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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO


DIRETORIA DE ENSINO – REGIÃO DE
SUZANO
E. E. P. E. I. - IIJIMA
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Vasconcelos-SP. CEP: 08533-240 – Tel.: 4678-
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ATIVIDADA AVALIATIVA

1ºBIMEST
RE
NARRATIVAS TRANSMÍDIAS
Professor: AULA 2- 2BIM TURMA 3B
ANDRÉ
EXPOSITIVA/PARTICIPATIVA
Estratég
ia
DESENVOLVIMENTO
Habilidad Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e
es
sociedades com culturas distintas diante das transformações técnicas,
tecnológicas e informacionais e dasnovas formas de trabalho ao longo do tempo,
em diferentes espaços (urbanos e rurais) econtextos.

Analisar os fundamentos da ética em diferentes culturas, tempos e espaços,


identificando processos que contribuem para a formação de sujeitos éticos que
valorizem a liberdade, cooperação, a autonomia, o empreendedorismo, a
convivência democrática e a solidariedade
O QUE VAMOS APRENDER HOJE?
ORIGEM DO MURALISMO

Video de apoio
A REVOLUÇÃO MEXICANA
Contexto histórico
Em sua obra "As Veias Abertas da América Latina", Eduardo Galeano aborda a história da
Revolução Mexicana sob uma perspectiva crítica e comprometida com a luta dos povos
latino-americanos.

Para Galeano, a Revolução Mexicana foi uma resposta às condições de exploração e


opressão que a população mexicana enfrentava no início do século XX. Ele descreve a
Revolução como uma luta popular contra as elites oligárquicas que controlavam o país e
exploravam a maioria da população. Essa elite era composta por latifundiários, empresários
e políticos corruptos, que mantinham uma grande maioria da população em condições de
miséria e opressão.

Nesse contexto, a Revolução Mexicana foi uma luta popular contra as elites oligárquicas,
que se iniciou em 1910 com o levante de Francisco Madero 1 contra o então presidente

1
Francisco Madero era um fazendeiro e um intelectual, formado em engenharia e com doutorado em filosofia. Ele era um
2

Porfirio Díaz.2 A partir daí, surgiram outros líderes populares como Emiliano Zapata 3, que
lideraram lutas por justiça social e reforma agrária.

Galeano destaca a importância dos líderes revolucionários, como Emiliano Zapata e Pancho
Villa4, que lideraram as lutas populares por justiça social e reforma agrária. Ele ressalta que
esses líderes foram capazes de mobilizar as massas camponesas e indígenas, dando-lhes
voz e poder político.

No entanto, Galeano também aponta para as limitações da Revolução Mexicana,


especialmente em relação aos direitos das mulheres e dos trabalhadores urbanos. Ele
argumenta que a Revolução não foi capaz de superar completamente as desigualdades
sociais e políticas do país, deixando muitos grupos marginalizados de fora de seus ideais.

O MURALISMO
O muralismo é uma forma de arte pública que surgiu no México na década de 1920 como
uma forma de dar visibilidade aos povos indígenas e aos trabalhadores rurais, além de
celebrar a cultura e a história do país. Essa forma de expressão artística foi liderada por
artistas como Diego Rivera, David Alfaro Siqueiros e José Clemente Orozco, que retratavam
cenas da vida cotidiana e mensagens políticas em murais colocados em edifícios públicos.

O contexto social e político do muralismo estava relacionado às mudanças políticas e


sociais ocorridas no México na década de 1910, quando a revolução trouxe uma nova
constituição que buscava promover a igualdade social. No entanto, muitas pessoas ainda
enfrentavam desigualdades econômicas e sociais, o que tornou o muralismo uma forma de
empoderamento dos marginalizados.

crítico do governo autoritário de Porfirio Díaz, que governou o México por mais de três décadas.

Em 1910, Madero lançou sua candidatura à presidência do México, mas foi preso e exilado pelo governo de Díaz. No
entanto, a prisão de Madero só aumentou sua popularidade e inspirou outras pessoas a se juntarem à sua luta contra o
governo autoritário.
2
Porfirio Díaz chegou ao poder por meio de um golpe de estado e se manteve no cargo por mais de três décadas,
implementando um regime autoritário e centralizado. Durante o porfiriato, o México passou por uma intensa modernização,
com a construção de ferrovias, a industrialização e a modernização da agricultura. Díaz atraiu investimentos estrangeiros
para o país e promoveu um discurso de progresso e desenvolvimento.

No entanto, esse progresso veio acompanhado de uma intensificação da exploração dos trabalhadores, que eram
submetidos a longas jornadas de trabalho e recebiam salários muito baixos. A maioria dos mexicanos vivia em condições de
extrema pobreza, enquanto as elites enriqueciam cada vez mais.

Além disso, durante o porfiriato, houve uma intensificação da opressão aos povos indígenas e aos camponeses. A terra, que
antes era coletiva, foi privatizada e entregue aos grandes latifundiários, deixando milhares de pessoas sem acesso a meios
de subsistência.
3
Emiliano Zapata foi um líder revolucionário mexicano, que se destacou pela luta em prol da reforma agrária e dos direitos
dos camponeses. Nascido em Morelos, em 1879, Zapata cresceu em uma família de camponeses e, desde jovem, se
envolveu em atividades políticas em defesa dos direitos dos trabalhadores rurais.

Durante a Revolução Mexicana, Zapata se tornou líder de um grupo armado que lutava contra o governo central, que
representava os interesses das elites oligárquicas e dos grandes proprietários de terras. O movimento liderado por Zapata
ficou conhecido como o Exército Libertador do Sul e defendia a distribuição das terras entre os camponeses.
4
Pancho Villa foi um dos líderes revolucionários mais importantes durante a Revolução Mexicana. Seu nome verdadeiro era
José Doroteo Arango Arámbula, mas ele ficou conhecido como Pancho Villa por causa de sua atividade como líder de uma
gangue de ladrões de cavalos. Villa liderou uma série de batalhas durante a Revolução Mexicana, incluindo a Batalha de
Ciudad Juárez, em 1911, que foi uma vitória crucial para o movimento revolucionário.
3

Em "Modernidade Líquida", Bauman argumenta que a sociedade contemporânea é


caracterizada pela fluidez das relações sociais e pela falta de compromisso com valores e
tradições, o que tem gerado uma crescente desigualdade e exclusão social. Nesse
contexto, o muralismo se torna ainda mais relevante como uma forma de dar voz aos
marginalizados e de expressar suas lutas e anseios.
Os murais representam a luta contra a desigualdade social e ajudam a promover a
conscientização sobre os problemas sociais. Como Bauman escreve: "o problema da
marginalidade é um problema que deve ser enfrentado coletivamente". Além disso, o
muralismo é uma arte que não está limitada a um museu ou galeria, mas sim está integrada
no espaço público, permitindo a democratização do acesso à arte e promovendo a conexão
comunitária.
Os murais tornam-se um marco na paisagem urbana, refletindo a cultura e os valores locais.
Como Bauman escreve: "A comunidade não pode ser compreendida como um todo se não se
tiver em conta a qualidade da vida dos que nela vivem e trabalham". Nesse sentido, o
muralismo é uma forma de arte que promove a representatividade dos grupos
marginalizados e dá visibilidade às suas lutas e anseios.

RESPONDA NO CADERNO
Como o muralismo mexicano, expressa a luta das classes marginalizadas durante a
Revolução Mexicana e como essa arte se relaciona com a obra "Modernidade Líquida" de
Zygmunt Bauman?

De que forma o porfiriato contribuiu para a Revolução Mexicana e como o pensamento de


Eduardo Galeano ajuda a entender o contexto político e social da época? Qual foi o papel de
Emiliano Zapata nesse contexto?

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