (Gênesis 1, 26)

Deus criou o homem e a mulher e os abençoou.

“... e Deus os abençoou e lhes disse: sejam fecundos, multipliquem-se, encham e submetam a terra:
dominem os peixes do mar, as aves do céu e todos os seres vivos que rastejam sobre a terra...” (Gênesis
1, 28)

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A natureza é um grande presente de Deus para nós. Hoje, mais do que em qualquer outra época vemos
ecologistas que defendem a natureza porque sabem que dependemos dela para sobreviver. Você deve
defendê-la porque sabe que ela é obra de Deus que a entrega a cada um de nós. Devemos preservá-la
para sermos servidos por ela, conforme a vontade do Criador.

O presente é “lindo”, mas é preciso reconhecer a ação criadora e Deus: agradecendo, conservando e
preservando suas criaturas.

Como cristãos afirmamos nossa fé, dizendo: “Creio em Deus Pai, todo poderoso, Criador do Céu e da
Terra”. Isto significa que só Deus deu existência a tudo o que existe, por isso Ele é Todo Poderoso.

1.1. Amor de Deus


(“... Para quem Deus criou as obras bonitas?
Por que o homem é diferente das plantas e animais? ...”)
O homem foi feito a imagem e semelhança de Deus, isso quer dizer que o homem é diferente dos
animais, porque: 

 é inteligente, pensa e fala o seu pensamento.


 tem capacidade para dominar (trabalhar) a natureza;
 é livre porque pode escolher entre o bem e o mal e
 sabe amar.

Todos os homens são iguais diante de Deus. A mulher tem o mesmo valor do homem e cada um foi
feito para ajudar e ser ajudado para o outro.

O homem não nasce por acaso. Sempre Deus pensou com amor em cada um de nós. Preparou para
nós as coisas bonitas do mundo e cuida, pessoalmente, de cada um.

Ler Gênesis. 1, 1-26; Gênesis 2, 18-24 e Salmo 138

Fomos feitos para amar!!!

Somos gente... feitos com amor, por amor, pelo amor e para o amor. Feitos à imagem e semelhança
de Deus, feitos com inteligência, liberdade, afeto, vontade... Somos as mais perfeitas das criaturas,
superiores a tudo. Somos donos do mundo. Dominamos os animais, a terra e agora dominamos o
espaço, a Lua... Que maravilha ser gente! Recebemos de Deus o mundo com suas riquezas.
Precisamos aprender o que é 'ser gente'. Precisamos responder ao projeto de amor de Deus.

Todo esse mundo que vemos, a terra e tudo o que ela contém, são coisas dadas por Deus, como um
pai dá presentes aos seus filhos. Mas, o presente maior que Deus dá é o seu amor a cada pessoa. 

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A maior felicidade, para nós, é amar a Deus, amar o projeto que Ele oferece para a nossa felicidade.
É viver como seus filhos e irmãos de todas as pessoas, procurando o bem.

Vejamos o que Deus diz: "... porque você é precioso para mim, é digno de estima, e eu o amo, dou
homens em troca de você e povos em troca da sua vida...” (Isaias 43, 4)

1.2. Pecado e Salvação


(“...
Pecado: é dizer "não a Deus
No lugar onde vivemos tudo é bom?
O que vocês acham que é mau? Por que?
Deus criou o homem à sua imagem e quis que todos os homens fossem considerados como seus
filhos, que todos fossem respeitados como “irmãos”. É assim que consideramos todas as pessoas?
Já viram alguém sofrer?
...”)

1.2.1. O que é o Pecado: A resposta da Bíblia


Pecado é qualquer ato, sentimento ou pensamento que vai contra os padrões de Deus. Quem
peca desrespeita as leis divinas, fazendo o que é errado ou injusto do ponto de vista de Deus. (1
João 3:4; 5:17) A Bíblia também fala sobre o pecado da omissão, ou seja, deixar de fazer o que é
certo. (Tiago 4:17).
Nos idiomas originais da Bíblia, as palavras traduzidas “pecado” significam “errar um alvo”. Por
exemplo, no Israel antigo, um grupo de soldados era tão experiente em arremesso de pedras que
eles atiravam “sem errar”, ou, numa tradução literal, “sem pecar”. (Juízes 20:16) Assim, pecar é
errar o alvo dos padrões perfeitos de Deus.
Como Criador, Deus tem o direito de determinar padrões para os humanos. (Apocalipse 4:11)
Temos de prestar contas a ele por nossas ações. — Romanos 14:12.

1.2.2. Pergunta: "A Bíblia ensina sobre pecado mortal e pecado venial?"
A Igreja Católica Romana classifica os pecados em duas categorias:
 pecado mortal e
 pecado venial.
Para sabermos se a Bíblia ensina os conceitos de pecado mortal e venial, algumas descrições
básicas são necessárias.
Os conceitos de pecado mortal e venial são essencialmente católicos. Cristãos Evangélicos e
Protestantes podem ou não estar familiarizados com estes termos.

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Definições de pecado mortal e venial são:


 Pecado Mortal é “pecado que causa morte espiritual”;
o são aqueles pecados que excluem as pessoas do reino
o merece morte eterna
No Catecismo da Igreja Católica encontramos esta descrição de pecado mortal: “Para que
um pecado seja mortal, três condições devem ser juntamente alcançadas:
1. Matéria Grave – conteúdo dos Dez Mandamento;
2. Plena consciência – a pessoa executa ou se omite em plena consciência
3. Deliberado consentimento – permissão ou concordância do ato ou omissão.
O Catecismo, mais além, afirma que o pecado mortal “Acarreta a perda da caridade e a
privação da graça santificante (perda do estado de graça). Se este estado não for
recuperado mediante o arrependimento e o perdão de Deus, causa a exclusão do Reino de
Cristo e a morte eterna no inferno...”
Pecado mortal é uma violação intencional aos Dez Mandamentos (em pensamentos,
palavras ou obras) cometido com total conhecimento da gravidade do assunto, e resulta na
perda da salvação. A salvação pode ser reconquistada através de arrependimento e do
perdão de Deus.
 Dez Mandamentos (Êxodo 20, 1-21):
1) Não terás outros deuses diante de minha face;
2) Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que vive na terra; nem te
prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto;
3) Não pronunciarás o nome de Javé, teu Deus, em prova de falsidade;
4) Lembra-te de santificar o dia de sábado;
5) Honra teu pai e tua mãe, ara que deus dias se prolonguem sobre a terra;
6) Não matarás;
7) Não cometerás adultério;
8) Não furtarás;
9) Não levantarás falso testemunho contra teu próximo;
10) Não cobiçarás a casa e os pertences do teu próximo;
 Pecado Venial é “pecado que pode ser perdoado”
o invariavelmente usado em contraste com pecado mortal
o que não excluem as pessoas do reino
o diferencia de pecado mortal na pena que se impõe
o acarreta pena temporal expiada pela confissão ou pelas tormentas do purgatório

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Pecado venial pode ser uma violação aos Dez Mandamentos ou um pecado de natureza
menor, mas é cometido sem a intenção e/ou sem total consentimento. Apesar de causar
danos ao relacionamento com Deus, o pecado venial não resulta na perda da vida eterna.

1.2.3. Um pouco mais sobre o conceito de Pecado Mortal e Pecado venial:


Em primeiro lugar, estes apresentam uma visão NÃO-BÍBLICA de como Deus vê o pecado. A
Bíblia afirma que Deus será justo em Sua punição do pecado e que no dia do julgamento alguns
pecados merecerão maior punição do que outros (Mateus 11:22,24; Lucas 10:12,14), mas é fato
que se deve manter em mente que todo o pecado será punido por Deus. A Bíblia ensina que
todos pecaram (Romanos 3:23) e que a justa compensação pelo pecado é a morte eterna
(Romanos 6:23). Indo contra os conceitos de pecado mortal e venial, a Bíblia não afirma que
alguns pecados são merecedores de morte eterna enquanto outros não o são. Todos os pecados
são mortais de sorte que mesmo um único pecado faz o pecador merecedor de eterna separação
de Deus.
O Apóstolo Tiago articula este fato em sua carta (Tiago 2:10): “Porque qualquer que guardar toda
a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.” Repare seu uso da palavra
“tropeçar”. Isto significa cometer um erro ou cair em erro. Tiago está mostrando um quadro em
que alguém que está tentando fazer a coisa certa, e mesmo assim, talvez, sem a intenção,
comete um pecado. Qual a consequência? Deus, através de Seu servo Tiago, afirma que se uma
pessoa comete um pecado, mesmo sem a intenção, é culpada de quebrar toda a lei. Uma boa
ilustração deste fato é imaginar uma grande janela e entender que esta janela é a lei de Deus.
Não importa se a pessoa joga uma pequenina pedra através da janela ou se joga grandes
pedregulhos. O resultado é o mesmo... a janela é quebrada. Da mesma forma, não importa se
uma pessoa comete um pequeno pecado ou vários e grandes pecados. O resultado é o mesmo...
a pessoa é culpada por quebrar a lei de Deus. E o Senhor declara que Ele não deixará o culpado
sem punição (Naum 1:3)
Em segundo lugar, estes conceitos apresentam uma imagem NÃO-BÍBLICA do pagamento a Deus
pelo pecado. Em ambos os casos de pecado mortal e venial, o perdão de determinada
transgressão depende de alguma restituição feita pelo ofensor. No Catolicismo Romano, esta
restituição pode tomar a forma de confessar-se, fazer certa oração, receber a Eucaristia ou outro
ritual de algum tipo. O pensamento básico é que, para que seja aplicado o perdão de Cristo ao
ofensor, este deve fazer algum tipo de obra e então o perdão será concedido. O pagamento e
perdão da transgressão dependem das ações do ofensor. Todos os seus pecados já foram
perdoados na cruz... Cristo morreu por todos eles. Isto inclui os pecados que um crente cometeu
antes da salvação e os que ele cometerá após a salvação.

1.2.4. Salvação - Perdão dos pecados - O que a Bíblia ensina a respeito


A Bíblia claramente ensina que o pagamento pelo pecado não se encontra e nem se baseia nas
ações do pecador. Considere as palavras do Apóstolo Pedro: “Porque também Cristo padeceu

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uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na
carne, mas vivificado pelo Espírito; ...” I Pedro 3:18. Tome nota das palavras: “... Também Cristo
padeceu uma vez pelos pecados...”. Esta passagem ensina que para a pessoa que crê em Jesus
Cristo, todos os seus pecados já foram perdoados na cruz... Cristo morreu por todos eles. Isto
inclui os pecados que um crente cometeu antes da salvação e os que ele cometerá após a
salvação.
Colossenses 2:13 e 14 confirma este fato: “E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na
incircuncisão da vossa carne, (Deus) vos vivificou juntamente com ele (Cristo), perdoando-vos
todas as ofensas, Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de
alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.” Deus já
“...perdoou-nos todas as ofensas...”. Não somente os pecados do passado, mas todos eles. Eles
foram cravados na cruz e tirados do meio de nós. Quando Jesus, na cruz, afirmou: “Está
consumado” (João 19:30), Ele estava afirmando que Ele já tinha feito tudo o que era necessário
para conceder perdão e vida eterna àqueles que Nele cressem. É por isso que Jesus diz em João
3:18 que “Quem crê nele (Jesus) não é condenado...”. Paulo afirma este fato em Romanos 8:1:
“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam
segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Por que não são os crentes julgados? Por que não há
condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus? É porque a morte de Cristo satisfez a justa
ira de Deus contra o pecado (I João 4) e agora aqueles que confiam em Cristo não pagarão a pena
do pecado.
Apesar dos conceitos de pecado mortal e venial colocarem a responsabilidade em se ganhar o
perdão de Deus para dada transgressão nas mãos do transgressor, a Bíblia ensina que todos os
pecados de um crente são perdoados na cruz de Cristo. A Bíblia ensina pela palavra (Gálatas 6:7 e
8) e exemplo (II Samuel 11-20) que quando um cristão se envolve com o pecado ele pode ceifar
consequências temporais, físicas, emocionais, mentais e/ou espirituais. Mas o crente nunca vai
precisar readquirir o perdão de Deus por causa do pecado pessoal porque a Palavra de Deus
declara que a ira de Deus ao pecado do crente já foi completamente satisfeita na cruz.
Em terceiro lugar, estes conceitos apresentam uma visão NÃO-BÍBLICA de Deus lidando com
Seus filhos. Claramente, de acordo com o Catolicismo Romano, uma das consequências em se
cometer um pecado mortal é que ele remove a vida eterna do transgressor. Também, de acordo
com este conceito, Deus novamente concederá vida eterna através do arrependimento e boas
obras.

1.2.5. Se você perder sua salvação, você pode recuperá-la?


A Bíblia ensina que a pessoa que é verdadeiramente salva por Deus através de Cristo pode
perder sua salvação e novamente ganhá-la?
Claramente a Bíblia não ensina isto. Uma vez que alguém coloca sua fé em Cristo para o perdão
de pecados e vida eterna, a Bíblia ensina que a pessoa está eternamente segura... não poderá se

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perder. Considere as palavras de Jesus em João 10:27-28: “As minhas ovelhas ouvem a minha
voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e
ninguém as arrebatará da minha mão.” Considere também as palavras de Paulo em Romanos
8:38-39: “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a
profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em
Cristo Jesus nosso Senhor.”
Refletindo no fato da total satisfação da ira de Deus em relação ao pecado na morte de Cristo,
nossos pecados não podem nos separar do amor de Deus. Em amor, Deus escolhe tomar a morte
de Cristo como pagamento pelos pecados do crente e não os mantém contra o crente. Então,
quando um crente comete pecado, o perdão de Deus em Cristo já está presente e, apesar do
crente experimentar consequências impostas do pecado, não há perigo de que se retire o amor e
perdão de Deus. Em Romanos 7:14-25, Paulo claramente afirma que um crente lutará com o
pecado através de sua existência terrena, mas que Cristo nos salvará deste corpo de morte. E
“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus…” (Romanos 8:1).
Apesar de o conceito de pecado mortal ensinar que a pessoa pode perder a salvação através do
pecado pessoal, a Bíblia ensina que o amor de Deus e favor nunca serão removidos de Seus filhos.
A graça de Deus não somente redime o crente de cada feito contrário à lei, mas também guia o
crente a um viver santo e faz que seja motivado às boas obras. O crente deve ter em mente que
sua paixão será honrar a Deus por causa da graça de Deus trabalhando em sua vida. O perdão e
santidade são dois lados da mesma moeda da graça de Deus… andam lado a lado. Apesar de o
crente poder ocasionalmente tropeçar e cair em pecado e mesmo o fazer de forma significativa, o
caminho geral e direção de sua vida será o de santidade e paixão por Deus e Sua glória. Se alguém
seguir os conceitos de pecado mortal e venial, esta pessoa poderá ser enganada a ver o pecado
como uma atitude não tão séria, pensando que ele pode pecar por vontade e simplesmente
buscar o perdão de Deus o quanto quiser. A Bíblia nos instrui que o verdadeiro crente jamais verá
o pecado de forma casual, e lutará, na força da graça de Deus, para viver uma vida santa.
Concluindo: Baseados nas verdades bíblicas acima, os conceitos de pecado mortal e venial não
são bíblicos e devem ser rejeitados como representando a visão de Deus do pecado e Sua solução
para ele. Na morte, sepultamento e ressurreição de Cristo, o problema do nosso pecado está
completamente resolvido e não mais precisamos procurar além da surpreendente demonstração
do amor de Deus para conosco. Nosso perdão e correção perante Deus não depende de nós,
nossas falhas ou nossa correção. O verdadeiro crente fixará seus olhos em Jesus e viverá à luz de
tudo o que Ele conseguiu em nosso benefício. O amor e graça de Deus são realmente
assombrosos! Que possamos viver à luz da vida que temos em Cristo! Através do poder de seu
Santo Espírito, possamos ser vitoriosos sobre o pecado, seja este “mortal”, venial”, intencional ou
não intencional.

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1.2.6. Ainda sobre Pecados

1.2.6.1. Pergunta: "O que é o pecado original?"


Refere-se ao pecado de Adão em comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal e seus
efeitos sobre o resto da raça humana desde então, principalmente seus efeitos em nossa
natureza e nosso relacionamento com Deus, até mesmo antes de termos idade suficiente
para cometer pecado conscientemente. Veja a seguir as três opiniões diferentes que tentam
explicam seu efeito:
Pelagianismo: O pecado de Adão não teve nenhuma influência sobre as almas de seus
descendentes além de, através de seu exemplo pecaminoso, encorajar outras pessoas a
também pecar. De acordo com essa opinião, o homem tem a habilidade de parar de pecar se
ele quisesse. Esse ensino vai de encontro a várias passagens que ensinam que o homem é
um escravo do pecado (quando longe da intervenção de Deus) e que suas boas obras são
“mortas”, quer dizer, sem nenhum valor para ganhar o favor de Deus (Efésios 2:1-2; Mateus
15:18-19; Romanos 7:23; Hebreus 6:1; 9:14).
Arminianismo: Os Arminianos acreditam que o pecado de Adão resultou no resto da
humanidade herdando uma tendência a pecar chamada de “natureza pecaminosa”. Essa
natureza pecaminosa nos leva a pecar da mesma forma que a natureza de um gato o leva a
miar – ocorre naturalmente. De acordo com essa opinião, o homem não pode parar de pecar
sozinho, por isso Deus dá uma graça universal, a qual o capacita a parar. Essa graça é
chamada de graça preveniente. Também de acordo com essa opinião, não somos
responsáveis pelo pecado de Adão, apenas os nossos. Esse ensinamento vai de encontro ao
tempo verbal escolhido para “...todos pecaram” em Romanos 5:12 e também ignora o fato
de que todos sofrem a punição do pecado (morte) mesmo quando não pecaram de uma
forma semelhante à de Adão (1 Coríntios 15:22; Romanos 5:14-15,18). Além disso, a Bíblia
não ensina em lugar nenhum a doutrina de graça preveniente.
Calvinismo: O pecado de Adão resultou não só na nossa natureza pecaminosa, mas também
em culpa diante de Deus, pelas quais merecemos punição. Ser concebido com o pecado
original sobre nós (Salmos 51:5) resulta em nós herdando uma natureza pecaminosa tão
perversa que Jeremias 17:9 descreve o coração humano como “enganoso ... mais do que
todas as coisas, e perverso”. Adão foi não só culpado por causa do seu pecado, mas sua
culpa e punição (morte) pertencem a nós também (Romanos 5:12,19). Há duas opiniões
sobre porque Deus deve enxergar a culpa de Adão como pertencente a nós também. A
primeira afirma que a raça humana fazia parte de Adão em forma de semente; portanto,
quando Adão pecou, pecamos nele. Isso é semelhante ao ensino Bíblico de que Levi (um
descendente de Abraão) pagou dízimos a Melquisedeque em Abraão (Gênesis 14:20;
Hebreus 7:4-9), apesar de que Levi não nasceu até centenas de anos mais tarde. A outra

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opinião é de que Adão serviu como nosso representante e como tal, quando ele pecou,
tornamo-nos culpados também.
A opinião Calvinista enxerga o homem como incapaz de ter vitória sobre o seu pecado,
exceto sob o poder do Espírito Santo. Esse poder só é possuído quando alguém se arrepende
do seu pecado e vira-se para Cristo em total dependência d’Ele e Seu sacrifício expiatório na
cruz. Um problema com essa opinião é como explicar como bebês e aqueles que são
incapazes de cometer pecado de forma consciente são salvos (2 Samuel 12:23; Mateus 18:3;
19:14), já que eles também são responsáveis pelo pecado de Adão. Millard Erickson, autor de
Teologia Cristã, acha que essa dificuldade é resolvida da seguinte maneira: “Há uma posição
(opinião) que preserva o paralelismo entre nós aceitando o trabalho de Cristo e o de Adão
(Romanos 5:12-21), e ao mesmo tempo destaca de forma mais clara nossa responsabilidade
pelo primeiro pecado. Somos responsáveis e culpados quando aceitamos ou aprovamos a
nossa natureza corrupta. Há um momento na vida de cada um de nós quando nos tornamos
cientes de nossa própria tendência a pecar. Naquele ponto, podemos abominar a natureza
pecaminosa que tem estado presente todo aquele tempo.... e arrepender-nos dela. Pelo
menos haveria uma rejeição do nosso pecado. Mas se submeter-nos à natureza pecaminosa,
estamos na verdade dizendo que ela é boa. Ao estabelecer nossa aprovação de uma forma
tácita da corrupção, estamos também aprovando ou concordando com a ação no Jardim do
Éden de tanto tempo atrás. Tornamo-nos culpados daquele pecado sem termos ainda
cometido um pecado próprio”.
A opinião Calvinista do pecado original é a mais consistente com o que a Bíblia ensina e
“pecado original” pode ser definido como “aquele pecado e sua culpa que todos nós
possuímos aos olhos de Deus como resultado direto do pecado de Adão no Jardim do Éden”.

1.2.6.2. Os “Pecados Atuais”


São aquelas ações externas que se executam através do corpo. São todos os maus
pensamentos conscientes. São pecados individuais de fato. Estes pecados são conhecidos e
classificados nos escritos do Apóstolo Paulo aos Gálatas 5.19-21, eles também podem ser
praticados por comissão ou por omissão.
O salário do pecado é a morte (Romanos 6.23a), mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna,
por Cristo Jesus, nosso Senhor (Romanos 6.23b), ou seja, a morte seria o destino natural de
todos os homens, mas algo maravilhoso é revelado pela graça de Deus, Ele mesmo resolve
morrer no nosso lugar, se alguém morre por mim, consequentemente eu não precisaria mais
morrer, então me é revelado o amor desse grande Deus que é totalmente apaixonado por
mim. Amar é estar pronto para morrer por quem se ama. Agora nós os que cremos também
morreríamos por Ele, porque o amamos, mas ele morrendo por nós, morreu por amor
daqueles que ainda não o amavam. E se pela morte de Cristo fomos reconciliados com Deus,
muito mais seremos salvos pela sua vida, porque Ele ressuscitou (Romanos 5.10).

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Explicação
1º. O pecado original (que consiste simplesmente na privação da graça santificante) não
fomos nós que o cometemos, desobedecendo à lei de Deus. O pecado que cometemos,
desobedecendo à lei de Deus, denomina-se atual, isto é, um pecado que cometemos agora,
durante a nossa vida.
Diz-nos o catecismo que é atual o pecado que comete voluntariamente a pessoa que tem o
uso da razão. Quem não tem uso da razão não pode cometer pecado? Não; porque, não
tendo o uso da razão, não é capaz de ter vontade própria, e onde não há vontade não há
desobediência. O homem, ser inteligente, obra segundo a vontade e é, por isso, responsável
pelos seus atos enquanto os quer.
Portanto o homem, para cometer pecado, deve conhecer que com o seu ato transgride a lei
de Deus e, todavia, querer esse ato; quer, não obstante ter conhecido que ele é uma
violação dessa lei. Por isso as crianças, que não têm ainda o uso da razão, e as pessoas, que
nunca o atingiram ou o perderam, não são capazes de pecar. Mesmo que cometam um ato
que de per si seja pecaminoso, não têm culpa, porque lhes falta a vontade de praticar uma
coisa contrária à lei de Deus.
A palavra voluntariamente indica-nos que só é pecado a desobediência voluntária à lei de
Deus. Por exemplo, hoje é dia santo. Eu, sem saber que era um dia santo de guarda,
trabalhei todo o dia e nem um terço rezei. Não cometi pecado, porque, embora tenha
trabalhado voluntariamente, não pensando e, por isso, não sabendo que era dia santo, eu
não quis transgredir a lei de Deus; ao contrário, se me lembrasse que era dia santo, não
trabalhava. Por isso, embora o meu ato tivesse sido materialmente contrário à lei de Deus,
como me faltou a vontade de praticar uma coisa contrária a essa lei, eu não cometi pecado.
2º. O pecado atual se pode cometer de quatro modos; ou seja, quem tem o uso da razão
pode desobedecer voluntariamente à lei de Deus de quatro modos:
1) Peca-se por pensamentos, quando se pensa voluntariamente, isto é, sabendo que se
pensa e comprazendo-se em pensar, numa coisa má, ou se deseja fazê-la, embora se
saiba que é má, proibida. Por exemplo, hoje é dia de abstinência. Fábio, pensa: Oh! se
tivesse uma boa costeleta, como a comeria com todo o gosto, se bem que seja dia de
abstinência. Ele, portanto, pensa, compraz-se, quer, deseja uma coisa má. Por isso,
perante Deus é culpado.
Ao contrário, um outro pensa e diz: Oh! se hoje não fosse dia de abstinência, como eu
comeria carne com todo o gosto uma lombo de porco. Este não comete pecado,
porque não pensa transgredir a lei, antes mostra querer observá-la; manifesta o que
faria hoje se não houvesse a lei da abstinência.

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2) Peca-se por palavras, quando se proferem palavras proibidas, que ofendem a Deus, ao
próximo, etc., como: blasfêmias, calúnias, maledicências, palavras e canções
desonestas, conversas más, etc.
3) Peca-se por obras quando se praticam atos proibidos, ou contrários aos preceitos
estabelecidos nas leis de Deus, tais como atos beneficentes para uma causa não nobre
com levantar fundos para exterminar animais, campanha publicitária para retirada de
uma igreja do bairro, etc
4) Peca-se por omissões quando voluntariamente se deixa de fazer o que está mandado.
Desobedece-se não com uma obra má, mas por não fazer o que não só é bem, mas
bem mandado; como, por exemplo, aquele que, embora podendo, não faz jejum num
dia no qual cabia a ação ou ainda deixar de ajudar em uma obra da igreja pelo simples
fato de não desejar fazê-lo.

1.2.7. Pergunta: "Quais são os sete pecados capitais?"


Muitos temem que haja uma lista de sete pecados que Deus, supostamente, não perdoará.
Esta lista é conhecida como os “sete pecados capitais”.
É bíblica esta ideia de “sete pecados capitais”?
Sim e não.
Provérbios 6:16-19 declara: “Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma
abomina:
1) Olhos altivos,
2) língua mentirosa,
3) mãos que derramam sangue inocente,
4) O coração que máquina pensamentos perversos,
5) pés que se apressam a correr para o mal,
6) A testemunha falsa que profere mentiras, e
7) o que semeia contendas entre irmãos.”
Esta lista não é o que a maioria das pessoas entende como os “sete pecados capitais”.
A maioria das pessoas entende que a lista dos “sete pecados capitais” seja:
1) orgulho (soberba),
2) inveja (avareza),
3) glutonaria (gula),
4) luxúria,
5) ira,
6) ganância (abuso) e
7) preguiça.

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Para cada um dos “sete pecados capitais” existe uma virtude a ser praticada para vencer o pecado
1) contra o orgulho (soberba), a humildade
2) inveja (avareza), a caridade
3) glutonaria (gula), a abstinência
4) luxúria, a castidade
5) ira, a paciência
6) ganância (abuso) a liberalidade
7) preguiça a diligência (Fazer diligência: trabalhar, esforçar-
se, empregar os meios para fazer alguma coisa).
Apesar de cada um destes ser, inegavelmente, um pecado, a Bíblia nunca os descreve como
“sete pecados capitais”. A lista tradicional dos “sete pecados capitais” pode funcionar como
uma boa maneira de categorizar os diferentes tipos de pecados que existem. Quase todo o
tipo de pecado pode ser listado sob uma das sete categorias. Mas o mais importante,
contudo, é que saibamos que estes sete pecados não são mais “mortais” ou “capitais” do
que qualquer outro pecado. Todo o pecado resulta em morte (Romanos 6:23). Graças sejam
dadas a Deus, pois através de Jesus Cristo, todos os nossos pecados, incluindo os “sete
pecados capitais”, podem ser perdoados (Mateus 26:28; Atos 10:43; Efésios 1:7).

1.2.8. Pecado contra o Espírito Santo de Deus


Uma curiosa passagem do Evangelho chama a atenção de quem conhece o Deus que é Amor
Incondicional. Trata-se da fortíssima palavra de Jesus que é documentada por (Mt 12,31-s,
(Marcos 3,28-s e Lucas 12,10): “Aos filhos dos homens serão perdoados todos os pecados e
todas as blasfêmias que proferirem; todavia, quem blasfemar contra o Espírito Santo, jamais
terá perdão, mas será réu de pecado eterno”.
Duas perguntas nos surgem imediatamente:
“Que pecado tão grave é este que não merece o perdão de Deus?” e
“Deus, que é Amor, por causa deste pecado, esqueceria desse Amor para condenar
eternamente o blasfemador do Espírito Santo?”
Analisemos as questões:

1.2.8.1. E que pecado é esse?


Antes de sua volta para o Pai, Jesus prometeu um novo Consolador, um Advogado. Trata-se
do Espírito Santo que viria para apanhar aquilo que é de Jesus e interpretar para os seus
discípulos (João 16,14), para assim convencer o mundo “quanto ao pecado, quanto à justiça
e quanto ao juízo” (João 16,8)
Diante disso, nos ensina o Santo Padre João Paulo II que “a blasfêmia (contra o Espírito
Santo) não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste, antes,

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na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito
Santo agindo em virtude do sacrifício da cruz. Se o homem rejeita o deixar-se ‘convencer
quanto ao pecado’, que provém do Espírito Santo e tem caráter salvífico, ele rejeita ao
mesmo tempo a ‘vinda’ do Consolador: aquela ‘vinda’ que se efetuou no mistério da Páscoa,
em união com o poder redentor do sangue de Cristo que ‘purifica a consciência das obras
mortas’. Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados. Por conseguinte,
quem rejeita o Espírito Santo e o sangue, permanece nas ‘obras mortas’, no pecado. E a
‘blasfêmia contra o Espírito Santo’ consiste exatamente na recusa radical de aceitar esta
remissão, de que ele é dispensador íntimo e que pressupõe a conversão verdadeira, por ele
operada na consciência (...) Ora, a blasfêmia contra o Espírito Santo é o pecado cometido
pelo homem, que reivindica seu pretenso ‘direito’ de perseverar no mal – em qualquer
pecado – e recusa por isso mesmo a Redenção. O homem fica fechado no seu pecado,
tornando impossível da sua parte a própria conversão e também, consequentemente, a
remissão dos pecados, que considera não essencial ou não importante para a sua vida”
(Carta Encíclica Dominum Vivificantem, 46).
Como Deus poderá perdoar alguém que não quer ser perdoado?
Para que o nosso entendimento ficasse mais claro acerca deste terrível pecado, o Papa São
Pio X, que governou a Igreja de 1903 a 1914, no seu Catechismo Maggiore, ensinou que seis
são os pecados contra o Espírito Santo:
1. Desesperação da salvação: a pessoa perde as esperanças na salvação de Deus, achando
que sua vida já está perdida. Julga, assim, que a misericórdia de Deus é mesquinha e por
isso não se preocupa em orientar sua vida para o bem. Perdeu as esperanças em Deus.
2. Presunção de salvação sem merecimento: a pessoa cultiva em sua alma uma vaidade
egoísta, achando-se já salva, quando na verdade nada fez para que merecesse a
salvação. Isso cria uma fácil acomodação a ponto da pessoa não se mover em nenhum
aspecto para que melhore. Se já está salva para que melhorar? – pode perguntar-se.
Assim, a pessoa torna-se seu próprio juiz, abandonando o Juízo Absoluto que pertence
somente a Deus.
3. Negar a verdade conhecida como tal: quando a pessoa percebe que está errada, mas por
uma questão meramente orgulhosa, não aceita: prefere persistir no erro do que
reconhecer-se errada. Nega-se assim a Verdade que é o próprio Deus.
4. Inveja da graça que Deus dá a outrem: a inveja é um sentimento que consiste
primeiramente em entristecer-se porque o outro conseguiu algo de bom,
independentemente se eu já possua aquilo ou não. É o não querer que a pessoa fique
bem. Ora, se eu me invejo da graça que Deus dá alguém, estou dizendo que aquela
pessoa não merece tal graça, me tornando assim o regulador do mundo, inclusive de
Deus, determinando a quem deve ser dada tal ou tal coisa.

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5. Obstinação no pecado: é a teimosia, a firmeza, a relutância de permanecer no erro por


qualquer motivo. Como o Papa João Paulo II disse, é quando o homem “reivindica seu
pretenso ‘direito’ de perseverar no mal – em qualquer pecado – e recusa por isso
mesmo a Redenção”.
6. Impenitência final: é o resultado de toda uma vida que rejeita a ação de Deus: persiste
no erro até o final e recusa arrepender-se e penitenciar-se.
7. Presunção de salvação sem merecimento: a pessoa cultiva em sua alma uma vaidade
egoísta, achando-se já salva, quando na verdade nada fez para que merecesse a
salvação. Isso cria uma fácil acomodação a ponto da pessoa não se mover em nenhum
aspecto para que melhore. Se já está salva para que melhorar? – pode perguntar-se.
Assim, a pessoa torna-se seu próprio juiz, abandonando o Juízo Absoluto que pertence
somente a Deus.
8. Negar a verdade conhecida como tal: quando a pessoa percebe que está errada, mas por
uma questão meramente orgulhosa, não aceita: prefere persistir no erro do que
reconhecer-se errada. Nega-se assim a Verdade que é o próprio Deus.
9. Inveja da graça que Deus dá a outrem: a inveja é um sentimento que consiste
primeiramente em entristecer-se porque o outro conseguiu algo de bom,
independentemente se eu já possua aquilo ou não. É o não querer que a pessoa fique
bem. Ora, se eu me invejo da graça que Deus dá alguém, estou dizendo que aquela
pessoa não merece tal graça, me tornando assim o regulador do mundo, inclusive de
Deus, determinando a quem deve ser dada tal ou tal coisa.
10.Obstinação no pecado: é a teimosia, a firmeza, a relutância de permanecer no erro por
qualquer motivo. Como o Papa João Paulo II disse, é quando o homem “reivindica seu
pretenso ‘direito’ de perseverar no mal – em qualquer pecado – e recusa por isso
mesmo a Redenção”.
11.Impenitência final: é o resultado de toda uma vida que rejeita a ação de Deus: persiste
no erro até o final e recusa arrepender-se e penitenciar-se.
Em resumo: o pecado contra o Espírito Santo consiste na rejeição consciente da graça de
Deus; é a recusa da salvação que, consequentemente, impede Deus de agir, pois Ele está à
porta e bate (Apocalipse 3,20), e a abre quem quiser. A persistência neste pecado, que é
contra o Espírito Santo, pois este tem a missão de mostrar a Verdade, levará o pecador para
longe de Deus, para onde ele escolheu estar. Apesar disso, o Senhor continuará a amá-lo
com o mesmo amor de Pai que tem para com todos, porém respeitando a decisão de seu
filho que é inteligente e livre.

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2. Comunidade e A Bíblia
A Bíblia é um dos livros mais antigos da humanidade.
É também o livro mais lido, tendo sido traduzido em mais de 600 línguas e contando com milhares de
edições.
Está dividido em duas grandes partes:
 Antigo Testamento e
 Novo Testamento.
Testamento = aliança.
Assim, a Bíblia apresenta a Antiga e a Nova Aliança feitas entre Deus e os homens.
A Bíblia é uma biblioteca composta por 73 livros, sendo
 46 do Antigo Testamento e
 27 do Novo Testamento

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2.1. Tabela Periódica da Bíblia

2.2. Como a Bíblia está estruturada

2.2.1. Antigo Testamento está dividido em 04 Partes:


a) Pentateuco: Formado pelos livros
1. Gênesis,
2. Êxodo,
3. Levítico,
4. Números e
5. Deuteronômio, também chamado de Torah (a Lei), porque o seu conteúdo central
é formado por leis que deram a estrutura básica para a formação do povo de
Israel, o povo de Deus.
b) Históricos: Composto pelos livros
6. Josué,
7. Juízes,
8. Rute,

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9. I Samuel
6. II Samuel,
7. I Reis,
8. II Reis,
9. I Crônicas,
10. II Crônicas,
11. Esdras,
12. Neemias,
13. Tobias,
14. Judite,
15. Ester e
16. I Macabeus,
17. II Macabeus
Apresentam a história de Israel de 1230 à 160 a.C.
c) Proféticos: Formado pelos livros
18. Isaías,
19. Jeremias,
20. Lamentações,
21. Baruc,
22. Ezequiel,
23. Daniel,
24. Oséias,
25. Joel,
26. Amós,
27. Abdias,
28. Jonas,
29. Miquéias,
30. Nahum,
31. Habacuc,
32. Sofonias,
33. Ageu,
34. Zacarias e
35. Malaquias.
d) Sapienciais: Compõem esta parte os livros
36. Jó,
37. Salmos,
38. Provérbios,
39. Cântico dos Cânticos,

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40. Eclesiastes,
41. Sabedoria e
42. Eclesiástico.

2.2.2. O Novo Testamento está estruturado em 04 Partes:

2.2.2.1. Evangelhos: 04 livros:


2. Mateus,
3. Marcos,
4. Lucas e
5. João.
Os três primeiros são chamados de sinóticos porque podem ser colocados em paralelo e
lidos em conjunto.

2.2.2.2. Atos dos Apóstolos:


6. um único livro que é a continuação do evangelho de Lucas, tendo sido escrito pelo
mesmo autor.

2.2.2.3. Epístolas: subdivididas


a) em Epístolas paulinas (escritas por São Paulo).
São Paulo escreveu cartas aos:
7. romanos,
8. I Coríntios
9. II Coríntios
10. aos gálatas,
11. aos efésios,
12. aos filipenses,
13. aos colossenses,
14. I Tessalonicenses
15. II Tessalonicenses,
16. I Timóteo,
17. II Timoteo,
18. a Tito
19. e a Filemon;
20. também lhe é atribuída a carta aos hebreus.
b) e Epístolas católicas (escritas por outros apóstolos)
21. a de Tiago,
22. I Pedro,
23. II Pedro,

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24. I João
25. II João
26. III João
27. uma de Judas e

2.2.2.4. Profético: é o último livro da Bíblia,


28. conhecido como Apocalipse de São João. Não fala do fim do mundo, mas do
testemunho dos cristãos diante dos que não seguem o projeto de Deus.

2.3. Informações adicionais sobre a Bíblia


Os textos mais antigos do Antigo Testamento são:
 o cântico de Miriam (Ex 15,21) e
 o cântico de Débora (Jz 5).
O escrito mais antigo do Novo Testamento é a primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses,
escrita nos primeiros meses do ano 51 d.C.
O escrito mais recente do Antigo Testamento é o livro da Sabedoria, escrito por volta de 50 a.C.. O
escrito mais recente do Novo Testamento é o Evangelho de São João, escrito entre 100-110 d.C.

?? a.c 50 a.c 51 d.c 100 - 110 d.c

Antigo Testamento Novo Testamento

Cântico de Cântico de carta de São Paulo


livro da Evangelho de São
Miriam Débora aos
Sabedoria João
(Ex 15,21) Jz 5 Tessalonicenses

O Antigo Testamento foi originalmente escrito em hebraico, aramaico e grego.

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O Novo Testamento foi totalmente escrito em grego, com exceção do original do evangelho de
Mateus, escrito em aramaico.
A língua grega em que foi escrito o Novo Testamento chamava-se koiné e era o grego falado
cotidianamente pelas pessoas. Na verdade, koiné significa comum.
Praticamente não existem diferenças entre a Bíblia Católica e a Bíblia Protestante.
A Bíblia Protestante possui sete livros a menos, a saber:
1. Judite,
2. Tobias,
3. I Macabeus,
4. II Macabeus,
5. Baruc,
6. Eclesiástico,
7. Sabedoria e
alguns fragmentos de Ester e Daniel (escritos em grego).
A Bíblia Católica possui sete livros a mais que a protestante porque a Igreja segue o número de livros
da Bíblia grega, como fizeram os apóstolos. Por sua vez, os protestantes seguem o número de livros
da Bíblia hebraica.
Com relação aos apócrifos, são estes os escritos judaicos e cristãos que não eram usados no culto e
não foram incluídos na lista (cânon) dos livros sagrados.

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3. Aliança - O Pacto da Amizade

3.1. Conceito de aliança


(“...
Quais as normas vividas na casa de cada um, o que é permitido, o que é proibido?
Quais as semelhanças e diferenças, entre tais as normas.
Tem exemplos em que algumas situações em que as normas são aplicadas?
As normas e leis devem ajudar as pessoas a conviver.
...”)
“Às vezes é difícil entender e cumprir as ordens dos pais, por isso o amor entre as pessoas é tão
importante, pois nos ajuda a resolver as dificuldades.
Diante das faltas, quem ama sabe ajudar, compreender, corrigir e perdoar.
Isso faz com que tudo se torne mais fácil e as leis fiquem mais leves de serem seguidas.
(“Lei entendida é DIFERENTE de Lei imposta...”)
Quando uma lei é boa e protege os direitos das pessoas, da comunidade e quando acontece o
contrário?

3.2. Conceito de aliança


A Bíblia fala de sete alianças diferentes, das quais quatro (Abraâmica, Mosaica, Palestina ou
Palestiniana, Davídica) Deus fez com a nação de Israel e são incondicionais em sua natureza. Ou
seja, independentemente da obediência ou desobediência de Israel, Deus ainda vai cumprir essas
alianças com Israel. Uma das alianças, a Aliança Mosaica, é de natureza condicional. Ou seja, esta
aliança vai trazer uma bênção ou maldição, dependendo da obediência ou desobediência de
Israel. Três das alianças (Adâmica, Noética, Nova) são feitas entre Deus e os homens em geral, e
não se limitam à nação de Israel.

3.2.1. Aliança Adâmica que pode ser dividida em duas partes:


 Aliança Edênica (inocência) e a Aliança Adâmica (graça) (Gênesis 3:16-19). A Aliança Edênica
é encontrada em Gênesis 1:26-30; 2:16-17. Ela delineia a responsabilidade do homem para
com a criação e a direção de Deus a respeito da árvore do conhecimento do bem e do mal.
 Aliança Adâmica incluía as maldições proferidas contra a humanidade por causa do pecado
de Adão e Eva, assim como a provisão de Deus para esse pecado (Gênesis 3:15).

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3.2.2. A Aliança Noética


foi uma aliança incondicional entre Deus e Noé (especificamente) e Deus e a humanidade (em
geral). Depois do dilúvio, Deus prometeu à humanidade que nunca mais destruiria toda a vida
na Terra com um dilúvio (ver Gênesis capítulo 9). Deus deu o arco-íris como sinal da aliança, a
promessa de que toda a terra nunca mais teria um dilúvio e um lembrete de que Deus pode e
vai julgar o pecado (2 Pedro 2:5).

3.2.3. Aliança Abraâmica


(Gênesis 12:1-3, 6-7; 13:14-17, 15, 17:1-14; 22:15-18).
Neste pacto, Deus prometeu muitas coisas para Abraão. Ele pessoalmente prometeu que faria
o nome de Abraão grande (Gênesis 12:2), que Abraão teria inúmeros descendentes físicos
(Gênesis 13:16), e que ele seria o pai de uma multidão de nações (Gênesis 17:4-5 ). Deus
também fez promessas a respeito de uma nação chamada Israel. Na verdade, os limites
geográficos da aliança com Abraão são mencionados em mais de uma ocasião no livro de
Gênesis (12:7; 13:14-15; 15:18-21). Uma outra provisão na Aliança Abraâmica é que as famílias
do mundo seriam abençoadas através da linhagem física de Abraão (Gênesis 12:3; 22:18). Esta
é uma referência ao Messias, que viria da linhagem de Abraão.

3.2.4. Aliança Palestiniana/Palestina


(Deuteronômio 30:1-10).
A Aliança Palestina amplia o aspecto de terra detalhado na Aliança Abraâmica. De acordo com
os termos deste pacto, se o povo desobedecesse, Deus faria com que fossem espalhados pelo
mundo (Deuteronômio 30:3-4), mas Ele acabaria restaurando-os em uma nação (v. 5). Quando
a nação for restaurada, então eles vão obedecê-lo perfeitamente (versículo 8), e Deus fará com
que prosperem (v. 9).

3.2.5. Aliança Mosaica


(Deuteronômio 11; et al.).
A Aliança Mosaica era uma aliança condicional que ou trazia bênção direta de Deus pela
obediência ou maldição direta de Deus pela desobediência sobre a nação de Israel. Uma parte
da Aliança Mosaica (Êxodo 20) eram os Dez Mandamentos e o resto da Lei, que continha mais
de 600 comandos, cerca de 300 negativos e 300 positivos. Os livros de história do Antigo
Testamento detalham (Josué-Ester) como Israel sucedeu ou fracassou miseravelmente em
obediência à Lei. Deuteronômio 11:26-28 detalha o tema de bênção/maldição.

3.2.6. Aliança Davídica


(2 Samuel 7:8-16).
A Aliança Davídica amplifica o aspecto da "semente" na Aliança Abraâmica. As promessas feitas
a Davi nesta passagem são significativas. Deus prometeu que a linhagem de Davi duraria para
sempre e que o seu reino jamais deixaria de existir permanentemente (versículo 16).

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Obviamente, o trono de Davi não tem estado em vigor em todos os momentos. Haverá um
tempo, no entanto, quando alguém da linhagem de Davi vai novamente sentar-se no trono e
governar como rei. Este futuro rei é Jesus (Lucas 1:32-33).

3.2.7. Nova Aliança


(Jeremias 31:31-34).
A Nova Aliança é um pacto feito primeiro com a nação de Israel e, no fim das contas, com toda
a humanidade. Na Nova Aliança, Deus promete perdoar os pecados, e haverá um
conhecimento universal do Senhor. Jesus Cristo veio para cumprir a Lei de Moisés (Mateus
5:17) e criar uma nova aliança entre Deus e Seu povo. Agora que estamos sob a Nova Aliança,
tanto os judeus quanto os gentios podem ser livres da penalidade da Lei. Temos agora a
oportunidade de receber a salvação como um dom gratuito (Efésios 2:8-9).

Dentro da discussão sobre as alianças bíblicas, há algumas questões sobre as quais os cristãos
discordam entre si. Primeiro, alguns cristãos pensam que todas as alianças são de natureza
condicional. Se as alianças são condicionais, então Israel falhou miseravelmente em cumpri-
las. Outros acreditam que as alianças incondicionais ainda tenham de ser totalmente
cumpridas e, independentemente da desobediência de Israel, serão concretizadas em algum
momento no futuro. Segundo, como a igreja de Jesus Cristo se relaciona com as alianças?
Alguns acreditam que a igreja as cumpre e que Deus nunca irá lidar com Israel novamente. Isso
é conhecido como a teologia da substituição e tem pouca evidência bíblica. Outros acreditam
que a igreja inicialmente ou parcialmente cumprirá essas alianças. Embora muitas das
promessas para com Israel ainda estejam no futuro, muitos acreditam que a igreja faça parte
de alguma forma. Outros acreditam que as alianças sejam apenas para Israel e que a Igreja não
tem nenhuma parte nelas.

3.3. Ponto de vista bíblico sobre As Leis


 A importância da lei, dos mandamentos para o povo judeu, o povo do qual Jesus fazia parte. A
lei lhes foi dada por Deus a Moisés, no tempo em que o povo tinha saído libertado da
escravidão e caminhava pelo deserto, rumo à terra prometida.
 Os 10 mandamentos selavam a Aliança entre Deus e o povo, que prometeu servir e obedecer a
Javé como o seu único Deus e Senhor.
 Que tal dar uma olhada nos Dez Mandamentos de Deus?
o Êxodo 20, 1-17 e Deuteronômio 5, -12
 Para Jesus, o pecado é não amar a Deus e ao próximo, pois o pecado é uma recusa do amor.

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3.4. Qual a sua resposta para o texto abaixo?


A Antiga Aliança foi realizada no deserto, quando o povo se organizou e se comprometeu como
Povo de Deus. Jesus, na última ceia, reparte o pão e vinho, seu corpo e sangue, com esse gesto, dá
um mandamento novo “... amem-se como eu vos amo” e diz “...esta é a Nova e eterna Aliança...”
No batismo, nossos pais e padrinhos firmaram em nossos nomes o compromisso de seguirmos
Jesus, por isso pense:
 Você aceita esse contrato com Deus?
Você quer fazer a aliança com Deus e com Jesus, comungando com ele e com os irmãos?
 Você aceita procurar sempre a vontade de Deus?

3.5. Mais curiosidades sobre o período Pré-Diluviano


É interessante e necessário que observemos a longevidade dos homens pré-diluvianos, visto que
suas idades relacionam-se conforme segue: Adão, 930 anos; Sete, 912; Enos, 905; Cainã, 910;
Maalelel, 895; Jarede, 962; Enoque, 365; Metusalém, 969; Lameque, 777; Noé, 950.
Podemos, sem dúvida, explicar essa longevidade com a teoria de que o pecado, que sempre existiu,
apenas recentemente começava a exercer sua maléfica influência na raça humana, que descendera
de uma natureza originalmente imortal. Alguns pensam que esses nomes são de épocas dinâmicas,
em vez de indivíduos. Outros julgam que, naquele tempo, os meses eram considerados anos. Mas
nada disso procede.
Os cronologia em Gênesis indica que houve 1.656 anos entre a Criação do homem e o Dilúvio.
Embora tenha Deus revelado a Moisés (1.140 a.C.) como Ele criou todas as coisas e, Moisés por sua
vez descreveu tudo na Bíblia. Ainda que nós, os cristãos, façamos as somas das idades das pessoas
na lista das 10 gerações apresentadas na Bíblia, obteremos um número pequeno demais para os
anos da história, isto pode se dar pelo fato de, como podemos ver na própria genealogia de Jesus
em Mateus 1, terem saltado nomes. Desde modo, muitos estudiosos acham que não há como
obtermos, com segurança, tais datas. Mas a fórmula "viveu... anos e gerou" - vai de encontro a essa
teoria.

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Nos dias atuais, estamos chegando a 06 mil anos da criação do 1º ser humano por Deus, Adão (3.728
a.C. - 2.798 a.C.).
1ª Pó (Criação)
  Adão
2ª Adão (Vermelho) Eva (Vida)
Gn. 1:26; Gn. 2:7; Gn. 4:1, 25; Gn. 5:2; Lc. 3:38; Ef. 4:24; Cl. 3:9; At.17:26; I Co. 15:21-22, 45; Rm.
Adão
5:12,21; I Tm. 2:13-14.
Eva Gn. 3:20; Gn. 4:1; Mc. 1:1; II Co. 11:3; I Tm. 2:13.
Sete 3.598 a.C.
3ª Caim Abel (Transitório)
(Designado)
Caim Gn. 4:1, 17, 25; Js. 15:57;  Hb. 11:4; Hb. 12:18-25; Jd. 11; I Jo 3:12.
Gn. 4:2; Gn. 50:11; Nm. 33:49; Jz. 7:22; 11:33; I Sm. 6:18; II Sm. 20:14-15, 18; I Rs. 4:12; 15:20;
Abel
19:16; II Rs. 15:29; II Cr. 16:4; Mt. 23:35; Lc. 11:51; Hb. 11:4; Hb. 12:24.
Sete Gn. 4:25-26; Gn. 5:3, 7;  Nm. 24:17; I Cr. 1:1; Lc. 3:38.
  Enoque (Iniciado) Enos Gn. 4:26; Lc. 3:38 (Mortal)
Enoque Gn. 4:17; Gn. 5:21; Gn. 25:4; Gn. 46:9; Jd. 14; Hb. 11:5.
4ª Enoque Gn. 4:17 (também Cidade) Enos 3.493 a.C. Gn. 4:26
  Irade Cainã  (Quenã) (Possuidor)
5ª Irade Gn. 4:18 Cainã 3.403 a.C. Gn. 5:9
  Meujael  Maalaleel (Maleleel - Maalalel)
6ª Meujael Gn. 4:18 Maalaleel3.333 a.C. Gn. 5:12

  Metusael Jarede (Jared)

7ª MetusaelGn. 4:18 Jarede3.268 a.C. Gn. 5:15


 
  Lameque Enoque (Henoc)
Lameque (Zilpa-Zila-  
8ª Lameque (Ada)Gn. 4:18-19 Zilá)Gn.4:18-19 Enoque3.106 a.C. Gn. 5:18
Tubal-Caim (Tubalcaim)   Metusalém
(Matusalém)
  Jabal, Jubal (Gn. 4:20-21) Naamá (irmã) Gn.
 
4:22
Matusalém3.04
Jabal                                        Tubal-Caim                   1 a.C (Homem
9ª Naamá
 
armado) Gn.
Jubal
5:21
Lameque
    (Lamec)
Lameque 2.854
10ª   a.C. Gn. 5:25
Noé 2.672
   
a.C. Gn. 5:29
Como descrito acima a data concreta para o Dilúvio seria o ano 1.656 desde a Criação. Mas ainda
assim vamos seguir a linha da família de Adão até o Dilúvio para termos certeza e, para isto vamos
nos utilizar de muitas passagens Bíblicas, mas principalmente as cronologias que encontramos em
Gênesis 5 e 7:11, vejamos:
Pela Bíblia a família de Caim não nos oferece datas específicas e não encontramos descendentes de
Abel quando foi assassinado, portanto, começaremos a genealogia por Sete.

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Adão estava com 130 anos quando do nascimento de Sete (Gênesis 5:3) e viveu mais 800 anos após
seu nascimento (Gênesis 5:4).
A Sete, com 105 anos nasceu Enos depois viveu mais 807 anos (Gênesis 5:6-7).
Enos estava com 90 anos quando nasceu o filho Cainã e depois disso ele viveu 815 anos (Gênesis
5:9-10).
Cainã estava com 70 anos quando nasceu Maalaleel, e ele ainda viveu mais 840 anos (Gênesis 5:12-
13).
Maalaleel tinha 65 anos quando Jarede nasceu, e ele viveu mais 830 anos (Gênesis 5:15-16).
Jarede estava com 162 anos quando gerou a Enoque e viveu após seu nascimento mais 800 anos
(Gn. 5:18-19).
Quando Enoque estava com 65 anos nasceu Matusalém e depois viveu ele ainda mais 300 anos (Gn.
5:21-24).
Matusalém estava com 187 anos quando Lameque nasceu, e depois disso viveu ainda mais 782 anos
(Gn. 5:25-26).
Lameque, por sua vez estava com 182 anos quando Noé nasceu e viveu ainda 595 anos (Gn. 5:28-
31).
Noé tinha 500 anos quando gerou os trigêmeos, Sem, Cam e Jafé - 2.172 a.C. (Gênesis 5:32);
(Gênesis 6:10).
No ano 600 de Noé foi que Deus enviou o Dilúvio a terra (Gênesis 7:6) e, após o Dilúvio Noé ainda
viveu 350 anos e morreu com a idade de 950 anos (Gn. 9:28-29).

Ora, se somarmos as idades de cada um desses homens, ou seja, de Adão a Noé, obtemos um total
de 1.656 anos até o Dilúvio. Se tomarmos o ano 600, quando Deus enviou o Dilúvio à terra e
diminuirmos da soma das idades que encontramos (1.656-600) obtemos 1.056 anos, que pela lógica
podemos dizer que Noé nasceu 1.056 anos após a Criação, ou seja 2.672 a.C.

Dilúvio (2.072 a.C)


Como o mal havia se espalhado por toda a humanidade (Gênesis 6:1-4), conforme a Palavra de
Deus, gigantes, homens poderosos viviam nesse tempo, mas sua estatura física, não condizia com a
estatura espiritual que Deus espera de nós. Por isso foi que Deus enviou o Dilúvio no ano 1.656
depois da Criação, para castigar a humanidade e "... Romperam-se todas as fontes do grande
abismo, e as comportas dos céus se abriram (Gênesis 7:11).

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O Vale do Eufrates quase podia ser chamado o istmo do Hemisfério Oriental, onde o Mar
Mediterrâneo e o Oceano Índico se aproximam um do outro e quase dividem a África, ao sul da
Europa e Ásia do norte. A região montanhosa da Armênia é quase idêntica a um sistema insular,
com os mares Cáspio e Negro ao norte, e Mar Mediterrâneo ao oeste, o Golfo Pérsico e o Oceano
Índico ao sul. Um abaixamento cataclísmico da região faria que as águas desses mares a invadissem,
enquanto de cima se derramava a água da chuva.

"Todos os altos montes, que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos. Pereceu toda a carne que
se movia sobre a terra" (Gênesis 7:19, 21). Foram estas, sem dúvida, as próprias palavras com que
Sem narrou, ou escreveu, a história do Dilúvio a seus filhos e netos. Contou como viu. Temos que
interpretar sua linguagem conforme sua própria geografia? Ou conforme a geografia de hoje? Toda
a raça, exceto Noé e sua família, foi destruída. Para destruir a raça, bastava que o Dilúvio cobrisse,
apenas, as regiões habitadas da terra. Aceitando a narrativa como está na Bíblia, houve só dez
gerações, desde Adão, o primeiro homem. Dispondo de meios primitivos para viajar, como podia
uma família, em dez gerações, povoar a terra inteira? É muito provável que a raça não se tivesse
espraiado para além da Bacia do Eufrates. Não obstante, pensam alguns que o Dilúvio cobriu, de
fato, a terra toda como hoje a conhecemos, identificando-o com a última grande modificação havida
no nível do solo ao fim da Era Glacial, em 10.000 a.C.

Noé entrou na arca 7 dias antes de que começasse a chover (Gênesis 7:4,10), e também conforme
Deus ordenou, sete pares de animais limpos (Gênesis 7:2) e um par de animais impuros (Gênesis
7:15). Alguns duvidam, mas Gleason L. Archer no livro A Survey of Old Testament Introduction,
mostra com detalhe que o tamanho da arca que Deus ordenou que Noé fizesse era suficiente para
conter todas as variedades de animais que existem hoje. Desta forma, com certeza, podemos
afirmar que caberiam todas as variedades de vida nos dias de Noé. A chuva começou no 17º dia do
2º mês do ano 600º de Noé (Gênesis 7:11). Choveu 40 dias (Gênesis 7:12). As águas prevaleceram
150 dias (Gênesis 7:24; 8:3). A arca repousou no 17º dia do 7º mês (Gênesis 8:4). Os picos dos
montes começaram a ser vistos no 1º dia do 10º mês (Gênesis 8:5). Removeu-se a cobertura da arca
no 1º dia do 1º mês do ano 601º de Noé (Gênesis 8:13). Saída da arca no 27º dia do 2º mês (Gênesis
8:14-19 ). Na arca passaram 1 ano e 17 dias: 5 meses vagando, 7 meses nomonte.

Depois de vagar uns 800km ou mais, além do local de onde partira, a arca repousou no pico de um
dos montes da Armênia, chamado Ararate, cerca de 322 km ao norte de Nínive. Esse monte tem de
altura 5.610m. Ao seu sopé fica a cidade chamada Naxuana, ou Nakhitchevan, que alega possuir o
túmulo de Noé. O nome significa, "Aqui Noé fixou-se".

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3.6. Genealogia bíblica de Noé até Abraão


Noé 2.672 a.C. a 1.772 a.C.  "  Gn. 5:29"
Sem 2.172 a.C. Cão 2.172 a.C. (Quente) "Gn. 5:32; Jafé 2.172 a.C. (Beleza) "Gn. 5:32; 6:10"
(Rocha) Gn. 5:32; 6:10 6:10; 7:13; 9:18,22"
Elão "Povos da Arábia, de Canaã, do Egito Gomer
e da Etiópia são em grande parte
descendentes de Cão "Gn. 10:6-14"
Assur Cuche (Cuxe, Cuse) Magogue
Arfaxade (Arfaxad) Mizraim Madai
Lude Pute Javã
Tubal
Arã (Arão-Aram) "Gn. Meseque
Canaã "Gn. 10:6"
10:22; I Cr. 1:17"
Tiras "Gn. 10:2"
Elão Assur Lude Cuxe (Cuche - Cuse) "Gn. 10:6- Mizraim
8"
Também cidade "Gn. "Cuxe, também a terra Ludim
14:1,9" circundada pelo rio GionGn. (ladeus)
2:13"
Seba Anamim
(anameus)
Havilá Leabim
(leabeus)
Sabtá Naftuim "G
n.
10:13" (na
ftueus)
Raamá (Raema) Patrusim
(patruseus)
Sabtecá "Gn. 10:7" Caslusim
(casleus); 
de onde
surgiram os
filisteus.
Ninrode "Gn. 10:8" Caftorim "
Gn.
10:14" (caft
oreus)
Arfaxade 2.070 Arã (Aram-Arão) Pute Canaã (Gn. 10:6) Gomer
a.C. Gn. 10:12, 22
Selá (Salá) "Gn. 10:24; Uz "Canaã, também cidade "Ex. Asquenáz
11:12 e I Cr. 1:18" 23:31; Js. 1:4; Sf. 2:5; Mt.
15:22" recebeu este nome em
honra ao filho de Noé "Ex.
15:15"
Hul Sidom Rifate
Geter Hete (heteus) "Gn. 10:15" Togarma "
Gn. 10:3"
Más
Selá 2.035 a.C. Magogue Madai Javã Tubal
(Arremesso)
Eber (Héber) "Gn. Elisá
10:24 e I Cr. 1:18"
Társis
Quitim
Dodanim "Gn. 10:4"
Eber (Heber) 2.005 a.C. Mesegue Tiras Sebá Havilá
Pelegue (Faleque -

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Faleg)
Joctã (Joctão) "Gn.
10:25 e I Cr. 1:19"
Pelegue 1.971 a.C Gn. Joctã (Joctão) (Pequeno) Gn. 10:26) Sabtá Raamá - Raema Sabtecá
10:25 - I Cr. 1:19
Reú (Regaú) "Gn. "Foi através de seus 13 filhos "Gn. Sebá
11:18" 10:26-29" que foram fundadas
muitas tribos árabes existentes na
Arábia do Sul"
Almodade (Almodá) Dedã "Gn. 10:7"
Selefe
Hazarmavete (Hazarmavé)
Jerá (Jara) "Gn. 10:26"
Hadorão
Husal (Usal)
Diclá (Diclá) "Gn. 10:27"
Ebade (Obal)
Abimael
Seba "Gn. 10:28"
Ofir
Havilá
Jobabe "Gn. 10:29 e I Cr. 1:20-23"
Ninrode Ludim Anamim Leabim

Naftuim Patrusim Caslusim Caftorim

Uz Hul Geter Más

Sidom Hete Asquenaz Rifate


"Destes surgiram os:
jebuseus, amorreus,
gigaseus, heveus,
arqueus, sineus,
arvadeus, zemareus e
hamateus; de onde
surgiram os povos
cananeus" "Gn. 10:15"
Togorma Elisá Társis Quitim

Réu 1.941 a.C. "Gn. Dodanim Almodá (Imenso) Selefe Hazarmavé


11:18"
Serugue (Serug) Gn.
11:20

Serugue 1.909 Jerá (Jara) Hadorão Husal (Usal) Diclá (Didá)


a.C. "Gn. 11:20"
Naor (Nacor) Gn.11:23

Naor 1.879 a.C. Obal (Ebade) Abimael Sebá Ofir


Tera (Terá - Tare -
Taré) "Gn.11:24"

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Filho de Joctã "Gn.
10:28"

Tera 1.850 a.C. "Gn. Havilá Jobabe Sebá Dedã


11:24; Josué 24:2"
Abrão (Abraão) "Filho de Raamá Gn. 10:7" "Filho de Raamá "Gn.
10:7"

Naor

Harã "Gn. 11:26"

4. Abraão - o amigo de Deus


(“...
... O que é amizade?
... O que é fé?
... Como você pratica sua fé?
... Tem certeza de que você é obediente a Deus?
... Você teme a Deus?
..”)

4.1. INTRODUÇÃO:
 A palavra "amigo", vem do grego "filov - philos", e significa "ser amigável a alguém", "desejar a
ele tudo de bom", "companheiro". No dicionário eletrônico Michaelis da UOL, temos: "Indivíduo
unido a outro por amizade", "colega", "companheiro", "amante", "amásio", "defensor",
"protetor".
 De certa forma, amigo é alguém com o qual desfrutamos de uma grande intimidade, a quem
expomos nossos segredos sem a preocupação de ficarmos expostos! Jamais teremos em nosso
rol de amigos pessoas nas quais não confiamos! A relação de amizade será também uma
relação de confidências, onde se encontra apoio, consideração, ajuda. É por esta razão que a
traição vinda por um amigo é a pior das traições – "E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e
amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós", Lc 21.16.
 Queremos abordar hoje, o relacionamento de amizade que existia entre o patriarca Abraão e o
Deus de Poder. Observe que não foi Abraão que se colocou em lugar de "amigo de Deus", mas
foi Deus quem o qualificou como amigo. Deus reconhecia em Abraão um amigo para o qual
podia confidenciar os mais profundos segredos – "E disse o Senhor: Ocultarei eu a Abraão o que
faço?" (Gn 18.17).

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4.2. Vamos analisar:

4.2.1. Algumas virtudes que qualificaram Abraão a se tornar "amigo de deus"

4.2.1.1. Sua fé inigualável


 A Palavra de Deus nos ensina que "...a fé é o firme fundamento das coisas que se
esperam, e a prova das coisas que não se vêem...", Hb 11.1. Esta definição de fé é
dentro do que poderíamos chamar de "padrão de Deus". Observe no versículo duas
expressões significativas: a) coisas que se esperam – fé é esperança! b) coisas que não se
vêem – fé é ver o invisível. Será que estas duas expressões poderiam qualificar a fé sob o
ponto de vista humano? Certamente que não. Isto devido a nossa fragilidade! Nossa fé é
fraca e muitas vezes precisamos dizer como um pai em desespero disse a Jesus "...ajuda
a minha incredulidade", Mc 9.24.
 Porém ao olharmos para Abraão iremos encontrar nele uma fé sem precedentes na
história! Não é por acaso que ele é chamado nas Escrituras de "Pai da Fé" – "...para que
fosse pai de todos os que crêem...", Rm 4.11. Sua fé foi demonstrada em muitos
episódios narrados na Palavra de Deus. Vejamos pelos menos dois fatos:
 Em sua saída para peregrinar em Canaã, Hb 11. 8 -10, "8 Pela fé Abraão, sendo
chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e
saiu, sem saber para onde ia. 9 Pela fé peregrinou na terra da promessa, como
em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da
mesma promessa; 10 porque esperava a cidade que tem os fundamentos, da
qual o arquiteto e edificador é Deus".
 Veja que como Abraão, deixou tudo – família, bens, propriedades, e
partiu sem saber para onde ia, apenas confiando naquele que lhe dera a
missão. Aos olhos humanos seria uma fé burra! Deixou todo conforto de
uma classe média da época para viver como peregrino em terra estranha!
 No sacrifício de Isaque, Hb 11.17-19, "17 Pela fé Abraão, sendo provado,
ofereceu Isaque; sim, ia oferecendo o seu unigênito aquele que recebera as
promessas, 18 e a quem se havia dito: Em Isaque será chamada a tua
descendência, 19 julgando que Deus era poderoso para até dos mortos o
ressuscitar; e daí também em figura o recobrou".
 Todos sabemos das dificuldades de Sara para engravidar. Aos noventa
anos, quando sua vida fértil já havia cessado, Deus promete a Abraão que
do ventre estéril, infértil, nasceria um filho, de onde surgiria uma grande
nação. Esta promessa foi cumprida com o nascimento de Isaque Porém
num determinado dia, quando Isaque já era jovem, Deus o pede em
sacrifício.

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Qual foi a reação de Abraão? Poderia ele ter questionado, uma vez que o
Senhor iria agora destruir as esperanças de sua prole. Porém, Abraão
ofereceu Isaque, com a convicção de que Deus o poderia ressuscitar, não
deixando que a promessa se escoasse ralo abaixo. Ele se manteve firme
naquele que lhe dera a promessa!
 Como filhos de Deus, que tipo de fé temos praticado? Temos crido nas promessas
divinas exaradas nas páginas das Escrituras? Devemos ter a fé de Abraão, crer no
invisível. Em Romanos temos uma expressão significativa para descrever a fé do
patriarca – "...o qual, em esperança, creu contra a esperança, para que se tornasse pai
de muitas nações", Rm 4.18. Não havia qualquer esperança para uma gravidez de Sara.
Crer contra a esperança é crer que o impossível poder ser realizado! Quando achamos
que tudo está perdido, ainda nos resta Deus e sua Palavra! Confiemos!

4.2.1.2. Sua obediência incondicional


 A obediência a Deus e sua Palavra é outra coisa que nós como filhos de Deus somos
deficientes. Como é difícil obedecer! "...ainda que era Filho, aprendeu a obediência por
meio daquilo que sofreu", Hb 5.8. “Ora, irmãos, se Cristo como homem precisou
aprender a obedecer através de seu sofrimento, muito mais nós, temos muito a
aprender na questão da obediência devida a Deus”.
 Somente através da obediência podemos agradar a Deus! Deus não compactua com
rebeldes, com desobedientes. A palavra de Deus nos fala que "fomos eleitos para a
obediência" – "eleitos segundo a presciência de Deus Pai, na santificação do Espírito,
para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo", 1 Pe 1.2. Se somos de fato
convertidos, renascidos pela Palavra e Espírito de Deus, devemos nos portar como
"filhos obedientes".
 Na área da obediência, temos muito a aprender com Abraão. Analisemos as mesmas
passagens citadas acima envolvendo sua obediência a Deus:
 "Partiu, pois Abrão, como o Senhor lhe ordenara", Gn 12.4. "Partiu sem saber
para onde ia", Hb 11.8.
 Alguma vez, pela ordem de Deus já fizemos uma loucura semelhante?
No mínimo, Abraão poderia perguntar: Para onde vou? O que fazer? Qual
será a minha missão? No entanto, ele saiu apenas obedecendo a ordem
de Deus para peregrinar numa terra estranha, na esperança de que
aquela terra seria dada futuramente aos seus descendentes. Abraão
simplesmente creu na promessa divina!
 Deus quer que seu filhos sejam obedientes em tudo, crendo que Ele tem
o melhor para nós. É este tipo de obediência que encontramos em Paulo,
prostrado na estrada de Damasco – "Que farei Senhor"?, At 22.10. Foi
esta também a postura de Maria ao receber a mensagem do anjo – "...Eis

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aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra", Lc


1.38. Embora Paulo não soubesse o que viria pela frente – seria
transformado de "perseguidor" em "perseguido" - e Maria vendo sua
reputação ir por água abaixo por gerar um filho sem pai, numa sociedade
repressiva, ambos obedeceram a Deus contra todas as circunstâncias.
 Prosseguiu Deus: Toma agora teu filho; o teu único filho, Isaque, a quem amas;
vai à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um dos montes que te
hei de mostrar.
 Levantou-se, pois, Abraão de manhã cedo, albardou o seu jumento, e
tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e, tendo cortado
lenha para o holocausto, partiu para ir ao lugar que Deus lhe dissera", Gn
22.2-3.
 Observe a postura de Abraão frente à ordem divina para que entregasse seu filho Isaque
ao sacrifício. Novamente, encontramos Abraão sendo testado em sua obediência.
Alguns questionamentos poderiam ter lugar aqui, como por exemplo: "Senhor, este não
é o filho da promessa?". "Se ele morrer, não morrerá também a esperança da ‘grande
nação’?" Porém, Abraão simplesmente obedeceu!
 Precisamos deixar de reclamar, resmungar e atentarmos para a voz de Deus ! Muitos
crentes acabam entrando pelo caminho da frustração, do descontentamento e do
desassossego por negligenciarem a obediência. Ao sermos desobedientes, corremos o
risco de perder privilégios, como aconteceu com muitos filhos de Deus no passado, que
não puderam desfrutar da terra da promessa – "E a quem jurou que não entrariam no
seu descanso, senão aos que foram desobedientes?", Hb 3.18.
 Aprendamos com Abraão que vale a pena obedecer a Deus! Aquele que obedece é
honrado pelo Senhor!

4.2.1.3. Seu temor a Deus


 Temor a Deus, eis algo difícil para nós! Dizemos que tememos a Deus, mas quando
temos oportunidade de demonstrar isto na prática, observamos o quanto precisamos
aprender sobre a questão. Quantas vezes fazemos a obra de Deus fraudulentamente
("Maldito aquele que fizer a obra do Senhor negligentemente...", Jr 10.48), pela falta de
temor? Deus se alegra quando seu povo O teme! Devemos lembrar que ter "temor" não
é o mesmo que ter "medo de Deus", mas sim reverenciá-lo com as honras que lhes são
devidas!
 Abraão demonstrou na prática o seu temor a Deus, quando deu Isaque em sacrifício!
Devemos lembrar que Isaque era tudo o que Ele tinha - seus propósitos, sua esperança
na velhice, a continuação de sua prole, etc. No entanto, quando Isaque foi requisitado
para o sacrifício, Abraão o ofereceu instantaneamente. Quando amamos e tememos a
Deus, oferecemos a ele tudo o que somos e tudo o que temos!

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Catequista: Gilberto Dantas Jr

 Um fato digno de nota foi o reconhecimento de Deus logo após o ato de Abraão
para sacrificar Isaque – "...porquanto agora sei que temes a Deus, visto que não
me negaste teu filho, o teu único filho", Gn 22.12. Eis o temor demonstrado na
prática – a entrega do arrimo, da muleta, do meu tudo! Temer a Deus é acima de
tudo, demonstrar confiança! É saber que embora possamos perder tudo,
ganhamos a graça de Deus, que nos é suficiente – "A minha graça te basta,
porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza", 2 Co 12.9.
 Precisamos dizer que aquele que teme a Deus, é abençoado por Ele de todas as
maneiras. Vejamos algumas delas:
 Quem teme a Deus:
 é coroado com sabedoria, Sl 111.10, "O temor do Senhor é o princípio da
sabedoria; têm bom entendimento todos os que cumprem os seus
preceitos; o seu louvor subsiste para sempre".
 terá seus dias prolongados, Pv 10.27, "O temor do Senhor aumenta os
dias; mas os anos os ímpios serão abreviados".
 será guardado dos laços da morte, Pv 14.27, "O temor do Senhor é uma
fonte de vida, para o homem se desviar dos laços da morte".
 O grande segredo de uma vida vitoriosa na fé cristã é andar no temor do Senhor . A
igreja primitiva prosperava porque todos demonstravam temor na presença de Deus –
"Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos", At
2.43. Note que os sinais e prodígios eram provenientes do grande temor que abrangia a
igreja!
 Quando há temor de Deus, grandes maravilhas acontecem, e a igreja de Deus sai da
zona do esquecimento, para o campo de reconhecimento! É por esta razão que a igreja
primitiva "caía na graça de todo o povo" e diariamente "acrescentava-lhes o Senhor os
que iam sendo salvos", At 2.47.

4.2.1.4. Conclusão
 Temos sido reconhecidos por Deus como seus amigos? Quando Jesus ensinava seus
discípulos, nos deu uma instrução importante: Jo 15.14-15 "14 Vós sois meus amigos, se
fizerdes o que eu vos mando. 15 Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o
que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos
dei a conhecer". Como filhos de Deus legítimos, Jesus nos reconhece como "seus
amigos", nos levando a conhecer as verdades de Deus!
 Como Abraão, precisamos trabalhar nossa intimidade com Deus, desenvolvendo a fé
em suas promessas, sendo-LHE obedientes em tudo e vivendo uma vida cheia de
temor. Se tivermos tais cuidados, com certeza nossa vida não será mais a mesma!
Iremos provar os milagres e prodígios de Deus em nós! Cairemos na graça daqueles que

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circundam ao nosso redor, ao mesmo tempo em que o Senhor os estará chamando para
sua graça salvadora.
 Vídeo sobre Origem dos Conflitos no Oriente Médio
o Como nasceu o povo Judeu
o Como nasceu o povo Árabe:

https://www.youtube.com/watch?v=Ner4eClKXl8

5. Moisés - o libertador do seu povo

5.1. O povo escravo do Faraó


José e seus irmãos formaram um povo que ficou escravo do Faraó. Como aumentava cada dia
mais o número de hebreus. o Faraó mandou que matassem todos os filhos que nascessem desse
povo. É aqui que começa a história do personagem de Moisés.
O Rei Faraó, começa a reinar muito tempo depois da época em que José levara para o Egito seu
pai e seus irmãos.
Nessa época o Egito era uma civilização muito rica. "Mas os filhos de Israel, fecundos como
eram, multiplicaram-se, tornaram-se numerosos e extremamente poderosos"
Havia uma grande preocupação entre os ricos: o aumento da população pobre. A multiplicação
dos hebreus na terra egípcia começa a inquietar os dirigentes do país. O governo deu ordens para
o controle da natalidade dessa população estrangeira. A Bíblia fala, particularmente, de duas
decisões dos governantes:
a. Trabalhos forçados para os hebreus.
b. Mais radical: o decreto para matar todos os filhos dos hebreus do sexo masculino.
Assim Moisés nasce no Egito neste período de repressão e escravidão dos hebreus. Ele é um
menino da Tribo de Levi, que é da descendente de Abraão. Seu nascimento é o nascimento de um
povo, o povo de Israel. Durante algum tempo a mãe o esconde e, para evitar que ele morra,
coloca-o numa cesta e o abandona no rio Nilo. Mas salvo das águas pela princesa egipcia, Moisés
é educado em ambiente principesco e "iniciado em toda sabedoria dos egípcios".
E apesar dos sofrimentos que o povo Hebreu passava, sempre se lembravam da promessa que
Deus fizera a Abraão, então o povo rezava e esperava.
Então Deus ouviu a oração do seu povo, e chamou Moisés, para libertar seu povo da escravidão
do Egito.
Andando no deserto, Moisés viu um espinheiro que ardia no fogo, mas não se consumia. Foi
diante desta sarça ardente que Deus falou a Moisés: "Moisés, Moisés! Não te aproximes daqui.

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Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa. Eu sou o
Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó. Eu vi a aflição do meu povo que está no Egito, e ouvi os
seus clamores. Vá, Eu te envio ao Faraó, para tirar do Egito os Israelitas, meu povo."
Moisés achou que não era capaz de tão grande missão. Mas Deus lhe garantiu que Ele mesmo
estaria ao seu lado. E revelou Seu nome: Javé.
Moisés, obediente, partiu para cumprir a missão que Deus lhe havia dado, mas o Faraó se
recusou a deixar o povo partir.
Deus então feriu o Egito com dez pragas, esperando sempre que o Faraó cedesse, o que não
aconteceu. Por fim, na última praga Deus mandou seu anjo matar todos os primogênitos do
Egito e nessa mesma noite, os hebreus saíram do Egito. Nove vezes Moisés pede a Faraó que
deixe Israel ir. Nove vezes Faraó recusa. Cada recusa resulta em uma praga. Cada praga atinge
alguma parte da religião egípcia.

5.2. Dez Pragas do Egito


1ª Praga: A água vira sangue – a água virou sangue, os peixes morreram, e o rio cheirou tão mal, que os
egípcios não podiam beber água dele.

2ª Praga: Rãs – rãs saíram das águas e cobriram todo o país.

3ª Praga: Piolhos – todo o pó da terra do Egito virou piolhos, que cobriram as pessoas e os animais.

4ª Praga Moscas – Assim fez Deus, o SENHOR, e entraram grandes enxames de moscas no palácio do rei e
nas casas dos seus funcionários. E, por causa das moscas, houve muito prejuízo no Egito inteiro.

5ª Praga: Morte dos Animais – o SENHOR castigou com uma doença terrível todos os animais dos egípcios,
e todos morreram; porém não morreu nenhum dos animais dos israelitas.

6ª Praga: Feridas/Úlceras – Então o SENHOR Deus disse a Moisés: Pegue punhados de cinza de um forno, e
que Moisés jogue essa cinza para o ar. Ela se espalhará como um pó fino sobre toda a terra do Egito, e em
todos os lugares a cinza produzirá tumores que se abrirão em feridas nas pessoas e nos animais.

7ª Praga: Chuva de Pedra/Saraiva – Moisés levantou o bastão para o céu, e o SENHOR mandou trovões,
chuva de pedra e raios sobre o país. Em todo o Egito a chuva de pedra acabou com tudo o que estava no
campo, incluindo as pessoas e os animais. Destruiu todas as plantas e quebrou todas as árvores.

8ª Praga: Gafanhotos – Eles se espalharam sobre todo o Egito e invadiram toda aquela região em
quantidades enormes, como nunca havia acontecido antes. Eles cobriram de tal maneira o chão, que este
ficou preto. Devoraram toda a vegetação. Em todo o Egito não sobrou nada verde nas árvores e nas
plantas.

9ª Praga: Trevas – Moisés levantou a mão para o céu, e durante três dias uma grande escuridão cobriu
todo o Egito. Os egípcios não podiam ver uns aos outros, e naqueles dias ninguém saiu de casa. Porém em
todas as casas dos israelitas havia claridade. Faraó não queria obedecer a Deus, e apesar de tantas pragas,

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ele não libertava o povo de Israel. Então Deus mandou seu povo fazer uma festa, a Páscoa, que seria uma
preparação para a mais terrível de todas as pragas.

10ª Praga: A Morte dos Primogênitos – À meia-noite, o SENHOR Deus matou os filhos mais velhos de todas
as famílias do Egito, até o filho do faraó foi morto, que era o herdeiro do trono. Em todo o Egito havia
gente chorando e gritando, pois em todas as casas havia um filho morto. Nessa mesma noite o rei mandou
chamar Moisés e Arão e lhes disse: Saiam daqui vocês e todos os outros israelitas! Deixem o meu país. Vão
adorar a Deus, o SENHOR, como vocês pediram. Peguem as suas ovelhas e cabras e o seu gado e vão
embora. E peçam a Deus que me abençoe. Os israelitas fizeram como Moisés havia ordenado e pediram
aos egípcios jóias de prata e de ouro e roupas. O SENHOR Deus fez com que os egípcios dessem de boa
vontade aos israelitas tudo o que eles pediam. Assim o povo de Israel tomou as riquezas dos egípcios.

O povo de Deus não sofreu nenhuma das pragas que caíram sobre o Egito. Isso nos mostra que podemos
confiar em Deus. Ele nos ajuda quando enfrentamos situações difíceis.

5.3. A Páscoa dos Judeus


Antes, porém, Deus pediu que eles fizessem uma ceia, matando um cordeiro por família, para
alimentar-se e que usassem o sangue para marcar suas portas, pois o anjo do Senhor passaria
pelo Egito para manifestar o poder de Deus e salvar os hebreus oprimidos.
Foi a Páscoa dos Judeus, que eles comemoram até hoje, lembrando a passagem da escravidão no
Egito para a liberdade, rumo à Terra Prometida.
O povo então pôs-se a caminho, atravessou o Mar Vermelho, e caminhou pelo deserto. No
entanto, em muitos momentos, o povo fraquejou na fé, se revoltou contra Deus, e foi infiel,
adorando outros deuses. Isso fez com que a travessia do deserto fosse difícil e demorada, mas
Deus ia educando e cuidando de seu povo, enviou do céu um alimento saboroso que caía durante
a noite e alimentava a todos durante o dia: o maná.
Cinquenta dias após a primeira Páscoa, Deus se manifestou a Moisés e ao povo no Monte Sinai.
Deu-lhes os 10 mandamentos que constituem a Sua Lei: a Lei do amor a Deus e ao próximo.
Os 10 Mandamentos expressam a vontade de Deus para o homem, isto é, elas mostram como
Deus quer que os homens vivam, para serem santos e felizes.
E o Senhor escreveu nas tábuas a Sua Lei, o texto da Aliança.
No dia seguinte, Moisés celebrou a aliança de Deus com o seu povo, e as tábuas foram guardadas
numa arca feita de madeira e recoberta de ouro, a Arca da Aliança. E após 40 anos no deserto, o
povo chegou a Canaã, a Terra Prometida.
Deus enfraquece a confiança dos egípcios em seus deuses, e os força a reconhecê-Lo como o
Deus verdadeiro. Os egípcios escolhem ignorar a Deus e tornam a vida mais difícil para os
israelitas. Deus está com Seu povo e os protege das pragas.

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