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COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS

DTE / SPDT / SPIP / DVPR

VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Fevereiro/2016

Arquivo: Volume VIII - Orçamentos.doc


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS


DTE / SPDT / SPIP / DVPR

CONTRATO: Equipe Interna


RESUMO:

As “Diretrizes Para Elaboração de Estudos e Projetos” da DPG / SPEG em 2010, têm como objetivo
específico fornecer às empresas projetistas, as orientações e subsídios indispensáveis ao desenvolvimento e
apresentação de estudos e projetos, de acordo com os critérios e padrões de qualidade exigidos pela
Copasa. Sua apresentação é feita em volumes, cada um deles correspondendo a um tema específico,
conforme indicado no Sumário em sequência.
Tais Diretrizes foram desenvolvidas em conformidade com o Planejamento Estratégico da empresa, visando
o permanente desenvolvimento empresarial e, consequentemente, a excelência operacional nos sistemas de
abastecimento de água e de esgotamento sanitário.
Este volume refere-se à apresentação das diretrizes relativas à elaboração de orçamentos de obras
abrangendo os principais parâmetros, procedimentos e critérios técnicos para a apresentação de orçamento
de unidades de Sistemas de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário.
Mudança nome
06 Fever/2016 Diretoria/Superintendência/Di Milva
visão
Judismar Milva/Marta/Neire/ Judismar/ Eustáquio Schmitz Rodrigo Varella
05 Maio/2015 B REVISÃO
DVEC Welington - DVEA SPLC SPEG
04 Mar/2012 B REVISÃO Neuma Rabelo Judismar Rodrigo Varella
03 Mai/2011 A PARA APROVAÇÃO Gizelda Gizelda Gizelda Eustáquio Schmitz
02 Fev/2011 A PARA APROVAÇÃO José Alfredo Gizelda Gizelda Eustáquio Schmitz
01 Jan/2011 C PARA APROVAÇÃO José Alfredo Fortini Gizelda Eustáquio Schmitz
VER DATA TIPO DESCRIÇÃO POR VERIFICADO AUTORIZADO APROVADO
EMISSÕES
A - PARA APROVAÇÃO C – ORIGINAL
TIPOS
B – REVISÃO D – CÓPIA
PROJETISTA:
COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS
Rua Mar de Espanha, 525 – Santo Antônio
30330-270 – Belo Horizonte – MG
Tel.: +31 3250.1133
EQUIPE TÉCNICA:
Gizelda de Melo Machado José Alfredo Carneiro dos Santos
Judismar Vieira de Mendonça Júnior
VOLUME:

VOLUME VIII – ORÇAMENTOS


REFERÊNCIA:
Fevereiro/2016
Arquivo: Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 2


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

SUMÁRIO

O conjunto de “Diretrizes para Elaboração de Estudos e Projetos” elaborado pela DPG /


SPEG / DVEA em 2010 conforme especificado abaixo:

VOLUME I – DIRETRIZES GERAIS

VOLUME II – UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PADRÕES

VOLUME III – LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS

VOLUME IV – LEVANTAMENTOS E PROJETOS GEOTÉCNICOS

VOLUME V – PROJETO BÁSICO

TOMO I – SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA - SAA

TOMO II – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - SES

VOLUME VI – PROJETO ELÉTRICO

VOLUME VII – PROJETO ESTRUTURAL

VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

VOLUME IX – LICENCIAMENTO AMBIENTAL

VOLUME X – OCUPAÇÃO DE FAIXA DE DOMÍNIO

VOLUME XI – DESODORIZAÇÃO DE ETES E UNIDADES DE SES

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 3


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

ÍNDICE

1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................ 5
2 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................. 6
3 RESUMO DO EMPREENDIMENTO ............................................................................................................ 8
4 MEMORIAL DESCRITIVO.......................................................................................................................... 10
5 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PARA AQUISIÇÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ........... 12
6 RELATÓRIO DE ORÇAMENTO ................................................................................................................ 13
6.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 13
6.2 ITENS DE RATEIO ..................................................................................................................................... 15
6.2.1 Administração Local ........................................................................................................................... 15
6.2.2 Canteiro de Obras ............................................................................................................................... 17
6.2.3 Manutenção e Conservação do Canteiro de Obras ............................................................................ 17
6.2.4 Placa de identificação da Obra........................................................................................................... 17
6.2.5 Estrada de Acesso ............................................................................................................................... 18
6.2.6 Condicionantes Ambientais e Ações Mitigadoras ............................................................................... 18
6.2.7 Trânsito e Segurança .......................................................................................................................... 18
6.3 DIRETRIZES DO ORÇAMENTO – SERVIÇOS COMUNS AOS SAA E SES ........................................ 20
6.3.1 Serviços Preliminares ......................................................................................................................... 20
6.3.2 Construção Civil ................................................................................................................................. 25
6.3.3 Movimento de terra ............................................................................................................................. 29
6.3.4 Contenções, Escoramentos, Esgotamentos e Drenagem ..................................................................... 35
6.3.5 Fundações e Estruturas ....................................................................................................................... 38
6.3.6 Assentamentos ..................................................................................................................................... 41
6.3.7 Pavimentação ...................................................................................................................................... 43
6.3.8 Fornecimento de Materiais e Equipamentos ....................................................................................... 44
6.3.9 Instalações Elétricas ........................................................................................................................... 46
6.3.10 Urbanização ................................................................................................................................... 46
6.3.11 Serviços Diversos ........................................................................................................................... 47
6.4 DIRETRIZES DO ORÇAMENTO – SERVIÇOS E PARTICULARIDADES DE SAA ............................ 47
6.4.1 Adutoras de Água Bruta ou Tratada ................................................................................................... 47
6.4.2 Captação Superficial ........................................................................................................................... 48
6.4.3 Captação Subterrânea – Poço Profundo ............................................................................................ 50
6.4.4 Estação Elevatória de Água (Bruta ou Tratada) / Booster ................................................................. 50
6.4.5 Estação de Tratamento de Água ......................................................................................................... 53
6.4.6 Unidade de Tratamento de Resíduos – UTR ....................................................................................... 55
6.4.7 Reservatórios....................................................................................................................................... 57
6.4.8 Rede de Distribuição de Água ............................................................................................................. 57
6.4.9 Ligações Prediais de Água .................................................................................................................. 58
6.5 DIRETRIZES DO ORÇAMENTO – SERVIÇOS E PARTICULARIDADES DE SES ............................. 58
6.5.1 Rede Coletora de Esgotos Sanitários .................................................................................................. 58
6.5.2 Interceptores e Emissários .................................................................................................................. 59
6.5.3 Caixas Distribuidoras de Vazão.......................................................................................................... 61
6.5.4 Estações de Tratamento de Esgoto ..................................................................................................... 62
6.5.5 Ligações Prediais de Esgoto ............................................................................................................... 68
6.6 SERVIÇOS QUE NÃO CONSTAM DA LISTAGEM DE PREÇOS DA COPASA .................................. 68
7 MAPA DE COLETA DE PREÇOS ............................................................................................................... 71
8 MEMÓRIA DE CÁLCULO DE QUANTITATIVOS .................................................................................. 72
9 PROPOSTAS COMERCIAIS/ANEXO DO ORÇAMENTO ...................................................................... 73
10 RECOMENDAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................... 74
11 ANEXOS .......................................................................................................................................................... 75

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

1 APRESENTAÇÃO

O presente documento constitui-se em um compêndio de diretrizes básicas pertinentes à


elaboração de orçamentos a serem observadas nos contratos de prestação de serviços
firmados com a Copasa e/ou a serem utilizadas internamente pelos profissionais da empresa.

O trabalho foi contextualizado para a situação de desenvolvimento de projetos de sistemas de


abastecimento de água e de esgotamento sanitário, devendo ser aplicado, naquilo que couber,
em casos de elaboração de projetos de unidades completas, parciais e/ou isoladas.

Todas as diretrizes aqui apresentadas estão em conformidade com as Normas Técnicas da


ABNT e da Copasa, aplicáveis ao assunto. Cada referência citada neste documento deve ser
observada em sua edição em vigor.

Define-se Orçamento como a relação discriminada de serviços com as respectivas


codificações, discriminações, especificações, unidades, quantidades, preços unitários, valores
parciais e totais (resultantes das somas dos produtos das quantidades pelos preços unitários).

O desenvolvimento de um orçamento para a Copasa será composto das seguintes etapas:


Análise Técnica dos Projetos; Visita Técnica; Definição do método construtivo; Identificação
dos Serviços; Levantamentos de Quantitativos; Elaboração das Composições de Custos e
Cotação dos Insumos. Cada etapa possui suas peculiaridades, variações, aspectos técnicos e
comerciais, que deverão ser estudados e elaborados conforme cada obra.

O orçamento das obras de sistema de abastecimento de água (SAA) e de sistema de


esgotamento sanitário (SES) deverá ser dividido em Unidades Operacionais de Sistema (Rede
Coletora, Rede de Distribuição, Estação de Tratamento de Esgotos, Reservatório etc.), e em
suas Sub Unidades e estas subdivididas segundo os serviços contemplados nos projetos
(Serviços Técnicos, Serviços Preliminares, Movimento de Terra, Fundações e Estruturas etc.).

O orçamento das obras de sistemas ou unidades particulares para a Copasa é sistematizado


em um “Book de Orçamento”, que consiste de um volume que agrega toda a documentação
pertinente à elaboração do orçamento do empreendimento (Resumo do Empreendimento;
Memorial Descritivo; Relatório do Orçamento etc.).

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

2 INTRODUÇÃO

Conforme estabelecido na Lei Federal 8.666/93 define-se Projeto Básico – PB como o conjunto
de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a
obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas
indicações de dados e estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o
adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento e que possibilite a avaliação
do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os
seguintes elementos:

 Desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e


identificar todos os seus elementos constitutivos, com clareza;
 Soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a
minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de
elaboração do projeto executivo e/ou de realização das obras e montagens;
 Identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a
incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores
resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para sua
execução;
 Informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos,
instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter
competitivo para a sua execução;
 Subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a
sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros
dados necessários em cada caso; e
 Orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de
serviços e de fornecimentos propriamente avaliados.

Nunca é demais lembrar o peso e o significado do orçamento dentro do processo de licitação e


de execução de uma obra. As experiências acumuladas demonstram a necessidade de
padronização de metodologias que auxiliem a lidar com a determinação clara dos objetivos de
um orçamento.

As diretrizes aqui preconizadas oferecem uma oportunidade interessante para o


aperfeiçoamento dos serviços apresentados à Copasa, estreitando a parceria entre a empresa
e seus prestadores de serviços.

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Assim, a elaboração de um orçamento para a Copasa, objeto específico destas diretrizes,


deverá utilizar o software “Planilha de Custo” regulamentado pela Copasa e contemplar, no
mínimo, os seguintes elementos:

 Resumo do Empreendimento;
 Memorial Descritivo;
 Especificações técnicas para aquisição de materiais e equipamentos;
 Relatório de Orçamento (Resumo, Estrutura, Lista de Composição de Custos e
Regulamentações);
 Mapa de Coleta de Preços;
 Memória de Cálculo de Quantitativos;
 Propostas Comerciais/Anexo de Orçamento.

A descrição detalhada do conteúdo de cada um dos elementos do orçamento é apresentada


nos capítulos a seguir.

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

3 RESUMO DO EMPREENDIMENTO

O Resumo do Empreendimento deverá apresentar uma breve descrição dos serviços a serem
executados nas diversas unidades que compõe o empreendimento.

Exemplo:

 Empreendimento: Sistema de Esgotamento Sanitário de “Localidade” - MG

Unidades Componentes do Orçamento:

 Instalações Preliminares e Canteiros de Obras, sendo um canteiro para Redes e outro


para Estação de Tratamento de Esgotos - ETE;
 Rede Coletora – Sub-bacia 1: extensão de 1850 m, DN (Diâmetro Nominal) 150-PVC e
240 m em DN200-PVC;
 Rede Coletora – Sub-bacia 2: extensão de 348 m DN 150, PVC;
 Interceptor 1: extensão de 323,00 m, DN 200-PVC, extensão de 1240m, DN 250-PVC;
 Interceptor 2: extensão de 642m, DN 200-PVC;
 Travessia sob rodovia – Interceptor 1, método não destrutivo – L = 45 m, FºFº, DN 250;
 Linha de Recalque Elevatória 1: DN 80, FºFº, extensão de 280 m;
 Linha de Recalque Elevatória 2: DN 250, FºFº, extensão de 1240m;
 Estação Elevatória de Esgoto Bruto – EEEB-1: vazão de 3,6 L/s, Altura Manométrica
Total 32m, Potência 3,8 Kw, bombas submersíveis;
 Estação Elevatória de Esgoto Bruto – EEEB-2: vazão de 42 L/s, Altura Manométrica
Total 26m, Potência 35 cv, bombas submersíveis;
 Estação de Tratamento de Esgotos, vazão 48 L/s (população equivalente de 34.560
habitantes), com as seguintes subunidades componentes do orçamento:
 ETE –Terraplenagem, Drenagem, Urbanização;
 Tratamento Preliminar;
 Reatores Anaeróbios/Caixa Distribuidora de Vazão CDV-1/ Caixa Distribuidora de
Vazão CDV -2;
 Queimador de Biogás;
 Caixa Distribuidora de Vazão CDV-3;
 Caixa Distribuidora de Vazão CDV-4;
 Filtro Biológico percolador;
 Decantador Secundário;
 Leitos de Secagem;

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

 Sistema de Desinfecção – Tanque de Contato;


 Sistema de Desinfecção – Depósito de Cloro/Estação Elevatória de Pressurização;
 Emissário do Efluente Tratado;
 Laboratório/Controle;
 Reservatório Metálico Elevado – 5m³;
 Instalações Elétricas da Área da ETE e Estações Elevatórias;
 Extensão de rede de energia elétrica (quando necessário, incluir na subunidade
correspondente).

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

4 MEMORIAL DESCRITIVO

Compreende o detalhamento das metodologias adotadas para a execução dos serviços de


cada unidade orçada, inclusive com informações obtidas em visitas aos locais das obras pelo
engenheiro de projetos e/ou orçamentista e relatório fotográfico, focando no mínimo, os
seguintes aspectos:

 O prazo estimado para execução da obra baseado nos métodos construtivos e no


contingente necessário, itens esses orientativos para a elaboração do orçamento;
 Prever serviços de vigilância para o(s) canteiro(s);
 Necessidade de deslocamento de operários para as frentes de serviço;
 Previsão de serviços para: Adequação de Projetos em Campo e “As Built”;
 Taxas de BDI e Administração, previamente definidas pela COPASA;
 Apresentação de projeto de terraplenagem: plantas, cortes, seções longitudinais e
transversais, para implantação de barragens, ETAs, ETEs e demais subunidades -
levantamento de quantitativos para o movimento de terra;
 Disponibilidade e distâncias de jazidas para material de empréstimo, base e agregados
(terra, bica corrida, minério de ferro, areia, brita gnaisse, brita calcária etc.);
 Distâncias de bota-fora licenciado, taxas para descarte do material e condições de
acesso para consideração no transporte de materiais;
 As condições de acesso aos locais das obras;
 Necessidade de serviços do tipo perícia cautelar, desvio do tráfego, estacionamento
móvel, além de interferências como tubulações de gás, fibra ótica, drenagem urbana
etc.;
 Necessidade de transporte de máquinas pesadas;
 Execução/manutenção de acessos provisórios (estrada de acesso / desvio de tráfego);
 Presença de rocha ou solo com água, de acordo com os perfis de sondagem e
constatação em campo;
 A segurança quanto às escavações, principalmente em rocha, terrenos arenosos, tipos
de escoramento, compactação etc.;
 Necessidade de rebaixamento de lençol freático;
 Condição de utilização de equipamentos face à geometria dos arruamentos (ruas e
becos), levando-se em consideração sua largura e sua declividade;
 Necessidade de remanejamento de redes/ligações de água e esgoto interferentes com
a obra;
 Necessidade de aterro com material granular (ex. tubos de aço revestidos);

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

 Disponibilidade ou não de usinas de concreto próximo à obra, que permita a utilização


de concretos com resistência superior a 30 MPa;
 Necessidade de execução de contenções (rip-rap, gabião etc.) para garantir a
integridade das redes;
 Existência de travessias e o método construtivo mais indicado e a ser adotado;
 Previsão de custos para estocagem, carga e transporte dos materiais/tubos do estoque
até o local de aplicação;
 No caso de fornecimento de materiais e equipamentos, checar se na proposta comercial
estão inclusos todos os impostos cabíveis e frete;
 Contemplar serviços de montagem e/ou supervisão de equipamentos e/ou aparelhos,
onde couber;
 Referenciar os itens às especificações técnicas pertinentes dos equipamentos,
aparelhos e materiais definidos no projeto básico;
 Demolição e recomposição de pavimentos;
 Disponibilidade ou não de usinas de asfalto para fornecimento de CBUQ, próximo à
obra;
 Verificar se há pavimento tipo poliédrico sob a capa asfáltica;
 Verificar a espessura da capa asfáltica;
 Em se tratando de projetos e orçamentos solicitados pela Copasa especificamente para
obtenção de recurso financeiro, o projeto básico é suficiente para atendimento ao
agente financeiro. No entanto, deverá ser estimado o custo das instalações elétricas e
de automação, não obstante a inexistência de projeto executivo elétrico e de
automação.

Obs. Ver Anexo I – MEMORIAL DESCRITIVO DO ORÇAMENTO, planilha modelo para


elaboração, a qual deverá ser ajustada em seus espaços para as necessidades de cada
unidade.

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

5 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PARA AQUISIÇÃO DE MATERIAIS E


EQUIPAMENTOS

A coleta de preços de materiais e equipamentos específicos do empreendimento, deve ser


munida de uma especificação técnica detalhada que traduza as características, medidas e
qualidade pretendida para a aquisição de cada item, sem no entanto, direcionar o produto para
fornecedor específico.

A especificação técnica deve sempre que possível ser acompanhada de peças gráficas que
proporcionem ao fornecedor, condições de ofertar o seu produto dentro das condições
estabelecidas pela Copasa.

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6 RELATÓRIO DE ORÇAMENTO

6.1 INTRODUÇÃO

O relatório de orçamento deverá conter as planilhas do orçamento, elaboradas na base de


preços mais atuais (disponibilizada pela COPASA de acordo com a região onde o município
contemplado pelo projeto se encontra), e as composições de custos.

As principais unidades operacionais integrantes dos sistemas de abastecimento de água (SAA)


e que deverão orientar a divisão primária da apresentação de orçamentos das obras de SAA
são as seguintes:

 Captações; Barragens; Elevatórias de Água Bruta; Adutoras de Água Bruta; Estações


de Tratamento de Água - ETA; Elevatórias de Água Tratada; Boosters; Adutoras de
Água Tratada; Reservatórios; Rede de Distribuição de Água; e Ligações Prediais de
Água.

As principais unidades operacionais integrantes dos sistemas de esgotos sanitários (SES) e


que deverão orientar a divisão primária da apresentação de orçamentos das obras de SES são
as seguintes:

 Rede Coletora; Interceptores; Emissários; Estações Elevatórias de Esgotos; Linhas de


Recalque; Sifões Invertidos; Estações de Tratamento de Esgotos - ETE; Ligações
Prediais de Esgotos.

As principais unidades operacionais integrantes tanto dos sistemas de abastecimento de água


quanto dos sistemas de esgotos sanitários são as seguintes:

 Subestações Elétricas; Escritório; Edificações de Apoio Operacional, Travessias.

O lançamento no orçamento de cada unidade operacional (captação, elevatória, Estação de


Tratamento de Água, Estação de Tratamento de Esgoto, etc.) dentro do software “Planilha de
Custo” deverá ser de forma individualizada, mesmo que haja mais de uma unidade do mesmo
tipo, como por exemplo: Elevatória de Água Tratada - EAT- 01, Elevatória de Água Tratada -
EAT- 2, etc.

Para cada unidade operacional ou subunidade correspondente, deverão constar das planilhas
do orçamento os serviços específicos associados aos seguintes “Grupos”:

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

 Serviços Preliminares;
 Construção Civil;
 Movimento de Terra;
 Contenções, Escoramentos, Esgotamento e Drenagem;
 Fundações e Estruturas;
 Assentamentos;
 Pavimentação;
 Instalação Hidráulica predial;
 Instalação Elétrica;
 Serviços Auxiliares;
 Serviços Diversos.

As diretrizes para elaboração do orçamento dos serviços de Sistemas de Abastecimento de


Água e de Sistemas de Esgotos Sanitários são apresentadas a seguir. Uma vez que as
planilhas do orçamento são primariamente divididas segundo as unidades e subunidades do
sistema, e com fins de serem evitadas repetições decorrentes de serviços aplicáveis tanto aos
sistemas de abastecimento de água quanto aos de esgotos sanitários, a apresentação destas
diretrizes se estrutura segundo os seguintes subitens:

 O item 6.2 – “Itens de Rateio” compreende os serviços que dizem respeito ao


empreendimento como um todo, não constituindo parte específica de uma unidade ou
subunidade do sistema (SAA ou SES);
 O item 6.3 compreende todos os serviços que eventualmente podem integrar as
unidades ou subunidades tanto de sistemas de abastecimento de água (SAA) como de
esgotos sanitários (SES), sendo, portanto, independentes da natureza do
empreendimento. A apresentação deste item segue a ordenação dos grupos de serviço
da planilha de custos da Copasa, ordenação esta que deve ser empregada nos
orçamentos de cada unidade ou subunidade do sistema;
 O item 6.4 compreende os serviços exclusivos das unidades de sistemas de
abastecimento de água (SAA) e/ou as particularidades a elas referenciadas; e
 O item 6.5 compreende os serviços exclusivos das unidades de sistemas de esgotos
sanitários e/ou as particularidades a elas referenciadas.

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.2 ITENS DE RATEIO

6.2.1 Administração Local

Para a condução da obra, a empresa que a executa necessita de uma estrutura, denominada
Administração Local - AL, que depende de vários fatores, tais como: porte da obra, prazo de
execução, complexidades, localização, etc. Essa estrutura deve contemplar todos os insumos
necessários na quantidade e qualidade pretendida para o sucesso do empreendimento.

Conforme descrito no Acórdão 2622/13 do TCU – Tribunal de Contas da União: “o item


Administração local contemplará, dentre outros, as despesas para atender as necessidades da
obra com pessoal técnico, administrativo e de apoio, compreendendo o supervisor, o
engenheiro responsável pela obra, engenheiros setoriais, o mestre de obra, encarregados,
técnico de produção, apontador, almoxarife, motorista, porteiro, equipe de escritório, vigias e
serventes de canteiro, mecânicos de manutenção, a equipe de topografia, a equipe de
medicina e segurança do trabalho etc., bem como os equipamentos de proteção individual e
coletiva de toda a obra, as ferramentas manuais, a alimentação e o transporte de todos os
funcionários e o controle tecnológico de qualidade dos materiais e da obra”.

O Critério de medição deve ser feito de acordo com a recomendação do Acórdão 2369/11: “o
pagamento do item Administração Local seja feito na proporção da execução financeira dos
serviços, de forma a garantir que a obra chegue ao fim juntamente com a medição e o
pagamento de 100% da parcela de administração local.”

A unidade de medida do item é: Un – unidade (conforme recomendação do TCU).

Obs. Ver Anexo VI - Regulamentação modelo, que deverá ser adaptada caso a caso.

Metodologia para a elaboração da CPU da AL:

 Planejamento da obra onde são identificadas suas particularidades, os métodos


construtivos técnica e economicamente mais apropriados em função da qualidade
requerida;
 Levantamento de quantitativos de serviços, bem como o de fornecimento de materiais e
equipamentos a cargo da contratada;
 Estratificação das curvas ABC de insumos e serviços e decomposição de itens
(materiais, mão de obra e equipamentos);
 Somatória das horas apuradas da mão de obra direta: serventes, ajudantes, auxiliares e
oficiais (pedreiro, carpinteiro, motorista, operador de máquinas pesadas, armador, etc.);

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

 Estabelecimento, sempre que possível, de marcos contratuais que possam oferecer a


Copasa uma gestão mais eficiente e cumprimento de metas e prazos;
 Elaboração de um cronograma físico provável da obra conforme as principais etapas de
execução por unidades e/ou subunidades de sistema, visando à elaboração dos
histogramas de permanência de mão de obra direta e indireta, bem como dos
equipamentos de apoio à obra;
 Apuração do contingente médio mensal de operários, em função do cronograma e
histograma elaborados, quantitativo de pessoal de segurança do trabalho e saúde,
dimensionamento do canteiro de obras e previsão de custos para a manutenção do
canteiro de obras (energia elétrica, água, material de escritório e limpeza, etc.);
 Adoção do número necessário de encarregados de frente de serviço, onde segundo
especialistas varia de 12 a 20 operários para cada encarregado. Dependendo da
natureza do serviço, definir encarregados gerais ou mestres coordenando os demais,
neste caso por tipo de obra, ou seja, obras civis, movimento de terra, fundações e
estruturas etc.;
 Observância no cumprimento de normas técnicas e regulamentadoras, bem como as
legislações municipais, estaduais e federais (jornada de trabalho, saúde e medicina,
segurança, meio ambiente etc.);
 Determinação do quantitativo e da formação profissional exigida para o pessoal de nível
superior e técnico, após a elaboração de organograma da equipe que será responsável
pela condução e execução das obras;
 Determinação da estrutura necessária para administração, conservação e manutenção
do canteiro de obras, tais como: mobiliário, despesas com energia elétrica, água e
telefonia, entre outros;
 Participação da área gestora da obra na estruturação da AL, que com sua experiência e
visão crítica, poderá propiciar maior assertividade para a boa condução da obra e
sucesso do empreendimento.

Ressalta-se que o cálculo da Administração Local não leva em conta os prazos para:

 Aquisição de áreas;
 Licenciamentos ambientais;
 Outorgas;
 Aprovações para execução de obras junto aos órgãos públicos competentes;
 Desenvolvimento de projetos de detalhamento em campo;
 Entre outros.

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.2.2 Canteiro de Obras

O canteiro de obras deve ser compatível com o porte da obra e/ou suas especificidades. O
dimensionamento das unidades físicas deve obedecer a NR-18 do Ministério do Trabalho e
Emprego – MTE. O canteiro está subdividido em 3 (três) tipos de áreas: áreas cobertas e
fechadas (escritórios, vestiários, almoxarifados, etc.), áreas cobertas e abertas (oficinas,
refeitórios, áreas de convívio, etc.), áreas abertas e descobertas (pátios, estacionamentos,
áreas de manobras, etc.).

A unidade de medida dos itens é: m² – metro quadrado.

Conforme o porte da obra, poderá ser utilizado o aluguel de “containers”, tipo escritório e
almoxarifado, onde para cada módulo deve ser contemplada a instalação sanitária. Este tipo de
canteiro pode ainda ser adotado como um canteiro avançado, ou seja, para obras que exigem
um canteiro de apoio. Ex.: obras lineares – implantação de redes e adutoras que estão
distantes do canteiro principal.

Obs. Ver Anexo III - Regulamentação modelo, que deverá ser adaptada caso a caso.

6.2.3 Manutenção e Conservação do Canteiro de Obras

Este serviço deverá ser dimensionado de acordo com o prazo de execução da obra. O item
deve contemplar despesas tais como: consumo de água, energia elétrica, comunicação,
móveis e utensílios, medicina, limpeza, informática, entre outros. A unidade de medida do item
é Un – Unidade.

Obs. Ver Anexo IV - Regulamentação modelo, que deverá ser adaptada caso a caso.

6.2.4 Placa de identificação da Obra

Deverão ser contempladas, no mínimo, duas unidades de placas de obra, sendo uma para a
identificação da obra e outra do agente financeiro, com dimensões compatíveis com as normas
do respectivo agente. Estas placas devem ficar em local de fácil visualização dentro do
município e/ou próximo da obra. Conforme a obra ou frente de serviço essas placas poderão
ser menores, tendo o mínimo de 6,00 m² cada uma. Para obras de maior porte podem atingir
dimensões de aproximadamente 17,00 m², a critério da fiscalização da Copasa.

As dimensões e demais características da logomarca da Copasa a serem inseridas nas placas


estão normatizadas pelo Manual de Identidade Visual da Copasa.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 17


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.2.5 Estrada de Acesso

Verificada a necessidade de execução de estradas de acesso, o serviço poderá ser


considerado como Item de Rateio no orçamento, ou inserido na subunidade correspondente,
sendo elaborada a composição de custo para o serviço (limpeza do terreno, remoções,
escavações, aterro compactado, pavimento etc.), considerada a unidade de km (quilômetro).

Na regulamentação do serviço deverá ser feita sua descrição detalhada, com notas
explicativas, quando necessário, os critérios de medição e seus insumos mínimos, incluindo
impreterivelmente a explicitação da largura da estrada.

6.2.6 Condicionantes Ambientais e Ações Mitigadoras

Caso exista alguma condicionante ambiental e/ou ação mitigadora, os serviços deverão ser
incluídos como itens de Rateio, como por exemplo serviços de recuperação ambiental de mata
ciliar nas margens próximas à obra de captação de água.

6.2.7 Trânsito e Segurança

Aplicável à execução de: adutoras, redes de distribuição de água, redes coletoras de esgoto,
interceptores, emissários e linhas de recalque.

Obs. Ver Norma Copasa T.098/-.

6.2.7.1 Placas de sinalização - Fornecimento e movimentação (unidade por dia):

As placas de sinalização para trechos em obras, conforme Padrão Copasa P066/- deverão ser
posicionadas antes e depois do trecho em execução (frente de serviço), distanciadas entre si,
conforme a velocidade permitida na via. Para efeito de orçamento considerar-se-á 1/4 da
extensão da vala. Portanto, para 1.000 m de rede tem-se: (1.000/4) = 250 un. dia.

6.2.7.2 Cones - Fornecimento e movimentação (unidade por dia).

Os cones deverão ser posicionados antes e depois do trecho em execução (frente de serviço),
distanciados entre si, conforme a velocidade permitida na via. Para efeito de orçamento
considerar-se-á 3 cones antes e 3 depois.

Obs.: Ver Projeto Padrão Copasa P065/ - e Norma Copasa T064/-.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 18


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Para o dimensionamento deve-se observar as característica do local onde será implantada a


rede. Assim, considerando-se a produtividade média de 18 m de rede executada por frente de
serviço em centros urbanos e a quantidade de 6 cones para cada frente, tem-se: para cada
1.000 m de rede: (1.000/18 *6) = 333 un. dia. Em casos favoráveis em que a produtividade
média for de, por exemplo, 60 m de rede por frente de serviço, tem-se, então: para cada 1.000
m de rede: (1.000/60 *6) = 100 un. dia.

6.2.7.3 Tela tapume laranja (m):

A Tela tapume deverá ser colocada nos 2 lados da vala. A quantidade de Tela a ser utilizada
será igual ao dobro da extensão da vala ou da extensão da implantação da rede. Portanto,
para 1.000 m de rede tem-se: 1.000 x 2 = 2.000 m.

6.2.7.4 Sinalização noturna - Fornecimento e instalação (unidade por dia):

A sinalização noturna deverá ser posicionada no sentido do tráfego de veículos, em 1 lado da


vala, considerando-se 6 pontos de iluminação por frente de serviço. Para o dimensionamento
deve-se observar as característica do local onde será implantada a rede, sendo 18m em
centros urbanos, e/ou 60 m para casos favoráveis como cidades/localidades do interior.

Considerando que em apenas 20% do total executado, será necessária a utilização da


sinalização noturna, obtém-se, para cada 1.000 m de rede em áreas urbanas mais densas:
(1.000/18 x 0,20) x 6 = 66,67 = 67 pontos (arredondar). Para o caso de cidades interioranas ou
localidades, obtém-se, para cada 1.000 m de rede: (1.000/60 x 0,20) x 6 = 20 (arredondar, se
necessário).

6.2.7.5 Travessia de veículos contínua, em chapa metálica em aço - Fornecimento e


posicionamento (m².dia)

A chapa considerada para o passadiço metálico possui quatro metros quadrados (4,0 m²) e
será utilizada a cada vinte e quatro metros (24,0 m), referente a testada de dois lotes. Deverá
sempre ser observado o adensamento da área e a demanda real dessas travessias para o
local da obra, sendo mais vinculada às áreas urbanas;

Dividir a extensão total de rede, em locais onde há de fato esta demanda, por 24m/dia e
multiplicar pela área de cada travessia (4 m²) para obter a área total.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 19


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.2.7.6 Passadiço de madeira para pedestre - Fornecimento e posicionamento (m².dia)

Passarela em madeira nas dimensões de (0,50 x 2,00) m, totalizando 1,0 m², e sendo
considerada sua utilização a cada cinquenta metros, referente a meio quarteirão, em média;

Dividir a extensão total de rede por 50m/dia e multiplicar pela área de cada travessia (1 m²)
para obter a área total.

6.3 DIRETRIZES DO ORÇAMENTO – SERVIÇOS COMUNS AOS SAA E SES

6.3.1 Serviços Preliminares

6.3.1.1 Generalidades

O grupo dos serviços preliminares integrantes eventualmente tanto dos sistemas de


abastecimento de água quanto dos sistemas de esgotos sanitários compreende os seguintes
trabalhos:

 Locação de estruturas;
 Demolições;
 Remoções;
 Limpeza do terreno;
 Mobilização de equipes, equipamentos e ferramentas.

6.3.1.2 Locação de Estruturas

O serviço de locação de estruturas consiste da montagem, uso e desmontagem de gabaritos


ou tabeiras que possibilitem a delimitação e a marcação do posicionamento de pontos notáveis
orientativos da estrutura a ser implantada, considerando afastamentos máximos de 1,0 (um)
metro dos alinhamentos externos das áreas projetadas.

O serviço é medido pela projeção em planta da área delimitada pelo gabarito/tabeira, tendo
como unidade o metro quadrado (m²).

6.3.1.3 Demolições

Os serviços de demolição compreendem:

a) Demolição de alvenaria (inclusive carga manual)

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 20


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

A demolição de alvenaria – por meio manual ou mecânico – será quantificada com base
no volume correspondente aos panos a serem demolidos, avaliado, portanto, antes da
sua demolição e compreende também sua carga diretamente em caminhão basculante
e posterior descarga. A unidade do serviço é o metro cúbico (m³).

b) Demolição de revestimentos (argamassas, cerâmicas, pedras, ou fórmicas)

O serviço de demolição de revestimentos com argamassa ocorre nos casos em que os


projetos contemplem a previsão de troca do acabamento final em superfícies (paredes,
muros etc.). Já as demolições de cerâmicas, pedras (regulares ou irregulares), e
fórmicas somente se justificam para as situações de reaproveitamento do material, ou
de substituição ou troca dos acabamentos, sendo que qualquer destes casos deverá
ser explicitado nos projetos. A quantificação dos serviços de demolição de
revestimentos é realizada pela medição da área objeto de demolição, sendo a unidade
o metro quadrado (m²).

c) Demolição de forro de gesso

A demolição de forros de gesso é quantificada pela área efetiva a ser demolida.


Ressalta-se que o gesso é considerado resíduo Classe C na Resolução CONAMA nº.
307, de 05 de julho de 2002 e não pode ser disposto em áreas destinadas a aterros de
resíduos domiciliares, devendo, portanto, serem observadas no orçamento as
condições de sua destinação final segundo as normas ambientais específicas.

d) Demolição e Remoção de pavimentos (asfaltos, pedras e pré-moldados) e passeios

A quantificação do serviço se dá pela área efetivamente objeto de demolição/remoção


(unidade: metro quadrado – m²), sendo que deverão ser obedecidas larguras máximas
na parte superior da vala em função do tipo de material empregado, conforme indicado
na Tabela 1 a seguir:

Tabela 1: Demolição de pavimentos e passeios (m2)

PASSEIO ASFALTO PEDRAS POLIÉDRICO


CIMENTADO
Largura de vala Largura de vala+0,10 m Largura de vala+0,30 m Largura de vala+0,30 m

Larguras superiores às da Tabela 1 somente serão aceitas com justificativa embasada


tecnicamente. Deverão ser observados os casos onde a prefeitura exige que em determinadas
regiões a recomposição do pavimento seja feita em toda a largura da via/passeio.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 21


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

No caso dos pavimentos asfálticos, a demolição se dá por processo mecânico (martelete


pneumático ou serra cliper), e o serviço compreende a carga do material demolido diretamente
em caminhão basculante e descarga.

No caso dos pavimentos em paralelepípedo, poliédrico, ou elementos pré-moldados, a


remoção é manual, e o serviço compreende seu empilhamento nas imediações da faixa
removida, ou a carga direta em caminhões e posterior descarga nos casos em que o
armazenamento do material se dará distante da faixa.

Para os passeios cimentados, a demolição se dá por processo manual ou mecânico (martelete


pneumático ou serra cliper), e o serviço compreende a carga do material demolido diretamente
em caminhão basculante e descarga.

Para o transporte de material demolido para bota-fora, deverá ser considerada a distância
média de transporte (DMT), aplicando-se o índice de empolamento pertinente (ver item
6.3.3.6). Para o caso de material não ensaiado, adotar-se-á 30%.

e) Demolição de pisos

A demolição de pisos abrange os pisos cerâmicos, vinílicos, em granitina e os


revestidos com tacos de madeira ou carpete. Em todos os casos, a quantificação dos
serviços se dá pela área objeto da efetiva demolição.

O serviço compreende a demolição do piso, inclusive base, por meios manuais e/ou
mecânicos, afastamento lateral, carga e depósito de entulho em local apropriado para
posterior transporte para bota-fora.

f) Demolição de concretos (simples e armados)

A demolição dos concretos (simples e armados) se dá por processo manual ou


mecânico, e o serviço compreende a carga do material demolido diretamente em
caminhão basculante e descarga.

A quantificação do serviço é realizada com base no volume a ser demolido, avaliado,


portanto, antes da sua demolição. A unidade do serviço é o metro cúbico (m³).

g) Demolição de cercas (arame farpado ou alambrados)

O serviço de demolição de cercas se dá por processos manuais ou mecânicos, e


compreende o afastamento lateral do material demolido, a carga e o depósito de

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 22


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

entulho em local apropriado para posterior transporte para bota-fora. A demolição


contempla a retirada de mourões, base de concreto/bloco de concreto, arames
esticadores e tela de arame galvanizada trançada, independente da altura da cerca.

A quantificação do serviço se dá por meio da extensão de cerca a ser demolida


(unidade: metro – m) prevista em projeto.

6.3.1.4 Remoções

Os serviços de “Remoção” aplicam-se aos seguintes itens:

 Divisórias leves;
 Pinturas (a óleo, esmalte ou látex);
 Coberturas (telhas cerâmicas, metálicas e/ou PVC, e de fibrocimento);
 Estruturas em madeira para telhados (engradamento);
 Calhas, rufos e condutores;
 Forros (em réguas de madeira ou PVC);
 Remoção de louças e acessórios;
 Remoção completa de esquadrias (de madeira e metálicas);
 Remoção de passeio em mosaico; e
 Remoção de assoalho de madeira.

Para todas as modalidades a quantificação do serviço se dará pela área efetivamente a ser
removida (unidade: metro quadrado – m²), exceto para calhas, rufos e condutores, que se dará
pela extensão do conjunto (unidade: metro – m), e para as louças, que se dará pelo número de
itens (unidade: un.).

Ressalta-se que a remoção de pinturas só é aplicável nos casos de troca ou substituição deste
acabamento final, em que não seja prevista a demolição do revestimento.

O serviço considera o lixamento de toda a superfície, limpeza do pó, raspagem ou escovação


das partes soltas e sem aderência, varrição, carga e depósito de entulho em local apropriado
para posterior transporte para bota-fora.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 23


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.3.1.5 Limpeza do terreno

O tipo de limpeza deverá ser coerente com as condições da vegetação e topografia do local.

A limpeza do terreno é quantificada com base na área (unidade: metro quadrado - m²)
efetivamente objeto dos seguintes serviços, selecionados com base nas condições específicas
verificadas no local das obras:

a) Limpeza do terreno: desmatamento e limpeza mecanizada

Compreende o corte de vegetação, árvores e tocos com até 15 cm de diâmetro,


inclusive a remoção das raízes, da camada vegetal (espessura = 0,20 m) e afastamento
dos detritos até 10 m além dos limites da área de limpeza.

b) Limpeza do terreno: raspagem e limpeza manual

Compreende a capina da vegetação, roçagem de arbustos e destocamento com


ferramentas manuais e afastamento dos detritos até 10 m além dos limites da área de
limpeza, com empilhamento em leiras, e posterior queima e/ou remoção do material,
inclusive acerto e compactação manual.

c) Limpeza do terreno: com roçadeira mecânica, manual

Capina da vegetação, roçagem de arbustos com roçadeira mecânica e/ou manual, e


afastamento dos detritos até 10 m além dos limites da área de limpeza, com
empilhamento em leiras, e posterior queima e/ou remoção do material.

6.3.1.6 Mobilização de equipes, equipamentos e ferramentas

Este serviço compreende o transporte de equipe completa e dos equipamentos e materiais


necessários à execução de obras dos sistemas de abastecimento de água e de coleta de
esgoto na modalidade de crescimento vegetativo e/ ou manutenção de rede / ligação de
esgoto. A quantificação destes serviços é baseada na unidade diária de uso do meio de
transporte necessário à acomodação da equipe e demais insumos, podendo ser:

 Caminhonete x dia;
 Ou Caminhão x dia.

Para outros serviços, sua quantificação se dá segundo as unidades apresentadas na Tabela 2:

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 24


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Tabela 2: Unidades de Quantificação de Serviços de Mobilização


Serviço Unidade
Desmonte de rocha DMT até 60km - mobilização de equipe, equipamentos, ferramental e
Un
acessórios
Desmonte de rocha - adicional DMT acima de 60km para mobilização de equipe,
Km
equipamentos, ferramental e acessórios
Projeção de concreto e/ou argamassa - mobilização e desmobilização de equipe,
Un
equipamentos, materiais, ferramentas e acessórios
Equipamento de alto-vácuo e tanque reservatório, inclusive caminhão, mobilização e
Km
deslocamento
Equipamento de alta pressão por hidrojateamento, inclusive caminhão, mobilização e
Km
deslocamento
Estaca - bate estacas completo para cravação de estacas com capacidade de suporte de
Un
carga até 80 toneladas -mobilização e desmobilização
Estaca - bate estacas completo para cravação de estacas com capacidade de suporte de
Un
carga acima de 80 até 160 toneladas- mobilização e desmobilização
Equipamento combinado de alto-vácuo e alta pressão, inclusive caminhão - mobilização
Km
e deslocamento
Guindaste hidráulico capacidade menor ou igual a 8,0 ton., sobre chassi de caminhão
Km
trucado – mobilização e desmobilização

Sondagem a percussão - adicional de mobilização e desmobilização Km

Sondagem a percussão - mobilização e desmobilização Un

Sondagem a trado - adicional de mobilização e desmobilização Km

Sondagem a trado - mobilização e desmobilização Un

Sondagem mista (SPT + rotativa) - mobilização e desmobilização Un

Sondagem mista (SPT + rotativa) - adicional de mobilização e desmobilização Km

Para o caso de serviços específicos que devem ser acompanhados do item de mobilização e
desmobilização (ex.: implantação de escoramentos, travessias e esgotamentos especiais), este
item não deve ser inserido na estrutura da CPU – Composição de Preço Unitário, mas sim ser
um item específico de planilha.

6.3.2 Construção Civil

6.3.2.1 Execução de cercas e portões padrão Copasa

A execução de cerca é quantificada pela sua extensão (unidade: metro – m), sendo que o
serviço compreende sua execução completa, incluindo o fornecimento de todos os materiais
necessários discriminados nos respectivos projetos padrões, tais como: mourões, esticadores,
escoras, arame farpado, isoladores, aterramento e outros.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 25


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

A implantação de portões compreende o fornecimento e a montagem de portões, conforme


padrão Copasa, incluindo a execução dos pilares de concreto para fixação. A quantificação do
serviço é realizada pelo número de portões implantados (unidade: un.).

6.3.2.2 Argamassas de cimento e areia

A quantificação do serviço se dá com base no volume efetivamente aplicado (unidade: metro


cúbico – m³), segundo as dimensões especificadas nos projetos. No caso de argamassas que
empreguem aditivos (resina sintética ou impermeabilizante), a quantificação se dá com base na
área objeto de aplicação da argamassa (unidade: metro quadrado – m²), cujas dimensões
devem constar dos projetos.

6.3.2.3 Alvenarias de Elevação

O serviço consiste da execução de elementos de vedação em qualquer altura, podendo utilizar


os materiais indicados na Tabela 3. No serviço estão considerados: o assentamento dos
elementos com argamassa de cimento e areia, e o transporte horizontal e vertical dos materiais
necessários. A quantificação dos serviços se dá com base na área da vedação a ser construída
(m²), cujas dimensões (largura e altura) deverão ser aquelas especificadas nos projetos.

Tabela 3: Alvenarias de Elevação – Elementos Típicos


Espessura da Alvenaria Traço da argamassa
Elemento de Vedação Dimensões (cm)
(cm) (cimento: areia)
10
Tijolos maciços requeimados (20 x 10 x 5,5) 1:6
20
11
Tijolos maciços à vista (23 x 11 x 5,5) 1:4
23
10
Tijolos furados (30 x 20 x10) 1:6
20
(40 x 20 x 10) 10
Blocos de concreto (40 x 20 x 15) 15 1:6
(40 x 20 x 20) 20
(60 x 30 x 10) 10
Blocos de concreto auto clavado (60 x 30 x 15) 15 1:3
(60 x 30 x 20) 20

6.3.2.4 Revestimentos

Os revestimentos compreendem as seguintes modalidades:

 Chapiscado comum, com argamassa de cimento e areia;


 Chapiscado rústico, com argamassa de cimento e pedrisco;
 Emboço para revestimento com azulejos;

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 26


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

 Reboco paulista;
 Revestimentos com azulejos brancos ou com ardósia;
 Revestimentos de argamassa para poços de visita e similares.

A quantificação dos serviços se dá com base na área de aplicação do revestimento (unidade:


metro quadrado – m²), cujas dimensões deverão ser aquelas especificadas nos projetos.

6.3.2.5 Pinturas

Os serviços de pintura são quantificados com base na área de aplicação dos serviços (unidade:
metro quadrado – m²), cujas dimensões são as definidas nos projetos. Os serviços já incluem
as atividades necessárias à sua completa execução, abrangendo o preparo da superfície, a
aplicação de bases, e o número de demãos. Os serviços de pintura se dão sobre:

 Alvenarias (caiação; a base de látex, com ou sem massa corrida; esmalte sintético, com
ou sem massa corrida; acrílico ou silicone);
 Esquadrias de ferro (esmalte sintético ou grafite) e de madeira (a óleo ou verniz);
 Superfícies de madeira em geral.

Adicionalmente, integra-se a este grupo a pintura de logotipos padrão Copasa.

6.3.2.6 Coberturas

Os serviços compreendem as coberturas (em quaisquer alturas) com telhas cerâmicas ou com
telhas de fibrocimento. A quantificação se dá com base na área efetiva da cobertura (unidade:
metro quadrado – m²).

Nos serviços já estão inclusos a montagem das estruturas de madeira destinadas a receber a
cobertura, bem como todos os materiais e os transportes horizontal e vertical necessários.

6.3.2.7 Forros

Os serviços abrangem a completa execução de forros com lambris de madeira, lâminas de


PVC, ou placas de gesso. A quantificação dos serviços se dá pela sua área de aplicação
(unidade: metro quadrado – m²), sendo já considerados os materiais, transporte e
movimentação horizontal e vertical, bem como as estruturas necessárias para acomodação e
arremate dos forros.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 27


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.3.2.8 Lajes pré-moldadas (para pisos ou tetos)

Compreende a colocação de todos os materiais da laje, capeamento em concreto,


escoramento e cimbramento, bem como o transporte horizontal e vertical de todo o material
dentro do canteiro até o local de aplicação na obra.

A quantificação dos serviços se dá pela sua área de aplicação (unidade: metro quadrado – m²).

6.3.2.9 Pisos

Compreende a execução de pisos cimentados lisos ou de ladrilhos hidráulicos. Os serviços


abrangem a limpeza e preparação da superfície que receberá o piso, bem como todos os
materiais, inclusive seu transporte horizontal dentro do canteiro até o local de aplicação na
obra.

A quantificação dos serviços se dá pela sua área de aplicação (unidade: metro quadrado – m²).

6.3.2.10 Portas, Esquadrias de ferro e Vidros

Os serviços compreendem o fornecimento e o assentamento dos itens mencionados,


considerando inclusos quaisquer preparos, ajustes, arremates etc. necessários à perfeita
execução dos trabalhos.

A quantificação para as esquadrias de ferro e vidros se dá pela área das peças aplicadas
(unidade: metro quadrado – m²), e, para as portas, pelo número de unidades aplicadas
(unidade: unidade – un.).

6.3.2.11 Plantios

Compreende as seguintes modalidades e as respectivas unidades de quantificação:

 Fornecimento e plantio de mudas para cerca-viva (unidade: unidade – un);


 Fornecimento e plantio de mudas de arbustos ornamentais (unidade: unidade – un);
 Fornecimento e plantio de mudas de árvores ornamentais (unidade: unidade – un);
 Fornecimento e plantio de grama em placas (unidade: metro quadrado – m²);
 Fornecimento e plantio de mudas para forração (unidade: metro quadrado – m²).

Os serviços abrangem o preparo das áreas para plantio, bem como as atividades necessárias
à sua perfeita execução, tais como: alinhamentos, posicionamento e abertura de covas,
adubação etc.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 28


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.3.3 Movimento de terra

Os serviços de movimento de terra compreendem:

 Escavações (manual ou mecânica; em solo seco ou com água; e em material de 1ª, 2ª,
ou 3ª categoria);
 Escavação e carga mecânica de valas em rocha (branda ou dura; a frio ou a fogo);
 Acerto e nivelamento de fundo de valas;
 Aterros de valas e cavas de fundação, com ou sem controle do grau de compactação e,
com ou sem o emprego da material granular;
 Espalhamento de solo e rocha em bota-fora; e
 Transporte de materiais.

6.3.3.1 Escavações em solo

Tipo de escavação

A escavação compreende a remoção dos diferentes tipos de solo, desde a superfície natural do
terreno até a cota especificada no projeto. A estratificação da escavação em "manual" ou
"mecânica", em "solo seco" ou "solo com água” ou ainda material de 1ª, 2ª, 3ª ou “em rocha",
deverá ser proveniente de uma análise das sondagens do terreno objeto dos serviços e
constatação em campo. Ou seja, o tipo de escavação adotado deverá estar de acordo com o
tipo de solo e profundidade do lençol freático no local a ser escavado. Devendo estas
indicações serem identificadas com o perfil do terreno.

Plano de escavação

A memória de cálculo do orçamento deverá apresentar o plano de escavação para as unidades


dos sistemas de água (adutoras) e de esgotos (rede coletora, interceptores, emissários). O
mesmo vale para as elevatórias, nos casos em que as profundidades dos poços de sucção
forem muito altas.

O plano de escavação deverá:

 Conter estudos geotécnicos;


 Detalhar o método executivo e o tipo de equipamento a ser utilizado para a escavação
e transporte;
 Justificar os quantitativos adotados para os tipos de escavação e para os índices de
empolamento;

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 29


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

 Indicar em croquis as localizações e distâncias (DMTs) das áreas de “bota-fora” e de


empréstimo de terra (jazidas), conforme plano de controle ambiental, bem como
apresentar projeto com as medidas de recuperação ambiental dessas áreas, quando
cabível ou necessário;
 Incluir o sistema de esgotamento e drenagem superficial das áreas escavadas durante
e após a realização dos trabalhos, sempre que necessário.

Este plano deverá indicar a posição relativa das estruturas, as características do subsolo e a
posição do lençol freático lançados nos perfis do terreno, permitindo definir os processos de
escavação, escoramento, rebaixamento de lençol freático, fundações, etc.

Quando houver necessidade de aterros nas áreas de implantação das unidades, deverá ser
previsto um índice de 20% a 25% de perda na compactação, quantificando-se devidamente o
aproveitamento de terra local ou de jazidas de empréstimos.

“Bota-fora” ou Empréstimo

Para o caso dos transportes de material de bota-fora ou de empréstimo, a distância média de


transporte (DMT), deverá ser verificada, baseando-se em pesquisa local efetuada pela
empresa projetista.

A empresa projetista deverá informar no Memorial Descritivo, o nome, a localização e a


distância do bota-fora e das jazidas consideradas para empréstimo, inclusive condições de uso
das vias, devendo ser avaliada a necessidade de serviço de reparos antes e depois do uso.

Os serviços de carga, transporte, descarga e espalhamento em bota-fora deverão estar de


acordo com as distâncias entre a obra e as áreas disponíveis.
Verificar a necessidade ou não de se pagar taxa de descarte do material na área de bota-fora.
Caso necessário prever os custos levantados, no orçamento.

Os serviços de recuperação ambiental nos locais de bota-fora ou áreas de empréstimo devem


ser previstos, caso sejam necessários.

Escavação e reaterro de valas para assentamento de tubulações de água ou esgoto

Os quantitativos relativos às escavações e reaterro de valas devem estar de acordo com a


Norma Técnica T.176/_ da Copasa - “Demolição e Recomposição de Pavimentos, Escavação e
Reaterro de Valas” - (consultar a norma antes de iniciar o levantamento dos quantitativos).

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 30


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Na escavação de valas, deverá ser observado se o material escavado poderá permanecer ao


lado da vala até o reaterro, prevendo-se, neste caso, a utilização de tapumes para a segurança
do pessoal dentro da vala e proteção da própria vala. No caso do material escavado ser levado
para depósito, para posterior utilização, deverá ser previsto o transporte, além do retorno do
material para o reaterro considerando a carga, o transporte e descarga.

O mesmo procedimento deverá ser dado ao material não aproveitável para o reaterro (rocha,
solo com água e/ou solo orgânico). Neste caso, o orçamento deverá prever o empréstimo com
os respectivos serviços de escavação, carga e transporte, bem como o espalhamento em bota-
fora do material descartado.

Nos reaterros de valas para assentamento de tubulações com diâmetro superior a 250 mm, o
volume correspondente ao tubo (A seção x comprimento do tubo) deverá ser decrescido do
volume total da escavação, sendo a diferença prevista no transporte e espalhamento de solo
e/ou rocha em bota-fora.

Para situações de valas para assentamento de tubulações com profundidades muito elevadas,
poderá ser indicado o rebaixamento do terreno, com seções escalonadas, assegurando
melhores condições de acesso para se atingir o nível de escavação final, desde que as
condições locais assim o permitam. Neste caso, a memória de cálculo do orçamento deverá
indicar e definir as condições previstas. O rebaixamento deverá considerar a utilização de trator
de esteira, separando-se o material para reaproveitamento no reaterro.

Quantitativos de escavação em qualquer tipo de solo, exceto rocha

A quantificação dos serviços se dá com base no volume a ser escavado (unidade: metro cúbico
– m³). O volume deverá ser definido pelas dimensões da unidade projetada, admitindo-se um
acréscimo de até 1,00 m para cada lado, ou raio, para efeito de área de serviço.

6.3.3.2 Escavação de valas em rochas

A escavação de valas em rochas compreende as modalidades: em rocha branda ou em rocha


dura; com desmonte a fogo ou a frio.

Rochas brandas compreendem aqueles materiais com resistência ao desmonte mecânico


inferior à da rocha não alterada, tais como mármores, calcários, ardósias e arenitos, cuja
extração se processe por combinação de métodos que obriguem a utilização de equipamentos
apropriados, pneumáticos ou hidráulicos.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 31


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Rochas duras compreendem aqueles materiais que apresentam resistência ao desmonte


mecânico equivalente à da rocha não alterada e blocos de rocha com diâmetro médio superior
a 1,00 m ou de volume igual ou superior a 2 m³, tais como os granitos, gnaisses, basaltos e
metarenitos, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem
somente com o emprego contínuo de equipamento a ar comprimido e explosivos, ou seja, que
não possam ser naturalmente escavados com o emprego dos equipamentos, ferramentas e
acessórios de escavação tradicionais.

A escavação a frio compreende o fornecimento de todos os equipamentos, ferramentas,


materiais e mão-de-obra necessários à perfeita e total execução do serviço, com carga do
material escavado diretamente sobre caminhão ou ao lado da vala, inclusive o transporte e
deslocamento dos equipamentos, ferramentas e pessoal ao longo do trecho. A quantificação
dos serviços é feita pelo volume escavado (unidade: metro cúbico – m³), respeitadas as
dimensões e tolerâncias aos limites de projeto.

O serviço de escavação a fogo compreende o desmonte a céu aberto e sem proteção contra
lançamentos, com carga do material escavado diretamente sobre caminhão ou ao lado da vala.
Estão computados no preço todos os custos referentes aos serviços relativos ao desmonte, ou
seja, a elaboração do plano de fogo, a perfuração, o carregamento das minas com as cargas
explosivas, o tamponamento das minas, a mão-de-obra e todos os materiais e equipamentos
necessários, inclusive o transporte vertical e/ou horizontal, manual e/ou mecânico dos serviços.
A quantificação dos serviços é feita pelo volume escavado (unidade: metro cúbico – m³),
respeitadas as dimensões e tolerâncias aos limites de projeto.

Retirada de rocha desmontada

A quantificação dos serviços se dá com base no volume a ser escavado (unidade: metro cúbico
– m³). O volume deverá ser definido pelas dimensões da cava, incluindo-se a área de serviço e
ainda admitindo-se um acréscimo de 0,70 m para cada lado ou raio, quando o material originar-
se de desmonte com uso de explosivo.

6.3.3.3 Acerto e nivelamento do fundo de valas

Compreende a regularização, o apiloamento, e a verificação do nivelamento do fundo de valas.


A quantificação do serviço se dá pela área do fundo de vala nivelado (unidade: metro
quadrado, m²).

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 32


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.3.3.4 Aterro de valas/cavas de fundação e Compactação Mecanizada de Aterros

O aterro de valas e cavas de fundação compreende a execução de aterro com emprego de


soquete de ferro, compactadores pneumáticos ou compactadores de placas vibratórias, em
valas e cavas de fundação e outras áreas confinadas, compreendendo: preparo da base,
lançamento manual do material de aterro, espalhamento e regularização das camadas com no
máximo 20 cm de homogeneização das camadas pela remoção de torrões secos, controle de
teor de umidade com apiloamento, nivelamento e acabamento.

A quantificação dos serviços é feita pelo volume de aterro (unidade: metro cúbico – m³),
devendo ser observadas as particularidades para a aplicação às obras de unidades de
sistemas de água e de sistemas de esgotos.

A compactação mecanizada de aterros compreende a utilização de equipamentos adequados


para conferir o grau mínimo de compactação determinado nos projetos, tais como os rolos
compressores vibratórios de patas longas ou curtas. A execução destes serviços deverá
obedecer às referências técnicas da Copasa ou do DER MG.

A quantificação dos serviços é feita pelo volume de aterro (unidade: metro cúbico – m³),
determinado de acordo com as seções transversais do projeto.

6.3.3.5 Espalhamento de solo e rocha em bota-fora

O serviço compreende o espalhamento de material de escavação em bota fora com trator de


lâmina, incluindo adensamento e rampas de acesso, a medida que se tornarem necessários.
Consideram-se para este serviço os excessos provenientes das escavações, assim como os
materiais inservíveis para reaproveitamento em aterros e reaterros (rocha, solo orgânico e solo
com água).

A quantificação do serviço se dá pela somatória dos volumes (unidade: metro cúbico – m³)
correspondentes ao excesso de escavação e do material inservível, sendo aplicados aos
mesmos o índice correspondente ao empolamento. Este índice deverá ser proveniente de
ensaios de caracterização do material (ver Tabela 4, no item 6.3.2.6).

6.3.3.6 Transporte

O transporte de materiais provenientes de escavações de solo e rocha é realizado através de


caminhões basculantes, sendo quantificado por meio de dois critérios:

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 33


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

 Para o primeiro quilômetro de transporte, a quantificação se dá pelo volume


correspondente do material (unidade: metro cúbico – m³), acrescido do índice de
empolamento correspondente;
 A partir do segundo quilômetro entra o conceito de momento de transporte (unidade:
metro cúbico vezes quilômetro – m³ x km), que corresponde ao produto do volume –
acrescido do índice de empolamento – pela DMT (Distância média de transporte).

O índice de empolamento deverá ser proveniente de ensaios de caracterização do material.


Quando não disponíveis, poderão ser adotados os valores constantes da Tabela 4, ou o valor
médio de 30%.

Tabela 4: Índice de Empolamento

Especificação Índice de empolamento


Materiais argilosos 20%
Materiais arenosos 10%
Rocha 50%
Materiais provenientes de demolições 30%

Quaisquer índices atípicos deverão ser justificados devidamente.

Deverá ser observado que para as operações de bota-fora o índice de empolamento incide
sobre os serviços de carga, transporte, transporte adicional, espalhamento de solo mole e
espalhamento de rocha. Para o volume de empréstimo, o valor de empolamento incide na
carga (quando existir), transporte, e transporte adicional.

6.3.3.7 Verificações na elaboração do orçamento de valas

Na elaboração do orçamento de valas para assentamento de tubulações deverão ser


observadas as seguintes relações referentes aos serviços de movimento de terra:

a) Volume de escavação = volume de reaterro (até diâmetro DN 250);

b) Volume de reaterro = volume de escavação - volume do tubo para DN  250;

c) O critério de medição das escavações em valas contempla a carga diretamente em


caminhões. No caso do material escavado ser levado para depósito, para posterior
utilização, deverá ser previsto o transporte, além do retorno do material para o reaterro
considerando a carga e o transporte correspondentes;

d) Volume de material para "bota-fora" = volume de escavação de material com embaraço


d'água + material de "rocha" + material “orgânico”;

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 34


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

e) Volume de empréstimo = volume de material de "bota-fora";

f) Verificar para o caso dos transportes de material de “bota-fora” ou de empréstimo, a


distância média de transporte (DMT):

Carga e Transporte = "bota-fora" ou empréstimo (m³) x DMT (km).

O volume de escavação de valas para assentamento de tubulações deverá constar de uma


planilha de quantitativos, identificando a extensão, o diâmetro, a profundidade média, o tipo de
pavimento, o tipo de escoramento, presença de água e demais elementos pertinentes.

6.3.4 Contenções, Escoramentos, Esgotamentos e Drenagem

Este grupo compreende os serviços associados à proteção e à estabilidade das intervenções


realizadas tanto em sistemas de água como em sistemas de esgotos. Destacam-se:

 As estruturas de escoramento de valas;


 As contenções em gabiões (tipo caixa, colchão Reno, e tipo saco);
 Enrocamentos, ensecadeiras e sacarias;
 Esgotamento e Drenagem;
 As formas para fundações e estruturas, e a respectiva desforma.

6.3.4.1 Escoramentos de valas

As valas com profundidades médias iguais ou inferiores a 1,25 m não serão, necessariamente,
escoradas. A partir de 1,25 m de profundidade, toda a vala deverá ser escorada nas duas
laterais utilizando-se um dos tipos já previamente estabelecidos pela Copasa.

O tipo de escoramento a empregar dependerá da qualidade do terreno, da profundidade da


vala e das condições locais, devendo atender ao disposto na Norma Técnica T.014/_, da
Copasa. Esta definição deverá ser baseada em resultados das sondagens geotécnicas
lançadas sobre os desenhos de perfis das unidades em questão.

Sempre que possível poderá ser utilizada como referência a tabela 5 a seguir.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 35


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Tabela 5: Profundidade x Tipo de Escoramento

PROFUNDIDADE DA VALA ALTURA A SER ESCORADA TIPO DE ESCORAMENTO


I,25m < H ≤ 2,75 m 0 até H Pontaleteamento
2,75m < H ≤ 3,50m 0 até H Escoramento descontínuo
3,50m < H ≤ 4,50 m 0 até H Escoramento contínuo
H > 4,50 m 0 até H Escoramento especial

Os escoramentos especiais, tais como o tipo Blindagem (leve ou pesado), deverão ter seu
emprego analisado pelo orçamentista conjuntamente com o engenheiro de projetos, em função
das seguintes condições do solo local:

 Solo pouco coeso, imprimindo facilidade para o fechamento da vala;


 Profundidade elevada e solo com presença de água, onde há maior risco quanto à
segurança da obra e dos operários;
 Solo com excessiva presença de água, mesmo em profundidades de valas não tão
elevadas;
 Necessidade de agilização da execução da obra, considerando sua alta produtividade.

O equipamento deverá ser especificado em função da largura necessária para a vala, que por
sua vez é função do diâmetro e da profundidade da tubulação. A largura mínima da vala para
este tipo de escoramento é de 1,40 m. Ressalva-se que a mobilização e desmobilização
(unidade: quilômetro – km) dos equipamentos, materiais, e mão-de-obra para este tipo de
escoramento são objeto de item específico de preços.

Obs.: Ver as normas técnicas da Copasa sobre “Escoramentos Blindados para Valas” e sobre
“Escoramentos em Estacas Pranchas”.

Para verificação do quantitativo de escoramentos (unidade: metro quadrado – m²) de cada


trecho em planilha, deverá ser utilizada a seguinte expressão:

Área de escoramento (m²) = 2 x extensão (m) x profundidade média da vala (m).

6.3.4.2 Contenções

As obras de contenção deverão ser executadas conforme projeto. Nas contenções executadas
com estruturas de gabiões tipo caixa e tipo saco, a quantificação dos serviços se dá pelo
volume montado da contenção (unidade: metro cúbico – m³); nos colchões tipo Reno, a
quantificação se dá pela área (unidade: metro quadrado – m²) da estrutura.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 36


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.3.4.3 Enrocamentos, ensecadeiras e sacarias

Em valas, os enrocamentos deverão ser previstos somente para os locais onde o


assentamento de tubulações se mostre prejudicado pela presença de solo mole. Neste caso, a
quantificação do serviço se dá pelo volume de pedra, considerando 0,40 m de profundidade, a
extensão de solo mole e toda a largura da vala (unidade: metro cúbico – m³).

As ensecadeiras, executadas com sacaria de ráfia tipo “rip-rap” preenchida com solo cimento,
são quantificadas pelo volume da estrutura montada (unidade: metro cúbico – m³).

6.3.4.4 Esgotamento e drenagem

Para a necessidade ou não do esgotamento de valas, deverão ser observados os níveis d'água
nos laudos de sondagens.

Sempre que ocorrer o aparecimento de água nas escavações, proveniente de chuvas, lençol
freático, vazamentos em tubulações etc. deverá ser esgotada a vala ou a cava a fim de garantir
a continuidade da obra e a estabilidade das paredes da escavação.

Para esgotamento em fundações profundas a quantidade de horas de bombas deverá ser


compatível com a duração da obra específica. Dever-se-á contar com o apoio de um
engenheiro geotécnico para avaliar as condições de esgotamento e drenagem especificamente
para a obra em questão.

O esgotamento deverá ser feito por bombas superficiais ou por sistema de rebaixamento do
lençol freático, tipo ponteiras a vácuo.

Quando a drenagem for feita por meio de bombas, a água retirada deverá ser encaminhada
para a galeria de águas pluviais ou para a vala mais próxima, através de condutos apropriados,
para evitar o alagamento das áreas vizinhas ao local de trabalho. Deverão ser observados nos
perfis de sondagem os níveis d'água na região do corte da vala para estimar a extensão em
que serão executadas as escavações com a presença de água, possibilitando quantificar o
número de horas gastas com o bombeamento, cujo dimensionamento deverá basear-se na
produtividade da execução da obra (50 metros por dia no caso de adutoras) e no número de
horas produtivas do equipamento de bombeamento, conforme apresentado a seguir:

Extensão Trecho (em presença de água) m x 16 h/dia


N º Horas 
Produção Diária

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 37


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Para a drenagem de valas pode ser executado um dreno de brita nº. 2 ou nº. 3, com
profundidade de 20 cm. O dreno pode também ser executado utilizando-se manilha furada ou
porosa envolvida em brita, com juntas secas, em diâmetro e linhas dimensionados conforme
vazão a ser drenada.

6.3.4.5 Formas, desformas e escoramentos para estruturas:

Os serviços de forma para fundações, pilares, vigas, lajes e estruturas em geral, compreendem
o fornecimento do material, a montagem e a aplicação das formas nas peças mencionadas,
abrangendo também o escoramento dos painéis até a altura de 3,0 m. Deverá ser observada a
necessidade de inclusão dos serviços de andaimes e escoras.

A desforma dos painéis deve ser estratificada segundo a altura ou profundidade de aplicação
das mesmas (até 1,5 m, ou superior).

A quantificação dos serviços se dá pela área acabada das peças estruturais (unidade: metro
quadrado – m²).

No caso de lajes, o cimbramento é quantificado pelo volume (unidade: metro cúbico – m³) das
estruturas que o constituem.

6.3.5 Fundações e Estruturas

Este grupo compreende os serviços associados à implantação das estruturas projetadas para
os sistemas de água e de esgotos, dentre os quais destacam-se os seguintes:

 Execução de fundações;
 Preparo e aplicação de concretos e armaduras;
 Execução de caixas (de proteção de aparelhos, de passagem etc.);
 Execução de blocos de ancoragem.

6.3.5.1 Execução de fundações

Os orçamentos deverão ser compatíveis com os projetos estruturais, quando estes forem
disponíveis.

Os serviços relativos à execução de fundações deverão estar indicados no projeto (estacas,


tubulões, fundação direta, etc.), incluindo o seu método executivo, suas características técnicas
e os respectivos detalhamentos construtivos.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 38


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Verificar se a fundação definida pelo projetista tem o seu método executivo detalhado e segui-
lo fielmente.

A quantificação dos serviços se dá em função do comprimento (unidade: metro – m) dos tipos


empregados (broca de concreto, tubulões e estacas pré-moldadas). Para o caso de fundação
em estacas, deve-se considerar uma folga de 10% da profundidade a ser atingida na cravação
das estacas.

No caso das fundações diretas, constituídas de cintas e blocos ou sapatas de concreto, a


quantificação se dá para cada serviço integrante das fundações mesmas (escavação; formas e
desformas; armaduras e concretos etc.).

6.3.5.2 Preparo e Aplicação de concretos e armaduras

Concretos

Os serviços de preparo e aplicação de concreto e armaduras se aplicam às fundações e às


estruturas das unidades componentes dos sistemas de água e de esgotos.

No que se refere aos serviços de concretos, deverá ser elaborado o “plano de concretagem”,
a integrar o memorial de cálculo de quantitativos, do qual constarão a origem do concreto,
(central no canteiro, central fora do canteiro, betoneiras) e as condições em que este será
lançado: manual ou bombeado.

Assim, o “plano de concretagem” deverá descrever os tipos de concretos especificados,


compatíveis com cada condição de utilização: concreto em contato com água; concreto
estrutural; concreto simples; concreto ciclópico. Deverá ser verificada também a disponibilidade
(ou não) de usinas de concreto próximo à obra, respaldando a previsão de utilização de
concretos com resistência superior a 30 MPa.

Os serviços relacionados aos concretos, que abrangem o preparo, o lançamento e o


adensamento, são estratificados segundo:

 O tipo (concreto ciclópico, magro, simples ou estrutural);


 O processo empregado para preparo, podendo ser manual, em betoneira, ou ainda
fornecido pré-misturado;
 A altura ou profundidade de lançamento (até 1,5 m; entre 1,5 m e 10m; e entre 10m e
20m).

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 39


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

A quantificação dos serviços de preparo, lançamento e adensamento de concretos se dá pelo


volume de aplicação dos mesmos (unidade: metro cúbico – m³), em conformidade com as
estratificações apresentadas anteriormente.

Deverão ser consultadas as “Diretrizes para Projetos de Estruturas de Concreto – Volume VII”,
da Copasa DPG/SPEG, para definição da qualidade e resistência do concreto de acordo com o
uso (água ou esgoto), quando não disponível o projeto estrutural.

Armaduras

O serviços de armadura de aço (CA-50 ou CA-60) para concretos abrangem o fornecimento,


cortes, limpeza, dobramento, soldas, amarração e colocação das armaduras e/ou telas de aço,
pastilhas e espaçadores.

A quantificação dos serviços se dá pelo peso da armadura (unidade: quilograma – kg), em


conformidade com os resumos constantes dos projetos estruturais. Na ausência destes,
deverão ser previstos quantitativos de aço compatíveis com a estrutura a ser executada.
Nestes casos, pode ser aplicada a relação seguinte:

Consumo de Aço (kg) = volume de concreto (m³) x (80 a 100) kg/m³

6.3.5.3 Caixas

A execução de caixas compreende aquelas de proteção de aparelhos (ventosas, descargas,


registros e válvulas, equipamentos de macromedição etc.), os poços secos, as caixas de
passagem em alvenarias, e os poços de visita para as redes de esgoto.

Em linhas gerais, os projetos devem empregar preferencialmente as caixas padronizadas da


Copasa.

A quantificação do serviço se dá pela totalização das unidades implantadas (unidade: unidade


– un.).

Ressalta-se que nos serviços de execução das caixas e poços de visita estão inclusos os
assentamentos dos tampões de ferro fundido, sendo que o fornecimento desses integra os
materiais a cargo da Copasa. Com relação aos poços de visita, devem ser observadas as
estratificações referentes aos diâmetros e alturas dos mesmos, bem como adicionados os
tubos de queda eventualmente especificados nos projetos.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 40


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.3.5.4 Blocos de ancoragem

As dimensões e características dos blocos de ancoragem são resultantes dos empuxos


calculados e detalhados nos projetos, devendo constar do projeto básico e/ou do estrutural.

A quantificação dos serviços se dá pela totalização dos volumes de concreto dos blocos
(unidade: metro cúbico – m³), formas e armação correspondentes.

6.3.6 Assentamentos

Os serviços do grupo de “assentamentos” são estratificados segundo o tipo de material das


tubulações (ferro fundido, ferro galvanizado, PVC, manilhas cerâmicas e de concreto etc.); o
tipo de juntas (elástica, asfalto, argamassa etc.); incluindo também as montagens em ferro
fundido e de conexões de ferro galvanizado, e a instalação de conjuntos moto bombas. No que
se refere aos serviços deste grupo, deverão ser observadas as particularidades referentes às
unidades dos sistemas de água e de esgotos.

6.3.6.1 Assentamento de tubulações

Quando o solo não apresentar condições naturais de suporte deverá ser prevista a
regularização do fundo da vala com "colchão" de material adequado. Para os assentamentos
de tubos de PRFV (plástico reforçado com fibra de vidro) deverá ser previsto berço e envoltória
de material granular constando da respectiva composição de custo; para o assentamento das
tubulações de aço devem ser previstas nas composições de custos: as juntas soldadas com as
especificações definidas pelo projeto, tipo de solda, ensaios e testes necessários, envoltória
com material granular e execução de blocos de ancoragem.

O quantitativo de assentamento deve ser o quantitativo real das tubulações, devendo estas
extensões serem coincidentes com os quantitativos de locação e cadastro. Para o fornecimento
dos tubos ver item 6.3.87.

6.3.6.2 Travessias e Assentamentos especiais

Os orçamentos das travessias de tubulações sob rodovias, ferrovias etc. previstas por
processos padronizados que utilizem métodos não destrutivos (sonda dirigida e túnel) deverão
ter bem definidos os serviços que estão inclusos nos itens, inclusive aprovação de projeto e
execução junto ao órgão e/ou concessionária responsável. No caso de execução por empresa
especializada, a cotação de preços deverá conter todas as informações necessárias para o
perfeito entendimento do serviço. A composição de custos para execução de travessia pelo

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 41


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

método não destrutivo deverá ter sua unidade de medida em metro. O orçamento da execução
de poço de ataque deverá ser apresentado em item apartado da travessia, e sua unidade de
medida também deverá ser em metro (profundidade do poço).

O assentamento de tubulação aérea deverá ser apresentado através de uma composição de


custo específica, relacionando-se todos os serviços pertinentes.

6.3.6.3 Montagens

As montagens especiais em ferro fundido compreendem a montagem de tubos, peças


especiais e aparelhos em ferro fundido, de acordo com as instruções do fabricante e/ou projeto,
incluindo todos os materiais e equipamentos necessários. Inclui ainda, toda e qualquer
movimentação das peças no local da obra, transportes verticais e horizontais, com o emprego
de processos manuais ou mecânicos.

A quantificação do serviço se dá segundo o peso do material (unidade: quilograma – kg),


conforme os quantitativos das peças, conexões, aparelhos e tubos indicados no projeto.

A montagem de conexões de ferro galvanizado para instalação de água fria compreende o


assentamento das conexões e a execução da vedação de juntas até o ponto de ligação dos
aparelhos. A quantificação do serviço se dá pela quantidade (unidade: unidade – un) de
conexões assentadas. Ressalva-se que em situações que requeiram rasgos na alvenaria e
posterior recomposição com argamassa, estes serviços são inclusos no preço do
assentamento dos tubos.

6.3.6.4 Instalação de conjuntos moto bomba

Compreende a execução dos serviços de instalação de conjunto moto bomba, estratificados


segundo a potência nominal dos motores, incluindo: a) Movimentação, transporte horizontal
e/ou vertical, manual e/ou mecânico de todos os materiais, ferramental e equipamentos; b)
Interligações hidráulicas: posicionamento, instalação e alinhamento das tubulações de sucção
e recalque em relação ao conjunto moto bomba, inclusive cortes, arremates e acertos
necessários; c) Alinhamento entre o motor e a bomba; d) Interligações elétricas: entre o
conjunto moto bomba e o quadro de comando; e) Escorva; f) Comissionamento e teste em
vazio, com verificação de: lubrificação, sentido de rotação, temperatura, corrente e tensão; g)
Teste operacional em carga com verificação de: vazamentos, pressão, vazão, temperatura,
corrente e tensão; h) Pré-operação: acompanhamento do desempenho do conjunto.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 42


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

A quantificação do serviço se dá pela totalização das unidades instaladas (unidade: unidade,


un).

6.3.7 Pavimentação

Os serviços integrantes deste grupo abrangem a execução ou a recomposição de pavimentos


asfálticos (a quente e a frio), de pedras (paralelepípedos, poliédricos, brita etc.) ou pré-
moldados de concreto, subleitos, sub-bases e bases de materiais diversos, e passeios. As
pavimentações e proteções do solo deverão ser executadas em conformidade com as
especificações dos projetos.

6.3.7.1 Pavimentação asfáltica

A pavimentação asfáltica compreende a aplicação de concreto betuminoso usinado a quente


(CBUQ) ou pré-misturado a frio (PMF), sendo que os serviços são estratificados segundo a
espessura da capa asfáltica a ser aplicada; segundo a inclusão ou não do fornecimento e
execução de base; e segundo a largura da faixa a ser pavimentada.

A pavimentação para faixas maiores que 3,50 m de largura que envolve a execução de
subleito, sub-base, base, imprimação, pintura de ligação e revestimento deverão ser orçadas
com base em projetos elaborados especificamente para cada obra.

Os serviços são quantificados pela área de aplicação (unidade: metro quadrado – m²), estando
inclusas todas as despesas relativas às atividades de seleção, lançamento e espalhamento da
mistura compressão a quente, obedecendo a espessura de projeto, cotas e abaulamento
requeridos, mediante a utilização racional de métodos e equipamentos adequados a plena e
satisfatória execução dos serviços. Inclui, ainda, todas as despesas relativas ao fornecimento
de materiais, transporte, serviços de imprimação e pintura de ligação.

6.3.7.2 Bases e sub-bases

A confecção de sub-bases e bases compreende a seleção de materiais, lançamento,


espalhamento e compactação, mediante a utilização racional de métodos e equipamentos
adequados à execução plena e satisfatória dos serviços. A composição de custo do serviço
contempla as despesas com o fornecimento e transporte de material.

O orçamento deverá observar a coerência de aplicação dos materiais de base com a


disponibilidade dos locais das obras. As bases de minério de ferro e escória estão restritas a
uma região do estado. As bases de bica corrida, brita graduada e cascalho estão com suas

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 43


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

aplicações condicionadas a existência de uma jazida próxima a ser explorada ou a um


fornecedor específico, devendo ser informado no Memorial Descritivo o nome, a localização, e
a distância das jazidas consideradas.

A quantificação dos serviços se dá pelo volume (unidade: metro cúbico – m³) de base
compactada na pista.

6.3.7.3 Pavimentação de passeios

Os serviços compreendem a execução de pavimentação de passeios, sendo estratificados


segundo o material de acabamento (cimentado, pedras etc.). A execução inclui a regularização
e apiloamento do solo, execução da base, a aplicação do material de acabamento, e a eventual
colocação de juntas de expansão, conforme projeto.

A quantificação dos serviços se dá pela área (unidade: metro quadrado – m²) efetivamente
pavimentada.

6.3.7.4 Recomposição de pavimentos de vias e passeios

Os serviços de recomposição de vias e passeios deverão ser compatíveis com as larguras


máximas de demolição na parte superior da vala, conforme indicado na Tabela 1 do item
6.3.1.3. Larguras superiores às indicadas somente serão aceitas com justificativa específica
embasada tecnicamente. Deverão ser observados os casos onde a legislação municipal local
exija que a recomposição do pavimento seja feita em toda a largura da via/passeio, como é o
caso da PMBH.

Os serviços são quantificados pela área de recomposição (unidade: metro quadrado – m²).

6.3.8 Fornecimento de Materiais e Equipamentos

O fornecimento de materiais e equipamentos deverá estar de acordo com as relações de


materiais constantes dos desenhos dos projetos. A instalação dos mesmos poderá ser feita
com base no peso (em quilograma), quando se tratar de ferro fundido, ou através de
composição de custo específica.

As tubulações, com exceção dos tubos de aço carbono, são, via de regra, de fornecimento da
Copasa, enquanto que as conexões, peças, aparelhos de qualquer tipo de material e os tubos
de aço carbono devem ficar a cargo da Empreiteira contratada. O quantitativo de fornecimento

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

dos tubos (unidade: metro – m) não deverá ser fracionado. O arredondamento sempre deverá
ser para cima.

Para o fornecimento dos tubos, deverão ser acrescidas quantidades percentuais referentes às
perdas, sendo estas próprias de cada tipo de material. Para tubos de PVC, considerar 2% de
perda e comprimentos múltiplos de 6,0 m. Para tubos de ferro fundido, considerar a perda de
0% e comprimentos múltiplos de 6,0 ou 7,0 m, conforme o diâmetro. Tubos de aço carbono
também não têm perda (perda = 0%) e, neste caso, verificar a necessidade de previsão do
serviço de solda, testes e ultrassonografia. Para tubos de PEAD, considerar 2% de perda.
Estas perdas servem ainda para compensar as deflexões devido às declividades,
principalmente para situações de terrenos íngremes. Para tubos cerâmicos (JE), considerar a
perda de 5% e comprimentos múltiplos de 1,0 ou 1,5 m, conforme o diâmetro. Para os tubos
de concreto junta elástica, a extensão para fornecimento é múltipla de 2,5 metros.

Equipamentos especiais, tais como comportas manuais ou com atuadores elétricos, válvulas
borboleta, de gaveta e outras válvulas de bloqueio e de controle de fluxo etc., devem ser
listados e lançados no orçamento – fornecimento de equipamentos, com seus respectivos
quantitativos e preços. Sua especificação técnica deverá ser detalhada. A coleta de preços
deverá estar inserida no capítulo: Propostas comerciais.

Obs.: Consultar a Norma T.254/_ - “Aplicação e Seleção de Válvulas Borboleta” para a


especificação de válvulas borboleta e de registros de gaveta.

Conjuntos moto-bomba deverão ter o preço cotado conforme sua especificação técnica, a
Norma Técnica T.034/_ da Copasa, e quando a potência for superior a 25 cv de acordo com as
Normas Técnicas T.197/_ a T.222/_ da Copasa. Se a potência do conjunto for inferior a 25 cv,
sua aquisição ficará a cargo da Empreiteira contratada. Caso contrário, a aquisição do conjunto
moto-bomba deve ficar a cargo da Copasa.

Para os equipamentos nacionais e importados, a composição de custo deverá incluir todas as


taxas, transportes especiais, mobilizações, equipes de montagem, entre outros custos
especiais, sendo que estes poderão variar, em alguns casos específicos, em função do câmbio
da moeda do país de origem.

O fornecimento de equipamentos deverá obedecer ao modelo do Anexo V - Regulamentação


Modelo para Fornecimento de Equipamentos, devendo este ser adaptado caso a caso.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 45


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

As particularidades do fornecimento de materiais e equipamentos referentes às unidades dos


sistemas de água e de esgoto são apresentadas, respectivamente, nos itens 6.4 e 6.5 deste
documento.

6.3.9 Instalações Elétricas

O orçamento das instalações elétricas deverá ser baseado no projeto elétrico.

As instalações elétricas compreendem: distribuição de força, tomadas e iluminação interna;


iluminação externa, ramais alimentadores dos quadros, sistema de proteção contra descargas
atmosféricas e aterramento, aspectos inerentes ao controle dos equipamentos, instrumentação
e sensores.

Se for necessária a implantação de uma subestação em poste ou abrigada, indicar o tipo de


alimentação – trifásico ou monofásico. Deverá ser criada uma composição de custos específica
para o serviço e seus equipamentos (transformadores, disjuntores, painel de alimentação
secundária) lançados na planilha do orçamento.

Deverá ser verificada a necessidade de extensão de rede elétrica para atendimento às


unidades e seus custos deverão compor o orçamento.

Os itens que compõem o orçamento elétrico deverão ser relacionados no Memorial Descritivo e
no Memorial de Cálculos de Quantitativos. Todos os materiais e equipamentos elétricos, de
instrumentação e automação e sensores (Quadro de Distribuição de Força e Luz, Quadro de
Distribuição de Circuitos, Quadro de Interface de Comando e Automação, Quadro de
Automação e Alarme, Quadro Geral de Baixa Tensão, Sistema de Rádio Comunicação, etc.),
deverão ser criados individualmente no software “Planilha de Custo”. O custo de cada
material/equipamento será objeto de avaliação na curva ABC do orçamento.

6.3.10 Urbanização

Os serviços de urbanização deverão ser detalhados no orçamento conforme as especificações


de projeto, observada sua compatibilidade com as condições locais e com os quantitativos
estabelecidos nas relações de materiais apresentadas.

Devem compreender, no mínimo e de acordo com o projeto básico, os serviços que


contemplem vias de circulação (sarjetas, meio-fio), cercamento (com ou sem concertina),
portões para pedestre e/ou veículos, passeios, drenagem pluvial (bocas de lobo, grelhas,

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 46


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

canaletas), caixas de passagem, pavimentação, paisagismo e cobertura vegetal de taludes por


hidrossemeadura, gramados etc.

Em relação ao paisagismo (grama e plantio de árvores), as quantidades devem ser coerentes


com as necessidades do local e seguir as quantidades relacionadas nos desenhos do projeto.

6.3.11 Serviços Diversos

Este grupo abrange uma gama variada de serviços eventualmente empregados tanto em obras
de sistemas de água quanto nas de sistemas de esgoto. Na elaboração do orçamento, deverá
ser consultada a listagem dos serviços da Copasa, considerando a data-base e o centro de
referência, e certificada a compatibilidade do serviço com as especificações de projeto. Dentre
os serviços compreendidos neste grupo, destacam-se os apresentados na Tabela 6:

Tabela 6: Serviços Diversos

Serviço Unidade de quantificação


Fornecimento e instalação de monovias em perfis metálicos Metro - m
Fornecimento e instalação de talha manual e carro trolley Conjunto - cj
Guarda-corpo com corrimão, em ferro galvanizado Metro - m
Pintura de tubulações de ferro fundido Metro quadrado – m²
Corte de chapas de aço Metro - m
Colocação de material filtrante Metro cúbico – m³

6.4 DIRETRIZES DO ORÇAMENTO – SERVIÇOS E PARTICULARIDADES DE SAA

6.4.1 Adutoras de Água Bruta ou Tratada

6.4.1.1 Generalidades

Na elaboração do orçamento de adutoras deverá ser verificada a compleição das informações


dos projetos da unidade, em especial:

 A apresentação dos elementos gráficos em planta e perfil;


 A indicação dos elementos referentes aos trechos de implantação da adutora, contendo
as cotas do terreno e de assentamento da tubulação, os materiais e diâmetros, o
posicionamento das caixas de proteção de aparelhos, blocos de ancoragem, travessias
especiais, intervenções geotécnicas, contenções etc.;
 Os elementos topográficos relativos à faixa de servidão da unidade;
 A indicação de jazidas de empréstimo e áreas de disposição de bota-fora;

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 47


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

 As ações de mitigação ambiental, recuperação da vegetação, proteção vegetal de


taludes, em especial quando se tratar de intervenções em áreas de proteção
permanente, conforme a legislação ambiental estadual e municipal do local de
implantação das obras.

6.4.1.2 Serviços Preliminares

No orçamento de adutoras de água bruta ou tratada deverá ser verificada e contemplada a


necessidade, caso pertinente, da inserção de serviços de limpeza do terreno, demolições,
remoções, além dos requerimentos específicos de mobilização de equipamentos e equipes de
trabalho.

6.4.1.3 Escavações, reaterros e transporte

Verificar o material do aterro de valas uma vez que alguns tipos de tubulação podem exigir que
as primeiras camadas sejam executadas com material granular (ex.: areia e cascalho de rio).

O volume de escavação de cada trecho da adutora deverá constar de uma planilha de


quantitativos, conforme descrito no item 6.3.2.7. Deverão ainda ser previstos os volumes de
escavação e reaterro quando da execução de caixas de proteção de aparelhos e de manobras,
bem como os volumes de descarte em bota-fora de pavimento demolido.

6.4.1.4 Fundações e estruturas

Compreendem as obras de travessias especiais, blocos de ancoragem referentes às peças e


conexões da adutora, caixas de aparelhos e outros elementos especiais.

Em relação às caixas de proteção de aparelhos da adutora, deverão ser discriminados e


detalhados na Memória de Cálculo todos os serviços e materiais necessários, considerando
também a extensão e material das tubulações de descarga até o ponto de desague final do
esgotamento (poço seco, córrego, rede de água pluvial etc.).

6.4.2 Captação Superficial

6.4.2.1 Generalidades

O orçamento de uma obra de captação superficial de água deverá apresentar detalhadamente


os seguintes elementos:

 Plano de escavação conforme descrito no item 6.3.2.1;

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 48


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

 Orçamento das obras provisórias e ocasionais para estradas de acesso, desvios,


ensecadeiras e corta-rios, quando necessário, de acordo com o projeto da unidade;
 Sondagens geotécnicas do solo e ensaios com resultados lançados nos perfis dos
terrenos indicando as posições relativas das estruturas projetadas, o NA atual e o NA
de cheia;
 Sistemas de bombeamento previstos durante a execução da obra;
 Indicação e composição de custo de estrada de acesso, quando necessário.

A definição do método construtivo e da sequência executiva merece atenção especial, uma vez
que podem agregar custos significativos ao orçamento, dependendo da utilização de máquinas,
equipamentos e materiais especiais e/ou equipes especializadas (desvio do rio, ensecadeiras,
canalizações auxiliares etc.).

6.4.2.2 Locação das Estruturas

A locação das estruturas para a unidade de captação deve ser quantificada pela área
abrangida pela obra, incluindo canais, barragens, caixas desarenadoras, poço de sucção e
estruturas de proteção.

6.4.2.3 Serviços preliminares

O quantitativo previsto para a limpeza do terreno não deve ser restrito à área da obra, mas
deve incluir todo o terreno que de alguma forma será utilizado nas proximidades da estrutura.

6.4.2.4 Movimento de terra

Verificar a existência de abertura de trincheiras ou ensecadeiras para desvio do rio ou córrego,


além dos serviços para execução dos caminhos de serviços.

6.4.2.5 Fundações e estruturas

Verificar a necessidade de inclusão dos seguintes serviços: tratamento dos furos dos
passantes; corte verde; cura química; juntas especiais; insertes; testes de carga e ruptura de
corpos de prova.

Incluir os orçamentos das estruturas metálicas porventura existentes no projeto, tais como:
plataformas de acesso, pórticos, monovias e escadas.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 49


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.4.2.6 Instalações Elétricas

Ressalva-se o procedimento de avaliação quanto à necessidade de extensão de rede elétrica


para atendimento à unidade.

6.4.2.7 Condições Específicas para Captação Superficial - Barragem

O projeto geotécnico definirá a qualidade do terreno que servirá de substrato/apoio da unidade,


para, juntamente com os aspectos da construção civil e o projeto de terraplenagem, definir o
método construtivo e a sequência executiva, função das condições de estabilidade da
barragem, de seu engastamento no terreno natural (ombreiras), do tipo de barragem (terra,
enrocamento, concreto, dentre outros) e de sua fundação no leito do rio.

Toda a área inundável deverá ser limpa no caso de barragem de nível ou de acumulação.
Deverão ser ainda previstos serviços de: remoção da limpeza vegetal, fechamento de fraturas
e fossas.

Deverá ser observada a previsão de estrutura ou mecanismo para transposição de peixes e de


atendimento às exigências ambientais, relativas à por exemplo reposição vegetal etc.

6.4.2.8 Condições Específicas para Captação Superficial – Balsa

A estrutura e o atirantamento da unidade deverão ser cotados de acordo com o projeto


executivo detalhado e conforme as especificações técnicas da balsa.

6.4.3 Captação Subterrânea – Poço Profundo

O orçamento da unidade deverá contemplar o encamisamento do poço e todos os itens


necessários à sua perfeita estabilidade.

A relação de materiais do barrilete (tubos, válvulas, acessórios e conexões) deve ficar a cargo
da Empreiteira contratada.

6.4.4 Estação Elevatória de Água (Bruta ou Tratada) / Booster

6.4.4.1 Generalidades

O orçamento de uma estação elevatória de água deverá apresentar detalhadamente os


seguintes elementos:

 Plano de escavação conforme descrito no item 6.3.2.1.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 50


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

 Sondagens geotécnicas do solo e ensaios com resultados lançados nos perfis dos
terrenos indicando as posições relativas das estruturas projetadas e o nível do lençol
freático;
 Sistemas de bombeamento previstos durante a execução da obra;
 Plano de interligação à rede de distribuição existente;
 Indicação e composição de custo de estrada de acesso, quando necessário.

A definição do método construtivo e da sequência executiva merece atenção especial, uma vez
que podem agregar custos significativos ao orçamento, dependendo da utilização de máquinas,
equipamentos e materiais especiais e/ou equipes especializadas (estradas de acesso, desvio
do rio, ensecadeiras, canalizações auxiliares etc.).

A obra civil deverá ser orçada contemplando-se as estruturas em alvenaria e em concreto


armado, as caixas de proteção de aparelhos, a urbanização da área, sistema de segurança
(concertina), se for o caso, blocos de ancoragem, drenos e esgotamento.

Nos orçamentos de unidades elevatórias situadas em áreas urbanas, verificar se está


contemplada no projeto básico a previsão de isolamento acústico.

6.4.4.2 Locação das Estruturas

A locação das estruturas para as obras de elevatórias deve ser quantificada pela área
abrangida pela obra, incluindo poço de sucção, unidade de apoio, abrigo dos painéis elétricos e
casa de bombas.

6.4.4.3 Serviços preliminares

A limpeza do terreno para implantação da elevatória deverá abranger uma área maior que a
projeção da obra, o suficiente para movimentação de máquinas e pessoal.

6.4.4.4 Movimento de terra

Para situações de grandes profundidades do poço de sucção, deverá ser previsto o plano de
escavação, baseado nos resultados das sondagens geotécnicas disponíveis, conforme
disposto no item 6.3.22.1. A remoção de solo mole com substituição do material para reaterro é
sempre acompanhada de transporte do material para o bota-fora, incluindo a escavação, o
espalhamento do material no bota-fora, a escavação ou carga e o transporte do material de
empréstimo.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 51


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.4.4.5 Escoramentos

Para as escavações de poços de sucção com profundidade elevada abaixo do nível de água,
verificar a necessidade de previsão de escoramentos especiais metálicos para estanqueidade
do poço na concretagem da laje de fundo.

Dever-se-á contar com o apoio de um engenheiro geotécnico para avaliar as condições de


escoramento e método executivo da obra em questão.

6.4.4.6 Esgotamento e drenagens

Verificar a necessidade do rebaixamento do lençol freático no fundo do poço de sucção, para


concretagem da laje de fundo, principalmente nas elevatórias de água bruta situadas nas
margens de rios e córregos.

6.4.4.7 Fundações e estruturas

Incluir os orçamentos das estruturas metálicas porventura existentes no projeto, tais como:
plataformas de acesso, pórticos, monovias e escadas. Os orçamentos das estruturas metálicas
deverão ser compatíveis com os projetos estruturais, quando estes forem disponíveis.

6.4.4.8 Fechamentos

A Memória do Orçamento deverá quantificar detalhadamente os fechamentos, abrangendo as


obras de: alvenaria, revestimentos (chapisco, reboco), pintura, esquadrias de madeira e/ou
metálicas, coberturas, pisos e passeios.

Para as tubulações dos barriletes deverá ser contemplada sua pintura a óleo, baseada na área
externa da tubulação multiplicada pelo comprimento.

6.4.4.9 Urbanização

Verificar no projeto básico se há necessidade de se fazer o fechamento da área da elevatória


através de muro ou cerca e a colocação de concertinas, portões para veículos e/ou pedestres,
meio-fio, sarjetas, canaletas etc.

6.4.4.10 Serviços especiais

Verificar a necessidade de instalação permanente de cavaletes, para o caso de elevatória de


poço profundo e de talha mecânica manual ou elétrica para as casas de bomba.

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.4.5 Estação de Tratamento de Água

6.4.5.1 Unidade de Tratamento de Água

Deverão ser apresentados no orçamento itens específicos para todos os serviços de


construção civil tais como Serviços Preliminares, Movimento de Terra, Fundações, Estruturas
em Alvenaria, Estruturas em Concreto Armado, e Urbanização com os mesmos critérios dos
apresentados para Estações Elevatórias/”Boosters” – item 6.4.4, considerando-se as
especificidades a seguir apresentadas.

Tubos, conexões, peças, válvulas, registros, parafusos, porcas, arruelas, peças de madeira e,
quando for o caso, o material filtrante (cascalho, areia e antracito) deverão constar no
orçamento a cargo da Empreiteira contratada, contemplando seu fornecimento e
assentamento.

Nos módulos de tratamento pré-fabricados, em PRFV ou aço, o meio filtrante já faz parte do
escopo de fornecimento da unidade, não devendo ser considerado como fornecimento e
assentamento a parte.

Fornecimento e assentamento de equipamentos deverão ser inseridos no orçamento em itens


específicos, individuais, com identificação da unidade em que será utilizado e de acordo com o
projeto básico. Por exemplo:

Chegada de Água Bruta

 Calha Parshall;
 Vertedor Retangular;
 Vertedor Triangular.

Mistura Rápida

 Agitador Mecânico;
 Malha Difusora.

Floculador

 Agitador Mecânico;
 Bandejas Perfuradas.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 53


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Decantador

 Cortina de Distribuição;
 Raspadores Mecânicos;
 Calhas de Coleta de Água Decantada.

Flotador

 Compressor;
 Câmara de Saturação;
 Bicos Difusores;
 Raspador de Lodo.

Filtro

 Fundo dos Filtros (Blocos, Vigas ou Placas);


 Crepinas;
 Agitador tipo Palmer;
 Placa de Orifício;
 Soprador de Ar;
 Calha de Coleta de Água;
 Comportas.

6.4.5.2 Interligações

Os tubos, válvulas, conexões, peças e aparelhos devem ser lançados no orçamento a cargo da
Empreiteira contratada, considerando-se seu fornecimento e assentamento.

6.4.5.3 Casa de Química

Deverão ser considerados todos os serviços de construção civil tais como Serviços
Preliminares, Movimento de Terra, Fundações, Estruturas em Alvenaria e Estruturas em
Concreto Armado, conforme critérios já descritos para as unidades anteriores, no que couber,
considerando-se as especificidades a seguir apresentadas.

Tubos, conexões, peças, válvulas, registros, parafusos, porcas, arruelas e peças de madeira
deverão constar no orçamento a cargo da Empreiteira contratada, contemplando seu
fornecimento e assentamento.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 54


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Fornecimento e assentamento de equipamentos (Bombas Dosadoras, Cloradores, Ejetores,


Evaporadores, Agitadores Mecânicos, Exaustores, Silos em Aço, Transporte Pneumático,
Válvulas de Controle de Fluxo, Tanques em Fibra de Vidro, em PRFV ou em Polietileno,
Preparador de Polímero, Medidores de Vazão, Medidores de Nível, Indicadores de Fluxo etc.)
deverão ser inseridos no orçamento em itens específicos e individuais, de acordo com o projeto
básico, e a cargo da Empreiteira contratada.

Equipamentos e Aparelhos, tais como: turbidímetro, analisador de cor, peagâmetro, analisador


de cloro, analisador de flúor, condutivímetro, contador de partículas, monitor de coagulação,
balança de precisão etc., deverão ser acompanhados de especificação detalhada para sua
aquisição.

6.4.5.4 Unidades de Apoio Operacional (guarita, centros de educação ambiental, oficinas)

Observar todas as disposições relativas à unidade de Casa de Química, item anterior, no que
couber.

6.4.5.5 Instalações Hidráulico-Sanitárias e Reservatório de Alimentação da ETA

As instalações hidráulico-sanitárias serão lançadas como serviços específicos. O reservatório


para alimentação da ETA deverá ter como base os Projetos Padrões da Copasa.

6.4.5.6 Esgotamento Sanitário e Esgotamento Geral da ETA

Deverão ser considerados todos os serviços de construção civil, tais como Movimento de
Terra, Caixas de Passagem e, se previsto no projeto básico, fossa séptica e/ou sumidouro
químico. Os tubos, e conexões devem ser lançados no orçamento a cargo da contratada,
considerando-se seu fornecimento e assentamento.

6.4.6 Unidade de Tratamento de Resíduos – UTR

Deverão ser considerados todos os serviços de construção civil tais como Serviços
Preliminares, Movimento de Terra, Fundações, Estruturas em Alvenaria e Estruturas em
Concreto Armado, conforme critérios já descritos para as unidades anteriores, no que couber,
considerando-se as especificidades a seguir apresentadas.

Tubos, conexões, peças, válvulas, registros, parafusos, porcas, arruelas e peças de madeira
deverão constar no orçamento a cargo da Empreiteira contratada, contemplando seu
fornecimento e assentamento.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 55


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Fornecimento e assentamento de equipamentos deverão ser inseridos no orçamento em itens


específicos, individuais, com identificação da unidade em que será utilizado, de acordo com o
projeto básico. Por exemplo:

Decantador Secundário

 Bombas de Lodo;
 Sistema de Coleta de Sobrenadante.

Adensador

 Raspador Mecânico;
 Bombas de Lodo;
 Sistema de Coleta de Sobrenadante.

Desidratação Mecânica

 Centrífuga;
 Filtro Prensa;
 Rosca Desaguadora;
 Filtro Rotativo;
 Preparador de Polímero;
 Bombas Dosadoras;
 Bombas de Lodo.

Lagoas de Secagem

 Sistema de Drenagem.

Sacos de Geocontenção - Bags

 Sacos Geotêxteis.

Deverá ainda ser prevista a necessidade dos serviços de Pré-operação do sistema


(normalmente período de 01 mês) e de Operação assistida do sistema (normalmente período
de 03 meses).

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 56


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.4.7 Reservatórios

Deverão ser considerados todos os serviços de construção civil, tais como: Serviços
Preliminares, Movimento de Terra, Fundações, Estruturas em Alvenaria, Estruturas em
Concreto Armado e Estruturas em Aço Carbono, Caixas de Proteção de Aparelhos, Drenos,
Esgotamento, Poço Seco, impermeabilização etc., conforme critérios já descritos para as
unidades anteriores, no que couber, considerando-se as especificidades a seguir
apresentadas.

Verificar, de acordo com o projeto básico, a necessidade de criar serviços específicos para a
camada de proteção térmica da laje superior do reservatório, suspiros, tampas de inspeção
(em aço inox, fibra de vidro ou outro material de acordo com o projeto básico), escadas de
acesso, interna e/ou externa, guarda-corpos etc.

A tubulação de entrada, saída, esgotamento e extravasamento de água, conexões, peças,


válvulas, registros, parafusos, porcas, arruelas e boias para controle do nível, deverão constar
no orçamento a cargo da Empreiteira contratada, contemplando seu fornecimento e
assentamento.

6.4.8 Rede de Distribuição de Água

O orçamento da rede de distribuição seguirá as mesmas considerações efetuadas para as


adutoras de água (item 6.4.1), no que couber, considerando as especificidades apresentadas
a seguir.

No orçamento da etapa de construção civil da rede de distribuição de água deverão ser


inseridos, no mínimo e, se previsto no projeto: caixas de proteção de aparelhos, poços secos,
blocos de ancoragem e travessias (aérea, por método não destrutivo etc.), sondagens para
interligação em redes existentes.

Consultar o projeto básico para avaliar a necessidade de execução de contenção para


proteção da rede. Caso necessário, criar os serviços de contenção com gabião, rip-rap,
bolsacreto, muro de arrimo, blocos de ancoragem etc., inclusive utilização de manta geotêxtil e
dreno tipo barbacãs.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 57


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.4.9 Ligações Prediais de Água

O orçamento das ligações prediais de água seguirá as mesmas considerações efetuadas para
as redes de distribuição de água (item 6.4.18), no que couber, considerando as
especificidades apresentadas a seguir.

O fornecimento de peças, conexões e aparelhos (adaptadores, colar de tomada, etc.) deve


estar previsto na planilha do orçamento.

Deverão ser observados os quantitativos previstos no projeto referentes às ligações prediais,


abrangendo a construção e montagem dos ramais – conforme o tipo de pavimento –, a
padronização de ligações embutidas em alvenaria ou em caixas no passeio, e eventual
atualização de padronização de cavaletes existentes.

6.5 DIRETRIZES DO ORÇAMENTO – SERVIÇOS E PARTICULARIDADES DE SES

6.5.1 Rede Coletora de Esgotos Sanitários

6.5.1.1 Generalidades

No orçamento da rede coletora de esgotos, além dos serviços usuais (movimento de terra,
assentamento, escoramentos, poços de visita etc.) deverão ser inseridos, no mínimo e se
previsto no projeto:

 Poços de visita especiais;


 Travessias aéreas, com inclusão dos pilaretes, ancoragens e especificações dos
materiais utilizados e tipos de estrutura;
 Travessias subterrâneas de rodovias, ferrovias, córregos ou outras interferências, com
detalhamento do método executivo.

6.5.1.2 Escavações, Escoramentos, Reaterros e Transportes

O volume de escavação, área de apiloamento e área de escoramento de cada trecho da rede


deverão constar de uma planilha de quantitativos, identificando a extensão, o diâmetro, a
profundidade média, o tipo de pavimento, o tipo de escoramento, presença de água e demais
elementos pertinentes, sem considerar nenhum tipo de acréscimo percentual no volume
escavado.

A presença de água ou solo mole, além da profundidade da vala, poderá exigir a utilização de
escoramentos especiais tipo estaca-prancha metálica, indicando o seu número de

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 58


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

reaproveitamentos, apresentando e justificando seu dimensionamento, bem como a


determinação da “ficha” para cada trecho.

6.5.1.3 Contenções

Consultar o projeto básico para avaliar a necessidade de execução de contenção para


proteção da rede coletora. Caso necessário, criar os serviços de contenção com gabião, rip-
rap, bolsacreto, muro de arrimo etc., de acordo com o projeto, inclusive utilização de manta
geotêxtil e dreno tipo barbacã.

6.5.1.4 Fundações e Estruturas

Serão utilizados, sempre que possível, os poços de visita padronizados, P.039/_ e P.062/_ com
preços disponíveis na planilha Copasa. A quantidade de tampões de ferro fundido ou concreto
armado deverá estar de acordo com o quantitativo de projeto, sendo fornecidos pela Copasa.

O número de Poços de Visita especiais deve estar de acordo com o projeto básico.

O quantitativo para o adicional na altura dos poços de visita padronizados, deverá ser obtido
pela soma da altura de todos os poços, deduzido do produto do no de poços pela altura básica
dos PVs, para cada tipo de PV especificado.

Deverá ser previsto quantitativo de acréscimo de PV para áreas não urbanizadas (0,50 m por
PV). Para PVs especiais elaborar composição de custo completa do serviço, a partir do
detalhamento do projeto executivo, o mesmo ocorrendo para as travessias especiais.

6.5.2 Interceptores e Emissários

6.5.2.1 Generalidades

No orçamento dos interceptores ou emissários de esgotos, além dos serviços usuais


(movimento de terra, assentamento, escoramentos, poços de visita etc.) deverão ser inseridos,
no mínimo e, se previsto no projeto:

 Poços de visita ou caixas de passagem especiais;


 Travessias aéreas, com inclusão dos pilaretes, ancoragens e especificações dos
materiais utilizados e tipo de estrutura;
 Travessias subterrâneas de rodovias, ferrovias, córregos ou outras interferências, com
detalhamento do método executivo. No caso de processo não destrutivo, o orçamento

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 59


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

deverá detalhar todas as fases de construção, com especificação dos materiais e


equipamentos utilizados.
 Verificada a necessidade de execução de estradas de acesso, o serviço poderá ser
considerado como item de rateio no orçamento, conforme estabelecido no item 6.2.55.

Deverão ser observadas todas as disposições do item 6.5.1 referentes ao orçamento de Redes
Coletoras de Esgotos, sendo destacados os aspectos relevantes nos itens a seguir
apresentados.

6.5.2.2 Serviços Preliminares

Verificar a necessidade de limpeza do terreno nos locais previstos para implantação dos
interceptores e/ou emissários, definindo a largura da faixa a ser limpa. A classificação do tipo
de limpeza, manual ou mecanizada é função do tipo de vegetação e topografia do terreno.
Indicar os equipamentos utilizados para os serviços.

6.5.2.3 Escavações, Escoramentos, Reaterros e Transportes

Deverá ser indicado na Memória de Cálculo do orçamento o plano de escavação (conforme


item 6.3.2.1) para implantação de interceptores e emissários, detalhando o tipo de
equipamento a ser utilizado para a escavação e transporte.

Para situações de profundidades muito elevadas, obedecer ao disposto nos itens 6.3.2 e 6.3.3.

6.5.2.4 Obras de contenção – Enrocamento com pedra de mão

O enrocamento com pedra de mão deve ser considerado para os interceptores/emissários com
diâmetro superior a DN 400, e deverá ter espessura de 40 cm, mas apenas para locais em que
as sondagens indiquem falta de suporte. Situações especiais deverão constar do detalhamento
no projeto.

6.5.2.5 Fundações e Estruturas

Verificar nos projetos se houve necessidade de especificar fundações profundas (estacas) para
os interceptores/emissários. Na maioria das vezes o enrocamento com pedra de mão é
suficiente.

6.5.2.6 Assentamentos

O assentamento de tubulação de concreto de junta elástica não requer berço de concreto. Em


terrenos de solo mole, o enrocamento com pedra de mão resolve o problema de fundação,

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 60


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

para a maioria dos casos. Caso necessário, pelas condições locais, poder-se-á utilizar o berço
de concreto com fundação profunda através de estacas pré-moldadas ou mesmo de madeira.

6.5.2.7 Estações Elevatórias de Esgoto Bruto/Tratado, Elevatórias de Recirculação

O orçamento de uma estação elevatória de esgoto deverá se orientar pelos mesmos critérios
dispostos no item 6.4.4 e seus subitens.

Ressalva-se que os projetos de elevatórias de esgoto, quando implantadas em locais isolados


sem previsão de operador permanente, devem evitar a utilização de esquadrias com vidros,
sendo sempre mais indicada a opção de grades de proteção. O orçamento deverá quantificar
essas unidades, baseando-se nos referidos projetos.

Deverá ser verificada previamente com os técnicos da Copasa a necessidade de instalação de


cerca elétrica para isolamento da elevatória em áreas urbanas.

Nos orçamentos de unidades elevatórias de esgoto situadas em áreas urbanas, verificar a


necessidade de previsão de isolamento acústico, o qual deverá ser devidamente contemplado
no projeto básico.

As elevatórias equipadas com bombas submersíveis, muitas vezes enterradas parcial ou


totalmente, deverão ter acesso permanentemente garantido à equipe de manutenção, sendo
indicadas em orçamento as estradas de serviço, quando necessário.

6.5.3 Caixas Distribuidoras de Vazão

As caixas distribuidoras de vazão, normalmente projetadas entre as unidades, deverão ser


orçadas, contemplando-se as estruturas em alvenaria e em concreto armado, e o movimento
de terra. Com isso, deverá ser observado o disposto nos seguintes itens e em seus
respectivos subitens:

 01 – Construção Civil;
 6.3.22 – Movimento de Terra.

A lista de material (registros, comportas, vertedores etc.) prevista no projeto básico deverá
constar como fornecimento a cargo da Empreiteira contratada. Todo o material deverá ser
lançado individualmente na planilha de orçamento.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 61


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.5.4 Estações de Tratamento de Esgoto

6.5.4.1 Generalidades

Deverão ser considerados itens específicos para todos os serviços de construção civil tais
como Serviços Preliminares, Movimento de Terra, Fundações, Estruturas em Alvenaria e
Estruturas em Concreto Armado, com os mesmos critérios apresentados para estes
serviços no item 6.3, considerando-se as especificidades a seguir apresentadas.

Tubos, conexões, peças, válvulas, comportas, registros, parafusos, porcas, arruelas, peças de
madeira, meio suporte (brita, plástico etc.), material filtrante do leito de secagem (tijolo, areia e
brita), separador trifásico, deverão constar no orçamento a cargo da Empreiteira contratada,
contemplando seu fornecimento e assentamento.

Fornecimento e assentamento de equipamentos, inclusive sistema de desodorização, deverão


ser inseridos no orçamento em itens específicos, individuais, com identificação da unidade em
que será utilizado, de acordo com o projeto básico. Por exemplo:

Tratamento Preliminar

 Comporta;
 Calha Parshall;
 Grade Manual ou Mecanizada (Fina, Média e Grossa);
 Caixa de Areia Manual, Aerada ou Mecanizada;
 Peneira de Aço – Step-Screen;
 Caçamba;
 Medidores de vazão.

Decantador Primário

 Bombas Moineau;
 Braço Raspador com Sistema de Remoção de Escuma;
 Vertedores, Comportas, Registros etc.

Lagoa Facultativa Aerada

 Aeradores de Superfície (alta e baixa rotação);


 Vertedores, Comportas etc.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 62


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Reator Anaeróbio

 Removedor de Escuma;
 Vertedores, Comportas, Registros etc.

Filtro Biológico Percolador

 Braço Rotativo (moto-redutor ou carga hidráulica);


 Vertedores, Comportas, Registros etc.

Reator Biológico – Tanque de Aeração

 Bombas Moineau;
 Difusores de ar bolha fina;
 Sopradores de alta vazão e baixa pressão;
 Propulsores (Impelers);
 Vertedores, Comportas, Registros etc.

Decantador Secundário

 Bombas Moineau;
 Braço Raspador com Sistema de Remoção de Escuma;
 Vertedores, Comportas, Registros etc.

Leito de Secagem

 Material Filtrante (tijolo, areia, brita);


 Registros.

Adensador de Lodo

 Bombas Moineau;
 Braço Raspador com Sistema de Remoção de Escuma;
 Vertedores, Comportas, Registros etc.

Digestores Anaeróbios

 Bombas centrífugas;
 Vertedores, Comportas, Registros etc.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 63


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Desidratação Mecânica do Lodo

 Centrífuga;
 Bombas Dosadoras;
 Beltpress;
 Sistema de transporte de lodo (esteiras);
 Tanque de preparo de produtos químicos;
 Silos de lodo;
 Caçamba.

Sistema de Coleta e Queima de Gás

 Registros;
 Selo hídrico;
 Corta-chamas;
 Quebra vácuo e flaire;
 Medidor de vazão massicotermal;
 Manômetro.

Desinfecção por Ultravioleta

 Equipamentos de desinfecção;
 Lâmpadas e reatores;
 Registros, Comportas, Vertedores etc.

Remoção de Nutrientes

 Sistema de remoção e disposição final do lodo (raspador superficial);


 Sistema de flotação (difusores e compressores);
 Tanques de produtos químicos;
 Registros, Comportas, Vertedores etc.

Sistema de Desodorização

 Torre de lavagem – scrubers;


 Exaustores;
 Carvão ativado ou vegetal
 Serragem;

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 64


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

 Limalha de ferro;
 Sensor de gases (H2S, CO2 e CH4).

6.5.4.2 Reatores Anaeróbios

Os reatores anaeróbios são unidades de custo bastante expressivo numa estação de


tratamento de esgotos, tanto por exigir cuidados especiais na execução do concreto armado,
como por suas estruturas internas e de distribuição de vazão.

A seguir apresentam-se algumas recomendações que servem tanto para os engenheiros


projetistas como para o responsável pela elaboração do orçamento que deverá estar atento a
todas estas informações.

a) Revestimentos

Para evitar a corrosão da estrutura superior dos reatores, em contato com o gás gerado no
processo biológico, dever-se-á sempre prever o revestimento das paredes internas e laje sem
contato com o líquido. Usualmente são utilizados os seguintes processos:

 Impermeabilização da laje pelo lado interno com membranas (epoxídica, elastomérica)


ou revestimento cimentício elastomérico;
 Impermeabilização da laje pelo lado externo com sistemas de membranas ou mantas
(etapas: regularização da laje com caimento de 1%, aplicação da impermeabilização,
aplicação de proteção mecânica e revestimento de acabamento);
 Impermeabilização da laje e paredes pelo lado interno com revestimento cimentício
elastomérico para estruturas enterradas (influência do lençol freático);
 Impermeabilização das paredes pelo lado interno com sistemas de membranas
(epoxídicas, elastoméricas) ou revestimento cimentício elastomérico, para estruturas
apoiadas ou elevadas;

b) Coifas Separadoras de Gás

As coifas internas dos reatores (separadores trifásicos) constituem elementos de custo


expressivo e são usualmente construídas nos seguintes materiais:

 Laminado de PVC (lona), com características do tecido, resistência ao rasgo, ruptura e


espessura compatíveis com as condições de uso em reatores anaeróbios, incluindo
sistema adequado de fixação na estrutura;
 Fibra de vidro ou aço inoxidável, em peças pré-fabricadas conforme projeto básico.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 65


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

A escolha do tipo de material deve ser avaliada pelo projetista junto ao coordenador da Copasa
do referido projeto, antes do orçamento da unidade.

A lona de PVC tem recebido críticas pela sua baixa durabilidade e somente deverá ser utilizada
quando definido pela Copasa (sistemas em que os recursos financeiros são limitados). As
restrições relativas à fibra de vidro e ao aço inoxidável se devem ao seu elevado custo.

Além disso, o projeto dos Reatores Anaeróbios tipo UASB deverá prever uma passagem
provisória na laje de cobertura, com o objetivo de permitir a colocação das coifas dos
separadores trifásicos no seu interior, o que deverá receber atenção do projetista de estruturas
quando da elaboração do projeto executivo, o mesmo ocorrendo em relação ao orçamento da
unidade.

c) Tampas de Inspeção

Sempre que possível, elementos pré-fabricados, com necessidades frequentes de remoção,


tais como tampas, não deverão ser executados em concreto, em função dos valores de
cobrimento da armação a serem atendidos, a espessura e, consequentemente, o peso final
desses elementos, que dificultam seu manuseio, comprometendo os trabalhos de operação.

Em relação à tampa de inspeção da câmara de biogás, há necessidade de garantir a


estanqueidade da mesma quanto a vazamentos. Esta tampa pode ser construída em fibra de
vidro, desde que as condições de fixação garantam que não ocorrerão vazamentos de gás.

A Copasa tem indicado a utilização de um flange de ferro fundido para tapamento, fixada com
parafusos em um tubo flangeado de 400 mm. Na prática, os operadores de ETE fixam a tampa
com apenas metade do número total de parafusos – 6 de 12 unidades, minimizando as tarefas
operacionais.

d) Tubos de Distribuição do Esgoto Bruto

Os tubos distribuidores de vazão internos aos reatores usualmente são montados em material
de PVC e deverão conter todas as peças e conexões para a perfeita instalação. O orçamento
da instalação deverá ser feito através de composição de custo, com base em horas de
bombeiro hidráulico e auxiliar.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 66


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.5.4.3 Filtros Biológicos Percoladores

Os filtros biológicos percoladores merecem atenção especial quanto ao orçamento das placas
perfuradas de fundo da unidade que receberão todo o peso do meio filtrante.

Essas placas poderão ser executadas pelos seguintes métodos mais comuns:

 Em concreto armado moldado “in loco” de acordo com o projeto executivo;


 Em concreto armado, do tipo pré-fabricadas;
 Em material especial, fibra de vidro ou aço.

a) Em concreto armado moldado “in loco”

Neste caso deverão ser estimados todos os serviços necessários à execução das peças,
sendo feita a composição de custo específica: forma, tubos de PVC para execução dos furos,
concreto armado, horas de servente e oficial etc.

b) Em concreto armado, do tipo pré-fabricadas

Neste caso serão pesquisados junto às empresas de pré-moldados, os preços para o


fornecimento das placas pré-fabricadas, atendendo às condições específicas exigidas pelo
projeto, fornecendo o peso do material filtrante a ser suportado pelas mesmas.

c) Peças especiais em fibra de vidro ou aço

As placas em fibra de vidro serão do tipo grades “cogumelo”. Porém, tais unidades tem
limitações para suportar peso, sendo apropriadas quando utilizado meio filtrante em plástico. O
orçamento deverá ser solicitado a fornecedores idôneos, informando-os de todas as condições
de projeto, inclusive solicitando as condições de fixação das placas na estrutura.

No caso de peças em chapas de aço, deverão ser observadas as condições de projeto das
placas, peso a suportar e projeto executivo definindo a espessura e fixação das mesmas.

Estas estruturas deverão ser especificadas em detalhe, de maneira a possibilitar pesquisa e


coleta de preços no mercado, bem como definir o produto a ser adquirido pela Copasa.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 67


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

6.5.4.4 Fossa Séptica

Deverão ser considerados itens específicos para todos os serviços de construção civil tais
como estrutura em anéis pré-moldados de concreto, tijolos maciços, unidade em fibra de vidro,
caixas de passagem e de gordura e sua rede de interligação.

A relação de material (tubos, conexões, peças, aparelhos, registros, calha coletora etc.) deverá
ser inserida com fornecimento a cargo da Empreiteira contratada.

6.5.4.5 Aterro Sanitário (Aterro Controlado)

O orçamento do aterro controlado deverá prever a limpeza do terreno e o movimento de terra,


conforme os quantitativos do projeto básico.

6.5.4.6 Vala de Infiltração

O orçamento das valas de infiltração deverá prever, conforme detalhado no projeto básico,
escavação, fornecimento e assentamento de tubos perfurados.

A relação de material (tubos, conexões, peças, aparelhos, registros, calha coletora etc.) deverá
ser inserida com fornecimento a cargo da Empreiteira contratada.

6.5.5 Ligações Prediais de Esgoto

O fornecimento de peças e conexões, inclusive o poço luminar, devem estar previstos na


planilha do orçamento, com fornecimento a cargo da contratada.

6.6 SERVIÇOS QUE NÃO CONSTAM DA LISTAGEM DE PREÇOS DA COPASA

Os serviços que não constam na base de preços da Copasa deverão ser criados no software
“Planilha de Custo” como CPU - Composição de Preço Unitário específica, constituída pelos
seus componentes, coeficientes de participação e preços de custo, bem como suas respectivas
regulamentações, que deverão descrever, com clareza, coerência e detalhadamente, o método
de execução do serviço, a forma de medição em planilha, notas explicativas para auxiliar na
execução dos serviços e a lista de insumos mínimos necessários.

A descrição dos serviços específicos, ou seja, aqueles que não existem na base de preços da
COPASA, deverá ser precedida de sua característica principal, de maneira a agrupar os
serviços e seus auxiliares dentro do banco de CPU específicas, facilitando a busca e pesquisa.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 68


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Ex.1: ESCADA MARINHEIRO-FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO INCLUSIVE GUARDA-


CORPO, JATEAMENTO E PINTURA.

Ex.2: CANTEIRO DE OBRAS-IMPLANTAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO.

Ex.3: CANTEIRO DE OBRAS-MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO.

A inclusão de um insumo na CPU deverá ser precedida de pesquisa na base de insumos da


Copasa, para certificar-se de sua inexistência. Só então deverá ser criado um novo insumo
(específico), digitando-se sua descrição, unidade e coeficiente de participação na composição.

A descrição dos insumos específicos, ou seja, aqueles que não existem na base da Copasa,
deve ser digitada em caixa alta (letras maiúsculas) e com acentuação. O software exige a
entrada de uma descrição resumida (40 caracteres) e outra detalhada (432 caracteres), sendo
que a descrição resumida só aparece na tela do computador, enquanto que a descrição
detalhada aparece tanto na tela como nos relatórios gerados. Nessa descrição poderão ser
inseridos símbolos e caracteres especiais, como por exemplo: “#” e “Ø”. No entanto, não
poderá ser inserido “;” (ponto e vírgula), uma vez que este incorre em erro, impossibilitando a
migração do orçamento para dentro do sistema SAP adotado pela Copasa.

Quando se tratar de materiais específicos, a descrição do insumo deverá ser criada conforme a
regra abaixo.

 Descrição (nome) do material sem abreviações (ex.1: CURVA, ex.2: TUBO, ex.3: TÊ,
ex.4: EXTREMIDADE);
 Característica do material e complemento, quando houver, com abreviação e sem
espaçamento (ex.: 45º, ex.2:RED, ex.3: 11º15’);
 Tipo do material (matéria prima), com abreviação (ex.1: PVC, ex.2: FOFO);
 Característica e/ou aplicação, quando houver, com abreviação (ex.1:OCRE, ex.2: ESG,
ex.3: DEFOFO)
 Tipo de junta – montagem das extremidades (ex.1:JE, ex.2: FF);
 Classe de pressão, sem espaçamento (ex.1:CL20, ex.2: PN25);
 Diâmetro (e comprimento, quando necessário), com espaçamentos, quando DN<1000
(ex.1:DN 200, ex.2: DN 50 L=1,50M).

Obs.: No caso específico dos diâmetros menores que 1000 (DN<1000) o espaçamento se
faz necessário, uma vez que estes precisam ficar na ordem numérica:

 DN 50 – 02(dois) espaços depois de DN;

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 69


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

 DN 500 – 01 (um) espaço depois de DN;


 DN1000 – sem espaçamento depois de DN;

- Norma (ex.1: NBR7665, ex.2: NBR7560).

Quando se tratar de tubos, deverá ser obedecida a nomenclatura apresentada a seguir para
descrição do tipo de material, junta e complemento:

- FOFO ............................................................................................................. Ferro Fundido


- DEFOFO ....................................................... PVC - Diâmetro Equivalente ao Ferro Fundido
- PVC ....................................................................................................... Policloreto de Vinila
- PEAD ..................................................................................... Polietileno de Alta Densidade
- PRFV .................................................................... Polietileno Reforçado com Fibra de Vidro
- FG ........................................................................................................... Ferro Galvanizado
- CERAM ................................................................................................................. Cerâmico
- JE ................................................................................................................... Junta Elástica
- JEI .................................................................................................. Junta Elástica Integrada
- JM ............................................................................................................... Junta Mecânica
- JS .................................................................................................................. Junta Soldável
- JR ................................................................................................................. Junta Roscável
- JRI .................................................................................................................... Junta Rígida
- FF ........................................................................................................... Juntas com Flange
- PF ................................................................................................................. Ponta e Flange
- PP ........................................................................................ Ponta e Ponta (Tubo cilíndrico)
- PB .................................................................................................................. Ponta e Bolsa
- BF .................................................................................................................. Bolsa e Flange
- DE ...................................................................................................... Diâmetro Equivalente
- DN ............................................................................................................ Diâmetro Nominal
- CL ............................................................................................................ Classe de Pressão
- PN ............................................................................................................. Pressão Nominal
- L ...................................................................................................................... Comprimento

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 70


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

7 MAPA DE COLETA DE PREÇOS

É obrigatória a apresentação de coleta de preços para todos os materiais e equipamentos de


fornecimento tanto da contratada como da Copasa, cuja representatividade esteja na CURVA
ABC acima de 80% do total do orçamento.

O Mapa de Coleta de Preços deverá ser apresentado para os insumos e os serviços


terceirizados utilizados nas CPUs, bem como para os materiais e equipamentos de
fornecimento a cargo da Copasa e da contratada.

A coleta deve estar atualizada (até 3 meses da data de entrega do orçamento) e os preços
devem contemplar impostos (IPI e ICMS - observar a diferença entre municípios). Deverá estar
informado se o material/equipamento será entregue no local de aplicação/obra - CIF. Caso a
retirada seja na fábrica - FOB, deverá ser previsto o transporte até o local de aplicação/obra e
acrescido ao preço deste.

É aceitável a utilização de tabela de preço de fornecedores desde que a mesma esteja


atualizada e seja apresentada cópia como anexo.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 71


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

8 MEMÓRIA DE CÁLCULO DE QUANTITATIVOS

A apresentação da memória de cálculo para a determinação dos serviços a serem realizados


deve ser feita de forma clara e de fácil entendimento, demonstrando os critérios de cálculos
adotados. Sua organização deverá obedecer a estrutura do Relatório de Orçamento.

Poderá ser apresentada através de manuscrito digitalizado (escaneado) ou em planilha


eletrônica ou documento de texto, obtendo-se o arquivo digital.

Para o levantamento dos quantitativos deverão ser observadas as normas da Copasa, com
destaque para as seguintes:

T.014/_: Escoramento de valas;

T.034/_: conjunto moto-bomba;

T.064/_: cone de sinalização;

T.068/_: implantação de canteiro de obras;

T.098/_: sinalização de obras e serviços em vias públicas;

T.172/_: conexões e acessórios para cavalete de ligação predial de água;

T.176/_ - “Demolição e Recomposição de Pavimentos, Escavação e Reaterro de Valas”;

T.196/_ a T.222/_; T.224/_; T.225/_; T.231/_; T.236/_; T.239/_; T240/_ e T.242/_: referentes a
conjuntos moto-bomba diversos com potência > ou = a 25 cv.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 72


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

9 PROPOSTAS COMERCIAIS/ANEXO DO ORÇAMENTO

Materiais e equipamentos que não estão na base de preços da Copasa, serão cotados com
pelo menos três fornecedores.

Cada arquivo contendo a cópia escaneada com a proposta de preços de cada fornecedor é um
anexo do orçamento, e será nomeado de acordo com o Volume I – Diretrizes Gerais, ou seja,
seu nome terá 35 caracteres, e no campo destinado à IDENTIFICAÇÃO DO DOCUMENTO
utilizar o código AO (ANEXO DO ORÇAMENTO).

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 73


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

10 RECOMENDAÇÕES FINAIS

Ao terminar a elaboração do orçamento de um projeto, na fase de revisão do trabalho para a


entrega à Copasa, é importante atentar-se para as recomendações a seguir.

 Deverá ser observado se existem insumos, coeficientes de composições de custo e/ou


itens de planilha com valor ou quantitativo igual a zero.
 Deverá ser observado se existem insumos ou serviços iguais no orçamento (mesma
descrição) com preços ou unidades de medida diferentes.
 Os consumos de concreto, armação e forma/desforma deverão estar de acordo com o
projeto estrutural; na falta de projeto executivo as taxas devem ser justificadas.
 Sempre que existir a execução de concreto em planilha, deverá ser previsto o
lançamento e/ou bombeamento do mesmo, exclusive para concreto ciclópico e lastro de
concreto que já contemplam o lançamento.
 Os quantitativos de alvenaria, emboço, reboco e pintura devem estar coerentes entre si.
 Os quantitativos de vidros devem ser compatíveis com as esquadrias.
 Em obras lineares, os quantitativos de cadastro de redes, escavação, escoramento,
aterro, acerto e nivelamento de fundo de vala, demolição/remoção e recomposição de
pavimentos, assentamento de tubos devem manter coerência entre si.
 O fornecimento de tampão deve estar coerente com o número de poços de visita e
caixas de proteção de aparelhos. Da mesma forma para os poços luminares.
 Os quantitativos de base devem ser condizentes com a recomposição do pavimento.
Deve-se observar que existem serviços que já contemplam a base.
 O transporte de material para empréstimo e bota-fora deve estar coerente com as
quantidades de material inservível/aterro e distância de transporte. Considerar
empolamento e descarte do material em bota-fora.

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 74


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

11 ANEXOS

 ANEXO I: MEMORIAL DESCRITIVO DO ORÇAMENTO – MODELO


 ANEXO II: COLETA DE PREÇOS DE INSUMOS – MODELO
 ANEXO III: CANTEIRO DE OBRAS – IMPLANTAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E
DESMOBILIZAÇÃO
 ANEXO IV: CANTEIRO DE OBRAS – MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO
 ANEXO V: REGULAMENTAÇÃO – FORNECIMENTO DE MATERIAS
 ANEXO VI: REGULAMENTAÇÃO – ADMINISTRAÇÃO LOCA

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 75


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

ANEXO I: MEMORIAL DESCRITIVO DO ORÇAMENTO - MODELO

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 76


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

MEMORIAL DESCRITIVO DO ORÇAMENTO

PROJETO: PÁGINA:

UNIDADE: PRAZO EXECUÇÃO:

MÉTODO CONSTRUTIVO/SEQUÊNCIA EXECUTIVA:

CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS:

CONDIÇÕES DE ACESSO À OBRA:

CONDIÇÕES DO TERRENO/TIPO DE ESCORAMENTO DAS ESCAVAÇÕES:

TIPOS DE PAVIMENTO PARA DEMOLIÇÃO/RECOMPOSIÇÃO:

TRAVESSIAS/MÉTODOS CONSTRUTIVOS:

DISTÂNCIA BOTA-FORA: TAXA BOTA-FORA: TX. BDI: TX. ADM.:

DISTÂNCIA USINA CONCRETO: PROFUNDIDADE DO N.A.: PROFUNDIDADE DA ROCHA:

CUSTO PERÍCIA CAUTELAR: CUSTO DESVIO DE TRÁFEGO: CUSTO ESTACIONAMENTO MÓVEL:

CUSTO PROJETO EXECUTIVO: CUSTO PROJETO ELÉTRICO: CUSTO MONTAGEM/SUPERV. EQUIP.:

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 77


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

ANEXO II: COLETA DE PREÇOS DE INSUMOS - MODELO

Volume VIII – Orçamentos.doc – Fevereiro 2016 78


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Fornecedor 1 Fornecedor 2 Fornecedor 3


COLETA DE PREÇO DE INSUMOS
Telefone: Telefone: Telefone:
Projeto: Fax: Fax: Fax:
E-mail: E-mail: E-mail:
Insumo: Contato: Contato: Contato:
Data: Data: Data:

Preço IPI Total Preço IPI Total Preço IPI Total


Item Descrição Unid.
(R$) (%) (R$) (R$) (%) (R$) (R$) (%) (R$)

Observações: Frete: Frete: Frete:


Total: Total: Total:
Responsável: Preço Médio:
Preço Mediano:

Volume VIII – Orçamentos.doc – 14 de Maio 2015 79


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

ANEXO III: CANTEIRO DE OBRAS – IMPLANTAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO

Volume VIII – Orçamentos.doc – 14 de Maio 2015 80


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Descrição dos Serviços:

Compreende todos os serviços necessários à implantação, mobilização e desmobilização do


canteiro de obras, obedecendo a Norma Técnica da Copasa T.068/- no que couber e a NR 18
preconizada pelo Ministério do Trabalho.

Estão consideradas nos custos todas as despesas relativas aos serviços de:

 Limpeza do terreno com bota-fora de todo material residual;


 Execução de estradas de acesso (quando for o caso);
 Construção/assentamento das unidades físicas de apoio (centrais de concreto, forma e
armação etc.) e respectivas instalações provisórias ou definitivas de água e esgoto,
energia elétrica e telefonia;
 Construção de almoxarifado e depósitos para guarda e armazenamento de materiais e
ferramentas, escritórios, pátios de estacionamento e manobra de
veículos/equipamentos, refeitório, vestiário, sanitários, alojamento e sala de recreação
(quando necessário);
 Fechamento através de muro, tapume ou cerca em todo o contorno do canteiro;
 Fornecimento, instalação de telas e tapumes de isolamento/segurança em toda a área
necessária ao desenvolvimento dos serviços;
 Disponibilização em tempo hábil, quando necessário, de equipamentos dimensionados
de acordo com a necessidade das obras, durante todo o tempo de execução dos
serviços;
 Remoção de todas as unidades provisórias e limpeza geral da área, após a conclusão
das obras.

Critério de Medição

A medição será feita em duas parcelas, a saber:

 A primeira parcela correspondendo a 80% (oitenta por cento) do preço do item, quando
terminados os serviços de implantação do canteiro de obras;
 A segunda e última parcela correspondendo a 20% (vinte por cento) do preço do item,
quando concluídas todas as obras contratadas relativas a este canteiro, constando da
limpeza geral de toda a área onde foram executadas as obras e reconstituídas as
condições ambientais anteriores ao início das obras.

Volume VIII – Orçamentos.doc – 14 de Maio 2015 81


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Notas

 A contratada poderá utilizar imóvel alugado, devendo o mesmo ser adequado às


condições da obra e de maneira a satisfazer os requisitos preconizados na NR-18,
tendo ainda sido autorizado pela fiscalização da Copasa;
 Para efeito de medição do canteiro de obra, quando a unidade de medida for em m2
(metro quadrado), as áreas reais serão aquelas determinadas e apropriadas "in loco"
pela fiscalização da Copasa após emissão da ordem de serviço;
 A obra de acordo com o seu planejamento e logística poderá dispor de "Canteiros de
apoio", cujas áreas poderão ser computadas dentro do valor global especificado. Estes
canteiros de apoio deverão fazer parte do Planejamento da Obra e aprovados pela
Copasa;
 O serviço de: "Administração, conservação e manutenção do canteiro de obras", será
remunerado em item específico de planilha.

Insumos Mínimos

Todos os insumos necessários à execução dos serviços.

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

ANEXO IV: CANTEIRO DE OBRAS – MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO

Volume VIII – Orçamentos.doc – 14 de Maio 2015 83


VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Descrição do Serviço:

Compreende todos os serviços necessários à manutenção e conservação do canteiro de obras,


inclusive aluguel do imóvel (quando for o caso). Estão consideradas nos custos todas as
despesas relativas a:

 Reparos nas instalações físicas;


 Limpeza das instalações físicas;
 Despesas de consumo de energia elétrica;
 Fonte alternativa de energia;
 Despesas de consumo de água;
 Despesas de consumo com telefonia fixa e internet;
 Equipamentos de informática e periféricos (microcomputador, impressora, inclusive
cartuchos de tinta);
 Material de consumo e reprografia;
 Produtos de limpeza;
 Móveis, eletrodomésticos e utensílios, de acordo com as unidades físicas do canteiro de
obras;
 Aluguel de imóvel (canteiro instalado fora das dependências da Copasa).

Critério de Medição:

A unidade de medida será pela UNIDADE de Manutenção e Conservação do canteiro de obras


dispendida pela contratada durante o período de execução das obras.

A remuneração do item será feita na proporção da execução financeira dos serviços, da


seguinte forma:

G = (E/B) x D, ONDE

A = B + C + D = VALOR TOTAL DO CONTRATO

B = SALDO DO VALOR EM SERVIÇOS + ADITIVO VALOR

C = SALDO DO VALOR EM FORNECIMENTO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS +


ADITIVO DE VALOR

D = SALDO DO VALOR DO ITEM ADMINISTRAÇÃO LOCAL + SALDO DO VALOR DO


ITEM MANUTENÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

E = SERVIÇOS EXECUTADOS NO MÊS (exclusive os itens de Administração local +


manutenção e conservação do canteiro de obras)

F = MATERIAIS E EQUIPAMENTOS FORNECIDOS NO MÊS (não entra na fórmula)

G = VALOR PROPORCIONAL RELATIVO A ADMINSTRAÇÃO LOCAL + MANUTENÇÃO


DO CANTEIRO DE OBRAS

Insumos Mínimos

Todos os insumos necessários à execução do serviço.

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

ANEXO V: REGULAMENTAÇÃO – FORNECIMENTO DE MATERIAS

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Descrição do Serviço

O fornecimento do material conforme descrição (tubos, conexões, peças, aparelhos etc.)


deverá obedecer aos quantitativos, especificações técnicas, desenhos e planilha de orçamento
deste objeto contratual, devendo ser atendidas todas as exigências normatizadas, tanto de
fabricação, quanto de transporte/proteção e estocagem do material até sua aplicação.

O serviço contempla ainda: embalagem, carga, transporte da fábrica até a obra.

Após o recebimento dos materiais nos estoques, a contratada entregará a Copasa o “Data
Book” do recebimento destes materiais contendo:

 Certificado de qualidade do fabricante (quando for o caso);


 Relatório das inspeções visuais (quando for o caso);
 Ensaios que se fizerem necessários (quando for o caso);
 Cadastro de estocagem/controle de saída.

Notas:

Quando for de seu interesse a Copasa exigirá todos os procedimentos de aplicação, testes e
ensaios dos materiais a serem usados antecipadamente para serem aprovados e suas
garantias respectivas.

A efetuação da Ordem de Compra pela Contratada só poderá ser feita após a aprovação pela
Copasa (fornecimento de tubulação de aço carbono etc.).

Critério de Medição

Unidade de medida indicada na planilha de orçamento (unidade, kg ou metro linear).

 Parcela única após efetiva entrega do material no local indicado para estocagem na
obra ou local direto da aplicação.

Observação: O parcelamento acima poderá ser alterado a critério da fiscalização, que deverá
constar na Especificação Particular. (Fornecimento de tubulação de aço carbono etc.).

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

ITEM ESPECÍFICO SOBRE CONCORDÂNCIA COM PROJETOS

As travessias especiais de rodovias, ferrovias e córregos/talvegues deverão ter seus


orçamentos baseados nos projetos específicos com indicação das sondagens e com
quantitativos de peças e tubulação conforme relacionados nos desenhos.

O orçamento das instalações elétricas deverá ser baseado no projeto elétrico.

Os serviços de urbanização deverão ser detalhados no orçamento conforme as especificações


de projeto, observada sua compatibilidade com as condições locais e com os quantitativos
estabelecidos nas relações de materiais apresentadas.

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

ANEXO VI: REGULAMENTAÇÃO – ADMINISTRAÇÃO LOCAL

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Descrição do serviço:

Compreende toda a estrutura técnica e administrativa necessária para a condução,


administração e gerenciamento das obras XXXXXXXXXXXX (DESCREVER O
EMPREENDIMENTO), com prazo estimado para execução dos serviços em XX (DESCREVER
O PRAZO) meses.

A empresa contratada deverá apresentar no início dos serviços, um cronograma físico e


financeiro a ser submetido à apreciação e aprovação da fiscalização da Copasa.

Este cronograma deve apresentar a previsão de permanência das equipes: técnica,


administrativa e de manutenção; bem como de todos os equipamentos de apoio.

Critério de medição:

A unidade de medida será pela UNIDADE da Administração Local disponibilizada pela


contratada durante o período de execução das obras.

A remuneração do item será feita na proporção da execução financeira dos serviços, da


seguinte forma:

G = (E/B) x D, ONDE

A = B + C + D = VALOR TOTAL DO CONTRATO

B = SALDO DO VALOR EM SERVIÇOS + ADITIVO VALOR

C = SALDO DO VALOR EM FORNECIMENTO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS +


ADITIVO DE VALOR

D = SALDO DO VALOR DO ITEM ADMINISTRAÇÃO LOCAL + SALDO DO VALOR DO


ITEM MANUTENÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS

E = SERVIÇOS EXECUTADOS NO MÊS (exclusive os itens de Administração local +


manutenção e conservação do canteiro de obras)

F = MATERIAIS E EQUIPAMENTOS FORNECIDOS NO MÊS (não entra na fórmula)

G = VALOR PROPORCIONAL RELATIVO A ADMINISTRAÇÃO LOCAL + MANUTENÇÃO


DO CANTEIRO DE OBRAS

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VOLUME VIII – ORÇAMENTOS

Nota

Os encargos sociais e encargos complementares (vale transporte e/ou condução até as frentes
de serviço, cesta básica e/ou alimentação, café da manhã, EPI-equipamentos de proteção
individual, uniformes, ferramentas, exames admissional e demissional, PCMAT, PCMSO,
seguro de vida em grupo) estão inseridos no custo da mão de obra e consequentemente nos
custos dos serviços.

Insumos mínimos

Descrever quais são os insumos do item.

Incluir:

1. Profissionais

2. Veículos para engenheiros e encarregados

3. Telefonia celular para os profissionais

4. Equipe de vigilância.

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