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Tema: ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE AS EXPORTAÇÕES E PIB NO

BRASIL: UMA APLICAÇÃO DO MODELO DE COINTEGRAÇÃO ASSIMÉTRICA


(1990 a 2022).

Objetivos Gerais.
Analisar a evolução das exportações e do PIB no Brasil entre 1990 a 2022,
considerando as variações percentuais e os valores absolutos;

Objetivos específicos.

 Verificar se a relação entre exportações e PIB é simétrica ou assimétrica nesse


período, utilizando o modelo de COINTEGRAÇÃO assimétrica;
 Identificar fatores conjunturais e estruturais que afetaram a relação entre
exportações e PIB no Brasil nesse período;
 Identificar as principais tendências observadas nas exportações brasileiras
nesse período, considerando a evolução dos destinos das exportações e dos
setores exportadores;

Pergunta: Qual a relação entre exportações e PIB no Brasil entre 1990 a 2022, e essa
relação é simétrica ou assimétrica?
Palavras-Chave: Agronegócio, Exportações, PIB, Serie Temporais, Uma Aplicação
do Modelo De Cointegração Assimétrica.

Hipótese: Existência de uma influência direta entre a variáveis PIB e exportações de


tal forma que o incremento das exportações gere um crescimento do PIB.
Resumo:
O presente trabalho busca analisar a evolução das exportações e do PIB no Brasil entre
1990 a 2022, considerando as variações percentuais e os valores absolutos, com o intuito de
verificar a evolução ou mudanças nesse período. Dentre as questões que norteiam o presente
trabalho, objetiva-se identificar, qual a relação entre exportações e PIB no Brasil entre 1990 a
2022, e essa relação é simétrica ou assimétrica? Para tanto, se realizará Aplicações do Modelo
de Cointegração Assimétrica.

Introdução
A economia brasileira passou por transformações significativas nas últimas décadas,
especialmente no que se refere ao setor de exportação. As exportações brasileiras cresceram
consideravelmente em termos de valor e diversificação, resultando em impactos significativos
no Produto Interno Bruto (PIB) do país, devido aos potenciais impactos das variáveis sobre o
crescimento econômico as a relação entre as exportações e o PIB tem sido objeto de
pesquisas. O objetivo deste estudo é justamente fazer a análise dessa relação entre as
exportações e o PIB no Brasil, entre 1990 a 2022, considerando as variações percentuais e os
valores absolutos, e aplicar o modelo de Cointegração Assimétrica para verificar se essa
relação é simétrica ou assimétrica nesse período.

De acordo com os dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), as


exportações brasileiras tiveram um crescimento médio anual de 6,91% entre 1990 e 2022,
com um valor total de US$ 2,76 trilhões no final do período. Já o PIB apresentou um
crescimento médio anual de 2,23%, com um valor total de R$ 8,22 trilhões em 2022.

2 Revisão de literatura

A relação entre as exportações e o PIB é um tema comum em estudos de economia, e a


análise dessas duas variáveis tem sido objeto de inúmeros estudos. A literatura destaca que as
exportações podem influenciar o crescimento econômico de um país, especialmente em
termos de geração de emprego e aumento da produção. Por outro lado, o PIB pode afetar as
exportações, influenciando os preços, a demanda e a oferta de produtos e serviços.
No entanto, a relação entre as exportações e o PIB nem sempre é simétrica. Diferentes
fatores, como flutuações cambiais, desequilíbrios comerciais, mudanças na política
econômica e crises econômicas globais, podem afetar essa relação. Nesse sentido, a utilização
do modelo de Cointegração Assimétrica se torna relevante onde permitirá identificar as
diferenças nas velocidades de ajuste das séries temporais, considerando fatores conjunturais e
estruturais que afetam a relação entre essas variáveis.

Omar Rios , 2015 em seu estudo sobre aplicação da relação entre o PIB e o nível de
exportação na Colômbia pôde observar que ambas as séries do produto interno bruto (PIB), e
as exportações tradicionais têm um grau de integração de ordem um, por esta razão é possível
tentar encontrar, pelo menos em teoria, um vetor de cointegração explicando relacionamentos
a longo prazo.
De acordo com o estudo de Guerrero (2006) analisou-se empiricamente o crescimento
econômico no México durante o período 1929-2003, através de variáveis como PIB,
exportações, importações, taxa de câmbio, renda do resto do mundo e elasticidades, através de
um trabalho de cointegração de longo prazo (técnica de Johansen). Fora concluído que,
embora o crescimento econômico do México esteja basicamente ligado à dinâmica produtiva
do vizinho do norte e à evolução dos termos de troca, é necessário aumentar a
competitividade interna para melhorar as exportações líquidas e, consequentemente, promover
o crescimento econômico.

Segundo Fabiano M. Silva (2011), onde se verifica a relação de causalidade entre um


conjunto de variáveis macroeconômicas, representadas por taxa de câmbio, taxa de juros,
inflação (IPCA), índice de produção industrial como proxy do PIB em relação ao Ibovespa, os
testes de Johansen, através da estatística do traço e do máximo autovalor, indicaram a
existência de pelo menos um vetor de cointegração. Na análise dos testes de causalidade de
Granger via correção de erros, ficou constatado que existiu causalidade de curto prazo entre o
IPCA e o Ibovespa. Houve um comportamento positivo do PIB e negativo da inflação e da
taxa de câmbio em relação ao Ibovespa, com exceção da taxa Selic que não foi significativa
com o referido índice.

Bhagwati (1978) estabelece outras explicações para a relação entre exportação e


crescimento. Dentre elas, destaca-se o fato de que exportações se concentram, em geral, em
setores eficientes da economia (semelhante a ideia de vantagens comparativas de Ricardo).
Quanto maior a eficiência das firmas, maior a especialização e, consequentemente, maior a
produtividade. Além disso, uma maior exposição à competição internacional cria pressões
para as indústrias que fazem parte do setor exportador a manter custos menores, assim como
provém incentivos para mudanças tecnológicas que possam vir a impactar na produtividade.

Knust e Marin (1989) buscam investigar a causalidade entre produtividade e


exportação na Áustria e, por meio do teste de causalidade de Engle e Granger, os autores
chegam a conclusão que existe uma relação unicausal positiva entre exportação e a
produtividade. Além disso, destacam que tal relação não se verifica quando o câmbio está
desvalorizado, o que geraria um impacto positivo sobre a atividade exportadora. Porém,
destaca-se que a relação produtividade e exportação deve ser estendida a países em
desenvolvimento antes de quaisquer conclusões em relação a execução de políticas públicas
para promoção do setor exportador.

Kaushik e Arbenser (2008) analisam a possibilidade de uma relação de bicausalidade


entre as exportações e o crescimento econômico para a Índia durante período de 1971-2005
por meio de testes de cointegração. Os resultados apresentados levam à conclusão de que há
unicausalidade na relação, com as exportações influenciando o crescimento econômico no
longo prazo, por meio de impactos na produtividade, por exemplo.

3 Metodologia e desenvolvimento

A metodologia desse trabalho consiste em uma abordagem de econometria de séries


temporais para avaliar a relação entre Exportações e PIB, Para a elaboração deste estudo se
utilizaram 2 variáveis secundárias que estão disponíveis no banco de dados do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior -Secretaria de Comercio Exterior ( SECEX)
e Banco Central do Brasil (BCB)

As variáveis são: Exportações e PIB tomando a base de dados mensais, para os anos
de 1990 a 2022. Para ou análise deste estudo serão analisadas através do modelo de
cointegração.
O modelo de cointegração assimétrica é uma técnica estatística que permite analisar a
relação de longo prazo entre duas ou mais séries temporais. Ele é usado para verificar se duas
ou mais séries temporais têm uma tendência comum e se essa tendência é estacionária.
Também pode ser identificado a partir de dois pontos de vista, econômico e econometria. Do
ponto de vista econômico, duas ou, mas series são os Co-integrados se o seu movimento
durante um período evidência de uma tendência crescente ou decrescente, este
comportamento indicaria que essas series não são estacionárias, segundo Novales, 1993, p.
491) A maioria das variáveis econômicas mostra tendências crescentes ou decrescentes, que
mostram uma relação de equilíbrio estável a longo prazo. Por outro lado, do ponto de vista
econométrico, duas ou mais séries temporais

A cointegração assimétrica é uma extensão do modelo de cointegração tradicional que


permite que as séries temporais tenham diferentes velocidades de ajuste à tendência comum.

Estabeleceu-se uma lógica de relação entre as variáveis do estudo. Hiposteniza-se que


o PIB é uma variável que depende das exportações, tornando-se uma variável independente.
Matemáticamente essa relação pode ser expresa da seguinte forma:

PIB= β+ β 1 exp+U

Onde cada variável corresponde a:

PIB: Produto interno bruto no período de 1990 a 2022


EXP: São as Exportações do Brasil no período de 1990 a 2022
β e β1: Parâmetros de linearidade
U: É o erro acumulado no processo de cointegração

Os dados do PIB e das exportações serão retirados do Banco Central do Brasil,


Boletim, Seção Atividade Econômica e as exportações serão do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior-Secretaria de Comércio Exterior – SECEX.

A cointegração será realizada com o software estatístico Stata


Com o modelo estabelecido será verificado que os dados não são espúrios, por isso
será realizado o teste de cointegração Dickey-Fuller, que é um teste de raiz única que
detecta estatisticamente a existência de uma tendência de comportamentos estocásticos na
série temporal.
A aplicação desta metodologia permitirá aceitar ou rejeitar o pressuposto de que
existe uma relação temporal entre o PIB e as exportações.

Análise empírica
 Base de dados
Os dados considerados nessa pesquisa são de periodicidade mensal, tendo início em
janeiro de 1990 e término em dezembro de 2022, compreendendo as variáveis PIB e Exportações.

Análise e discussão

Conclusão:

REFERÊNCIA
ARAUJO, R.; SOARES, C. ‘Export led growth’ X ‘growth led exports’: what
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