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ACP:
A) Tendência atualizante
- Tendência inerente, presente em todos os seres humanos, a desenvolver-se
em uma direção positiva. Esta passa a ser a ideia central ao longo de todo o
seu pensamento, independentemente da denominação ou do foco de trabalho
que venha a assumir.
B) Percurso
- O que ocorreu é que o primeiro Rogers, o psicoterapeuta, foi se ampliando no
Rogers professor, facilitador de grupos, e o Rogers preocupado com processos
sociais e questões como a paz mundial, fazendo com que ele buscasse ampliar
sua teoria a esses vários campos.
FASES:
A) Fase não diretiva (1940 -1950)
Nessa fase, as atitudes do terapeuta privilegiam a técnica da permissividade,
através de uma postura de neutralidade em que o profissional deveria intervir o
mínimo possível (Holanda, 1998). Segundo Wood (1994), o psicoterapeuta (ou
“conselheiro”, termo mais utilizado nessa etapa) renuncia ao papel de
especialista, tornando mais pessoais as relações com o cliente e conduzindo a
sessão a partir da orientação ditada por este último (denominado “paciente” em
Psicoterapia e consulta psicológica). Ou seja, é o cliente quem conduz o
processo, e não o psicoterapeuta, que, intervindo minimamente, pretende não
dirigir a sessão, deixando que o primeiro o faça.
B) Fase Reflexiva (1950-1957)
É a fase da Terapia Centrada no Cliente, sendo a função do terapeuta
promover o desenvolvimento do cliente em uma atmosfera desprovida de
ameaça, isto é, sob condições facilitadoras.
Aqui a noção de “não-direção” é substituída pela de “centramento no cliente”,
sugerindo um papel mais ativo por parte do terapeuta e transformando o cliente
no foco maior de sua atenção (Cury, 1987), enquanto na fase anterior a ênfase
recaía sobre a não-direção do processo, com um psicoterapeuta mais passivo.
B) Exploração em Profundidade
Na segunda fase do aconselhamento, o cliente deverá adquirir uma
compreensão mais clara de suas preocupações, começando a desenvolver um
novo direcionamento, à medida em que os problemas vão ficando mais claros,
a direção também fica.
Nesta fase, os meios para que sejam alcançados os objetivos talvez ainda não
se mostrem com clareza, mas os objetivos já possuem uma forma bem mais
concreta. Esse processo se desenvolve a partir do processo inicial, mas nesse
ponto, o relacionamento entre o conselheiro e o cliente está mais forte e o
cliente deve se mostrar mais disposto a perseguir seu objetivo de mudança, ao
perceber que o conselheiro possui empatia e compreensão pelo seu mundo.
ACONSELHAMENTO X PSICOTERAPIA
● Aconselhamento
- Curta duração, com foco na resolução dos problemas, e ajuda a pessoa a
remover os obstáculos ao seu crescimento, auxiliando os indivíduos a
reconhecerem e empregarem seus recursos e suas potencialidades
- Questões pontuais e efêmeras
● Psicoterapia
- Relacionada a mudanças na estrutura da personalidade, envolvendo uma
autocompreensão mais intensa.
- Questões mais profundas e de longo prazo
A orientação, os verbos orientar e aconselhar distanciam-se do que vem a ser a
psicoterapia. Esta é entendida como o tratamento de perturbações da
personalidade ou da conduta por meio de métodos e técnicas psicológicas, ou
seja, é indicada em casos nos quais a orientação e o aconselhamento não
seriam suficientes para conduzir os processos de mudanças e de crescimento
necessários.
O aconselhamento seria indicado quando não houvesse o diagnóstico de
algum transtorno psicológico ou em situações que envolvessem o atendimento
mais pontual, com o fornecimento de informações e de acompanhamento para
a tomada de uma decisão importante.
A maior parte dos autores compreende que o aconselhamento está mais ligado
a ajudar o cliente a tomar alguma decisão e envolve situações objetivas que
permitem uma melhor utilização de recursos e potencialidades pessoais, sendo
que as demandas estão relacionadas, geralmente, a conflitos ambientais e
situacionais, a conflitos conscientes.
A psicoterapia seria desenvolvida em um nível mais “profundo” e teria como
foco os conflitos de personalidade, com destaque para a necessidade de
mudanças nessa estrutura (Santos, 1982). A psicoterapia seria, nesse sentido,
a autocompreensão intensiva da dinâmica que explica as crises existenciais
particulares.