Você está na página 1de 9

Aconselhamento e Orientação em psicologia

A atuação do conselheiro e as diferentes abordagens psicológicas

Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso significa que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a
qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos
ficam desabilitados. Por essa razão, fique atento: sempre
que possível, opte pela versão digital. Bons estudos!

Nesta webaula, analisaremos a atuação do conselheiro sob o prisma de diferentes abordagens em psicologia.

Aconselhamento: abordagens psicológicas e orientação online

Aconselhamento e abordagens em psicologia

De forma geral, no Brasil, grande parte da atuação em na área do aconselhamento é fortemente influenciada pelo
pensamento de Rogers e pela abordagem centrada na pessoa, de aconselhamento não diretivo. No entanto, a
atuação na área
do aconselhamento pode ser também influenciada pelas diferentes abordagens teóricas em
psicologia.

Cabe lembrar que o aconselhamento psicológico, em sua origem estado unidense, se dava inicialmente de
forma mais “neutra”, e somente após o “boom” do aconselhamento, principalmente a partir da década de 60,
começou
a ser mais claramente influenciado pelas diversas abordagens teóricas me psicologia.

Inicialmente, no contexto estadunidense, onde se deu início o aconselhamento, esse processo se dava como
chamamos hoje de aconselhamento diretivo. Após as publicações e o ganho de notoriedade do trabalho de
Rogers,
as perspectiva não-diretiva ganhou força e houve uma embate entre essas duas abordagens. Após um
tempo, ainda que não tenha ocorrido um consenso geral, começou-se a considerar que ambos estilos tem sua
validade,
que profissionais de ambos os estilos tem um trabalho efetivo e que os clientes, alguns mais por uma
linha e outros por outra, também podem ser ajudados pelos dois lados.

Fonte: Shutterstock.

Após este entendimento, houve uma maior abertura para a influência de outras abordagens psicológicas, que
foram se apropriando e contribuindo para a prática do aconselhamento.

Orientação psicológica online

O objetivo consiste em auxiliar o cliente na resolução de questões pontuais como término de relacionamento,
timidez, ansiedade, insegurança, dificuldades de relacionamento, conflitos emocionais, baixa autoestima, estresse,
tristeza,
solidão, medos.

Com o crescente acesso da população a diferentes tipos de serviços virtuais, incluindo serviços de saúde de modo
geral, a internet passa a ocupar a rotina de milhares de brasileiros.

De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2011, 77,7 milhões de brasileiros com
10 anos ou mais de idade acessaram a Internet; 10 milhões a mais de internautas que em 2009. De
2005 para
2011, o total de pessoas que utilizaram a Internet aumentou 143,8%, ou seja, em seis anos o crescimento foi
de 45,8 milhões.

Diante desta nova realidade sociocultural, a psicologia enquanto


profissão vem se adaptando e passa a
oferecer serviços psicológicos online, incluindo a orientação psicológica.

Com o objetivo de orientar e regulamentar a oferta de serviços psicológicos mediados pelo computador, o
Conselho Federal de Psicologia (CFP), promulgou quatro resoluções:

CFP No 003/2000.

CFP No 012/2005.

CFP No 011/2012.

CFP No 011/2018 (a mais recente que atualiza as anteriores). Nesta resolução o CFP define que o atendimento
à crianças e adolescentes, modificando a resolução anterior, é permitido, desde que com o consentimento de
um dos responsáveis.

O atendimento de pessoas e grupos em situação de urgência e emergência pelos meios de tecnologia e


informação previstos nesta Resolução é inadequado, devendo a prestação desse tipo de serviço ser executado por
profissionais
e equipes de forma presencial. O atendimento a pessoas e grupos em situação de emergência e
desastre é vedado, bem como o de pessoas em situação de violação de direitos e violência.

A orientação psicológica online pode ser realizada de várias formas. Através de comunicação assíncrona, como o
e-mail, ou de comunicação síncrona, como o chat, mensagens instantâneas e vídeo
conferência. Na comunicação
assíncrona, o atendimento não ocorre em tempo real; as pessoas não estão diante o computador ao mesmo
tempo. Na comunicação síncrona, o atendimento acontece
em tempo real, ou seja, o cliente e o psicólogo estão
interagindo entre si ao mesmo. As ferramentas utilizadas no atendimentos podem ser softwares tais como: Skype,
MSN, Whatsapp, e-mail
ou sala virtual integrada ao website.

Fonte: Shutterstock.

Para quem é indicado?

Pessoas que, a depender de suas dificuldades, necessitam receber um primeiro acolhimento, o que
facilita esclarecimentos a respeito de suas questões e o incentivo para buscar um atendimento
psicoterápico (Farah, 2013).

Que apresentam timidez ou fobia excessiva.

Brasileiros que moram no exterior.

Pessoas com dúvidas diante uma determinada situação e que desejam trabalhar uma tomada de
decisão.

Pessoas que buscam resolver conflitos pontuais como término de relacionamento, timidez, ansiedade,
insegurança, dificuldades de relacionamento, conflitos emocionais, baixa autoestima,
estresse, tristeza,
solidão, medos.

Farah (2013), acrescenta que este tipo de atendimento também beneficia pessoas que, a depender de suas
dificuldades, necessitam receber um primeiro acolhimento, o que facilita esclarecimentos a respeito
de suas
questões e o incentivo para buscar um atendimento psicoterápico.

O psicólogo que queira oferecer a orientação psicológica, precisa seguir algumas regras criadas pelo Conselho
Federal de Psicologia. Deverão estar com seu site cadastrado no Conselho Federal de Psicologia
ou fazer parte de
um site já cadastrado. Este Conselho, ao autorizar um site, emite uma credencial de autenticação na forma de selo
eletrônico, constando: ano de sua concessão e prazo de validade. Além
disto, precisa estar devidamente inscrito
em um Conselho Regional de Psicologia (CRP); adimplente no conselho e ter um site de acordo com as exigências
da resolução do CFP.

A mensagem principal é que não devemos nos privar deste novo modelo de atendimento, mas sim entender
as suas peculiaridades e trabalhar de modo ético e responsável para que possamos
oferecer um
atendimento online de qualidade.

Aconselhamento: abordagens humanistas, existenciais e psicanálise

Aconselhamento e abordagens teóricas em psicologia

O trabalho de Freud não era considerado importante para a prática de aconselhamento, pois visava o alívio de
problemas emocionais sérios, e o aconselhamento, nos seus primeiros anos, enfocava a tomada
de decisão. Após
Rogers ter aberto o caminho para os conselheiros trabalharem com a emoção humana, a obra freudiana foi
descoberta pelos profissionais do aconselhamento.

De forma diferente a uma psicanálise tradicional, os conceitos freudianos são aplicados em aconselhamento de
mais curto prazo, resultando em comportamento mais efetivo sem ter por objetivo “análise
total”, que buscaria
insights e aprofundamentos em todas as áreas da personalidade do cliente.

s g ts e ap o u da e tos e todas as á eas da pe so a dade do c e te.

A maior contribuição da teoria psicanalítica à prática contemporânea de aconselhamento é a teoria da


personalidade e sua aplicação ao processo diagnóstico. A estrutura da personalidade, apresentada
por Freud,
facilita a análise do comportamento humano e ajuda o conselheiro a considerar a contribuição do impulso, da
razão e da consciência na motivação do cliente. 

Os elementos do metodologia freudiana para condução da terapia também são contribuições importantes para o
aconselhamento.

Fonte: Shutterstock.

Muitos conselheiros utilizam a interpretação como instrumento condutor predominante, a fim de ajudar o
cliente a ver suas experiências, utilizando uma estrutura psicodinâmica da personalidade.
Trabalham com os
relatos de experiências cotidianas do cliente e utilizam situações do próprio relacionamento
conselheiro/cliente como material para interpretação.

Um conselheiro de orientação psicanalítica não se satisfaz apenas com o relato do cliente com o sentimento sem
significado, nem sobre significado sem sentimento (leva em conta o aspecto cognitivo e afetivo).
Ao cliente, cabe
revelar seu eu ao conselheiro resta a tarefa de interpretar as experiências do cliente, de modo que este passe a
ter uma maior percepção de si mesmo e seu ego se fortaleça e possa apresentar
respostas efetivas, ao invés de
defensivas, às demandas do meio.

Análise de sonhos e a livre associação, métodos psicanalíticos clássicos, são menos utilizadas como material para
o processo interpretativo dentro de um processo de aconselhamento, mas ainda constituem
um acesso à
experiência inconsciente do cliente. Grande parte do processo de aconselhamento é exploração em profundidade,
dando-se pouca ênfase, comparativamente, à construção do relacionamento ou ao
planejamento de ações
específicas
específicas.

A estrutura da personalidade, apresentada por Freud, facilita a análise do comportamento humano e ajuda o
conselheiro a considerar a contribuição do impulso, da razão e da consciência na
motivação do cliente. Junto à
estrutura tripartida da personalidade, está o conceito de que o ego se fortalece através de experiência positiva
com o mundo exterior. Às vezes, há desequilíbrio
entre a força do ego e as demandas que se apresentam, e o
cliente torna-se defensivo. A natureza dos mecanismos de defesa, os fins a que servem e os problemas que
causam são questões
importantes para o processo diagnóstico dentro do processo de aconselhamento.

Fonte: Shutterstock.

Aconselhamento humanista existencial e aconselhamento

A abordagem humanista existencial tem uma relação intrínseca com o processo de aconselhamento,
principalmente quando pensado a partir de Rogers, seu principal expoente. Rogers, no entanto, de forma
diferente de May, não chegou a ter um contato grande com os fundamentos dessa abordagem, e por afinidade
acabou se aproximando delas e somente posteriormente acabou tendo um contato mais profundo.

Já May (Rollo May), devido principalmente a sua vivência na Europa, acabou por ter esse maior contato e
aprofundamento com as questões epistemológicas desse tipo de pensamento, o
que influenciou diretamente
no seu trabalho e seu tipo de aconselhamento.

Além de aspectos presentes na ACP, o centramento na pessoa e na sua experiência, essa abordagem dá
enfoque a aspectos como a consciência, a intencionalidade, a capacidade de realizar
escolhas.

Aconselhamento: abordagens comportamentais

Análise do comportamento e aconselhamento

Um dos principais pressupostos da análise de comportamento é que todo comportamento é aprendido e,


portanto, pode ser mudado por estratégias implementadoras para produzir nova aprendizagem. A personalidade
é considerada como produto de aprendizagem acumulada.

O objetivo do aconselhamento behaviorista (análise de comportamento) é mudar o comportamento inefetivo, e


O objet o do aco se a e to be a o sta (a á se de co po ta e to) é uda o co po ta e to e et o, e
apenas a mudança mensurável de comportamento é considerada evidência de aconselhamento bem-sucedido.
Geralmente, os conselheiros behavioristas não consideram os conceitos hipotéticos sobre o processo mental; por
exemplo, o inconsciente em relação ao processo do aconselhamento. A auto compreensão
não é um objetivo
instrumental do aconselhamento.

O interesse em métodos behavioristas aumentou durante o final da década de 1960, nos Estados Unidos,
quando muitas pessoas se desiludiram com os métodos rogerianos como abordagem
predominante para o
aconselhamento.

O aconselhamento behaviorista (análise de comportamento) coloca grande ênfase na definição clara dos
objetivos. Os objetivos são estabelecidos em termos de mudança de comportamento, de modo que a
observação
proporcione evidência de mudança que possa ser medida. Uma vez que o objetivo é um comportamento
específico, o conselheiro e o cliente podem avaliar o grau de realização. 

Em geral, o cliente tem a oportunidade de participar no processo de estabelecimento de objetivos, mesmo quando
comportamentos-problema são, desde o princípio, bastante óbvios para o conselheiro.
Em alguns casos, o cliente
pode ter seus próprios objetivos em mente, como no caso de uma pessoa que quer controlar seu hábito de
comer.

Como os objetivos são específicos, o conselheiro e o cliente têm meios diretos para documentar a mudança. É
possível identificar e calcular comportamentos alvo específicos que devem ser eliminados
ou reforçados como
resultado do aconselhamento. A frequência em que ocorre o comportamento-alvo no início do aconselhamento é
considerada a “linha básica” , em comparação à qual o progresso
é medido. As estratégias de aconselhamento
baseiam-se nos princípios de aprendizagem. O cliente aprende a pensar de modo diferente sobre seu
comportamento ou simplesmente é condicionado
a comportar-se de maneira diferente.

Fonte: Shutterstock.

O condicionamento operante é um dos procedimentos mais comuns usados no aconselhamento behaviorista. O


procedimento, que pode ser usado para eliminar comportamentos indesejáveis ou desenvolver comportamentos
positivos, usa técnicas de reforço. Se o conselheiro está tentando eliminar um comportamento indesejável, ele
primeiro determina que condições ambientais estão sustentando o comportamento e depois
faz com que aqueles
reforçadores sejam eliminados
reforçadores sejam eliminados.

No condicionamento operante, o comportamento do cliente é reforçado seletivamente para desenvolver


comportamentos positivos e reduzir os negativos. O condicionamento operante pode
recompensar
comportamentos desejáveis de várias formas — atenção positiva, tempo livre após completar tarefas, doces
e assim por diante —, e pode desencorajar comportamentos indesejáveis
através de consequências
negativas, como isolamento ou recusa de privilégios.

O aconselhamento behaviorista dá pouca ênfase à história de como um problema pode ter-se desenvolvido e não
depende da teoria da personalidade como base para compreender o comportamento de um cliente.
Quanto a
isso, é substancialmente diferente de sistemas (por exemplo, o centrado no cliente e o psicanalítico) que
dependem de auto compreensão e percepção em questões de desenvolvimento.

O processo de aconselhamento behaviorista passa rapidamente da primeira fase — descoberta inicial — para a
terceira fase — preparação para a ação. Na primeira fase não se dá ênfase especial à empatia,
aceitação ou
autenticidade. Essas condições são consideradas apenas facilitadoras na aprendizagem de quais são os problemas
do cliente. Uma vez identificados os problemas, rapidamente são estabelecidos
objetivos e o mais especificamente
possível. A ênfase principal do aconselhamento repousa nas estratégias da terceira fase que desenvolvem o
planejamento da ação frequentemente através da manipulação
ambiental.

Abordagem cognitivo comportamental e aconselhamento

A abordagem cognitivo comportamental se baseia no pressuposto de que as emoções e os comportamentos são


influenciados pelos pensamentos.

Na prática que diferentemente do senso comum, na visão dessa abordagem, não é a situação em si que
determina como a pessoa sente-se e age, mas sim a percepção que ela tem dos eventos,
assim como sua
interpretação dos mesmos. Com base nisso, uma mesma situação pode ser vista de maneira diferente por
diferentes pessoas, fazendo com que elas sintam-se e comportem-se
de maneiras diversas.

Fonte: Shutterstock.

A interpretação são imagens e/ou pensamentos, que surgem frente a um determinado estímulo e que são
provenientes de crenças que as pessoas têm sobre elas mesmas, sobre os outros e
sobre o mundo. Portanto,
caso uma pessoa tenha crenças negativas ou disfuncionais sobre si, sobre os outros ou sobre o mundo,
enxergará os eventos sob essa óptica a qual influenciará seu humor e seu comportamento
enxergará os eventos sob essa óptica, a qual influenciará
seu humor e seu comportamento.

De acordo com Trindade (2000) o modelo de aconselhamento sob a abordagem cognitivo comportamental é
muito indicado dentro do atendimento no contexto da saúde (centros de saúde, hospitais, etc). Isso
se dá porque
no contexto da saúde são necessárias intervenções de ajuda limitadas no tempo, diretivas, práticas e eficientes.

Isto implica:

1. Transmitir informação personalizada.

2. Construir a capacidade de auto-ajuda, focalizando nas competências sociais do sujeito podendo envolver
técnicas diversas (competências de confronto, manejo do stress, relaxação muscular, treino
da assertividade).

3. Acreditar nas capacidades do sujeito para lidar com as dificuldades, focalizando na percepção de controlo
pessoal e nas expectativas de auto-eficácia.

4. Ajudar a resolver problemas, focalizando no comportamento, implicando a identificação de problemas,


criação de soluções alternativas possíveis, escolha da solução melhor, planeamento da sua implementação
e
revisão do progresso obtido.

5. Facilitar um ambiente encorajador da mudança, focalizando no suporte social, tendo em conta que a família é
o grande contexto onde a doença ocorre e a saúde é mantida. É sabido, por exemplo,
como os
comportamentos de adesão a tratamentos médicos são influenciados negativamente por situações de
instabilidade, conflito ou isolamento familiar.

Situação-problema

Aconselhamento orientação em psicologia

Conforme vimos na quarta unidade da disciplina de Aconselhamento e Orientação em Psicologia, um dos


principais pressupostos da análise de comportamento é que todo comportamento é aprendido e, portanto,
pode
ser mudado por estratégias implementadoras para produzir nova aprendizagem. A personalidade é considerada
como produto de aprendizagem acumulada.

O objetivo do aconselhamento behaviorista


(análise de comportamento) é mudar o comportamento inefetivo, e
apenas a mudança mensurável de comportamento é considerada evidência de aconselhamento bem-sucedido.
Geralmente, os conselheiros
behavioristas não consideram os conceitos hipotéticos sobre o processo mental; por
exemplo, o inconsciente em relação ao processo do aconselhamento. A autocompreensão não é um objetivo
instrumental
do aconselhamento.

O interesse em métodos behavioristas aumentou durante o final da década de 1960, nos Estados Unidos,
quando muitas pessoas se desiludiram com os métodos rogerianos como abordagem
predominante para o
aconselhamento.

O aconselhamento behaviorista (análise de comportamento) coloca grande ênfase na definição clara dos
objetivos. Os objetivos são estabelecidos em termos de mudança de comportamento, de modo que a
observação
proporcione evidência de mudança que possa ser medida. Uma vez que o objetivo é um comportamento
específico, o conselheiro e o cliente podem avaliar o grau de realização. 

Em
geral, o cliente tem a oportunidade de participar no processo de estabelecimento de objetivos, mesmo quando
comportamentos-problema são, desde o princípio, bastante óbvios para o conselheiro.
Em alguns casos, o cliente
pode ter seus próprios objetivos em mente, como no caso de uma pessoa que quer controlar seu hábito de
comer.

Como os objetivos são específicos, o conselheiro e o cliente têm meios diretos para documentar a mudança. É
possível identificar e calcular comportamentos alvo específicos que devem ser eliminados
ou reforçados como
resultado do aconselhamento. A frequência em que ocorre o comportamento-alvo no início do aconselhamento é
considerada a “linha básica”, em comparação à qual o progresso é
medido. 

As estratégias de aconselhamento baseiam-se nos princípios de aprendizagem. O cliente aprende a pensar de


modo diferente sobre seu comportamento ou simplesmente é condicionado
a comportar-se de maneira diferente.

O condicionamento operante é um dos procedimentos mais comuns usados no aconselhamento behaviorista. O


procedimento, que pode ser usado para eliminar comportamentos indesejáveis ou desenvolver comportamentos
positivos, usa técnicas de reforço. Se o conselheiro está tentando eliminar um comportamento indesejável, ele
primeiro determina que condições ambientais estão sustentando o comportamento e depois
faz com que aqueles
reforçadores sejam eliminados.

No condicionamento operante, o comportamento do cliente é reforçado seletivamente para desenvolver


comportamentos positivos e reduzir os negativos. O condicionamento operante pode
recompensar
comportamentos desejáveis de várias formas — atenção positiva, tempo livre após completar tarefas, doces
e assim por diante —, e pode desencorajar comportamentos indesejáveis
através de consequências
negativas, como isolamento ou recusa de privilégios.

Neste momento, apresentaremos a situação problema:

Considere que você, enquanto profissional , esteja em um contexto de aconselhamento psicológico a partir da
análise de comportamento. Em
qual aspecto do processo de aconselhamento deverá dar mais ênfase?

Resolução

O aconselhamento da análise de comportamento dá pouca ênfase à história de como um problema pode ter-se
desenvolvido e não depende da teoria da personalidade como base para compreender o
comportamento de um
cliente. Quanto a isso, é substancialmente diferente de sistemas (por exemplo, o centrado no cliente e o
psicanalítico) que dependem de auto compreensão e percepção
em questões de desenvolvimento.

O processo de aconselhamento behaviorista passa rapidamente da primeira fase — descoberta inicial — para a
terceira fase — preparação para a ação. Na primeira fase não se dá ênfase especial à empatia,
aceitação ou
autenticidade. Essas condições são consideradas apenas facilitadoras na aprendizagem de quais são os problemas
do cliente. Uma vez identificados os problemas, rapidamente são estabelecidos
objetivos e o mais especificamente
possível. A ênfase principal do aconselhamento repousa nas estratégias da terceira fase que desenvolvem o
planejamento da ação frequentemente através da manipulação
ambiental.

A ênfase principal do aconselhamento repousa nas estratégias da terceira fase que desenvolvem o
planejamento da ação frequentemente através da manipulação ambiental, através
das técnicas de
condicionamento operante.

Você também pode gostar