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RESUMO
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Este trabalho é o resultado parcial do Curso Master em Liderança e Gestão Pública, coordenado pelo Centro
de Liderança Pública.
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1. INTRODUÇÃO
Frente o exposto, tal como abordado por Marini; Fernandes e Levy (s/d)
acredita-se na importância da seleção meritocrática para a ocupação de cargos
comissionados por meio de processos seletivos públicos (ou processos capazes de
reproduzir a transparência e meritocracia) e, para além, que se sujeitem a critérios e
avaliação sistemática e transparente do seu desempenho (ex-ante, de competências
e ex-post, de resultados) (MAIRINI; FERNANDES E LEVY, s/d, p.02).
Vale aqui mencionar que o emprego público no Brasil pode ocorrer de três
formas, a saber, a primeira em caráter estatutário, ou seja, o indivíduo é regido pelo
estatuto do servidor empossado por meio de concurso público com estabilidade formal
e com regime previdenciário diferenciado. A segunda forma, os chamados celetistas,
incorporam os indivíduos que não fazem parte do primeiro grupo e seguem o regime
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) com regime previdenciário semelhante
ao existente no setor privado. A terceira categoria – discutida nesse trabalho – é
conhecida como não estatutários sem carteira assinada. Marconi (2010) apresenta
essa terceira categoria como “indefinida” e desvinculada dos direitos trabalhistas.
4 000
3 500
3 000
2 500
Comissionados
2 000
CLT
1 500
Estatutário
1 000
500
0
2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
2 A Pesquisa Mensal de Emprego computa informações nos meses de setembro de cada ano. Para
este artigo parte-se do pressuposto de que todo trabalhador atuante no serviço público que não é CLT
e não é estatutário entra na categoria de servidor ocupante de cargo comissionado. Tal afirmativa se
faz necessária quando mencionada a possibilidade de indivíduos atuando por meio de contratos
temporários.
A Pesquisa Mensal de Emprego incorpora as Regiões Metropolitanas de Recife, Salvador, Belo
Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
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estatutários. As categorias de servidores comissionados ou CLT cresceram 7% e 5%
respectivamente. Independente da categoria que se observa, a preocupação
permanece: qual a qualidade de execução dos trabalhos desses indivíduos? Alguém
garante a manutenção da qualidade da execução do trabalho? Tentaremos responder
a esses questionamentos.
Figura 2. Percentual de Trabalhadores empregados no Serviço Público em Regime
Comissionado, CLT ou Estatutário entre os anos de 2002 a 2015
100%
90%
80%
70%
60%
Comissionados
50%
40% CLT
30% Estatutário
20%
10%
0%
2002
2003
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2004
2005
2006
2007
2008
Grau de instrução;
Curso da graduação e especializações;
Tempo mínimo na função e/ou órgão;
Indicação dos chefes: mediato e imediato;
Cumprimento do calendário: inscrições;
Experiências anteriores na área a que se destina o processo.
3ª) Dinâmicas de grupo e entrevistas com avaliação por banca convidada pela
Fundação João Goulart (Etapa introduzida em 2014).
a) Excelência em Servir
b) Trabalho em Equipe
c) Liderança Engajadora
d) Atitude de Dono
e) Disposição para Mudança
f) Liderança pelo Exemplo
g) Visão de Longo Prazo
h) Entendimento dos Processos
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i) Liderança Planejadora
j) Conhecimento Técnico
Para além, o chefe imediato de cada líder preenche em conjunto com o mesmo
o chamado “Plano de Evolução” composto de: quadro de sucessão; potenciais
movimentos do Líder, que é aqui compreendido como a noção dos cargos que o líder
possa a vir ocupar no desenvolvimento da sua carreira, além do Plano de
Desenvolvimento Individual.
Ressalta-se que o Líder também recebe “gratificação mensal” que foi instituída
pelo Decreto nº 35747 de 12 de junho de 2012. Essa gratificação justificava-se pelo
simples fato do Líder pertencer ao grupo, e tinha o objetivo de atrair mais servidores
qualificados para os processos de seleção, além de gerar, por consequência, maior
status ao servidor na condição de Líder Carioca.
Além disso, a Fundação João Goulart tem entre suas metas anuais fazer com
que os Líderes Cariocas avancem na estrutura hierárquica galgando cargos
comissionados com maior responsabilidade (DAS-6, 7, 8, 9, 10 e o cargo de
Secretário). Deste modo, seu presidente e seus quadros trabalham para ampliar os
impactos dessas dinâmicas.
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Por isso, o indicador de acompanhamento do programa é o número de
movimentações e a sua qualificação: ascendente, lateral ou descendente. Desde
2012, ocorreram 169 movimentações, das quais 111 ascendentes. O Quadro 1 abaixo
ilustra as movimentações ano a ano.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
BASSOTI; PINTO E SANTOS. Uma nova Gestão é possível. São Paulo: FUNDAP:
Unidade Central de Recursos Humanos da Secretaria de Planejamento e Gestão,
2015. 224 p.
MARINI, Caio; FERNANDES, Ciro; LEVY, Evelyn. Por um novo patamar para a
Gestão Pública Brasileira. s/d, 10p.
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AUTORIA
Laura Angélica Moreira Silva - Institucional: Doutoranda em Administração Pública e Governo pela
Fundação Getúlio Vargas.
Endereço eletrônico: lauraams@gmail.com
Telefone: (31) 99686-2709