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Estratégias suplementares...........................................................13
Há mais de dois mil anos, Hipócrates (460 - 377 a.C.), considerado o pai da
medicina, afirmou que todas as doenças começam no aparelho digestivo. Muitos
anos foram necessários para que a ciência e a prática médica entenderem o
quão certo estava esse filósofo e médico grego, que me inspira diariamente.
Não foi à toa que eu, Drª Denise de Carvalho, me especializei no trato digestivo,
mas, hoje, cuido das pessoas com um olhar mais carinhoso, mais integrativo.
Tudo aquilo que venho estudando e praticando me faz concordar com o pai
da medicina e prestar uma atenção especial nos intestinos, sem perder a
ênfase integrativa e carinhosa. Dessa forma, considero que sou uma profunda
conhecedora da microbiota intestinal.
É possível dizer que existem mais bactérias do que seres humanos neste
planeta chamado Terra. O intestino humano contém 10 vezes mais bactérias do
que todas as células do corpo, com mais de 400 espécies conhecidas. Imagine
quantas bactérias, então, convivem dentro da sua casa, do seu condomínio,
da sua cidade… no mundo todo!
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• Promoção da função gastrointestinal normal;
• Regulação do metabolismo.
Para algumas pessoas, essas informações bastam para que o cuidado com
a microbiota seja maior e priorizado. Porém, se você ainda precisa de mais
informações para se convencer, vem comigo.
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Muitas teorias surgem para justificar esse aumento, e alguns culpam o excesso
de exposição aos agentes tóxicos (como agrotóxicos e produtos químicos na
nossa alimentação) ou o aumento significativo da carga de estresse a que somos
expostos diariamente em comparação ao que nos expúnhamos décadas atrás.
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• Antibióticos e outros remédios como pílulas anticoncepcionais e
anti-inflamatórios não esteroides. Quantas vezes, no último mês,
você tomou um deles?
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intestinais. Vários estudos constataram mudança de composição por conta da
medicação. E o que agrava a situação é que, sem intervenção, não é possível
recuperar a população microbiana.
Pense que as paredes que revestem o seu intestino são um revestimento que
funcionam como peneiras atentas. Quando esse revestimento está danificado,
inflamado, a peneira está com seus furos alargados. Sendo assim, grandes
moléculas, como as de proteína, acabam passando e escapando para a
corrente sanguínea.
Seu corpo, esperto que é, não reconhece essa molécula. Então, ele cria uma
resposta imunológica em forma de ataque.
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Como saber se seu intestino apresenta ou não permeabilidade aumentada?
Ou seja, tomar conta daquilo que entra dentro de você, por meio da sua
alimentação, é o primeiro passo para ativar a chave que desliga as doenças.
A proteína culpada
Existe uma proteína, chamada zonulina, que aumenta a permeabilidade intestinal
em humanos e, também, em animais.
A zonulina é uma descoberta científica recente. Foi o Dr. Alessio Fasano que,
em meados dos anos 2000, em meio aos estudos conjuntos com a Maryland
School of Medicine, identificou que essa proteína exerce um papel fisiológico
importante nos intestinos: ela modula a permeabilidade das junções das células
intestinais.
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intestino permeável?
Compreende a relação?
No caso do glúten, por exemplo, ele possui uma proteína chamada gliadina que
aumenta a produção de zonulina e, consequentemente, favorece um intestino
cada vez mais permeável.
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Parte 2 - Como restaurar seu intestino
O que listo aqui serve, de modo geral, a todas as pessoas que lutam para
melhorar as condições de seus intestinos e, consequentemente, sistemas
digestivos.
Vamos lá?!
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Passo #2 - Reduza o consumo de carboidratos simples e o
trigo
Lembre-se que, na Parte 1 desta publicação, eu te expliquei como o consumo
da proteína glúten, contida no trigo, contribui para a produção de uma outra
proteína chamada zonulina, que aumenta a permeabilidade intestinal, abrindo
caminho para substâncias que não deveriam entrar em sua corrente sanguínea
e, também, para as doenças autoimunes.
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considerados “socialmente aceitos”.
Compreendo que muitas pessoas possam torcer o nariz para essa minha
recomendação, porém, o leite de vaca pode ser muito inflamatório para mucosa
intestinal.
Isso acontece porque, ao expor a proteína caseína A1, contida no leite de vaca,
às enzimas digestivas humanas, há a formação de uma substância chamada
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de “beta casemorfina 7”.
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Estratégias suplementares
Su.ple.men.tar
Adjetivo
1. relativo a suplemento. 2. que serve de suplemento para suprir o
que falta. 3. que amplia ou completa; complementar.
Verbo
1. que se acrescenta como suplemento; adicional. 2. acrescentar
alguma coisa a; fornecer suplemento para. 3. servir de suplemento
ou aditamento. 4. suprir ou compensar a deficiência.
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Gengibre
Pode ser consumido fresco, na forma de extrato seco ou líquido, como óleo
essencial (para uso direto na pele da região abdominal) ou mesmo como um
chá. Use 30 minutos antes das refeições.
Alcachofra
Estimulante do apetite, essa planta reduz náuseas, flatulências, sensação de
empachamento e dores no estômago.
Dente-de-leão
Há tempos, as raízes e folhas de dente-de-leão têm sido usadas para melhorar
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o fluxo da bile, a perda de apetites e a dispepsia (dores na região superior do
abdômen).
Limão
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seu uso não altera o pH do suco gástrico. E mais, a substância agiu em todos
os níveis de gravidade das ulcerações e reduziu a zero o nível de tais lesões.
Sendo assim, recomendo que você priorize o uso dessa planta, que pode
ser feito em forma de chás ou extrato seco, para lesões aguda das mucosas
gastrointestinais.
Vitaminas do complexo B
• Ácido pantotênico (B5);
• Riboflavina (B2);
• Tiamina (B1);
• Piridoxima (B6);
• Metilfolato (B9);
• Metilcobalamina (B12).
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Minha recomendação é que todos em tratamento gastrointestinal devem ter
níveis otimizados dessas substâncias, conforme a necessidade.
Magnésio
Esse mineral essencial tem níveis endemicamente baixos nas populações,
principalmente mais idosas. Sua falta pode causar dores abdominais,
constipações, diminuição das enzimas digestivas e até cálculos nas vesículas.
Vitamina D3
A ação da vitamina D3 vai além da questão de imunidade. Sua deficiência
altera a produção das vitaminas do complexo B pela microbiota e altera o
estado inflamatório dos intestinos.
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você evacue dia sim, dia não, ou mesmo a cada três dias. Pois bem, sinto dizer
que você pode até considerar normal, mas isso não quer dizer bem.
Seu intestino precisa funcionar todos os dias. Porém, não adianta funcionar e
você ter uma diarreia diariamente. Para isso, o meu conselho é que você se
desprensa e analise as suas fezes por meio da Escala de Bristol.
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O ideal, como eu disse é que você evacue todos os dias, com fezes entre os
tipos três e quatro.
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capazes de aumentar a movimentação (motilidade) do seu intesti-
no, principalmente em mulheres.
• Melhora do sono;
• Qualidade da água;
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• Uso de medicamentos; e
Probióticos
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Fermentados
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Parte 3 - O estilo de vida moderno “mata” o
intestino
• Infecções crônicas.
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Isso significa que, se você apresenta um intestino permeável, provavelmente
tem uma microbiota em desequilíbrio. Quando sua microbiota intestinal está
com problemas, você apresenta inflamação.
Outros problemas também podem ser reflexo dessa resposta sistêmica, como
insuficiência cardíaca, depressão, cérebro nebuloso, eczema/psoríase e outros
problemas de pele, problemas metabólicos, como obesidade, diabetes e
alergias, asma.
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Estresse é uma palavra bastante ampla e se refere às ameaças reais — ou
percebidas — ao equilíbrio do organismo, provocando respostas adaptativas
do corpo manter a estabilidade interna e garantir, assim, a sobrevivência.
Você deve estar se perguntando o que tudo isso tem a ver com a sua digestão
ou com o seu intestino, não é mesmo?!
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a secreção de cortisol nas glândulas adrenais. Além de o estresse afetar a
função fisiológica do intestino, também causa mudanças na composição da
microbiota, possivelmente devido a mudanças nos níveis de neurotransmissores
e de citocinas inflamatórias.
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