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SOCIOLOGIA

Para não passar vergonha!


AULA 4
Professor Gabriel Barros
MAX WEBER
"O sociólogo alemão Max Weber é um dos principais teóricos
da sociologia e ocupa, junto a Émile Durkheim e Karl Marx,
uma das bases da chamada tríade da sociologia clássica.
Weber fundou um método de estudo sociológico baseado no que
ele chamou de ação social e produziu estudos profícuos para
a compreensão da formação do capitalismo. O livro mais
difundido de Weber é A ética protestante e o espírito do
capitalismo, em que ele analisa a proximidade da formação do
capitalismo com a disseminação do protestantismo."
Biografia
Karl Emil Maximilian Weber (1864 – 1920) foi um sociólogo, jurista e
economista alemão. Nascido em uma família de posses liderada por um advogado,
Weber foi educado com a rigidez da religião protestante e com o despertar do
gosto pelo estudo e pelo trabalho. Quando ainda jovem, ele presenciou a
unificação da Alemanha promovida pelo estadista Otto von Bismarck. (O Estado
alemão ainda não existia. Existiam vários reinos de origem germânica
independentes, e Bismarck promoveu uma política de integração desses reinos,
formando a Alemanha tal como a conhecemos hoje.)
Max Weber era membro da tríade da sociologia clássica.
Em 1882, Weber ingressa no curso de Direito da Universidade de Heidelberg,
onde, para além das ciências jurídicas, aprofundou seus estudos em economia e
teologia. Em 1889 concluiu o seu doutorado em Direito, na Universidade de
Berlim, e, em 1893, foi nomeado professor na Universidade de Freiburg.
Biografia
Entre os anos de 1882 e 1897, além da carreira acadêmica, Weber atuou no
cenário político alemão, não obtendo muito sucesso. O sociólogo era um
homem muito rígido consigo, e a sua idealização do trabalho e do sucesso
financeiro como realização de um homem digno (ideia que aparece na obra
citada) parecia acompanhar a sua vida.

O sociólogo e historiador austríaco Michael Polak, que desenvolveu um


trabalho biográfico sobre Weber, afirma que o sociólogo alemão odiava a
ideia de depender financeiramente de seu pai, primeiro por ter algumas
diferenças familiares com o progenitor e também por cobrar de si um
sucesso profissional e financeiro, sucesso esse que geralmente é demorado
para quem está iniciando uma carreira de pesquisador acadêmico.
Biografia
Sabe-se que, para tornar-se um professor universitário e pesquisador, é
necessário estudar muito antes de conseguir êxito. Um reflexo disso foi o
casamento de Weber com a escritora feminista Marianne Schnitger, o qual
foi adiado por anos, tendo sido realizado apenas em 1894, quando o
sociólogo conseguiu um emprego. Nesse período de espera, antes do noivado
definitivo, um amigo de Weber havia pedido Marianne em casamento (quando
Weber e ela já trocavam intensões de um relacionamento), o que causou
ainda mais desgosto em Weber com a sua própria vida, afirma Polak.

Em 1887, a mãe de Weber decide viajar para visitá-lo. O seu pai não
permite que a esposa vá sozinha e Weber não gosta da ideia de recebê-lo
em casa, expulsando-o na sua chegada. Algum tempo depois, o pai morre e
Weber tem um colapso mental, entrando em profunda depressão, a qual o
impediu de trabalhar.
Biografia
O sociólogo conseguiu uma licença da universidade e decidiu viajar,
percorrendo vários lugares da Europa (a Itália era o seu destino
preferido) e conhecendo os Estados Unidos. Nesse período ele tenta voltar
a lecionar, não obtendo êxito, no entanto, por conta de sua doença. A sua
situação mental atormentava-o, principalmente pela vergonha que ele sentia
da depressão e de não conseguir trabalhar. Ser sustentado por uma licença
era ainda mais vergonhoso para o pensador.

Em 1903, Weber pede demissão da universidade, o que lhe foi


negado por sua competência. A administração pública entra em
acordo com ele concedendo-o uma aposentadoria, e, em troca,
torna-o professor honorário da Universidade de Heidelberg,
direcionando a ele uma carga horária mínima de trabalho, o que
deu certo para que o sociólogo voltasse a trabalhar e
recuperasse a sua saúde mental
Biografia
Nesse período de retorno, Weber volta a escrever com intensidade, redigindo inclusive a sua
obra magna — A ética protestante e o espírito do capitalismo. Ele havia deixado a atuação no
campo político há algum tempo, o que também o ajudou a recuperar-se mentalmente.

Max Weber vivenciou a Primeira Guerra Mundial e, em 1919, foi conselheiro da delegação alemã
nas conferências que antecederam o Tratado de Versalhes. A Alemanha perdeu muito com o
acordo, pois teve seu exército reduzido, perdeu território e teve que pagar uma indenização
pelos estragos causados pela guerra.

Entre 1919 e 1920, Weber também atuou como membro da comissão que formulou a
Constituição de Weimar — documento que oficializou a chamada República de
Weimar, período republicano da Alemanha que iniciou com o fim do Segundo
Reich (segundo império que começou em 1871 com a unificação de Bismarck) e
terminou com o início do Terceiro Reich (terceiro império que se iniciou com
a chegada de Hitler ao poder em 1933).
AS AÇÕES SOCIAIS

- Para entender o pensamento weberiano, é importante entender


o que são as ações sociais. Segundo ele, não são os fatos
sociais o objetivo do estudo sociológico, mas as ações que os
indivíduos desenvolvem a partir dos fatos, analisando as suas
diferenças e observando as suas diferentes origens.

SÃO TIPOS DE AÇÕES SOCIAIS:


Ação social tradicional: o próprio nome já indica que esse tipo está
vinculado aos hábitos e costumes compartilhados por uma sociedade.
Ação social afetiva: também chamada de "ação social emocional", nesse
caso, ela é motivada e gerada pelos sentimentos de seu agente em
relação aos outros.
Ação social racional com relação a fins: aqui o que importa é o
alcance dos objetivos e/ou resultados atingidos por seu agente. Ou
seja, esse tipo de ação social visa obter, de modo racional, um fim.
Ação social racional com relação a valores: está relacionada com os
princípios de seu agente, ou seja, está orientada por valores
específicos (norma moral).
Ciência como vocação
- A ciência não é
neutra!
- O tipo ideal são ferramentas de análise para
compreender a sociedade a partir de seus elementos
constitutivos como religião, economia, burocracia,
capitalismo, e a partir da observação de aspectos
concretos e históricos.

A ética protestante e o
espírito do capitalismo
- A diferenciação das igrejas protestantes
- O fim do sistema feudal, e o crescimento do sistema
capitalista
- A assepsia cristã e a mudança na moralidade
- A importância da reforma protestante
TO BE CONTINUED...

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