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INTRODUÇÃO A COMANDOS

ELÉTRICOS INDUSTRAIS
CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

SUMÁRIO

1- FUSÍVEIS 3

2- BOTÕES DE COMANDO 8

3- CHAVE AUXILIAR 15

4- CONTATORES 19

5- RELÉ DE PROTEÇÃO 27

6- DISJUNTOR INDUSTRIAL 33

7- SELETIVIDADE 36

8- RELÉS DE TEMPO 40

REFERÊNCIAS

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1- FUSÍVEIS

Em eletrônica e em engenharia elétrica, fusível é um dispositivo de proteção contra


sobrecorrente em circuitos. Consiste de um filamento ou lâmina de um metal ou liga
metálica de baixo ponto de fusão que se intercala em um ponto de uma instalação
elétrica, para que se funda, por efeito Joule, quando a intensidade de corrente
elétrica que o percorre superar um determinado valor, devido a um curto-
circuito ou sobrecarga, o que poderia danificar a integridade dos condutores, com o
risco de incêndio ou destruição de outros elementos do circuito.

Fusíveis e outros dispositivos de proteção contra sobrecorrente são uma parte


essencial de um sistema de distribuição de energia para prevenir incêndios ou danos
a outros elementos do circuito.

História

Breguet recomendava o uso de condutores de seção reduzida para proteger estações


de telégrafos contra raios; ao fundirem-se e então abrirem o circuito, os fios mais finos
então protegeriam o aparato e fiação dentro da edificação. [1] Uma variedade de
elementos fusíveis, seja de fio ou de lâminas finas, estiveram em uso para proteger
cabos de telégrafos e instalações de iluminação, desde pelo menos 1864. [2]

Um fusível foi patenteado por Thomas Edison em 1890 como parte de seu sistema de
distribuição elétrica.

Tipos de Fusíveis

Fusíveis Ultra-Rápidos (classe aR) são uma excelente proteção contra curtos-
circuitos, porém Não são adequados contra sobrecargas.

Simples, pois, quando utilizamos os fusíveis tipo NH ( NH são as iniciais de


'Niederspannungs Hochleistungs, que em língua alemã significa "Baixa Tensão e
Alta Capacidade de Interrupção"), que atendem a norma IEC60269-2-1 (NBR11841) ,
a faixa de interrupção e a categoria de utilização (Curva tempo vs Corrente), foram
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convencionadas com um conjunto de letras e não com as denominações


("retardados","rápidos" e Ultra-Rápidos").

A IEC utiliza a montagem com 2 letras, sendo que a primeira letra, denomina a "Faixa
de Interrupção" , ou seja, que tipo de sobrecorrente o fusível irá atuar, que são elas:

 "g" - Atuação para sobrecarga e curto


 "a" - Atuação apenas para curto-circuito,

A segunda letra, denomina a "Categoria de Utilização", ou seja, que tipo de


equipamento o fusível irá proteger, que são elas:

 "L/G" - Proteção de cabos e uso geral


 "M" - Proteção de Motores
 "R"- Proteção de circuitos com semicondutores

Sendo assim, temos as montagens dos principais fusíveis utilizados no mercado:

 "gL/gG"- Fusível para proteção de cabos e uso geral (Atuação para sobrecarga e
curto)

(Esta curva é que em sua maioria denominam erroneamente - "Retardados")

 "aM" - Fusível para proteção de motores

(Pela confusão, nunca se sabe se esta curva pode denominar-se "rápida" ou


"retardada")

 "aR" -Fusível para proteção de semicondutores

(Este podendo ser chamado de "Ultra-Rápido", por não criar conflito com outras
curvas)

Termo-fusível

Um termo-fusível, além de acumular a função do fusível propriamente dito, permite


também proteger determinados equipamentos, caso a sua temperatura ultrapasse
determinados valores. Assim protege o equipamento contra sobrecargas, não
diretamente usando a corrente de consumo, mas sim a sua temperatura exterior, já

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que estes termo-fusíveis, estão colocados junto à carcaça para vigiar a sua
temperatura.

Fusível mecânico

Este deve ser o menos conhecido dentre os eletrotécnicos, visto que se trata de um
dispositivo mecânico. Permite separar sistemas mecânicos, quando entram em
bloqueio (devido a um esforço anormal). Para não transmitir o problema à fonte
energética, o fusivel mecânico quebra-se, usando as propriedades previsiveis do
cisalhamento dos materiais.

Chave fusível

A chave fusível é utilizada para proteção de equipamentos e ramais das redes de


distribuição de energia elétrica. São operadas por vara de manobra.

Fusíveis industriais

Fusíveis industriais

O Fusível é extremamente importante na proteção de equipamentos contra


sobrecargas elétricas, que podem destruir os mesmos e até causar incêndios se forem
de grandes potências. Nas empresas do Grupo ATS Elétrica, você encontra todos os
tipos de fusíveis, inclusive os Fusíveis industriais. A função dos Fusíveis industriais é
bloquear a entrada de energia, além do limite nos equipamentos. No Grupo ATS
Elétrica, um dos mais conceituados do país você encontra Fusíveis industriais de
baixa, média e alta tensão, com todos os tipos de reações.

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Fusíveis industriais

As empresas do Grupo ATS Elétrica estão situadas em São Paulo e em Sorocaba e


possuem os melhores preços do mercado em Fusíveis industriais. Confira, compare
e verá que comprar Fusíveis industriais na ATS Elétrica é muito mais vantajoso.

Os Fusíveis industriais comercializados pelo Grupo ATS são de fabricação própria,


fabricados em alta qualidade com custo muito competitivo. Os Fusíveis são fabricados
atendendo todas as normas nacionais e internacionais com o mais alto rigor de
qualidade.

Fusíveis industriais protegem vários tipos de equipamentos

O Grupo ATS Elétrica possui a linha completa de Fusíveis industriais e acessórios


para Fusíveis industriais, pois é a empresa mais completa do ramo. O Grupo ATS
Elétrica vende e entrega Fusíveis industriais em todo país. Para qualquer tipo de
consumidor. Os Fusíveis industriais são usados normalmente para proteger cabines
primárias, barramentos, motores, fornos de indução, equipamentos de tração,
transformadores e semicondutores, maquinas e outros equipamentos que necessitam
de proteção por fusíveis. Nas empresas do Grupo ATS Elétrica você encontra tudo
em Fusíveis industriais e também materiais para energia e iluminação, além de
inúmeros serviços.

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Fusíveis industriais

Somente um grupo completo, sério e comprometido com o cliente, como o Grupo ATS
Elétrica, é confiável para vender e prestar serviços na área de Fusíveis industriais. O
Grupo ATS Elétrica é o mais completo em Fusíveis industriais e possui: fusível classe
J, fusível DZ/ TNDZ/ Neozed, fusível EJ, Fusível faca e cartucho, fusível F 101 T4,
fusível HH, fusível HRC, fusível K5 E RK5, Fusível Sitor, fusível TP, fusível NH padrão
e especial, projeto de fusíveis Sob encomenda, entre outros modelos de Fusíveis
industriais e base para Fusíveis industriais de diversos tipos.

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2- BOTÕES DE COMANDO

Existe uma simbologia variada para os botões, dependendo dos fabricantes. Essa
variedade porém, se resume em pequenos detalhes que não prejudicam sua
interpretação.

Usaremos aqui a simbologia adotada pela ABNT. Também ficarão esclarecidos outros
detalhes que poderão ser encontrados nos projetos de máquinas, equipamentos e
catálogos de fabricantes de botões de comando elétrico.

Veja, abaixo, o símbolo básico para a representação dos elementos que compõem os
botões de comando elétrico. Os botões de comando elétrico são especificados pela
letra b minúscula e um índice numeral que especifica o número de botões
existentes nos circuitos de comando elétrico.

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Quando O Botão É DESLIGA A Especificação É B0 (B,Índice 0).

Abaixo, exemplos da simbologia adotada pelos fabricantes, que é semelhante à


adotada pela ABNT.

Esse tipo de botão é conhecido como botão conjugado onde ao pressionar o mesmo
poderá realizar duas ações diferentes.

O símbolo dos botões é também representado com os contatos separadamente.

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Há esquemas com identificação dos bornes com os números 1-2, 11-12 ou 21-22,
sempre com o final 1,2 para os contatos NF e, 3-4, 13-14 ou 23-24 para os contatos
NA sempre o final será 3,4.

Desta forma, temos a representação de um botão – b 1 com um contato normalmente


fechado (abridor) e dois contatos normalmente abertos (fechadores).

Os botões de comando elétrico são representados apenas nos diagramas de


comandos elétricos, como já vimos em artigos anteriormente. Esses diagramas nos
possibilitam a representação das diversas características de ligação, proteção e
sinalização do comando elétrico de máquinas, equipamentos, etc.

Exemplo De Aplicação: Diagrama De Comando Elétrico Com Chave Disjuntora


Comandando Um Motor Trifásico Com Acionamento LIGAR/DESLIGAR Na Máquina
E DESLIGAR À Distância Da Mesma, Pelo Acionamento De Um Botão De Comando
Elétrico.

Ex.1 – O diagrama de comando nos mostra que, para colocar a chave disjuntora em
condições de manobra, o operador aciona o botão b 1 alimentando a bobina de
mínima tensão; para ligar o
motor da máquina, ele deverá atuar no acionamento da chave disjuntora.

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Para desligar o motor sem usar a chave disjuntora, basta retornar o botão b 1 para a
posição de repouso.

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Ex.2 – O diagrama de comando nos mostra que, para efetuar a ligação do motor da
máquina, o operador liga o botão b 1 , alimentando a bobina de mínima tensão e
aciona o manípulo da chave disjuntora. Para desligar o motor, sem usar a chave
disjuntora, basta retornar o botão b 1 à posição
de repouso.

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O diagrama de comando também nos mostra que existe uma lâmpada sinalizadora,
ligada entre
as duas fases do comando elétrico e outra sinalizadora, que liga ao fecharmos o
contato auxiliar (NA) da chave disjuntora. Dessa forma, temos um circuito de comando
sinalizado.

Veja agora um esquema montado para acionar um pequeno motor elétrico trifásico,
conhecida como chave Magnética Partida Direta, onde nesse diagrama se utiliza os
botão NA e NF para seu acionamento e desacionamento.

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3- CHAVE AUXILIAR

A Chave de Partida Direta possui um contator e um relé térmico e serve para


comandar e proteger os motores elétricos, no local ou à distância. Quando digo no
local, quero dizer na própria máquia e à distância, num sala de controle por exemplo,
ok?!

Normalmente utilizamos essa chave quando precisamos ligar e desligar uma máquina
ou motor trifásico com potência inferior a 7,5CV. Para motores trifásicos com potência
acima desses valores, devemos utilizar Chaves de Partida Indireta, como a Chave
Estrela-Triângulo ou a Chave Compensadora.

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Funcionamento do Circuito:

Vamos entender um pouco mais sobre o funcionamento desse circuito:

No circuito principal, as fases L1, L2 e L3, passam pelos fusíveis F1, F2 e F3 e são
interligadas nos bornes 1,3 e 5 dos contatos principais do contator k1. Esses contatos
são normalmente abertos – NA.

Ao fechar esses contatos, através da ação da bobina, a alimentação passa pelas


lâminas bimetálicas do relé térmico RT, chegando até o motor.

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Percebam que no circuito auxiliar (também conhecido como circuito de


comando), a fase L2 chega até o fusível F21 e vai direto para o terminal A2 da bobina
de k1.

A fase L3 chega até o fusível F22, passa pelo contato fechado do relé térmico RT,
pelo botão S0 e chega até o botão S1 e ao contato auxiliar NA de K1.

Ao pressionar o botão S1, a alimentação chega até a bobina da contatora, onde os


todos os contatos NA se fecham.

Dessa forma, o contato auxiliar NA terá a função de retenção ou “selo”, mantendo a


bobina energizada e os contatos principais acionará o motor fazendo-o funcionar.

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Caso o operador queira desligar o circuito, basta pressionar o botão S0. Assim o
circuito será interrompido, o contator será desenergizado, movimentando os contatos
para a posição inicial normalmente aberto – NA e o motor será desligado.

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4- CONTATORES

Existem diversos dispositivos elétricos, e para aqueles com maior potência –


normalmente motores e equipamentos industriais – realizar acionamentos pode ser
complicado. Afinal, interruptores comuns queimariam facilmente graças às altas
correntes destes circuitos. Por isso existem os contatores, que
apresentam contatos mais adequados ao acionamento e muitas formas de se ligar
e desligar equipamentos com maior segurança. Conheça o básico sobre esses
equipamentos tão importantes a seguir.

O que são contatores

Contatores são dispositivos eletromecânicos que permitem o acionamento de cargas


que exigem correntes maiores, como motores trifásicos e resistências industriais,
por exemplo. Semelhantes ao relés, os contatores possuem uma bobina,
um núcleo e um conjunto de contatos de força e de comando. Essas partes, em
conjunto, são responsáveis pelo funcionamento do dispositivo graças
ao eletromagnetismo. O fenômeno é responsável pelo acionamento dos contatos,
os quais ligam e desligam os equipamentos elétricos a eles conectados.

Como funcionam
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Os contatores de potência atuam principalmente em sistemas trifásicos, isto é,


sistemas que fornecem grandes correntes elétricas e onde os equipamentos
precisam de três linhas de fase para funcionamento. Desse modo, eles funcionam
como interruptores para os equipamentos de maior potência, garantindo maior
vida útil aos equipamentos e permitindo também que sejam controlados à distância.
Assim, os contatores conferem mais segurança e facilidade de manuseio de
equipamentos que podem apresentar perigos aos profissionais da área de elétrica.

Existem contatores com diversos tipos de contato:

A combinação dos tipos de contatos aos circuitos e equipamentos a serem utilizados


proporciona uma ampla variedade de usos para os contatores

 Contatos normalmente abertos (NA): permanecem sempre na posição


aberta, e se fecham quando acionados, permitindo passagem de corrente
elétrica.
 Contatos normalmente fechados (NF): permanecem sempre na posição
fechada, e se abrem quando acionados, interrompendo a passagem de
corrente elétrica.
 Contatos comutadores: possuem as duas funções no mesmo contato, com
uma parte NA e outra NF. São empregados não para ligar ou desligar, mas sim
para comutar entre diferentes partes de um circuito.

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Controlando contatores pelo celular

Para acionar equipamentos de maiores potências pelo celular, como motores e


freezeres, você pode conectar um Bluelux Switch a um contator. Unindo o módulo
Bluelux controlado por aplicativo ao contator, que aciona o equipamento elétrico, você
tem ainda mais facilidade e segurança para seus acionamentos, além de ainda
poder usar todas as funções de automação que só a Bluelux oferece, como
agendamento de horários, criação de cenas e muito mais. A instalação é simples,
conforme o diagrama abaixo:

(pt) (pt-BR)
Contactor ou contator é um dispositivo eletromecânico que permite, a partir
de um circuito de comando, efetuar o controle de cargas num circuito de potência.
Essas cargas podem ser de qualquer tipo, de tensão diferente do circuito de comando,
e até conter múltiplas fases.

Os contatos de potência, geralmente são apresentados em grupos de 3, devido ao


seu emprego comum no comando de motores elétricos do tipo trifásico.

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Partes de um contator

O contator é composto por três partes principais. Os contatos que são responsáveis
por conduzir a corrente elétrica e podem ser contatos de potência (ou força) e/ou
contatos auxiliares. O circuito magnético e/ou campo girante (ou bobina) que
proporciona a força para operar os contatos. Envólucro (ou caixa) onde são
acomodados os contatos e o circuito magnético e também tem a função de proteção
contra o ambiente e pode em alguns produtos abrigar uma câmara de extinção de arco
elétrico.

Alguns contatores são construídos com bobinas de sopro magnético para extinguir
o arco elétrico. Este tipo de construção é especialmente útil em aplicações de corrente
contínua onde a extinção do arco elétrico é mais difícil já que a corrente não passa
pelo zero (como ocorre em circuitos de corrente alternada).

Vantagens do emprego de contatores

 Comando à distância
 Elevado número de manobras
 Grande vida útil mecânica
 Pequeno espaço para montagem
 Garantia de contato imediato
 Tensão de operação de 85 a 110% da tensão nominal prevista para contator
 Maior número de contatos

Tipos de contatores

 Os contatores podem ser do tipo principais, que geralmente possuem 3 contatos


NA (normalmente abertos) de potência, 2 NA's auxiliares, ou seja de comando, e
mais 2 NF's (normalmente fechados) auxiliares, também para o comando.
 Também podem ser do tipo auxiliares, que possuem contatos apenas de
comando, ou seja , seus contatos suportam uma menor corrente do que os
principais.
 É importante relembrar que os contactores em geral possuem os chamados blocos
aditivos, que são vendidos separadamente, variam de fabricante para fabricante,
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e têm a função de proporcionar contatos adicionais ao contactor (alguns modelos


são de acoplamento frontal, e outros de acoplamento lateral).

Mini Contator

Pequenos contatores utilizados para comutar cargas mais baixas, porém seu tamanho
não é tão vantajoso e sua manutenção mais trabalhosa, de modo que é recomendado
o uso de um relé para as cargas até 10 amperes.

Contator de Estado Sólido

Já existem no mercado contatores que utilizam o mesmo princípio de estado sólido


dos relés SSR, apresentando uma maior vida útil, menor tempo de atuação além da
ausência de arco elétrico.

Categorias de Utilização conforme IEC 60497-1

As categorias de utilização (anteriormente denominadas categorias de emprego)


normalizadas fixam os valores de corrente que o contator deve estabelecer ou
interromper.

Estes valores dependem:

 da natureza do receptor controlado: motor de gaiola ou de anéis, resistências,


entre outras,
 das condições nas quais são efetuados os fechamentos e aberturas: motor em
regime, bloqueado ou em partida, inversão do sentido de rotação, frenagem por
contracorrente.

Utilização em Corrente Alternada

Categoria AC-1

Aplica-se a todos os aparelhos de utilização em corrente alternada (receptores) cujo


fator de potência é, no mínimo, igual a 0,95 (cos phi 0,95).

Exemplos de utilização: aquecimento, distribuição elétrica: chaves de transferência

Categoria AC-2

Esta categoria compreende a partida, a frenagem em contracorrente, como também


a partida por “impulsos” dos motores de anéis.

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 No fechamento, o contator estabelece a corrente de partida, próximo a 2,5 vezes


a corrente nominal do motor.
 Na abertura, ele deve interromper a corrente de partida, com uma tensão, no
mínimo, igual à tensão da rede.

Categoria AC-3

Aplica-se aos motores de gaiola, cujo desligamento é feito com o motor em regime.

 No fechamento, o contator estabelece a corrente de partida, que é de 5 a 7 vezes


a corrente nominal do motor.
 Na abertura, o contator interrompe a corrente nominal absorvida pelo motor e,
neste momento, a tensão nos bornes de seus polos é da ordem de 20% da tensão
da rede.

A categoria AC-3 pode ser usada para avanço pequeno (contatos intermitentes) ou
inversão de sentido por períodos de tempo limitados como ajuste de máquina; durante
tais períodos de tempo limitados, convém que o número de tais operações não
excedam cinco por minuto ou mais que dez em um período de 10 min. (Veja categoria
AC-4)

A interrupção é fácil.

Exemplos de utilização: todos os motores de gaiola normais, elevadores, escadas


rolantes, correias transportadoras, elevadores de canecas, compressores, bombas,
misturadores, condicionadores de ar, etc.

Categoria AC-4

Esta categoria é relativa às aplicações com frenagem em contracorrente e


acionamento por “impulsos” dos motores de gaiola ou de anéis.

O contator fecha com um pico de corrente que pode atingir 5 a 7 vezes a corrente
nominal do motor. Ao abrir, ele interrompe esta mesma corrente sob uma tensão tanto
maior quanto menor for a velocidade do motor. Esta tensão pode ser igual à tensão
da rede.

A interrupção é muito difícil.

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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

Exemplos de utilização: máquinas de impressão, de trefilação, guindastes e talhas, na


indústria de metalurgia.

Categoria AC-5a

Comando de lâmpadas de descarga elétrica ( iluminação fluorescente ou vapores


metálicos )

Categoria AC-5b

Comando de lâmpadas incandescentes

Categoria AC-6a

Comando de transformadores

Categoria AC-6b

Comando de Bancos de Capacitores. Normalmente são contatores específicos para


manobra de bancos de capacitores.

Categoria AC-7a

Cargas ligeiramente indutivas em aparelhos domésticos e aplicações análogas (ver


IEC 61095.)

Categoria AC-7b

Motores para aplicações domésticas (ver IEC 61095.)

Categoria AC-8a

Comando de motor compressor hermético de refrigeração com rearme manual dos


disparadores de sobrecarga

Categoria AC-8b

Comando de motor compressor hermético de refrigeração com rearme automático dos


disparadores de sobrecarga

Um motor compressor hermético de refrigeração é uma combinação que consiste de


um compressor e de um motor, ambos inclusos no mesmo invólucro, sem eixo externo
ou eixo acoplado, o motor operando no refrigerante.

Utilização em corrente contínua

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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

Categoria DC-1

Aplica-se a todos os produtos de utilização em corrente contínua (receptores) cuja


constante de tempo (L/R) é menor ou igual a 1 ms.

Categoria DC-3

Esta categoria é relativa à partida, à frenagem em contracorrente, como também ao


acionamento por “impulsos” dos motores shunt. Constante de tempo menor ou igual
a 2 ms.

 No fechamento, o contator estabelece a corrente de partida próxima a 2,5 vezes a


corrente nominal do motor.
 Na abertura, deve cortar 2,5 vezes a corrente de partida com uma tensão no
máximo igual à tensão da rede. A tensão é tanto maior quanto menor for a
velocidade do motor e, por isso isto, sua força contra-eletromotriz é pouco elevada.
 A interrupção é difícil.

Categoria DC-5

Esta categoria é relativa à partida, à frenagem em contracorrente, como também, ao


acionamento por “impulsos” dos motores de série. Constante de tempo menor ou igual
a 7,5 ms.

 O contator fecha com um pico de corrente que pode atingir 2,5 vezes a corrente
nominal do motor. Ao abrir, ele interrompe esta mesma corrente sob uma tensão
tanto maior quanto menor for a velocidade do motor. Esta tensão pode ser igual à
da rede.
 A interrupção é severa.

Categoria DC-6

Comando de lâmpadas incandescentes e led.

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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

5- RELÉ DE PROTEÇÃO

[1][2][3]
Um relé (do francês relais), ou, menos frequentemente, relê (por influência
do inglês relay, embora esta forma ainda não esteja dicionarizada) é
um interruptor eletromecânico, projetado por Michael Faraday na década de 1830,
com inúmeras aplicações possíveis em comutação de contatos elétricos, servindo
para ligar ou desligar dispositivos.

A movimentação física deste interruptor ocorre quando a corrente elétrica percorre as


espiras da bobina do relé, criando assim um campo magnético que por sua vez atrai
a alavanca responsável pela mudança do estado dos contatos.

É normal o relé estar ligado a dois circuitos elétricos para efetuar a comutação. No
caso do relé eletromecânico, a comutação é realizada alimentando-se a bobina do
mesmo. Quando uma corrente originada no primeiro circuito passa pela bobina, um
campo eletromagnético é gerado, acionando o relé e possibilitando o funcionamento
do segundo circuito. Sendo assim, uma das aplicações do relé é usar baixas tensões
e correntes para o comando no primeiro circuito, protegendo o operador das possíveis
altas tensões e correntes que irão circular no segundo circuito (contatos).

Introdução

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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

Relé industrial miniatura - terminal tipo Faston - foto cedida pela Comat Releco do
Brasil

Um simples relé eletromecânico, é aplicado em máquinas de todos os tipos


responsáveis pela produção de um infinito número de bens que consumimos: esta
cadeia inicia-se desde a energia elétrica gerada em UHEs - usina hidroelétrica - e que
chega às casas e indústrias. Os relés ainda são aplicados na movimentação e
proteção contra abertura de portas nos elevadores de nossos prédios, estão presentes
nos processos de tratamento de água que bebemos, nos processos de fabricação de
alimentos, pães, biscoitos que consumimos. Onde quer que estejamos tem sempre
um relé trabalhando para que algo funcione para nos servir.

São largamente utilizados na linha de montagem de nossos carros, nas linhas de


produção das peças que os compõe, sendo encontrados ainda nos sistemas de
acesso do Metro (nas catracas), nas composições de trens da CPTM e metros além
dos ônibus movidos a eletricidade.

História do relé

Joseph Henry

A história do relé começou com os estudos de Joseph Henry cientista norte americano
em 1830, enquanto construía eletroímãs, descobriu o
fenômeno eletromagnético chamado indução electromagnética ou auto-indutância e
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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

a indutância mútua. O seu trabalho foi desenvolvido independentemente de o


de Michael Faraday, mas é a este último que se atribuí a honra da descoberta por ter
publicado primeiro as suas conclusões. A Henry também é creditada a invenção
do motor elétrico, embora mais uma vez, não tenha sido o primeiro a registrar a
patente. Seus estudos acerca do relé eletromagnético foram a base
do telégrafo elétrico, inventado por Samuel Morse e Charles Wheatstone. Mais tarde
provou que as correntes podem ser induzidas à distância, magnetizando uma agulha
com a ajuda de um relâmpago a 13 quilómetros de distância.

Em 1832, Henry tornou-se professor de Física no College of New Jersey, mais tarde
conhecido como Universidade de Princeton. Foi Professor na Academia de Albany
(EUA) e o primeiro diretor do Instituto Smithsoniano, de 1846 até à sua morte, 32 anos
depois. À frente deste Instituto, desempenhou importantíssimo papel no
desenvolvimento da ciência norte-americana.

Após a sua morte, a unidade de indutância ou resistência indutiva no Sistema


Internacional (SI), foi batizada de Henry, em reconhecimento do seu trabalho.

Composição de um relé eletromecânico

Componentes de um relé eletromecânico

As partes que compõem um relé eletromecânico são:

 eletroímã (bobina) - constituído por fio de cobre em torno de um núcleo de ferro


maciço que fornece um caminho de baixa relutância para o fluxo magnético;
 Armadura de ferro móvel;
 Conjuntos de contatos;
 Mola de rearme;
 Terminais - estes podem variar dependendo da aplicação:

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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

o Terminais tipo Faston;


o Terminais para conexão em Bases (Sockets);
o Terminais para conexão em PCIs (Placas de circuito impresso);

Nota: Atualmente existem diversas empresas que utilizam relés desenvolvidos para
aplicação em PCI's (eletrônica convencional) em ambientes industriais, adaptando
esta aplicação através de bases/soquetes. Porém é importante notar que quando
aplicado em um ambiente industrial, onde se exige uma fácil reposição e manutenção,
estes tipos de terminais facilmente danificam-se e podem causar problemas de mau
contato e diversos outros tipos de falhas nas reposições futuras. Para aplicações
industriais, seja qual for a sua natureza, é indicada a aplicação de relés com terminais
tipo Faston em conjunto com suas bases por serem projetados para resistir a este tipo
de operação e ambiente.

Princípio de funcionamento

Processo de Produção

A bobina de um relé é constituída por um fio em torno de um núcleo de aço maciço.


Então temos no relé uma bobina, um núcleo de aço que fornece um caminho de baixa
relutância para o fluxo magnético, uma armadura de aço móvel e um conjunto, ou
conjuntos, de contatos presos a molas. Enquanto a bobina se mantém desenergizada,
a força das molas mantém os contatos em estado de repouso de modo a existir uma
lacuna de ar no circuito magnético. O estado de repouso pode ser normalmente
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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

fechado (NF) ou normalmente aberto (NA), a depender da função do relé no circuito.


Quando a bobina recebe a corrente elétrica, a armadura movimenta-se em direção ao
núcleo, atraída pelo campo magnético gerado, movimentando mecanicamente o
contato ou contatos ligados a esta armadura. No instante em que a força magnética
gerada pela circulação de corrente na bobina se torna maior que a força das molas, o
contato é atraído fisicamente, sai do estado de repouso e muda a condição do circuito
para aberto (se for normalmente fechado) ou fechado (se for normalmente aberto).
Quando a circulação de corrente através da bobina cessa, a bobina é desenergizada
e o contato volta ao estado de repouso por força da mola.

Se a configuração do contato de um relé é NF (normalmente fechado, ou NC na sigla


em inglês) o circuito está fechado enquanto o relé encontra-se desenergizado. Então
quando energizado, a conexão física entre contato fixo e móvel se abre e interrompe
a passagem de corrente elétrica. O inverso ocorre quando a configuração do contato
do relé é NA (normalmente aberto, ou NO em inglês).

Em alguns casos, os relés podem ter mais de um contato formando um conjunto de


contatos que atuam simultaneamente com a força magnética, dependendo da função
do relé. Há casos também, comuns nas partidas de motores industriais, em que a
força da mola, necessária para fazer o contato retornar ao estado de repouso, é
substituída pela força da gravidade.

Os relés, exemplificados na imagem utilizada no tópico Componentes de um relé,


também têm um fio de ligação da armadura ao terminal, o que garante a continuidade
do circuito entre os contatos que se deslocam sobre a armadura e a pista de circuito
na Placa de Circuito Impresso (PCB), através do terminal, que é soldada ao PCB.
Quando uma corrente elétrica passa através da bobina, o campo magnético resultante
atrai a armadura e consequentemente movimenta o contato móvel, fazendo ou
quebrando a conexão com um contato fixo. Se o conjunto de contatos for fechado
quando o relé foi desenergizado, então o movimento abre os contatos e quebra a
conexão, e vice-versa, se os contatos foram abertos. Quando a corrente na bobina é
desligada, a armadura é devolvida por uma força tão forte quanto a força magnética,
à sua posição relaxada.

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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

A maioria dos relés são fabricados para funcionar rapidamente. Em uma aplicação de
baixa tensão, isto ocorre para reduzir o ruído. Em uma aplicação de alta tensão ou
corrente elevada, isto ocorre para reduzir a formação de arco. Se a bobina é
energizada em tensão DC (corrente contínua), um diodo é frequentemente instalado
na bobina, para dissipar a energia do campo magnético em colapso na desativação,
o que de outra forma poderia gerar um pico de tensão perigosa para os componentes
do circuito. Alguns relés automotivos já incluem o diodo dentro da caixa de relé.
Alternativamente, uma rede de proteção de contato, consistituída por um capacitor e
resistor em série, pode absorver também este pico se a bobina for projetada para ser
energizada em AC (corrente alternada).

Relés automotivos

São muitos os modelos existentes no mercado hoje, eles são especiais porque seu
desenho e tecnologia são específicos para carros de passeio, carga e embarcações.
Normalmente são relés de corrente alta, nas tensões de 12V e 24V DC, alguns com
proteções em suas bobinas utilizando diodos e resistores. São muitos os modelos com
fixações laterais ou de topo, são relés para controlo de faróis, limpadores de para-
brisas, lanternas, moto-ventiladores, iluminação, alarmes, motor de partida e outros.

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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

6- DISJUNTOR INDUSTRIAL

Essencial em qualquer instalação elétrica, o disjuntor tem como função proteger e


garantir a segurança dos circuitos, dos equipamentos e a das pessoas que utilizam o
espaço. Isso é possível, pois ao detectar um curto-circuito ou uma sobrecarga na sua
instalação, o disjuntor desativa a distribuição de energia automaticamente. Se em
nossas casas já é muito importante ter um disjuntor adequado, imagina em
indústrias, que muitas vezes operam 24h por dia? Por isso, aqui você vai encontrar
algumas dicas para escolher melhor os disjuntores industriais.

Na verdade, não existe uma resposta definitiva e única para determinar qual o
disjuntor elétrico ideal para comprar. É preciso sempre analisar a utilização, o local da
instalação, a bitola dos fios do circuito, entre outros fatores.

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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

Basicamente o que vai diferenciar o disjuntores industriais para o de uma residência


é a capacidade, que precisa ser compatível com a instalação, e a quantidade que você
vai instalar. Se em uma casa precisamos ligar geladeira, televisão e computador, por
exemplo, em uma indústria, além da iluminação, podemos contar com equipamentos
que exigem muito mais energia para funcionar. É importante olhar as especificações
do produto e tirar suas dúvidas com o vendedor ou com o seu eletricista.
Modelos de disjuntores industriais
Antes de você escolher qual o modelo mais adequado para o porte da sua indústria,
é preciso entender algumas diferenças entre os tipos de disjuntores. De modo geral,
todos possuem especificado a corrente contínua, a tensão e a corrente de curto-
circuito.
Os disjuntores industriais podem seguir as normas americanas, normalmente
encontrados na cor preta, ou as normas europeias, encontrados na cor branca. Ambos
também classificados nas unidades Unipolar ou Multipolar.
O disjuntor unipolar funciona sob apenas uma fase, como em circuitos de curto
alcance de sistemas de iluminação e em instalações monofásicas de 127V e 220V. Já
o disjuntor bipolar funciona sob duas fases e o tripolar em três fases.
É preciso saber também qual tipo de carga será instalada, para que seja possível
determinar a curva de ruptura. Essa curva é o tempo que o disjuntor aguenta, quando
está acima da corrente nominal. Ela estipula também o quanto maior essas correntes
podem ser.
Os disjuntores de curva B operam em um curto circuito de baixa intensidade. Por isso
são indicados para proteger chuveiros, aquecedores e lâmpadas, por exemplo. Os de
curva C operam uma intensidade média para proteger máquinas de lavar e motores
elétricos. Já os disjuntores de curva D são indicados para proteger as redes com
grandes cargas, como transformadores.
Eles podem ainda ser classificados de outras três maneiras. Os modelos térmicos são
mecanicamente mais simples e não tem grande precisão de corrente e não previne
curtos-circuitos. Os magnéticos possuem ótima precisão e velocidade de interrupção.
Ele é um pouco mais caro e não pode ser ligado ou desligado automaticamente. Já o
modelo termomagnético é a melhor opção e o mais utilizado nas instalações. Ele pode
ser usado manualmente e protege contra sobrecargas, aquecimento e curtos.

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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

Para proteção de máquina industriais, o modelo ideal de disjunto é o disjuntor


motor. Isso porque possui solução compacta para proteção do circuito elétrico e
partida/proteção de motores. Oferece ainda alta capacidade de interrupção,
permitindo sua utilização mesmo em instalações com elevado nível de corrente de
curto-circuito.
Você pode procurar a ajuda de um profissional eletricista ou do responsável pela
construção para entender melhor o que a sua instalação elétrica precisa.

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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

7- SELETIVIDADE

Operação conjunta dos dispositivos de proteção que atuam sobre os de manobra


ligados em série para a interrupção escalonada de correntes anormais (por exemplo,
curto-circuito). O dispositivo de proteção deve interromper a parte do circuito de força
imediatamente anterior a falha. Os demais dispositivos de manobra devem
permanecer ligados, a não ser que o dispositivo anterior tenha falhado e assim
sucessivamente.

Para organizar sua máquina? Seletividade Elétrica já!

Curto-circuito nos sensores = Desligue tudo? Sobrecarga nas válvulas = Desligue


tudo? Curto circuito nos componentes do painel = Desligue até o CLP? Acho que o
seu painel de comando precisa de um pouco de organização, precisa de seletividade
elétrica!!!

… o seu painel será ORGANIZADO!!!


Proporcionar a seletividade elétrica sobre a qual tanto falamos é uma tarefa que
demanda repensar o projeto e o uso de um painel elétrico, mas não é algo “de outro

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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

mundo”. Por isso, vamos falar aqui sobre os principais pontos que tornarão o seu
painel elétrico um ambiente muito mais organizado.

Seletividade elétrica em painel depende de:

 Separar as linhas de alimentação em circuitos independentes. Cada canal para


uma divisão diferente – Sensores, válvulas, áreas da máquina em canais
diferentes;
 Criar um canal de alimentação independente para o CLP e outros equipamentos
de controle e monitoramento – O cérebro da máquina sempre funcionando,
independente de curto circuitos em outras áreas da máquina;
 Criar a partir do CLP comando e monitoramento de cada linha de alimentação –
Retorne sinal para entender a “saúde” de componentes da máquina;
 Usar dispositivos de proteção elétrica realmente capazes de atuar em corrente
contínua – Acabou o tempo dos disjuntores eletromagnéticos. Outros
componentes mais preparados precisam ser utilizados;
 Usar dispositivos de proteção que tenham Inteligência suficiente para informar
status para o CLP – Mais uma vez os dispositivos inteligentes e eletrônicos de
proteção se fazem necessários.
Quais as vantagens esperar com a aplicação da seletividade elétrica?

 Derrubar a alimentação de corrente contínua somente para o canal afetado por


curto circuito, sobrecarga ou outro problema;
 Manter o CLP, equipamentos de segurança e monitoramento funcionando, se o
dano não acontecer no seu canal de alimentação;
 Diminuir o tempo de diagnose de problemas elétricos da máquina, pois
equipamentos como o CLP continuarão funcionando;
 Diminuir a quantidade de acontecimentos onde o equipamento para de
funcionar. Isso por conta do uso de dispositivos de proteção mais preparados
para a realidade da máquina.
Alcançar a seletividade elétrica é mais simples do que imagina
Seletividade elétrica depende somente de mudança de pensamento no
projeto/manutenção das máquinas e um pouco de testes para os novos componentes.

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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

O QUE É O ESTUDO DE SELETIVIDADE ELÉTRICA?

O estudo de seletividade elétrica está ligado diretamente a ensaios e testes elétricos


requeridos em equipamentos da instalação em campo. O estudo de seletividade
elétrica assegura a integridade e a capacidade dos equipamentos, proporcionando
aparato de última geração.
De forma geral, o estudo de seletividade elétrica é composto por uma série de
procedimentos realizados por equipes especializadas em projetos elétricos e que
prestam serviços para empresas de médio e grande porte. O estudo de seletividade
elétrica é regido pelo Operador Nacional do Sistema - ONS e se subdivide em:

 Fluxo de potência ou de carga;

 Curto-circuito;

 Estabilidade eletromecânica;

 Transitórios eletromagnéticos;

 Qualidade de energia;

 Proteção e selefivifade;

 Cálculo de campos elétricos e magnéticos;

 Linhas de transmissão;

 Subestações e partida de motores.

PARA QUE SERVE O ESTUDO DE SELETIVIDADE ELÉTRICA?

O estudo de seletividade elétrica é muito requisitado por usinas geradoras de energia,


sejam elas de energia eólica, solar, termoelétrica e hidroelétrica. Destaca-se que as
concessionárias e os investidores do setor de energia também estão entre o público-
alvo.
Esses setores são os que mais se destacam em comparação a outros porque o estudo
de seletividade elétrica possui como uma de suas muitas funções fazer o
levantamento de parâmetros elétricos dos maquinários testados. Por meio dele é
possível detectar possíveis problemas para que seja possível tomar medidas
corretivas, retornando a geração de energia em sua totalidade ou, pelo menos, de
forma parcial.
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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

Uma grande vantagem em contar com esse serviço é a assertividade em manutenção


elétrica com ênfase em dispositivos de proteção que ele promove, pois ajuda a
garantir, por exemplo, a coordenação e proteção dos circuitos.

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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

8- RELÉS DE TEMPO

O relé temporizador industrial ou relé de tempo refere-se a um equipamento capaz de


realizar manipulações de tempo, como retardo na energização e desernegização,
geração de pulso e muitas outras atividades que podem ser escolhidas para
adequação em cada necessidade.

O relé temporizador industrial pode atuar de forma individual ou acoplado a outro tipo
de relé, de forma auxilia com sistema de programação no frontal.

CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS SOBRE O RELÉ TEMPORIZADOR


INDUSTRIAL

O funcionamento do relé temporizador industrial chaveia a corrente elétrica de um


dispositivo através de seu relé, seja em eletromecânico ou em estado sólido, e assim
desempenha um tipo de alteração em suas entradas ou bobinas, depois de um
período de tempo pré-estabelecido. Isso significa que o relé temporizador industrial
pode suspender e alterar circuitos elétricos, em função do tempo.

Através de ciclos lógicos de tempo, o relé temporizador industrial, oferece não apenas
a manipulação de tempo, como também segurança a aparelhos que necessitam de
monitoramento elétrico.

O relé temporizador industrial possui tecnologia microprocessamento, importante para


agilizar todos os processos e oferecer o desempenho ideal ao relé.

Entre as muitas funções do relé temporizador industrial destacam-se o retardo na


energização, pulso na energização, prolongador de impulso, reversão de motor e
muitas outras, de acordo com cada tipo de temporizador.

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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

Por possuírem muitas funções em muitos modelos, os tipos de relé temporizador


industrial permitem suas aplicações para diversas funcionalidades, em sistemas
diferentes.

Algumas das aplicações que esse relé oferece são:

 Prevenção de sobrecargas no sistema de potencia dos motores, durante partida


inicial;

 Ligação para triângulo de motores estrela;

 Regularização de sinais para CLP’s;

 Chaves de compensação e quadros de comando auxiliar ou individual;

 Auxilio na automação e segurança de equipamentos industriais.

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CONANDOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

REFERÊNCIAS

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http://www.atseletrica.com.br/fusiveis-industriais.php>acesso em 17/08/2020

https://blogdaliga.com.br/botoes-de-comando-eletrico/>acesso em 17/08/2020

https://academiadoeletricista.wordpress.com/2016/01/27/chave-de-partida-
direta/>acesso em 7/08/2020

https://www.bluelux.com.br/contatores-o-que-sao-e-para-que-servem/>acesso em
17/08/2020

https://pt.wikipedia.org/wiki/Contator>acesso em 17/08/2020

https://pt.wikipedia.org/wiki/Rel%C3%A9>acesso em 17/08/2020

http://blogdecorwatts.com/disjuntores/disjuntores-industriais/>acesso em 17/08/2020

http://blog.murrelektronik.com.br/seletividade-eletrica-painel-organizado/>acesso em
17/08/2020

https://www.coisarada.net/assets/uploads/ee4bf-
circuitos_eletricos_industriais.pdf>acesso em 17/08/2020

https://www.alphasistemaseletricos.com.br/estudo-seletividade-eletrica>acesso em
17/08/2020

https://www.clipautomacao.com.br/rele-temporizador-industrial>acesso em
17/08/2020

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