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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO LOGÍSTICO

TRENS DE ROLAMENTO
DE
VIATURAS BLINDADAS

BOLETIM TÉCNICO 03/2003


INTRODUÇÃO

1. O presente Boletim Técnico substitui o BT 01/85, apresentando de modo sistemático


procedimentos referentes à manutenção e conservação dos principais componentes do
trem de rolamento das viaturas blindadas atualmente em uso no Exército Brasileiro.

2. Os procedimentos adotados neste BT visam complementar as informações contidas


nos manuais técnicos específicos de cada viatura, normatizando as atividades de manu-
tenção do trem de rolamento de viaturas blindadas de lagartas.

3. Em qualquer tempo podem ser encaminhadas ao Departamento Logístico sugestões


ou informações complementares que visem atualizar o presente Boletim Técnico.

4. Recomendo o cumprimento dos procedimentos contidos neste Boletim Técnico.


SUMÁRIO

1. FINALIDADE 04
2. OBJETIVO 04
3. REFERÊNCIAS 04
4. DISPOSIÇÕES GERAIS 04
5. DEFINIÇÕES 05
6. NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
DOS PATINSEM USO NO EB 05
7. CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DE DANOS EM
COMPONENTES DOS PATINS 05
8. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DOS PRINCIPAIS
COMPONENTES DO TREM DE ROLAMENTO 07
8.1. CLASSIFICAÇÀO DO ESTADO DOS PATINS 07
8.2. DESGASTE DO PINO GUIA 08
8.2.1. VBC M41 08
8.2.2. VBTP M113 08
8.2.3. VBC M60 09
8.2.4. VBE M578 09
8.2.5. VBOAP M108/109 10
8.2.6. VBC LEOPARD 1 11
8.3. DESGATE DA CAVIDADE TRATORA OU CONECTORES 11
8.3.1. VBC M41 11
8.3.2. VBTP M113 12
8.3.3. VBC M60 12
8.3.4. VBE M578 13
8.3.5. VBOAP M108/109 14
8.3.6. VBC LEOPARD 1 14
8.4. ALMOFADAS AMOVÍVEIS 14
8.4.1. VBC M41 14
8.4.2. VBTP M113 15
8.4.3. VBC M60 16
8.4.4. VBE M578 16
8.4.5. VBOAP M108/109 17
8.5. FRISOS E FERRAGENS 18
8.5.1. VBC M41 18
8.5.2. VBTP M113 19
8.5.3. VBC M60 19
8.5.4. VBE M578 20
8.5.5. VBOAP M108/109 21
8.6. TENSÃO DAS LAGARTAS 21
8.6.1. VBC M41 22
8.6.2. VBC M60 23
8.6.3. VBC LEOPARD 1 25
8.6.4. VBOAP M108/109 25
8.6.5. VBTP M113 26
8.7. AMACIAMENTO 27
8.8. RODÍZIO 28
8.9. TORQUE DE APERTO DAS PORCAS 28
1. FINALIDADE

Este Boletim Técnico visa orientar e padronizar as atividades de manutenção e


inspeção do trem de rolamento das diversas viaturas de lagartas do EB, substituindo o
BT 01/85.

2. OBJETIVO

Contribuir para elevar o índice de disponibilidade e operacionalidade das viaturas de


lagartas, através de um aprimoramento dos trabalhos de manutenção do trem de rolamento.

3. REFERÊNCIAS

-TM 9-2350-201-12 - OPERATIONAL AND ORGANIZATIONAL MAINTENANCE 76 mm


GUN FULL TRACKED COMBAT TANKS M41 AND M41 A1
-TM 9-2350-217-20 - HOWITZER, MEDIUM, SELF-PROPELED 155 mm , M 108/ M109
-TM 9-2350-215-10 - TANK, COMBAT, FULL TRACKED, M 60 A1/ M 60
-TM 9-2350-215-20 - TANK, COMBAT, FULL TRACKED 105 mm GUN, M 60 A1/ M 60
-TM 9-2630-200-14 - IDENTIFICATION, INSPECTION, CLASSIFICATION,
MAINTENANSE, AND DISPOSITION OF SOLID-RUBER TIRES AND TRACK
COMPONENTS
-TM 9-2300-224-10 – OPERATORS MANUAL FOR CARRIER, PERSONNEL, FULL
TRACKED: ARMORED, M113
-TM 9-2350-238-20 – ORGANIZATIONAL MAINTENANCE MANUAL FOR RECOVERY
VEHICLE, FULL TRACKED: LIGHT, ARMORED, M578
-MANUAL DO LEOPARD 1 A1 EM CD TRADUZIDO

4. DISPOSIÇÕES GERAIS

O trem de rolamento de uma viatura é um item que merece tratamento diferenciado


devido a sua natureza crítica no sistema. Seu estado de conservação é fortemente ditado
pela qualidade da manutenção e características de operação.
A manutenção preventiva propicia um sensível aumento na sobrevida dos
componentes dos patins e sua realização satisfatória é de responsabilidade das OM
detentoras do material.
Este Boletim Técnico não esgota as informações relativas às atividades de manutenção
do trem de rolamento. Para dirimir dúvidas, solucionar casos omissos e complementar
com informações mais detalhadas, deve-se consultar os manuais de manutenção
específicos de cada viatura.

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5. DEFINIÇÕES

As definições dos componentes do trem de rolamento das Vtr de lagartas utilizada


neste BT é descrita pela TAB 5.1.

TABELA 5.1 – NOMENCLATURA DO TREM DE ROLAMENTO

6. NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS PATINS EM USO NO EB

A TAB 6.1 apresenta a nomenclatura, o NSN, a quantidade e o peso dos patins por
viatura blindada (VB) em uso no EB.

TABELA 6.1 – NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE PATINS POR VTR

5
7. CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DE DANOS EM COMPONENTES DOS PATINS

As TAB 7.1, 7.2 e 7.3 apresentam, de uma maneira geral, as causas e consequências
de danos que podem ocorrer nos principais componenetesdo trem de rolamento.
TABELA 7.1 – CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS DE DANOS NAS BUCHAS ELÁSTICAS

TABELA 7.2 - CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS DE DANOS NAS ALMOFADAS

6
TABELA 7.3 - CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS DE DANOS NAS FERRAGENS

8. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DOS PRINCIPAIS COMPONENTES DO TREM DE


ROLAMENTO

A manutenção preventiva de 1o e 2o escalões é de responsabilidade das OM usuárias.


A guarnição das viaturas pode estender a vida útil dos componentes da lagarta realizando
inspeções periódicas criteriosas.
Para evitar que peças do trem de rolamento sejam utilizadas além dos limites de
usura, é necessário que se realize inspeções rotineiras nos patins, sobretudo em situações
de emprego continuado. Deve-se realizar também uma inspeção visual ao final de cada
deslocamento da viatura.

8.1. CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO DOS PATINS

Para prolongar a vida útil das ferragens e componentes das borrachas dos patins,
deve-se seguir fielmente o que prescreve este Boletim Técnico no que diz respeito à
classificação e ao uso.
A TAB 8.1 classifica os componentes de acordo com o estado de conservação. A
classificação atribuída ao patim é a pior classificação atribuída aos seguintes
componentes inspecionados: pino guia, cavidade tratora ou conector, almofada
amovível e ferragens e frisos.

TABELA 8.1 – CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO DOS PATINS

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8.2. DESGASTE DO PINO GUIA

8.2.1. VBC M41

Mede-se a espessura do pino guia a 9,52 mm (3/8’’) de profundidade a partir de seu


ápice, de acordo com a FIG 8.1, enquadrando o valor encontrado na TAB 8.2.
ESPESSURA A SER MEDIDA

9,52 mm

FIGURA 8.1 - ESPESSURA DO PINO GUIA DA VBC M 41

TABELA 8.2 – CLASSIFICAÇÃO DO PINO GUIA DA VBC M41

8.2.2. VBTP M113

Mede-se a espessura a 69,85 mm (2-2/4’’) de altura, a partir da base do patim, de


acordo com a FIG 8.2.

ESPESSURA A SER MEDIDA

FIGURA 8.2 – ESPESSURA DO PINO GUIA DA VBTP M113


8
O valor encontrado para a medida da espessura do pino guia deve ser enquadrado
na TAB 8.3.

TABELA 8.3 – CLASSIFICAÇÃO DO PINO GUIA DA VBC M113

8.2.3. VBC M60

Mede-se a espessura a 25,4 mm (1’’) de profundidade a partir de seu ápice, de acordo


com a FIG 8.3.

Espessura a ser medida

FIGURA 8.3 – ESPESSURA DO PINO GUIA DA VBC M60

O valor encontrado para a medida da espessura do pino guia deve ser enquadrado
na TAB 8.4.

TABELA 8.4 – CLASSIFICAÇÃO DO PINO GUIA DA VBC M60

8.2.4. VBE M578

Mede-se a espessura a 76,2 mm (3’’) de altura a partir da base do patim, de acordo


com a FIG 8.4.

9
ESPESSURA A SER MEDIDA

FIGURA 8.4 – ESPESSURA DO PINO GUIA DA VBE M578

O valor encontrado para a medida da espessura do pino guia deve ser enquadrado
na TAB 8.5.

TABELA 8.5 – CLASSIFICAÇÃO DO PINO GUIA DA VBE M578

8.2.5. VBOAP M108/109

Mede-se a espessura a 25,4 mm (1’’) de profundidade a partir de seu ápice, de


acordo com a FIG 8.5.

ESPESSURA A SER MEDIDA

FIGURA 8.5– ESPESSURA DO PINO GUIA DA VBOAP M108/109

10
O valor encontrado para a medida da espessura do pino guia deve ser enquadrado
na TAB 8.6.

TABELA 8.6 – CLASSIFICAÇÃO DO PINO GUIA DA VBOAP M108/109

8.2.6. VBC LEOPARD 1

A classificação do desgaste dos elementos do patim da VBC Leopard 1 não segue a


classificação apresentada na TAB 8.1. Deve-se substituir o pino guia que atingir o limite
5
de usura de 5 mm em ambos os lados, conforme a FIG 8.6 .

5 mm

FIGURA 8.6 – LIMITE DE USURA DO PINO GUIA DA VBC LEOPARD 1 A1

8.3. DESGASTE DA CAVIDADE TRATORA OU CONECTORES.

8.3.1. VBC M41

Mede-se a cavidade tratora na parte interna do patim, que é a superfície que não
entra em contato com o solo. Esta medição deve ser executada a partir do ponto de
maior desgaste ou, caso não seja possível identificá-lo, na parte central da cavidade
tratora, conforme pode ser visto na FIG 8.7.

FIGURA 8.7 – CAVIDADE TRATORA VBC M41


11
O valor medido deve ser enquadrado na TAB 8.7 para classificação do desgaste da
cavidade tratora.

TABELA 8.7 - CLASSIFICAÇÃO DA CAVIDADE TRATORA DA VBC M41

8.3.2. VBTP M113

Mede-se a cavidade tratora conforme pode ser visto na FIG 8.8

FIGURA 8.8 – CAVIDADE TRATORA VBTP M113

O valor encontrado deve ser enquadrado na TAB 8.8 para classificação do desgaste
da cavidade tratora.

TABELA 8.8 - CLASSIFICAÇÃO DA CAVIDADE TRATORA DA VBTP M113

8.3.3. VBC M60

Mede-se a parede do conector conforme FIG 8.9. O valor encontrado deve ser
enquadrado na TAB 8.9 para classificação dos conectores.

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ESPESSURA A SER MEDIDA

FIGURA 8.9 – PAREDE DOS CONECTORES VBC M60

TABELA 8.9 - CLASSIFICAÇÃO DOS CONECTORES DA VBC M60

8.3.4. VBE M578

Mede-se a cavidade tratora conforme pode ser visto na FIG 8.10 .

FIGURA 8.10 – CAVIDADE TRATORA DA VBE M578


O valor encontrado deve ser enquadrado na TAB 8.10 para classificação do desgaste
da cavidade tratora.

TABELA 8.10 - CLASSIFICAÇÃO DA CAVIDADE TRATORA DA VBE M578

13
8.3.5. VBOAP M108/109

Mede-se a dimensão indicada na FIG 8.11, que representa o desgaste na região


central dos conectores.

ESPESSURA A
SER MEDIDA

FIGURA 8.11 – CONECTOR DA VBOAP M108/109

O valor encontrado deve ser enquadrado na TAB 8.11 para classificação dos
conectores.

TABELA 8.11 - CLASSIFICAÇÃO DOS CONECTORES DA VBOAP M108/109

8.3.6. VBC LEOPARD 1

O limite de desgaste dos conectores é de 4 mm de espessura restante até o furo,


conforme pode ser visualizado na FIG 8.12, onde a parte hachurrada representa a
superfície desgastada do conector.

FIGURA 8.12 – LIMITE DE DESGASTE DOS CONECTORES DA VBC LEOPARD 1

8.4. ALMOFADAS AMOVÍVEIS

8.4.1. VBC M41

A FIG 8.13 apresenta o procedimento correto para medição das almofadas amovíveis.

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FIGURA 8.13 – ESPESSURA DA ALMOFADA AMOVÍVEL DA VBC M41

A TAB 8.12 apresenta os valores para classificação do desgaste das almofadas


amovíveis originais.

TABELA 8.12 - CLASSIFICAÇÃO DA ALMOFADA AMOVÍVEL ORIGINAL DA VBC M41

A TAB 8.13 apresenta os valores para classificação do desgaste das almofadas


amovíveis de fabricação nacional (Novatração), com o aumento de 7 mm na espessura
em relação a original.

TABELA 8.13 - CLASSIFICAÇÃO DA ALMOFADA AMOVÍVEL NACIONAL DA VBC M41

8.4.2. VBTP M113

Mede-se a espessura de borracha aparente, ou seja, aquela que ultrapassa a moldura


metálica do patim. Enquadra-se o valor encontrado na TAB 8.14 para classificação do
desgaste das almofadas amovíveis de origem norte americana.
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TABELA 8.14 - CLASSIFICAÇÃO DA ALMOFADA AMOVÍVEL NORTE AMERICANA DA VBTP M113

A TAB 8.15 apresenta os valores para classificação do desgaste das almofadas


amovíveis de fabricação nacional (Novatração), com o aumento de 7 mm na espessura
em relação a original.
TABELA 8.15 - CLASSIFICAÇÃO DA ALMOFADA AMOVÍVEL NACIONAL DA VBTP M113

8.4.3. VBC M60

A FIG 8.14 apresenta o procedimento correto para medição das almofadas


amovíveis.

FIGURA 8.14 – ESPESSURA DA ALMOFADA AMOVÍVEL DA VBC M60

TABELA 8.16 - CLASSIFICAÇÃO DA ALMOFADA AMOVÍVEL ORIGINAL DA VBC M60

8.4.4. VBE M578


A FIG 8.15 apresenta o procedimento correto para medição das almofadas amovíveis.
16
FIGURA 8.15 – ESPESSURA DA ALMOFADA AMOVÍVEL DA VBE M578

As TAB 8.17 e 8.18 apresentam respectivamente os valores para classificação do


desgaste das almofadas amovíveis originais e nacionais.
TABELA 8.17- CLASSIFICAÇÃO DA ALMOFADA AMOVÍVEL ORIGINAL DA VBE M578

TABELA 8.18 - CLASSIFICAÇÃO DA ALMOFADA AMOVÍVEL NACIONAL DA VBE M578

8.4.5. VBOAP 108/109

A FIG 8.16 apresenta o procedimento correto para medição das almofadas amovíveis.

ESPESSURA
A SER MEDIDA

FIGURA 8.16 – LIMITE DE DESGASTE DA ALMOFADA AMOVÍVEL DA VBOAP M108/109

A TAB 8.19 apresenta os valores para classificação do desgaste das almofadas


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TABELA 8.19 - CLASSIFICAÇÃO DA ALMOFADA AMOVÍVEL ORIGINAL DA VBOAP M108/109

A TAB 8.20 apresenta os valores para classificação do desgaste das almofadas


amovíveis de fabricação nacional (Novatração), com o aumento de 7 mm na espessura
em relação a original.

TABELA 8.20 - CLASSIFICAÇÃO DA ALMOFADA AMOVÍVEL NACIONAL DA VBOAP M108/109

8.5 FRISOS E FERRAGENS

8.5.1. VBC M41

Medir a dimensão mostrada na FIG 8.17 e enquadrá-la na TAB 8.21 para efeito de
classificação de seu estado.

FIGURA 8.17 – LIMITE DE DESGASTE DOS FRISOS DA VBC M41

18
TABELA 8.21 - CLASSIFICAÇÃO DOS FRISOS DA VBC M41

8.5.2. VBTP M113

Medir a dimensão mostrada na FIG 8.18 e enquadrá-la na TAB 8.22 para efeito de
classificação de seu estado.

FIGURA 8.18 – LIMITE DE DESGASTE DOS FRISOS DA VBTP M113

TABELA 8.22 - CLASSIFICAÇÃO DOS FRISOS DA VBTP M113

8.5.3. VBC M60

Medir a dimensão mostrada na FIG 8.19 e enquadrá-la na TAB 8.23 para efeito de
classificação de seu estado.
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FIGURA 8.19 – LIMITE DE DESGASTE DOS FRISOS DA VBC M60

TABELA 8.23 - CLASSIFICAÇÃO DOS FRISOS DA VBC M60

8.5.4. VBE M578

Medir a dimensão mostrada na FIG 8.20 e enquadrá-la na TAB 8.24 para efeito de
classificação de seu estado.

FIGURA 8.20 – LIMITE DE DESGASTE DOS FRISOS DA VBE M578

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TABELA 8.24 - CLASSIFICAÇÃO DOS FRISOS DA VBE M578

8.5.5. VBOAP M108/109

Medir a dimensão mostrada na FIG 8.21 e enquadrá-la na TAB 8.25 para efeito de
classificação de seu estado.

ESPESSURA A SER MEDIDA

FIGURA 8.21 – LIMITE DE DESGASTE DOS FRISOS DA VBOAP M108/109

TABELA 8.25 - CLASSIFICAÇÃO DOS FRISOS DA VBOAP M108/109

8.6. TENSÃO DAS LAGARTAS


O correto tensionamento das lagartas é de vital importância para o prolongamento
da vida útil dos patins, e para a melhoria do desempenho operacional da viatura.
Em geral, a tensão das lagartas fora das especificações leva ao desgaste prematuro
das ferragens e das almofadas, e gera uma maior resistência ao rolamento.
Quanto ao nível de tensão, as lagartas podem estar classificadas em uma das
situações abaixo:
- lagartas tensionadas excessivamente
- lagartas pouco tensionadas
- lagartas com tensões desiguais (tensão da lagarta esquerda diferente da lagarta direita)
A TAB 8.26 apresenta as consequências para cada classificação do nível de tensão
das lagartas.

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TABELA 8.26- CONSEQUÊNCIAS DE TENSIONAMENTO INCORRETO

A seguir serão apresentados os procedimentos para se verificar e ajustar a tensão


das lagartas das VBC M41, VBC M60, VBC Leopard 1, VBOAP M 108/109, VBTP M113 e
VBE M578.

8.6.1. VBC M41

8.6.1.1. Verificação da tensão da lagarta

1 - Deslocar a viatura em terreno plano e deixa-la parar sem a utilização dos


freios.

2 - Apoiar uma placa reta sobre a lagarta, entre o primeiro e o segundo rodetes,
conforme FIG 8.22. Medir o vão entre esta placa e a superfície superior da
lagarta, no ponto médio entre o primeiro e segundo rodetes. Se esta distância
estiver entre 15,8 mm (5/8’’) e 25,4 mm (1’’) a lagarta está com o
tensionamento normal, senão, deve-se proceder sua ajustagem.

8.6.1.2. Ajustagem da tensão da lagarta

1 - Soltar o pino de retenção com uma chave de 1’’. Girar o batente da porca
(FIG 8.23).

2 - Com o auxílio da chave de boca e extensão (FIG 8.23), girar a porca de


ajuste no sentido horário para tensionar e no antihorário para liberar a lagarta.

3 - Após a correta ajustagem, instalar o batente da porca e apertar o pino de


retenção.

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PLACA RETA

PRIMEIRO RODETE SEGUNDO RODETE

FIGURA 8.22 – VERIFICAÇÃO DA TENSÃO DA LAGARTA DA VBC M41

PINO DE RETENÇÃO BATENTE DA PORCA

PORCA

EXTENSÃO
CHAVE DE BOCA

FIGURA 8.23 – AJUSTE DA TENSÃO DA LAGARTA DA VBC M41

8.6.2. VBC M60

8.6.2.1. Verificação da tensão da lagarta

1 - Deixar a viatura parar em terreno plano, sem a utilização dos freios, até que
os patins estejam aproximadamente centralizados em relação ao segundo
(central) e terceiro (retaguarda) rodetes. Repita a operação até que se
obtenha esta configuração.
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2 - Inserir um bloco de madeira, de 152,4 mm x 152,4 mm de
lado, com 25,4 mm de altura (6’’x 6’’x 1’’), entre o patim e o
rodete, conforme FIG 8.24.
3 - Esticar um cordão entre os segundo (central) e terceiro
(retaguarda) rodetes. Se a distância entre o cordão e a
lagarta, medida no ponto médio entre os segundo(central)
e terceiro (retaguarda) rodetes (FIG 8.24), não estiver entre
6,35 mm e 7,94 mm, deve-se ajustar a tensão da lagarta.

8.6.2.2. Ajustagem da tensão da lagarta

1 - Remover o parafuso retentor (FIG 8.25).


2 - Girar a chave (FIG 8.25) aumentando ou diminuindo a
tensão, até que se obtenha a medida descrita no item 3 de
8.6.2.1.
3 - Recolocar o parafuso retentor até que este fique alinhado
com a parte mais alta do mecanismo tensionador.

CENTRO DO RODETE

PONTO MÉDIO
6,35 mm e 7,94 mm

CORDÃO ESTICADO

FIGURA 8.24 – VERIFICAÇÃO DA TENSÃO DA LAGARTA DA VBC M60

MECANISMO
TENSIONADOR
PARAFUSO
RETENTOR

CHAVE

FIGURA 8.25 – AJUSTE DA TENSÃO DA LAGARTA DA VBC M60


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8.6.3. VBC Leopard 1.

8.6.3.1. Verificação da tensão da lagarta

1 - Deixar a VB parar em solo plano, duro e horizontal, sem atuar nos freios,
nem na direção. Não colocar nenhum calço.
2 - Esticar um fio entre os 2º e 3º, ou entre os 3º e 4º rodetes. A distância entre
este fio e a parte superior da lagarta, medida no ponto médio entre os rodetes,
deve ser de 8 a 10 mm, de preferência de 8 mm.

8.6.3.2. Ajustagem da tensão da lagarta

1 - Ajustar a tensão da lagarta, agindo com a chave estrela na porca de tensão


(FIG 8.26).
2 - Após a ajustagem, deslocar a VB para frente e para trás de 30 a 40 m, em
solo plano e duro. Sem agir no guidão, deixá-la parar sozinha, sem acionar
os freios. Realizar novamente a ajustagem da tensão.

CHAVE

FIGURA 8.26 – AJUSTE DA TENSÃO DA LAGARTA DA VBC LEOPARD 1


8.6.4. VBOAP M 108/109

8.6.4.1. Verificação da tensão da lagarta


1 - Deslocar a VB em um solo plano, duro e horizontal.
2 - Deixá-la parar sozinha, sem atuar nos freios, nem na direção. Não colocar
nenhum calço.
3 - Medir a distância entre a roda de apoio no 3 e a lagarta. Se esta medida for
de 6,35 mm +/- 10% o tensionamento está correto, caso contrário, proceder
a ajustagem de acordo com o item 8.6.4.2.

8.6.4.2. Ajustagem da tensão da lagarta


1 - Injetar fluido hidráulico no atuador (FIG 8.27), até obter a distância descrita
no itemm 3 acima.
2 - Retirar um patim caso não seja possível obter esta distância.
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FIGURA 8.27 – AJUSTE DA TENSÃO DA LAGARTA DA VBOAP M 108/109

8.6.5. VBTP M113

8.6.5.1. Verificação da tensão da lagarta

1 - Colocar a VB em um solo plano, duro e horizontal.


2 - Deixá-la parar sozinha sem atuar nos freios, nem na direção. Não colocar
nenhum calço.
3 - Medir a distância entre o topo da segunda roda de apoio e a superfície
inferior da lagarta (FIG 8.28). A medida deve estar entre 25,4 mm e 38,1
mm, caso contrário realizar sua ajustagem.

8.6.5.2. Ajustagem da tensão da lagarta

1 - Agir com a ferramenta específica para aumentar ou diminuir a tensão da


lagarta, caso o atuador seja mecânico, FIG 8.29. No caso de atuador
hidráulico, FIG 8.30, adicionar ou retirar graxa do atuador para se obter o
correto tensionamento da lagarta, de acordo com a medida descrita no item
3 acima.

NOTA
Não é necessário retirar
a guarda da lagarta

superfíce inferior da lagarta

segunda roda de apoio

FIGURA 8.28 – VERIFICAÇÃO DA TENSÃO DA LAGARTA DA VBTP M113

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macaco de parafuso

mecanismo de ajuste

MODELO
MECÂNICO

FIGURA 8.29 – AJUSTE DA TENSÃO DA LAGARTA DA VBTP M113 – ATUADOR MECÃNICO

sangria
mecanismo tensionador

enchimento modelo
hidraúlico
NOTA:
UTILIZAR SOMENTE
A GRAXA ADEQUADA

FIGURA 8.30 – AJUSTE DA TENSÃO DA LAGARTA DA VBTP M113 – ATUADOR MECÂNICO

8.7. AMACIAMENTO

Componentes de borracha armazenados por períodos prolongados têm suas


propriedades alteradas. Assim, para evitar seu rápido desgaste ou avaria, deve-se
proceder um amaciamento quando estas forem colocadas em uso. A TAB 8.27 apresenta
os procedimentos para amaciamento, que poderá ser realizado em terreno pavimentado,
ou, preferencialmente, em estrada de terra compactada.

TABELA 8.27 – FASES DE AMACIAMENTO DA LAGARTA

Ao final de cada fase deve-se inspecionar as lagartas verificando o estado dos


componentes de borracha e o torque de aperto das porcas.

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Mesmo após ao amaciamento, deve-se evitar realizar o pivoteamento da viatura em
terrenos ásperos ou pedregosos, para previnir cortes ou dilaceração dos componentes
de borracha.
Deve-se evitar também a utilização da viatura acima de 30 km/h sempre que a
temperatura ambiente for superior a 30OC.

8.8. RODÍZIO

As lagartas devem ser trocadas de um lado para o outro quando atingirem a


quilometragem entre 600 a 700 km. Esta troca deve ser antecipada caso ocorra uma das
situações abaixo:

a. Desgaste desigual das lagartas.


Viaturas que trafegam com maior freqüência em vias pavimentadas tendem a
desgastar a lagarta direita mais rapidamente que a esquerda. Quando esta
situação for observada, estas lagartas devem ser trocadas de um lado para o
outro. Se for observada a mesma situação em duas viaturas distintas, pode-se
também trocar as lagartas entre estas, de maneira que ambas passem a ter as
lagartas com o mesmo nível de desgaste.

b. Desgaste desigual dos patins.


Quando os patins apresentarem desgastes desiguais entre suas extremidades,
deve-se inverter o sentido de rotação da lagarta. Este procedimento só será
possível se a concepção da lagarta permitir a sua utilização em ambos os sentidos.

8.9. TORQUE DE APERTO DAS PORCAS

As TAB 8.28, TAB 8.29 e TAB 8.30 apresentam os torques de aperto das porcas dos
patins de cada viatura. A freqüência para o ajuste do torque deve ser adequada à
intensidade de utilização da viatura. O torque é medido nos patins que estiverem
localizados na parte superior da lagarta, ou seja, naqueles que não estiverem em contato
com o solo. É necessário deslocar a viatura para se realizar a medição em todos os
patins.
TABELA 8.28 - TORQUE DE APERTO DAS PORCAS DAS ALMOFADAS AMOVÍVEIS

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TABELA 8.29 - TORQUE DE APERTO DAS PORCAS DAS GUIAS CENTRAIS

TABELA 8.30 - TORQUE DE APERTO DAS PORCAS DOS CONECTORES / EIXOS DE LIGAÇÃO

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