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FAETEC – 06/05/2023

Alunos: Carlos Eduardo, Ilda Mélany, Guilherme Paiva e João


Henrique – 3121
Prof. Gabriel
Redes

 Redes Subterrâneas de Distribuição

1. Definição:
As redes subterrâneas de distribuição são sistemas de
distribuição elétrica em que os cabos condutores são
instalados abaixo da superfície do solo, em vez de ficarem
expostos em postes ou estruturas aéreas. Essas redes têm
sido amplamente adotadas em áreas urbanas e em locais
onde a estética, a confiabilidade e a segurança são
prioritárias.
Nas redes subterrâneas, os cabos condutores são
protegidos por dutos ou canaletas enterradas,
proporcionando um ambiente isolado e seguro para o fluxo
de energia elétrica.

2. Principais vantagens
A principal vantagem desse tipo de rede é a redução dos
riscos associados a condições climáticas adversas, como
ventos fortes, tempestades e queda de árvores, que podem
causar interrupções no fornecimento de energia em sistemas
aéreos.
Além da maior resistência a condições climáticas, as redes
subterrâneas oferecem outras vantagens. Elas são menos
suscetíveis a danos causados por vandalismo, colisões de
veículos e interferências externas. Além disso, essas redes
possuem menor impacto visual nas áreas urbanas, o que é
considerado benéfico para a paisagem e a estética das
cidades. No entanto, sua implantação requer investimentos e
aresenta desafios técnicos, como escavações e manutenção
específica.

 Principais Desvantagens

A instalação de dutos subterrâneos requer escavações, o


que pode ser mais demorado e dispendioso em comparação
com a instalação de postes aéreos. Além disso, a
manutenção e o reparo de falhas em redes subterrâneas são
mais complexos e exigem equipamentos específicos, como
veículos com guindastes e métodos de localização de cabos.
Outro aspecto importante a considerar é a capacidade de
carga das redes subterrâneas. Como os cabos estão
confinados em dutos, o resfriamento dos condutores é mais
limitado, o que pode restringir a capacidade de transmissão
de energia em comparação com as redes aéreas.
Outro desafio que não pode ser ignorado diz respeito aos
impactos das obras de enterramento no trânsito, tanto de
pedestres quanto de veículos. Além dos serviços para a
retirada dos postes das calçadas, esse processo envolve a
colocação das linhas de baixa tensão sob as vias peatonais
e a escavação do asfalto para instalação das linhas de
média tensão.
Com isso, a conversão para redes subterrâneas de energia
elétrica podem gerar impactos importantes, mesmo que
temporários, na mobilidade e acessibilidade do meio público.
Por fim, há ainda a questão do congestionamento do subsolo,
uma vez que se tem no mesmo espaço obras relativas a
diferentes equipamentos, como energia elétrica, iluminação
pública, esgoto, água, cabos de fibra ótica, gasodutos,
telefonia, entre outros. E isso pode acarretar em interferências
e conflitos durante o andamento das instalações e, em alguns
casos, causar acidentes graves.

 Como ocorre a instalação da fiação subterrânea?


A fiação subterrânea possui um sistema composto por dutos embutidos
separadamente no solo a uma profundidade de aproximadamente 50 cm.
As concessionárias de energia elétrica utilizam geralmente o duto de PEAD
– Polietileno de alta densidade – nessas instalações.

A mudança da rede elétrica aérea para a subterrânea é bastante complexa.


Os dutos são apoiados em uma base de concreto. Depois, a cobertura é
feita, geralmente, com areia para que seja possível acompanhar a
movimentação da terra de modo que, ao passar um caminhão, por exemplo,
o impacto da vibração não traga prejuízos. Dependendo da situação, no
final, a via volta a ser coberta por terra ou pavimentação.
Na sua extensão, são instaladas caixas de passagem a distâncias variáveis,
e pode ser preciso fazer caixas maiores denominadas câmaras de
transformação – salas subterrâneas, que abrigam os equipamentos das
concessionárias, como transformadores e chaves de desligamento. Essas
salas são colocadas nas calçadas e, em casos específicos, em áreas
também acessíveis pelos consumidores.

Depois de enterradas, as tubulações são interligadas com os imóveis dos


consumidores. As caixas de passagem ao longo da extensão da via servem
também de caixa de derivação para atender o consumidor final, fazendo a
ligação com cada uma das casas ou dos escritórios.

 Configurações da rede primária e da rede secundária


São variações de atendimento em relação à rede primária (média tensão), ou
seja, rede maior que 1000 volts:

 Redes atendidas por um alimentador + um alimentador reserva.


 Redes atendidas por diversos alimentadores.
 Redes automatizadas com reconfiguração automática.
 Redes em anel aberto (condomínios).
 Redes radiais com recursos de geração móvel.
 Cabos reservas (sem carga).
 Redes radiais sem recursos.

São variações de atendimento em relação à rede secundária ou baixa tensão,


ou seja, menor que 1000 volts:

 Circuitos reservas entre transformadores.


 Circuitos reservas entre painéis e quadros.
 Baixa tensão operando em paralelo (reticulado).
 Cabos reservas (sem carga).

 Tipos de equipamentos e de materiais


 Proteção da rede por religadores em poste.
 Proteção por chaves especiais e disjuntores submersíveis.
 Painéis e cubículos SF6 de média tensão.
 Painéis de manobra e proteção de baixa tensão.
 Condutores isolados de média e baixa tensão.
 Transformadores em cabines, pedestal, câmaras e postes.
 Acessórios de média e baixa tensão submersíveis.

 Exemplos de fiação subterrânea 


São Paulo: a energia da região central da cidade de São Paulo é subterrânea
há mais de 20 anos. A Enel Distribuição São Paulo realizou dois projetos de
conversão: um na Vila Olímpia, onde foram enterrados fios elétricos em 13 vias
da região, correspondentes a 4,2 quilômetros de extensão, e outro na área do
Mercado Municipal com nove quilômetros em 40 vias. Existe um decreto que
obriga a cidade a enterrar a cada ano cerca de 250 quilômetros de cabos. O
projeto em ruas como a Oscar Freire foi iniciativa de empresários. 

Londres: a empresa responsável pela infraestrutura elétrica em Londres


investiu mais de US $1 bilhão nos últimos anos para criar um sistema de linhas
de transmissão em túneis mais profundos, substituindo a fiação que já ficava
embaixo da camada de asfalto. 

Buenos Aires: apesar de ainda ter muita rede aérea, o governo da capital


argentina tem avançado na troca dos cabos aéreos por fios subterrâneos. No
centro da cidade, a substituição já foi feita. A medida foi incluída em uma
grande reforma na área promovida pela prefeitura da cidade na década de
1950. Em outros bairros, está proibida a instalação de novas fiações sobre o
solo. 

Paris: a rede elétrica subterrânea de Paris começou a ser instalada em 1910.


Conhecida como Cidade Luz, a capital francesa tem toda a sua fiação no
subsolo há mais de 60 anos. 

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