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Autismo

Se você é pai/mãe de uma criança com autismo, as  informações a seguir serão das mais
importantes que você jamais terá recebido. Fazem uma ligação entre os sintomas do
autismo e a dieta, uma relação embasada em um crescente número de estudos clínicos.

 Por exemplo, o tema da Revista de Alergia e Imunologia Clínica de fevereiro de 2001 ( 2001;
107:897) relata que um estudo foi realizado na Universidade de Minnesota, sobre respostas
imunes inatas e adquiridas em crianças com autismo do tipo regressivo, e, muitos dos
pacientes desse estudo apresentaram uma melhora de comportamento com o uso de dieta
sem glúten/sem caseína. Tal resultado é consistente com numerosos relatos que nos tem
sido enviados, ao longo de anos. Nós temos, mesmo, observado que numerosas crianças
apresentam uma reversão dramática em seus sintomas, especialmente se iniciam a dieta
em tenra idade.

Por que  alguém pensaria que uma dieta sem glúten/sem caseína poderia ser de ajuda para
crianças com desordens comportamentais?A idéia de intervenção dietética tem sua origem
em 1980, quando o cientista Jaak Panksepp percebeu que crianças autistas tinham muitas
características em comum com pessoas viciadas em drogas opióides. Os viciados geralmente
estão "em seu próprio mundo", e frequentemente exibem comportamentos estereotipados
(p.ex. agitar-se). Geralmente os viciados em opiatos são insensíveis à dor, e têm sérios
problemas gastrintestinais. Panksepp sugeriu que as crianças autistas deveriam ter,
naturalmente, níveis elevados de opióides em seu sistema nervoso central.

Essas observações levaram à realização de pesquisas na Noruega, Grã-Bretanha e Estados


Unidos. Em todos os casos foram achados níveis anormais de peptídeos na urina dessas
crianças autistas. Essas descobertas levaram à elaboração da atualmente denominada
"teoria do excesso de opióides" do autismo. Na verdade, essa hipótese preconiza que o
autismo e seus sintomas correlatos resultam da quebra incompleta de peptídeos derivados
de alimentos que contenham caseína e glúten, e da excessiva absorção desses peptídeos
( devido ao " intestino poroso"). De acordo com essa teoria, a presença desses peptídeos 
leva à desorganização dos processos bioquímicos e neuro-reguladores  do cérebro.

Uma pesquisa recente da Johnson & Johnson confirmou a presença dessas substâncias na
urina de pessoas autistas. No entanto, mais significativo ainda, um outro componente
urinário foi encontrado e identificado em pessoas autistas. É conhecido como dermorfina, é
uma substância muito alucinógena e não é encontrada na urina de nenhuma pessoa não
autista.

O que poderia determinar que tal substância estivesse presente na urina dessas crianças?
Uma teoria é que essa substãncia seria um metabólito de fungos. Em outras palavras, há
uma infecção por fungos e a demorfina seria um subproduto do metabolismo desses
microorganismos. Pode ser por esse motivo que muitas crianças autistas respondem bem a

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uma dieta de baixa ingestão de açúcar e anti-fúngica, bem como ao tratamento
medicamentoso com anti-fúngicos.

Futuramente a enzima, ou enzimas, que é inativada, ou insuficientemente ativada, para


metabolizar essas proteínas, tão comuns na dieta, será identificada. Por enquanto,
entretanto, todos os pesquisadores tem um ponto em comum – todos insistem na retirada
do glúten e da caseína da dieta de crianças pertencentes ao espectro autísta Até que os
pesquisadores descubram o motivo pelo qual essas proteínas não são quebradas, a sua
eliminação da dieta permanece sendo o único caminho para evitar danos futuros. Algumas
crianças que foram diagnosticadas como autistas e iniciaram a dieta antes dos 2 anos
perderam suas características e não precisaram de tratamento por muito mais tempo! Para
crianças que iniciam a dieta mais tardiamente esse grau de recuperação pode não ser
realístico. Mesmo assim, centenas de pais, ao redor do mundo, atestam a incrível melhora
que se consegue com a implementação de um programa de dieta SGSC.

Para mais informações  veja: " A dieta sem glúten como uma intervenção no autismo e
desordens associadas ao espectro: achados iniciais",de Whiteley et al, Autismo, vol.3 (1),
Março 1999.

Para mais informações sobre intervenção dietética e autismo veja  o seguinte link:
DariFreeandAutism

BIOLOGIA DO AUTISMO
http://www.autismcoach.com/biology_of_autism.htm

Em uma conferência sobre a Biologia do Autismo a qual compareci, em maio de 2001,


alguns dos conferencistas ajudaram na elaboração, e na explicação, do quadro complexo
que é o autismo.

O Dr. Andrew Wakefield e o Sr. Paul Shattock da Inglaterra, discutiram os aspectos


gastrintestinais do autismo. Eles, e outros pesquisadores, descobriram que as crianças
autistas não conseguem digerir sua alimentação de forma apropriada, colocando em
marcha uma cadeia de eventos muito prejudicial. A comida mal digerida no trato intestinal
torna-se um excelente meio para a multiplicação de fungos, bactérias e outros organismos
patogênicos, estressando o sistema imunológico, e contribuindo para a sindrome do
intestino permeável. Grandes moléculas dessa comida incompletamente digerida, passam
diretamente para a corrente sanguínea, desencadeando processos alérgicos. Outras
partículas dos alimentos incompletamente digeridos são similares aos opióides, que passam
diretamente para o cérebro, sobrecarregando-o com opiatos e causando danos futuros.
Além disso, se essas crianças não conseguem quebrar apropriadamente seu alimento, elas
não poderão transformar sua alimentação nos "blocos de construção" que seus organismos
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precisam para produzir hormônios e neurotrasmissores necessários ao seu desenvolvimento
correto.

O motivo pelo qual essas crianças têm problemas na digestão ainda não está
completamente caracterizado, nem há um consenso pleno em como auxiliá-las.

A despeito das questões não respondidas, há um crescente corpo de pesquisas e estatísticas


epidemiológicas apontando para a imunização como o principal fator desencadeante na
maioria dos casos de autismo. O Dr. Wakefield desenvolveu a teoria de que o autismo seria,
na verdade, uma forma especializada de colite, com inflamação crônica e danos ao
intestino, causados, em parte, por uma reação auto-imune à porção- sarampo da vacina
MMR. Em um estudo desenvolvido pelo Dr. Wakefield, encontraram anticorpos contra o
sarampo , nos gânglios linfáticos do intestino, em mais de 70% das crianças autistas.

Recomendações dietéticas e suplementos

Houve uma concordância entre os presentes à conferência que a maioria das crianças
autistas se beneficiam com uma dieta livre de glúten e caseína ( quanto mais jovem se inicia,
melhor o resultado possível). As crianças nessa dieta evitam comidas e bebidas que
contenham glúten e caseína, proteínas encontradas no leite e trigo. Essas crianças tem uma
digestão incompleta dessas proteínas, e, em virtude de serem mal digeridas, há a formação
de moléculas semelhantes à opiatos, que penetram no cérebro e interferem nas funções e
no desenvolvimento cerebral. Os presentes recomendaram produtos enzimáticos especiais,
que quebram as proteínas glúten e caseína ( como o SerenAid) como sendo uma parcela
importante do programa  nutricional implementado para ajudar essas crianças.

Outra questão abordada foi o motivo pelo qual crianças autistas não formam
desentoxicantes naturais para eliminar os metais pesados e outras toxinas de seus
organismos. As substâncias tóxicas tendem a se acumular em seus organismos,
envenenando-os.

 Os processos de metilação e sulfatação são dois dos meios naturais de um corpo saudável
eliminar as substâncias tóxicas. As crianças autistas geralmente precisam de suplementos
com as substâncias que seus organismos necessitam para levar a efeito a metilação e
sulfatação.

As vitaminas e suplementos listados abaixo são indicados para auxiliar nesses processos.

Os presentes recomendaram o uso de vitaminas do complexo B em sua forma mais bio-ativa


( a forma que é mais facilmente utilizada pelo organismo)por que as crianças autistas não
conseguem absorver, facilmente, quantidades adequadas de vitaminas do complexo B. Uma
das vitaminas mais indicada, foi a P5P, a forma bio-ativa da vitamina B6.

Quando meu filho mudou para as formas bio-ativas das vitaminas B ele ficou mais alerta, o
que contribuiu para a diminuição de seus comportamentos autistas.
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A vitamina B12 e o ácido fólico são, também, vitaminas essenciais usadas pelo organismo
no processo de desentoxicaçção. Ambos foram recomendados pelos presentes ao encontro.
Ao mesmo tempo recomendaram o uso de TMG ( trimetilglicina) ou Betaina HCL
(hidrocloridrica), ambas sendo metiladores poderosos, a fim de auxiliar no processo de
metilação.

A sulfatação também exerce um papel importante no processo de desintoxicação do


organismo, segundo Paul Shattock. Essas crianças não absorvem bem o enxofre existente
naturalmente em algumas substâncias. Ele recomenda banhos com  sais de Epsom, duas a
tres vezes por semana para ajudar na absorção de enxofre através da pele. Se bem que os
banhos sejam o melhor, ele também recomendou o uso de uma garrafa com uma esponja
( dessas de lavar pratos) para ser usada como aplicador, a fim de umedecer a pele com uma
mistura de água e sais de Epsom.

Muitos dos presentes discutiram e estão desenvolvendo um protocolo para a quelação, um


processo para ligar metais pesados, como o mercúrio e antimônio, a suplementos, os quais
serão, então, eliminados do organismo. A quelação deve ser feita sob supervisão médica, a
fim de que os metais pesados não penetrem novamente na corrente sanguínea, tornando as
coisas piores ainda. Substâncias como a L-glutationa e ácido alfalipóico são usados com essa
finalidade. A Drª Stephanie Cave recomenda fazer exames laboratoriais para determinar se
a intoxicação por metais pesados é um problema, re-testando durante a quelação.Um
comentário interessante feito por ela foi a respeito de uma criança testada que tomou
muito zinco(talvez duas vezes a dose recomendada)e eliminou muito mais metais pesados.
O zinco liga-se aos mesmos receptores que o mercúrio, assim ele impede que o mercúrio
seja reabsorvido pelo organismo. Muitas crianças autistas tem dificuldade em absorver
zinco.

Alimento para o Cérebro no Autismo


http://www.foodforthebrain.org/content.asp?id_Content=1632

Traduzido por Haydée Freire Jacques

O autismo é uma complexa desordem biológica. Os sintomas incluem: dificuldades na fala,


alterações gestuais e posturais, dificuldade para entender os sentimentos alheios, alterações
sensoriais e visuais, medos e ansiedades e alterações comportamentais tais como
comportamento obsessivo/compulsivo, e movimentos ritualísticos. A National Autistic
Society estima que existam 535.000pessoas autistas na Grã-Bretanha, com uma razão de 4
meninos afetados para cada menina.

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O que causa o autismo?
Não se conhece uma causa única para o autismo. Se bem que fatores genéticos e
ambientais estejam envolvidos. Há uma grande evidência de que a terapia nutricional pode,
realmente, fazer uma grande diferença para as crianças com autismo. Muitos tem severos
danos digestivos, portanto o principal foco deve ser restaurar o equilíbrio no sistema
digestório. Assim, pode ser necessário equilibrar a concentração de açúcar no sangue,
procurar por eventuais intoxicações por metais pesados no cérebro, eliminar aditivos
alimentares, identificar alergias alimentares e possíveis deficiências nutricionais, e
estabelecer uma ótima oferta de ácidos graxos essenciais.

DIETA E NUTRIÇÃO – MELHORANDO A DIGESTÃO

Muitos pais de crianças autistas relatam que seus filhos, em seus primeiros anos de vida,
tiveram sucessivas infecções de ouvido, ou outras infecções respiratórias, as quais foram
tratadas com repetidas antibioticoterapias. Os antibióticos de largo espectro matam tanto
as bactérias patogênicas, quanto as bactérias benéficas ao organismo, fragilizando a
barreira intestinal. Esse quadro pode levar ao que é conhecido como síndrome do intestino
poroso, na qual moléculas grandes, que em condições normais não passariam pela
membrana celular intestinal, possam penetrar até a corrente sanguínea.
Quando o Dr. Andrew Wakefield, anteriormente do Real Hospital de Londres, estudou 60
crianças autistas com problemas gastrintestinais, ele observou que as crianças autistas
tinham mais lesões intestinais que as não autistas com problemas digestivos similares. Na
verdade, mais de 90% das crianças autistas tem inflamação crônica no intestino devido à
infecções.
Assim, se seu filho é autista, restaurar a saúde intestinal é vital. Você pode começar, de
modo simples, suplementando as enzimas digestivas, e administrando probióticos  para
restabelecer o equilíbrio das bacterias intestinais. Ambas medidas ajudam a restabelecer a
saúde intestinal, promovendo uma absorção normal, e os resultados clínicos são positivos
nas crianças autistas.

EQUILIBRIO DO AÇÚCAR NO SANGUE

Há uma grande superposição entre o TDA-H e autismo, assim para as crianças autistas que
apresentam sintomas de hiperatividade, implementar o equilíbrio do nível de açúcar no
sangue é imperativo. Estudos dietéticos demostram, claramente, que as crianças hiperativas
comem mais açúcar que outras crianças. Outras pesquisas confirmam que o problema não é
o açúcar em si, mas a forma como ele é administrado, a ausência de uma dieta equilibrada
sobretudo, e um metabolismo da glicose anormal. Um estudo com 265 crianças hiperativas
demonstrou que mais de ¾ delas apresentavam tolerância anormal à glicose – isso é, seus
organismos eram menos capazes de lidar com a oferta de açúcar mantendo níveis
equilibrados no sangue.
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Em todo caso, quando uma criança está sempre comendo carboidratos refinados, doces,
chocolates, bebidas gasosas, sucos e pouca, ou nenhuma, fibra para retardar a absorção da
glicose, os níveis de glicose em seu sangue oscilarão continuamente, desencadeando
oscilações em seus níveis de atividade, concentração, foco e comportamento. Isso,
certamente, não ajuda o funcionamento cerebral de nenhuma criança.
Contra-indicações medicamentosas – a medicação para diabetes deve ser monitorada de
perto, pois as doses podem precisar de ajuste (diminuição).

AUMENTO DE ÔMEGA 3

Nos autistas a deficiência de ácidos graxos essenciais é frequente. Pesquisa realizada pelo
Dr. Gordon Bell, da Universidade Stirling, demonstrou que algumas crianças autistas tem um
defeito enzimático, o que leva à remoção de ácidos graxos das membranas das células do
cérebro muito mais rapidamente que o necessário. Isso significa que uma criança autista
pode necessitar de um aporte maior de ácidos graxos essenciais que a média das crianças.
Também se verificou, clínicamente, que a suplementação de EPA, pode diminuir a atividade
dessa enzima defeituosa, melhorar o comportamento, humor, imaginação, fala espontânea,
padrões de sono e foco em crianças autistas.
Efeitos colaterais – raramente, se iniciarmos com dose muito alta, pode ocasionar diarréia.
Contra-indicação – os ácidos graxos essenciais podem ocasionar o “afinamento do sangue”,
por isso não devem ser administrados concomitantemente com medicação para “afinar o
sangue”.

AUMENTO DE VITAMINAS E MINERAIS

Sabemos, desde os anos ’70 que uma abordagem nutricional pode ajudar aos autistas,
graças aos estudos pioneiros de Dr. Bernard Rimland, do Instituto de Pesquisa do
Desenvolvimento Infantil, em San Diego, Califórinia. Ele mostrou que a suplementação das
vitaminas B6, C e do magnésio melhorava significativamente os sintomas de crianças
autistas. Em um de seus primeiros estudos, e, 1978, 12 de 16 crianças melhoraram, e então
pioraram quando os suplementos foram substituídos por placebo. Nas décadas seguintes
aos estudos do Dr. Rimland, muitos outros pesquisadores  obtiveram os mesmos resultados
com essa abordagem.
Entretanto, outros falharam em conseguir bons resultados com o uso de certos nutrientes.
Por exemplo, em um estudo francês, com 60 crianças autistas, verificou-se que elas
melhoraram significativamente com uma combinação de vitamina B6 e magnésio, mas não
quando cada nutriente era usado separadamente. Esse estudo mostra como é importante o
equilíbrio correto desses elementos. Parece que é diferente para cada indivíduo.
A vitamina B6, em particular, pode ajudar, em parte devido ao fato de que muitas crianças
autistas, ou com problemas de aprendizagem, tem piroluria, uma condição em que, por
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razões genéticas, são excretados pela urina altos níveis de uma substância chamada
criptopirrole, e isso causa deficiência de zinco e vitamina B6.Toda criança autista deve ser
testada para piroluria, o que pode ser feito com um simples e barato exame de urina para
detectar a presença de criptopirrole. A suplementação com vitamina B6 e zinco, nesses
casos, leva a grandes melhoras.
A pediatra Mary Megson, de Richmond, Virginia, acredita que muitas crianças autistas tem
deficiência de vitamina A. Também conhecida por Retinol, a vitamina A é essencial para a
visão.Também é necessária para a formação de células intestinais e cerebrais saudáveis.
As melhores fontes de vitamina A são o leite materno, vísceras, gordura do leite, peixe e
óleo de fígado de bacalhau. Nenhuma dessas fontes é muito comum na dieta atual. Em vez
disso temos fórmulas de leites maternizados, alimentos fortificados e multivitamínicos,
muitos deles contendo uma forma alterada do retinol, que é o palmitato de retinil, que não
funciona tão bem quanto o retinol de origem animal . A Drª Megson começou a se
perguntar o que aconteceria se essas crianças não tivessem uma oferta suficiente de retinol
natural.
Ela percebeu que essa falta não somente afetaria a integridade do trato digestivo, podendo
levar à alergias. Essa carência também afetaria o desenvolvimento de seus cérebros, e
causaria alterações na visão.Tanto as alterações visuais quanto cerebrais foram observadas
em crianças autistas. Os defeitos visuais, deduziu a Drª Megson, seriam uma pista
importante, pois a falta de vitamina A pode acarretar  uma visão em preto e branco muito
pobre, o que é um sintoma comum em parentes de crianças autistas. Se você não consegue
ver em branco e preto, você não consegue ver as sombras. E sem sombras você perde a
capacidade de ver em três dimensões. Isso torna a pessoa menos capaz de avaliar as
expressões faciais das pessoas, o que pode explicar o motivo pelo qual autistas não olham
diretamente para as pessoas. Elas olham “de lado”. Longe de significar falta de socialização,
essa técnica de olhar de lado pode ser a melhor maneira deles observarem as expressões
faciais das pessoas, pois há mais receptores para a luz branca e preta nas regiões periféricas
do campo visual do que no centro.
Efeitos colaterais – altas doses de qualquer nutriente, mesmo água, podem ser tóxicas. Por
isso recomenda-se sempre a supervisão médica. No entanto, sobre-doses de minerais e
vitaminas costumam ser seguras.
Contra-indicações – não há.

EVITANDO AS ALERGIAS ALIMENTARES

Um dos fatores que contribuem de forma significativa para o autismo são os alimentos e


produtos químicos indesejáveis, que geralmente chegam ao cérebro pela corrente
sanguínea, devido aos problemas de digestão e absorção. Os relatos de pais, falando das
melhoras obtidas por seus filhos após a mudança dietética, foram uma mola propulsora
para o reconhecimento da importância da intervenção dietética.

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A mais forte evidência direta da ligação entre autismo e alimentos diz respeito ao trigo e
laticínios, e suas proteínas específicas, chamadas de glúten e caseína. São difíceis de
digerir e, se introduzidos muito cedo na vida, podem levar à alergias. Fragmentos dessas
proteínas, chamados de peptídeos, podem causar um sério impacto no cérebro.
Eles podem agir diretamente no cérebro, de forma similar aos opióides naturais do
organismo (tais como as encefalinas e enorfinas), e, por isso, são chamados também de
exorfinas. Ou eles podem inativar as enzimas que quebrariam esses compostos que ocorrem
naturalmente no organismo. Em ambos os casos o resultado seria um aumento da atividade
opióide, levando a muitos sintomas que descrevemos como autismo. Os pesquisadores da
Unidade de Pesquisa em Autismo da Universidade de Sunderland acharam altos níveis
desses peptídeos no sangue e na urina de crianças com autismo.
Os peptídeos exorfínicos são derivados da digestão incompleta de proteínas,
particularmente de comidas que contenham glúten e caseína. Um deles, denominado IAG,
derivado do glúten do trigo, foi detectado em 80% dos pacientes autistas. Assim, o primeiro
problema é a digestão incompleta das proteínas. A falta de quantidades suficientes de zinco
e vitamina B6 pode contribuir para essa situação, já que ambos são necessários para a
formação dos ácidos gástricos e das enzimas digestivas, e sabemos que são deficientes em
crianças com piroluria, como vimos acima.
 
Existem muitos relatos, feitos por pais de crianças autistas, sobre as incríveis melhoras que
seus filhos apresentaram quando a caseína (proteína do leite) e o glúten (proteína do trigo,
aveia, cevada e centeio) foram retirados de sua dieta. O Dr. Robert Cade, professor de
medicina e fisiologia da Universidade da Flórida, observou que assim que os níveis desses
peptídeos começam a diminuir, os sintomas do autismo também regridem. “Se (os níveis de
peptídeos) forem reduzidos para patamares normais, nós observaremos melhoras
dramáticas”, relatou o Dr. Cade.
Se você decidir seguir esse caminho com seu filho, você vai precisar de uma abordagem
cuidadosa. A Unidade de pesquisa em Autismo da Universidade de Sunderland recomenda
uma retirada gradual dos alimentos, aguardando três semanas após a eliminação dos
laticínios (caseína) antes de remover trigo, aveia, cevada e centeio (glúten)da dieta.
Inicialmente, nessa fase de adaptação, os sintomas podem piorar um pouco.
Retire um alimento por vez, e observe o comportamento e sintomas de seu filho a cada
alimento que ele ingere. Isso ajuda a identificar a quais alimentos ele pode ser sensível –
frutas cítricas, chocolates, corantes alimentícios artificiais, salicilatos, ovos, tomates,
avocados, pimenta vermelha, soja e milho.
 
Lembre-se, a maioria desses alimentos tem valor nutricional, portanto, esteja certo de estar
substituindo tais alimentos por outros, e não somente retirando-os. Esse processo é mais
facilmente realizado sob supervisão de um bom nutricionista.

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Efeitos colaterais – se a retirada é feita muito rapidamente pode acontecer um
recrudescimento dos sintomas. Qualquer mudança significativa de dieta deve ser feita com
aconselhamento de um nutricionista.
Contra-indicações – não existem.

Ciência ajuda a validar dieta especial para o autismo, esperança


pode está nas mãos dos pais.
Artigo Retirado do http://www.PRWEB.com/ todos os direitos reservados

Tradução de Luiz Dias do site WWW.autismoinfantil.com.br

Novos dados ciêntíficos e opinião suporta nutrição e intervenção dietética como ajuda para
quem tem autismo. O livro recentemente atualizado pela especialista em dieta no Autismo,
Alimentando as esperanças (Nourishing Hope), explica a razão científica para usar a dieta.

Para cada 150 crianças diagnosticadas com autismo, tradicionalmente pensando, são
recomendadas apenas terapias de comportamento e de comunicação e medicamentos para
controlar os sintomas. Julie Matthews, diplomada em consultoria nutricional e autora do
livro "Alimentando as esperanças" sabe que alguma coisa está faltando. Opções de
tratamentos tem sido limitadas devido a uma perspectiva de o autismo ser estritamente
cerebral ou desordem psiquiátrica. "Felizmente a ciência esta repensando o autismo e
novos dados suportam a idéia de que uma dieta especial pode ajudar”, diz Julie.

Cientistas da Universidade Ocidental de Ontário recentemente ligaram o composto


produzido no sistema digestivo (também encontrado em trigo e produtos do leite) ao
comportamente tipo autístico, que pode demonstrar que o que as crianças autistas comem
pode alterar o funcionamento cerebral. Comentando sobre o estudo, Dra. Martha Herbert,
Professora assistente em Neurologia na Universidade de Medicina de Harvard, disse
recentemente a CBC news no Canadá, "Agora nós estamos aprendendo que o cérebro e o
corpo podem influenciar um ao outro. Há compostos químicos produzidos e infuenciados
por alimentos que têm capacidade de afetar o cérebro." Se esses alimentos forem
removidos, os impactos negativos podem deixar de existir”.

A nova edição do livro de Matthews, Alimentando Esperanças, destaca pesquisas recentes


em bioquímica e nutrição para autismo, e explica a reação científica a uma intervenção na
dieta para ajudar na restauração da saúde. Médicos e pesquisadores estão agora
reconhecendo o que especialistas em nutrição como Julie tem conhecimento há anos, que o

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cérebro é uma "corrente que descende" da bioquímica do corpo, e não existe origem única
dos problemas vistos no autismo.

De fato, o editor chefe do jornal de revisão, Terapias Alternativas na Saúde e Medicina


"Alternative Therapies in Health and Medicine", Mark A. Hyman, M.D., propõe um novo
"sistema no modo de pensar" sobre autismo, em seu artigo atual, Is The Cure For Brain
Disorders Outside The Brain? - (A cura para desordens cerebrais está fora do cérebro?). Ele
diz que deficiência nutricional e desigualdades podem explicar alguns sintomas do autismo
e que "a influência do corpo no cérebro deve vir para a vanguarda de pesquisa e
tratamento."

Para ajudar a tratar o autismo, Julie recomenda evitar glúten e caseína (trigo e leite) por
que esses alimentos são conhecidos por afetar uma resposta no cérebro, como semelhante
a morfina, levando a pensamentos desorientados, e desejos por alimentos em crianças. Ela
também sugere introduzir alimentos que são fáceis de digerir, ricos em bactérias boas, e
ricos em nutrientes, tais como sopas de legumes, alimentos naturalmente fermentados, e
purê de legumes escondidos em almôndegas, assim também como suplementos tais como
óleo de fígado de bacalhau, probióticos (bactérias boas), vitamina B6, Magnésio, e zinco.

Crianças com autismo têm a tendência a ter uma dieta muito limitada, a idéia de retirar o
trigo e o leite pode ser um desafio inicialmente para alguns pais porém, Julie encoraja
explicando "uma vez que você retira o alimento problemático que pode ser aditivo, as
crianças podem expandir suas dietas abundantemente." Milhares de pais que têm usado
intervenção nutricional, confirmando que o que eles dão a seus filhos claramente faz a
diferença.

Já que os pais determinam as dietas de seus filhos, essa chave para o autismo está
literalmente em suas mãos.

Julie Matthews é uma Consultora diplomada em Nutrição especializada em desordens do


espectro. Ela é palestrante nacional em conferências sobre autismo, e faz demonstrações
de preparação de alimentos tradicionais que curam.

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INTERVENÇÃO DIETÉTICA E AUTISMO
Tradução de Paulo Maciel
www.donnawilliams.net

Como muitas pessoas sabem eu sou uma das que foram auxiliadas pela intervenção
dietética.

Em meu caso, isso envolveu suplementos nutricionais junto com uma dieta livre de glúten e
laticínios e baixa de Salicilatos.

Até que minha deficiência imune foi direcionada eu não podia também com açúcar, e como
8% das pessoas no espectro eu não tinha nenhuma IgA secretória (não a que existe no seu
sangue mas aquela que aparece nas membranas mucosas do intestino, orelhas, nariz,
garganta, pulmões e também é chamada IgA Salivar, a falta de IgA secretória significa você
ser incapaz de lutar contra infecções, inclusive a Cândida que é alimentada através do
açúcar da dieta e também significa não ter o suficiente, ou quaisquer dos mensageiros que
avisam para o corpo enviar enzimas para digerir os alimentos).

Atualmente existem diferentes grupos sob o nome da palavra 'autismo'. Às vezes você
conhece pessoas que estão em mais de um destes grupos. Às vezes alguém com autismo
está só em um destes grupos, outras vezes não está em quaisquer destes grupos!

Assim algumas das estatísticas são:

• 80% das pessoas no espectro autista não podem digerir laticínios & glúten por uma
variedade de razões diferentes (Shattock, Universidade de Sunderland)

• 60% das pessoas no espectro autista não podem usar Salicilatos por uma variedade de
razões diferentes (Waring, Universidade de Birmingham)

• 20% das pessoas no espectro autista têm IgA salivar baixo. e

• 8% não têm nada por uma variedade de razões diferentes (Gupta)

• Há também aqueles que são intolerantes ao Fenol (eu fui diagnosticada como também
estando neste grupo, mas a dieta para os salicilatos corta muitos dos fenóis também).

• E há aqueles que segundo notícias não podem ingerir comidas com pigmentos amarelos e
alaranjados.

• E há aqueles que segundo notícias não podem comer amido, inclusive batatas, arroz e
milho.

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• E há aqueles com alergias de comida específicas que podem afetar severamente como
eles processam as informações.

• E há aqueles que simplesmente têm desequilíbrios de neurotransmissores, às vezes


afetados por dietas terapêuticas e outras vezes não afetados pelas dietas que
freqüentemente são controlados com baixas doses do medicamento certo.

• E há também aqueles com epilepsia que novamente às vezes são ativados por processos
dietéticos tratáveis e às vezes não tem conexão com eles e podem ser freqüentemente
controlados com baixas doses do medicamento certo.

• Existem aqueles com deficiências imunes múltiplas que podem ser ficar piores através de
tensão crônica, desordens do humor sem tratamento, ativados pela agressão ambiental,
etc...

• Aqui existem aqueles com doença celíaca adicional, Crohn ou colites e muitos que
desenvolvem lesão intestinal e deficiência imune que não têm nenhuma destas outras
condições intestinais ou a pessoa podem ter ambos.

• Pode ser padrões de herança e aspectos que são progressivamente adquiridos pelo longo
impacto da tensão crônica severa sobre a digestão / imunidade ou por causa de questões
dietéticas (p.ex. muito açúcar) ou agressão ambiental ( p.ex. uso repetido de antibióticos
etc etc).

• E há aqueles com questões de organização neurológica como integração esquerda-direita


que pode ter sido afetada por condições de dieta / imunidade ou pode ter sido
independente destes fatores e às vezes pode ser melhorada por exercícios padronizados.

• E podem haver questões de identidade marcadas por velhos padrões de comportamento


mesmo quando as causas subjacentes foram tratadas ou que são relutantes em deixar o
comportamento redundante porque eles já conseguiram controlar o ambiente e temem
que eles ficariam entre os outros em face da mudança. Há estratégias respeitosas para se
opor ao ego que derrotam identificações e padrões redundantes.

Assim, como você vê, é tudo tão claro como um pântano.

Existem muitos testes invasivos para encontrar aonde alguém está em tudo isso mas ao
término do dia é uma questão de olhar para os sinais, a história familiar, os
comportamentos específicos e os sintomas associados com diferentes problemas imunes e
intestinais e trabalhando isso, em qualquer lugar, com alguém com autismo, é provável
encaixá-lo e ajustá-lo.

Basicamente isto é sair do "rótulo" e olhar para os sistemas de trabalho que dão condições
de ir além.

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