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Mimivirus:

Caracterização:

Vírus gigante foi descoberto no interior de amebas, que são eucariotas unicelulares.
Estas amebas foram recolhidas em água captada numa torre de arrefecimento em
Bradford, em Inglaterra. No interior, havia uma bolha misteriosa. Era suficientemente
grande para ser observada com um microscópio óptico, e parecia uma bactéria. Os
cientistas tentaram detectar genes bacterianos neles contidos, mas não encontraram
nenhum. aqui como é que

Por fim, uma equipa de investigadores da cidade francesa de Marselha, convidou o


vírus a infectar outras amebas, sequenciou o seu genoma, reconheceu-o e chamou-
lhe Mimivirus, porque imitava as bactérias, pelo menos em tamanho. Em termos de
diâmetro, era enorme, maior do que a mais pequena das bactérias. O seu
genoma possui 1,2 milhões de letras de comprimento. À semelhança do RNA, o DNA é
uma molécula longa, constituída por quatro bases moleculares diferentes, que os
cientistas abreviam usando as primeiras letras. Tratava-se de um vírus “impossível”: de
natureza viral, mas demasiado grande em termos de escala, como uma borboleta
amazónica recém-descoberta, com um metro de envergadura de asas.

A descoberta do Mimivirus “causou muitos problemas”. A sequenciação revelou


quatro genes bastante inesperados – genes para codificar enzimas que se supunha
serem unicamente celulares e nunca dantes vistos num vírus. Estas enzimas,
encontram-se entre os componentes que traduzem o código genético de modo a
formarem proteínas a partir de aminoácidos.

“Por isso, surgiu a pergunta: ‘Para que precisa um vírus daquelas enzimas sofisticadas,
normalmente activas em células, se tem a célula ao seu dispor?’”

De facto, qual é a necessidade? A inferência lógica é que o Mimivirus as conserva


porque a sua linhagem teve origem na redução do genoma de uma célula.
O Mimivirus não era fruto do acaso. Vírus gigantes semelhantes não tardaram a ser
detectados no mar dos Sargaços e o nome inicial tornou-se um género, Mimivirus,
incluindo agora vários gigantes.

https://nationalgeographic.pt/ciencia/grandes-reportagens/2624-como-os-virus-
moldam-o-nosso-mundo

O mimivírus tem a capacidade de produzir proteínas pelos seus próprios meios e a


capacidade de reparação do seu próprio genoma, sendo que todas estas propriedades
nunca foram vistas em outros vírus. 

Distribuição geográfica: Inglaterra, França. Incrivelmente, os vírus gigantes (NCLVD)


são encontrados em todas as partes do oceano, desde a região nerítica até a região
oceânica, desde os trópicos às regiões polares. Mimiviridae são dominantes em regiões
costeiras e, além disso, é a família de maior diversidade no oceano. O oceano Ártico
apresenta uma diversidade única de vírus gigantes, que pode estar relacionado ao
grande aporte de águas continentais na região. Inclusive, vírus gigantes já foram
encontrados em águas brasileiras, continentais e marinhas.

A zona eufótica do oceano, onde a luz penetra na água e onde ocorrem as maiores
concentrações da produtividade primária marinha, é a região de maior ocorrência
dos megavírus em comparação à zona afótica (região escura do oceano, onde há
ausência de luz solar). A abundância e diversidade dos megavírus estão bem
relacionadas com a distribuição geográfica de seus hospedeiros.

Contágio: A descoberta dos mimivírus em amebas de água doce e salgada, provocou


um intenso debate sobre o papel ecológico deste vírus em sistemas aquáticos. Este
resultado permitiu aos autores concluírem que, embora os mimivírus tenham sido
recentemente descobertos, eles constituem um grupo extremamente diverso,
quantitativamente importante e presentes no ecossistema marinho. Os mimivírus são
parasitas de amebas, que são conhecidas como plataformas biológicas para os agentes
de pneumonia; estudos sorológicos demonstraram a existência de pacientes com
pneumonia que apresentaram anticorpos contra mimivírus.

Período de incubação: 1 a 4 dias

Sintomas:  É uma infeção dos pequenos sacos de ar (alvéolos) do pulmão e dos tecidos
circundantes. Os alvéolos e os bronquíolos respiratórios ficam preenchidos com líquido
resultante da inflamação, não sendo capazes de realizar as trocas gasosas, provocando
dificuldade respiratória.

O sintoma mais comum de pneumonia é a tosse com expetoração (muco espesso ou com
coloração alterada). Outros sintomas comuns de pneumonia incluem dor no peito,
calafrios, febre e falta de ar.

Diagnostico: O diagnóstico de pneumonia é feito auscultando o tórax com um


estetoscópio. A pneumonia geralmente produz sons característicos. Esses sons anormais
são causados pelo estreitamento das vias aéreas ou preenchimento das partes
normalmente cheias de ar dos pulmões por células e líquidos inflamatórios. O diagnóstico
pode ser depois confirmado com uma radiografia torácica e análises sanguíneas.

Tratamento
Na maioria dos casos, talvez mais de 80%, o tratamento faz-se em ambulatório não
sendo necessário internamento. Este está indicado quando o doente apresenta outros
problemas de saúde, quando surge um agravamento dos sintomas ou do quadro
clínico e quando aparecem complicações.

Nas pneumonias virais, podem estar indicados medicamentos antivirais.

Prevenção
A vacina da gripe e a pneumocócica devem ser administradas a pessoas mais
debilitadas, pois estas protegem as pessoas das formas mais agressivas da doença.

Sabe-se que a infeção viral recente favorece o aparecimento de determinados tipos de


pneumonia e aumenta a probabilidade de complicações, pelo que é importante que as
pessoas se vacinem contra a gripe.

Uma nutrição adequada estimula as defesas naturais e ajuda a prevenir o seu


desenvolvimento. O controlo da poluição e uma boa higiene, sobretudo em casas com
famílias numerosas, são outras medidas importantes.

6. CONCLUSÃO De entre os vírus atualmente conhecidos, os mimívirus são


considerados dos mais complexos morfologicamente e geneticamente. Alguns dos
vírus gigantes estão em fase inicial de descoberta e caracterização. As informações que
poderão surgir nos próximos anos com as pesquisas que estão a ser realizadas acerca
destes organismos poderão vir a mudar a ciência, diversidade e evolução. Desta forma,
entender toda a complexidade que envolve os vírus gigantes é um desafio importante,
que ao ser aceite e explorado poderá gerar resultados extraordinários para a ciência.

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