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do Barão de Munchausen
Rudolph Erich Raspe
Tradução e adaptação
Heloisa Prieto
Ilustrações
Laerte
Elaboração
Roseli Novak
Coordenação
Maria José Nóbrega
1. Leia para a turma o prefácio, que está na 1. Peça aos alunos que releiam o livro até o
página 6. Explique que o narrador do texto é um narra- capítulo 5 da primeira parte. Peça que escolham den-
dor em 1a pessoa, ou seja, um narrador-personagem ou tre os capítulos lidos o fato mais inacreditável, o mais
narrador-testemunha. Lembre aos alunos que uma das pitoresco, o mais ousado, o mais esquisito. Sugira a eles
características de um narrador desse tipo é que conta que primeiro escrevam os fatos no caderno, para de-
sua história sempre de forma parcial, considerando um pois relatá-los para a turma.
único ponto de vista: o seu.
2. Proponha um exercício que faça os alunos
2. Outro conceito importante de ser trabalha- observarem a importância do narrador. Peça a eles que
do é o de verossimilhança. A palavra verossímil é muito escolham um episódio de algum capítulo e reescrevam
comum no âmbito da literatura. Os autores de textos como se um outro personagem, que não o Barão fosse
literários esforçam-se muitas vezes para escrever tex- o narrador. Depois de pronta a nova versão, peça aos
tos verossímeis, isto é, que pareçam verdadeiros, com alunos para lerem para a classe.
nexo e harmonia entre os fatos, para que os leitores
não sintam que o texto contraria a realidade. Logo no 3. Leia para os alunos a história de Jonas, que
prefácio o narrador avisa ao leitor que ele estranhará está no Antigo Testamento. Lembre que histórias como
as peripécias corajosas e originais que provavelmente a de Adão e Eva, de Caim e Abel, do Dilúvio e da Arca
parecerão inverossímeis. Comente com os alunos que de Noé, narradas no Antigo Testamento, são narrativas
esse é um truque persuasivo que eles logo verão (assim que dão origem a outras histórias. Vai ser interessante
que começarem a ler as histórias) se é convincente comparar o relato bíblico de Jonas ao capítulo 7 da se-
ou não. gunda parte do livro.
3. Pergunte aos alunos se conhecem os três 4. Peça aos alunos para relerem o capítulo 9
aventureiros que assinam a carta que afirma a veraci- do livro, para perceberem o tipo de humor do narrador.
dade de tudo o que o Barão viveu. Verifique se os alunos perceberam a relação sutil entre
a ausência de médicos e a diminuição do número de
4. Faça uma leitura compartilhada do primeiro mortos na cidade.
capítulo. Colha as impressões dos alunos sobre as aven-
turas narradas. 5. Nos capítulos 5 e 11, há referências sobre a
lua, sobre viagens à Lua. Lembrando os alunos de que
5. Converse com os alunos sobre o que é ve- o livro é do final do século XVIII, peça a eles que, a partir
rossímil ou não no capítulo. Junto com os estudantes da releitura dos dois capítulos, escrevam um texto so-
busque passagens que são verdadeiros truques que bre como os homens antigos viam a Lua.
o narrador usa, para não correr riscos de haver outras
versões dos fatos que está narrando. Exemplo: “acabei 6. Organize com sua turma uma noite de “con-
me afastando de meus companheiros, por isso nin- tação” de histórias fantásticas. Cada estudante pode
guém assistiu às cenas que vou lhes contar”. preparar uma história ou um “causo” e contar numa
roda. Comes e bebes podem ser preparados especial-
6. Peça aos alunos que leiam os outros capítu- mente para o sarau. Atividades assim mobilizam os alu-
los do livro, fazendo anotações do que pode ser consi- nos, os aproximam do professor e são muito
derado verossímil e do que é inverossímil. Peça tam- prazerosas.
bém que anotem frases do narrador que podem ser
consideradas truques persuasivos, ou maneiras de tor-
nar o texto mais convincente.