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PFISTER
As Pirâmides Coloridas de Pfister
Nossos mais profundos agradecimentos aos pesquisadores sem os quais esta atualização não teria sido possível.
Ana Carolina Zuanazzi; Aryadna Albuquerque Costa; Anna Luzia Charrinho Pereira; Carolina Cardoso de Souza;
Claudia Daiane Trentin Lampert; Evang Jaflety Rios Rosa; Fernanda da Fonseca Giasson; Gabriel Vitor Acioly
Gomes ; Gustavo Cavalcante Cruz de Almeida; Ingrid Gomes Guimarães; Isabela Colussi Diehl; Juliana Araújo;
Kayline Macêdo Melo; Larissa Silva Pereira; Leilane Henriette Barreto Chiappetta Santana; Liliane Cardoso Ribei-
ro; Maria Augusta Losch; Matheus Nogueira Galvão; Mayara Salgado de Moraes; Milena Pinheiro Duarte; Naiana
Mara Santos de Queiroz; Rayane Ribeiro da Cunha; Rebeca de Moura Targino, Roberta Moura Batesini; Rodrigo
Perissinotto; Rute da Conceição Machado; Taiana Dalle Zotti Annes; Thays Martins de Lima; Thicianne Malheiros
da Costa; Ticiane Rodrigues da Silva
Distribuição
Editora Hogrefe CETEPP
Rua Barão do Triunfo, 73 (Conj. 171) – Brooklin Paulista
04602-000 | São Paulo, SP – Brasil
Fone: 11 5542 5012
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1. Atualização de Normas
A partir de janeiro de 2020 as normas que se seguem no Rorschach (R-PAS, Meyer et al., 2017), modelo no
são as que deverão servir como parâmetro para a aná- qual nos baseamos para compor a amostra normativa. É
lise e interpretação da frequência de cores e síndro- importante ressaltar que não se espera de uma amostra
mes cromáticas dos protocolos do teste de Pfister de normativa isenção total de casos psicopatológicos, pois
adultos. isso seria impossível confirmar. Supõe-se que eventuais
patologias estejam diluídas numa amostra normativa,
Para realização das coletas que compuseram esta amos- tal como estão na população em geral.
tra, as pesquisadoras treinaram seus orientandos em ní-
vel de graduação, de mestrado e doutorado, visando pa- Vale ainda ressaltar que nesta atualização de normas,
dronização dos procedimentos de aplicação. Enquanto verificou-se que não há necessidade de ter tabelas espe-
isso, o projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de cíficas por escolaridade ou por região do país, conforme
Ética em Pesquisas com Seres Humanos (CEP) da Uni- será descrito adiante, e que não foi realizada uma coleta
versidade São Francisco (USF) e aprovado sob o parecer de dados com amostra clínica. Deste modo, ao usar o
de número CAAE: 04269818.7.0000.5514. A adminis- Teste das Pirâmides de Pfister com adulto, o psicólogo
tração do teste Pfister foi realizada individualmente em deverá consultar as tabelas normativas ora apresentadas
locais que fossem convenientes tanto para o examinador (Tabelas 2 e 3).
quanto para os participantes, garantindo-se a privacida-
de do momento e seguindo rigorosamente as instruções Outra mudança em relação a 1ª edição do manual (Vil-
de aplicação dispostas no manual de Villemor-Amaral lemor-Amaral, 2005) se refere a Síndrome de Dinamis-
(2005). Os participantes foram selecionados por conve- mo. Essa síndrome é codificada tal qual as síndromes
niência, pedindo-se para que pessoas conhecidas indi- cromáticas menos frequentes, que são consideradas em
cassem possíveis participantes que não conhecessem o função do aumento ou diminuição de cada uma das
examinador. Como critério de inclusão, os participantes cores que a compõe (no caso da Síndrome de dinamis-
não deveriam apresentar problemas psiquiátricos gra- mo em função do aumento das cores Verde, Amarelo
ves; não ser um paciente internado em insituições; não e Marrom) e não em função da somatória de uso das
ter passado por tratamento intensivo para qualquer dis- cores. Reforçamos que essa alteração já havia sido intro-
túrbio psiquiátrico e nunca ter sido diagnosticado com duzida na versão voltada para uso com crianças e ado-
um distúrbio generalizado do desenvolvimento. Estes lescentes (Villemor-Amaral, 2014).
dados foram obtidos no primeiro contato com o parti-
cipante, quando era convidado a colaborar com a pes- Para a atualização de normas, os procedimentos de aná-
quisa e reiterados no questionário para caracterização lise de dados foram os seguintes: Primeiramente reali-
da amostra, respondido por cada pessoa após assinatura zamos o teste de normalidade de Kolmogorov–Smirnov
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). (K-S) para todas as variáveis quantitativas e devido a
Cumpre observar que o consumo de álcool e drogas ausência de normalidade de todas as variáveis, usamos
não foi investigado especificamente, considerando-se testes não paramétricos em todas as análises. Em segui-
que um consumo abusivo remeteria a um tratamento da, as características sociodemográficas (idade, sexo e
psicológico ou psiquiátrico, informação já contemplada escolaridade) foram descritas conforme amostra total
no questionário. Orientar-se pelo relato do participan- e região do país. Para verificar diferenças nas caracte-
te sobre tratamentos já realizados tem sido a maneira rísticas sociodemográficas entre as regiões do estudo,
escolhida para outras pesquisas normativas para testes utilizamos o teste de Kruskal-Wallis seguido de teste
projetivos ou de desempenho para avaliação da perso- de post hoc de Dunn para comparação da mediana de
nalidade, como é o caso das pesquisas internacionais idade e os testes de qui-quadrado de Pearson e exato
com o uso do Sistema de Avaliação por Performance de Fisher expandido seguido de testes de comparação
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aos pares (pairwise comparison) para comparação das de de 33,0 anos (DP=12,4; mínimo=18; máximo=67) e
proporções das categorias de idade, sexo e escolaridade, mediana de 30,0 anos (P25=22,0; P75=41,0). Também,
respectivamente (Tabela 1). Na análise descritiva das a maioria era do sexo feminino (54,9%) e apresentava
cores e síndromes foi considerada a porcentagem das escolaridade referente ao ensino médio (56,3%). A dis-
cores e realizada por média, desvio padrão (DP), media- tribuição da amostra em cada região do Brasil foi: 22,2%
na, percentil 25 (P25), percentil 75 (P75), valor mínimo do Sul (n=64), 25,30% do Sudeste (n=73), 19,50% do
e valor máximo (Tabelas 2 e 3). Por fim, para verificar Centro-Oeste (n=56) e 33% do Nordeste (n=95).
diferenças significativas entre as medianas das cores e
síndromes foram realizados os testes de Mann-Whitney A análise mostrou diferenças estatisticamente signifi-
(sexo) (Tabela 4) ou o teste de Kruskal-Wallis seguido cativas entre as regiões quanto à idade (p<0,001), sexo
do teste de post-hoc de Dunn (escolaridade e regiões) (p<0,001) e escolaridade (p<0,001). A região Centro-
(Tabelas 5 e 6). Em todas as análises, valores de p<0,05 -Oeste apresentou mediana da idade inferior quando
foram considerados estatisticamente significativos. comparado ao Sul, Sudeste e Nordeste. Também, região
Nordeste apresentou mediana da idade superior ao Sul
Descrição da Amostra e Sudeste. Com relação ao sexo, a proporção de homens
foi estatisticamente superior na região Nordeste. Quan-
A Tabela 1 sintetiza a análise descritiva das característi- to à escolaridade, a análise mostrou que a região Sudeste
cas sociodemográficas, segundo cada região do Brasil. apresentou maior proporção de indivíduos com ensino
O teste de normalidade de Kolmogorov–Smirnov (K- superior quando comparada às demais regiões; Centro-
S) mostrou que a variável idade apresentou distribuição -Oeste apresentou maior proporção de indivíduos com
assimétrica (K-S=0,128; p<0,001). A amostra total do ensino superior quando comparado ao Sul e Nordeste
estudo foi constituída de 288 adultos com média de ida- (Tabela 1).
Tabela 1. Análise descritiva das características sociodemográficas dos participantes, segundo as regiões do Brasil
P25=Percentil 25; P75=Percentil 75; *Teste de Kruskal-Wallis para amostras independentes; §Teste de qui-quadrado de Pearson; ||Teste exato de Fisher expandido; †Diferença estatisticamente signifi-
cativa quando comparado a região Sul (p <0,001), Sudeste (p <0,001) e Nordeste (p<0,001); ‡Diferença estatisticamente significativa quando comparado as regiões Sul (p=0,003) e Sudeste (p=0,011);
¶
Diferença estatisticamente significativa quando comparado as regiões Sul (p <0,001), Sudeste (p <0,001) e Centro-Oeste (p<0,001); ***Diferença estatisticamente significativa quando comparado as
regiões Sul (p<0,001), Centro-Oeste (p=0,034) e Nordeste (p<0,001); ††Diferença estatisticamente significativa quando comparado as regiões Sul (p<0,001) e Nordeste (p<0,001).
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Resultados
Nas tabelas 2 e 3 são apresentadas as estatísticas descri- cores, bem como o teste de normalidade K-S para todas
tivas para as cores e síndromes cromáticas para amos- as variáveis. Para a comparação das medianas entre os
tra total (média, mediana, desvio padrão, percentil 25 grupos foram utilizados os testes não paramétricos de
e 75 valores máximos e mínimos) da porcentagem de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis.
M=Média; DP=Desvio Padrão; P25=Percentil 25; P75=Percentil 75; Mín. =valor mínimo; Máx. =Valor máximo; K-S= teste de
Kolmogorov-Smirnov; *Análise das pontuações apresentadas em porcentagem.
M=Média; DP=Desvio Padrão; P25=Percentil 25; P75=Percentil 75; Mín. =valor mínimo; Máx. =Valor máximo; K-S= teste de
Kolmogorov-Smirnov; *Análise das pontuações apresentadas em porcentagem.
O psicólogo deverá considerar as Tabelas 2 e 3 para con- cores Violeta, Marrom e Branco e a Síndrome fria não
sulta do parâmetro normativo independente do sexo, estiverem conforme o padrão normativo, o psicólogo
escolaridade ou região do país, pois, conforme será des- poderá consultar as Tabelas 4, 5 e 6 para uma análise
crito adiante, houve poucas diferenças na comparação mais qualitativa desses dados em função dessas caracte-
entre os grupos em função dessas características socio- rísticas sociodemográficas.
demográficas. Observa-se, entretanto, que quando as
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Com o intuito de verificar possíveis influências das va- de e região. Para comparar o sexo, foi realizado o teste
riáveis sócio demográficas no desempenho dos parti- Mann-Whitney para amostras independentes, confor-
cipantes foram feitas as comparações das medianas da me observado na Tabela 4.
porcentagem de uso das cores segundo sexo, escolarida-
Tabela 4. Análise comparativa da mediana da porcentagem das cores e síndromes cromáticas por
sexo.
P25=Percentil 25; P75=Percentil 75; U=Teste de Mann-Whitney para amostras independentes; *Análise das pontuações apre-
sentadas em porcentagem.
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Verifica-se na Tabela 4 que os homens apresentaram Essa mulher teve uma frequência de Vi semelhan-
escores medianos inferiores quando comparado às te ao da maioria das mulheres (16% se encontra
mulheres com relação a cor Violeta (Vi) (p=0,040; entre os percentis 25 e 75, que podem ser consi-
d=0,244). As demais cores e síndromes não apresenta- derados resultados medianos mesmo que médio
ram diferenças estatisticamente significativas entre os alto, ou seja, bem mais próximo do percentil 75).
sexos (p>0,05). Para exemplificar como esse resultado Nesse sentido, esse resultado sugere que ela apre-
deve ser compreendido, vamos supor que um homem senta níveis de ansiedade e tensão comuns à maior
atinja uma porcentagem de Vi igual a 10,0% e uma mu- parte das mulheres, ou seja, tende a apresentar
lher 11%. Ambos estariam com uma frequência consi- padrões mais comuns de níveis de ansiedade na
derada semelhante à maioria das pessoas de cada um nossa sociedade.
desses sexos, e a interpretação deve ser a mesma para os
dois considerando o manual. Contudo, se um homem e As comparações por escolaridade (Tabela 5) e região
uma mulher atingirem um resultado igual a 16% de Vi, (Tabela 6) foram realizadas usando o teste de Kruskal-
de acordo com os dados desta tabela, podemos inferir -Wallis para amostras independentes, seguidos do teste
o seguinte: de Dunn para comparação aos pares. Conforme apre-
sentado na Tabela 5, verificou-se diferença estatistica-
Esse homem teve uma frequência da cor Vi muito mente significativa entre os grupos de escolaridade para
acima das frequências dos homens de uma forma as cores Violeta (Vi) (p=0,021; Eta2=0,020), Marrom
em geral (observe que o percentil 75 é igual 13,9% (Ma) (p=0,001; Eta2=0,043) e para a síndrome fria
para homens, ou seja, em 100 homens do grupo (p=0,018; Eta2=0,021). Verificou-se que adultos com
normativo, menos de 25 optaram pelo Vi, ou seja, ensino fundamental apresentaram mediana menor de
esse homem escolhe o Vi mais frequentemente Vi quando comparado aos adultos do ensino médio
que 75 homens em 100). Esse dado, de acordo (p=0,010) e ensino superior (p=0,006). Também, adul-
com o manual, sugere que esta pessoa pode estar tos do ensino fundamental apresentaram mediana me-
experienciando mais tensão e ansiedade em sua nor da síndrome fria quando comparado aos adultos do
personalidade que a maioria dos homens. A ma- ensino médio (p=0,037) e ensino superior (p=0,005).
nifestação desse conflito interno, desencadeado Por outro lado, indivíduos com ensino fundamental
por forças opostas que se chocam, pode causar no apresentaram mediana maior da cor Ma quando com-
indivíduo ansiedades vinculadas a um medo do parado aos adultos do ensino médio (p=0,002) e ensino
desamparo, à excitabilidade e/ou imprevisibilida- superior (p<0,001).
de de atitudes. Essas emoções podem provocar a
ruptura do equilíbrio psicológico e eventualmente
sugerir presença de quadros psicopatológicos.
Tabela 5. Análise comparativa da mediana da porcentagem das cores e síndromes cromáticas por
grau de escolaridade.
(continuação)
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P25=Percentil 25; P75=Percentil 75; **H=Teste de Kruskal-Wallis para amostras independentes seguido de análise de post hoc
pelo teste de Dunn; †Diferença estatisticamente significativa entre ensino fundamental e médio (p=0,010) e ensino funda-
mental e superior (p=0,006); §Diferença estatisticamente significativa entre ensino fundamental e médio (p=0,002) e ensino
fundamental e superior (p<0,001); ‡Diferença estatisticamente significativa entre ensino fundamental e médio (p=0,037) e
ensino fundamental e superior (p=0,005); *Análise das pontuações apresentadas em porcentagem.
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Tabela 6. Análise comparativa da mediana da porcentagem das cores e síndromes cromáticas por
região do Brasil.
Região
Variável* n Mediana P25 P75 H** p Eta2
Brasileira
Sul 64 17,8 13,3 24,4
Sudeste 73 20,0 15,6 26,7
Az% 3,275 0,351 0,004
Centro-oeste 56 17,8 13,3 24,4
Nordeste 95 17,8 13,3 22,2
Sul 64 16,7 13,3 24,4
Sudeste 73 15,6 11,1 22,2
Vm% 0,894 0,827 0,004
Centro-oeste 56 17,8 11,1 23,3
Nordeste 95 15,6 11,1 26,7
Sul 64 15,6 8,9 20,0
Sudeste 73 15,6 8,9 20,0
Vd% 0,042 0,998 0,007
Centro-oeste 56 15,6 11,1 22,2
Nordeste 95 15,6 6,7 22,2
Sul 64 11,1 4,4 17,8
Sudeste 73 13,3 5,6 17,8
Vi% 5,074 0,166 0,011
Centro-oeste 56 12,2 4,4 17,8
Nordeste 95 8,9 4,4 13,3
Sul 64 6,7 2,2 11,1
Sudeste 73 4,4 2,2 11,1
La% 3,540 0,316 0,005
Centro-oeste 56 6,7 2,8 10,6
Nordeste 95 6,7 2,2 11,1
Sul 64 7,8 2,8 11,1
Sudeste 73 8,9 4,4 13,3
Am% 3,574 0,311 0,005
Centro-oeste 56 8,9 4,4 15,6
Nordeste 95 8,9 4,4 13,3
Sul 64 6,7† 0,6 8,9
Sudeste 73 0,0 0,0 4,4
Ma% 31,716 <0,001 0,104
Centro-oeste 56 0,0 0,0 2,2
Nordeste 95 2,2 0,0 4,4
Sul 64 2,2 0,0 6,1
Sudeste 73 2,2 0,0 11,1
Pr% 1,273 0,736 0,003
Centro-oeste 56 2,2 0,0 10,6
Nordeste 95 2,2 0,0 6,7
Sul 64 6,7§
4,4 10,6
Sudeste 73 2,2 2,2 6,7
Br% 8,112 0,044 0,021
Centro-oeste 56 2,2 2,2 6,7
Nordeste 95 4,4 0,0 8,9
(continuação)
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Região
Variável* n Mediana P25 P75 H** p Eta2
Brasileira
Sul 64 0,0 0,0 2,2
Sudeste 73 0,0 0,0 4,4
Ci% 4,530 0,210 0,009
Centro-oeste 56 0,0 0,0 2,2
Nordeste 95 2,2 0,0 4,4
Sul 64 51,1 44,4 60,0
Síndrome de Sudeste 73 53,3 44,4 66,7
0,726 0,867 0,004
normalidade Centro-oeste 56 53,3 44,4 60,0
Nordeste 95 53,3 46,7 62,2
Sul 64 33,3 26,7 40,0
Sudeste 73 33,3 24,4 42,2
Síndrome de estímulo 6,409 0,093 0,015
Centro-oeste 56 35,6 31,1 42,2
Nordeste 95 35,6 28,9 44,4
Sul 64 46,7 40,0 53,3
Sudeste 73 48,9 40,0 55,6
Síndrome fria 3,378 0,337 0,005
Centro-oeste 56 48,9 42,8 55,6
Nordeste 95 46,7 37,8 51,1
Sul 64 12,2 6,7 17,8
Sudeste 73 13,3 2,2 22,2
Síndrome incolor 0,099 0,992 0,007
Centro-oeste 56 13,3 6,7 17,8
Nordeste 95 13,3 4,4 20,0
P25=Percentil 25; P75=Percentil 75; **Teste de Kruskal-Wallis para amostras independentes seguido de análise de post hoc
pelo teste de Dunn; †Diferença estatisticamente significativa entre Sul e Centro-Oeste (p<0,001), Sul e Sudeste (p<0,001) e Sul e
Nordeste (p<0,001); §Diferença estatisticamente significativa entre Sul e Sudeste (p=0,007), Sul e Centro-Oeste (p=0,042), Sul e
Nordeste (p=0,030); *Análise das pontuações apresentadas em porcentagem.
A compreensão dos dados da Tabela 6 sugere que se ou seja, em 100 pessoas que moram nessa região,
uma pessoa apresentar porcentagem mediana da cor o examinando tende a escolher esta cor com mes-
Marrom (Ma) igual a 6,0 (Ma%= 6,0), este resultado ma frequência que aproximadamente 50% delas
pode apontar para formas diversas de administrar as (Mediana= 6,7 ou P50). Isso significa que tende a
emoções e os comportamentos, dependendo da região apresentar padrões mais adaptativos, usuais desse
de onde ela é proveniente. grupo, portanto, mais flexíveis dos que tem esse
indicador aumentado. É muito importante aqui
Se for da região Centro-Oeste, este resultado en- enfatizar que os exemplos acima apenas demons-
contra-se muito acima do percentil 75 (P75= 2,2). tram como levar em conta as poucas diferenças
Essa pessoa teve uma frequência de Ma definitiva- encontradas nas tabelas de acordo com os dados
mente alta quando comparada com outras pessoas sociodemográficos. Mas, tal como os demais da-
dessa mesma região. Esse dado, de acordo com o dos do teste, não podem ser interpretadas isola-
manual, sugere que esta pessoa pode estar mais damente, sem levar em conta a relação dinâmica
predisposta que a maioria das pessoas do seu en- entre todos os indicadores.
torno a ser mais controladora ou rígida, ou mes-
mo explosiva, a depender de outros indicadores Referências
que aparecem em seu teste. Meyer, G. J., Viglione, D., Mihura, J. L., Erard, R. E, Erdberg, P.
(2017). R-PAS - Sistema de Avaliação por Performance no Ror-
Se for da região Sul, esse resultado indica que a schach. São Paulo: Hogrefe, CETEPP.
pessoa apresenta padrões comportamentais e Villemor-Amaral, A.E. (2014). As pirâmides coloridas de Pfister – ver-
emocionais comuns à maior parte da população, são para crianças e adolescentes. São Paulo: Casa do Psicólogo.