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O NOME, A TAXONOMIA E O CAMPO DO ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO

Aconselhamento - trabalho psicológico com início no século passado.

No aconselhamento – são clientes com problemas específicos, menos


comprometidos em sua estrutura de personalidade.

Na psicoterapia – são clientes portadores de psicopatologias, mais comprometidos


em sua estrutura de personalidade.

Aconselhamento psicológico é caracterizado como prática educativa, preventiva, de


apoio situacional, centralizado nos aspectos saudáveis, nas potencialidades e nas
dimensões conscientes e mais “superficiais” requerendo tempo abreviado.

Psicoterapia – tratamento de problemas emocionais e patologias, de caráter


remediativo ou reconstrutivo, focalizando o inconsciente e as dimensões mais
profundas do indivíduo, demandando tempo prolongado.

Aconselhamento: Teoria traço e Fator - Abordagem Centrada na Pessoa

Aconselhamento era visto como auxílio ou orientação que um profissional presta ao


paciente nas decisões que este deve tomar quanto a escolha de alguma profissão,
cursos ou quanto a resolução de pequenos desajustamentos de conduta.

A abordagem psicoterapêutica surge com elementos chaves como autenticidade,


condições subjetivas do conselheiro, tendência atualizante, incluindo as atitudes
básicas como empatia, congruência e aceitação incondicional.

A teoria traço e fator desenvolve um trabalho de ajustamento do indivíduo ao seu


ambiente. Nasce ligada a psicometria e à orientação vocacional.
Teoria Traço e Fator é o ponto inicial da afirmação do Aconselhamento
psicológico como prática especializada e área de atuação e conhecimento da
Psicologia. Aconselhamento psicológico e psicoterapia muitas vezes são usados
como sinônimos, e para obter as mesmas finalidades.

Aconselhamento tradicionalmente tem o objetivo de ajudar na tomada de uma


decisão, envolve informações objetivas, fazendo com que o orientando utilize melhor
seus recursos pessoais.

A diferença entre as abordagens diretiva e não-diretiva de aconselhamento é


marcada principalmente por que no aconselhamento não-diretivo, os sentimentos
do cliente passam a ser considerados.

A teoria traço e fator nasceu estreitamente ligada à orientação vocacional e à


psicometria. Para teoria traço e fator cada indivíduo possui capacidades e
potencialidades que podem se medidas objetivamente.

Rogers não considera o Aconselhamento Psicológico como sendo da esfera dos


testes e do diagnóstico de habilidades, características de personalidade,
motivações e interesses como base para a formulação de pautas de conduta e
escolhas educacionais e profissionais, e o faz ingressar na esfera das relações de
cuidado, mais próximas de um sentido amplo de clínica.

No aconselhamento centrado na pessoa é essencial que o conselheiro estabeleça


uma relação de empatia com o cliente. Segundo Rogers, empatia pode ser descrita
como uma capacidade de penetrar no mundo fenomênico do cliente, sentindo o
mundo do cliente como se fosse o seu próprio.

Um dos objetivos do aconselhamento centrado na pessoa é ajudar o cliente a


atualizar seu potencial de crescimento. No aconselhamento centrado na pessoa, o
conselheiro deve receber o cliente de maneira compreensiva, aceitando como o cliente
se apresenta.

Rogers não propõe técnicas especiais para que se estabeleça uma relação de
ajuda. O conselheiro deve conduzir como pessoa e não como especialista. Propõe
que o modo do conselheiro de relacionar-se é determinante no processo de
crescimento.
Qual significado da conceituação de Aconselhamento Psicológico como prática
de fronteira?

Historicamente Aconselhamento Psicológico era considerado prática “mediadora” pois


se constituía entre o modelo médico e a educação e, por ser capaz de acolher
diferentes áreas profissionais, configurou-se como uma área multiprofissional. Nessa
direção toma corpo as práticas de atendimento e de ensino que prometiam condições
favoráveis à emergência de aprendizagem significativas que integravam as dimensões
afetivas e cognitivas e os “especialistas” fazia papel de facilitador.

Qual participação de Rogers na construção do campo de Aconselhamento


Psicológico?

Rogers se posicionou criticamente em relação à teoria traço fator, acreditando que as


pessoas não são programadas ou robotizadas. Suas propostas de atuação deram
origem ao Aconselhamento Psicológico focalizado na pessoa. De certa forma ele tira o
Aconselhamento Psicológico das esferas de testes e diagnósticos e ingressa nas
esferas de relações de cuidado.

Porém, com o tempo, o aconselhamento se tornou superficial e baseado no senso


comum. Rogers escreveu outros textos para aprofundar e melhorar essa área,
desenvolvendo uma teoria embasada na evolução. Isso fez com que o
aconselhamento se tornasse mais preciso e focado, permitindo que o cliente se
autoconhecesse e se realizasse durante o processo.

Qual lugar do Plantão Psicológico no campo do Aconselhamento Psicológico?

Plantão é a modalidade prática do AP, foi inventado pelos primeiros estudiosos da


psicoterapia centrada no cliente em SP, com o proposito de receber o publico que
buscava por ajuda sem recorrer ao psicodiagnóstico e se afastando da burocracia dos
consultórios.

O Aconselhamento Psicológico é uma forma de ajudar pessoas que precisam de apoio


emocional, sem o peso das classificações psicopatológicas. O Plantão é uma maneira
específica de fazer isso, onde é possível criar um ambiente acolhedor e entender as
necessidades únicas de cada pessoa que busca ajuda. A flexibilidade desses
encontros, permite combinar diferentes conhecimentos e experiências para ajudar no
diálogo sobre a queixa apresentada pela cliente.

Rogers questionou a teoria traço fator, acreditando que as pessoas não são
programadas ou robotizadas. Ele passou a propagar sua teoria humanista, que
deu origem ao Aconselhamento Psicológico mais focalizado na pessoa. Porém,
com o tempo, o aconselhamento se tornou superficial e baseado no senso
comum. Rogers escreveu outros textos para aprofundar e melhorar essa área,
desenvolvendo uma teoria embasada na evolução. Isso fez com que o
aconselhamento se tornasse mais preciso e focado, permitindo que o cliente se
autoconhecesse e se realizasse durante o processo.
História do Aconselhamento Psicológico

Antes da década de 70 – aconselhamento era:

 aconselhamento era aberto, geralmente feito por instituições religiosas


ou líderes/instituições que comandavam a sociedade

A partir da década 70 - aconselhamento era:

 Teoria Traço Fato – testes psicométricos – aconselhamento era diretivo


e encerrava as possibilidades do indivíduo, a depender do “score”, seu
futuro estava definido, seria bom para área da saude, exatas etc.

 Rogers questiona a teoria traço fator, acreditando que as pessoas não


são programadas ou robotizadas. Ele passou a propagar sua teoria
humanista, que deu origem ao Aconselhamento Psicológico mais
focalizado na pessoa. Porém essa teoria se tornou muito superficial e
baseado apenas em senso comum. “Especialistas” sem embasamento
teórico começaram a atender em consultórios e baseando o atendimento
em simplesmente dizer aos clientes o que eles queriam ouvir.

 Rogers aparece novamente e desenvolve uma teoria embasada na


teoria da evolução, que diz que todos os organismos se adaptam às
circunstâncias ao seu redor. Foi nesse momento que o Aconselhamento
Psicológico se tornou mais preciso e focado. Rogers comparou esse
processo com a aprendizagem, onde o próprio cliente, durante o
aconselhamento, se autoconhece, se atualiza e se realiza a partir dos
questionamentos que o facilitador (terapeuta) o auxilia a elaborar e
enxergar

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