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Xadrez?
Já imaginou como seria difícil registrar e entender partidas históricas e estrangeiras sem o
sistema de notação enxadrística que usamos hoje? Pois é, antigamente, quando esse
método ainda não existia, grandes enxadristas do passado precisavam descrever passo a
passo cada movimento no tabuleiro e era necessário muito tempo para interpretar e
entender o que eles estavam dizendo. Foi o que aconteceu, por exemplo, com o mestre
espanhol Ruy López, do século XVI, autor de um dos primeiros livros sobre xadrez do
mundo.
Felizmente, as coisas foram evoluindo e hoje temos um sistema muito mais eficaz de
entender e registrar cada jogada em uma partida de xadrez! Mas será que anotar suas
partidas é tão fácil assim? Acreditamos que sim! E para provar isso, vamos mostrar hoje
como funciona a notação enxadrística mais usada no mundo. Fique ligado e aprenda como
anotar uma partida de xadrez!
Pouco depois do lançamento da obra de Ruy López, enxadristas do mundo todo começaram
a pensar em formas mais ágeis de anotar e entender o registro de uma partida. Assim
surgiram dois tipos diferentes de notação:
Notação descritiva
Nesse primeiro método, o tabuleiro de xadrez era dividido segundo a cor das peças e a
posição inicial. Assim, cada coluna tinha o nome da peça que ocupava a primeira linha (por
exemplo, QR para Queen Rook, ou a Torre do lado da Dama; e KR para King Rook, ou a
Torre do lado do Rei) e as linhas eram numeradas de 1 a 8 na direção das peças
adversárias, isto é, de baixo para cima.
O problema é que isso significava que cada casa tinha dois nomes: um para as peças
brancas e um para as peças pretas — QR1 para as brancas, portanto, seria QR8 para as
pretas.
Notação algébrica
Quanto ao nome das peças, usa-se a inicial de cada uma (em maiúscula), o que pode variar
de idioma para idioma. R representa o Rei (em inglês, usa-se um K de King); D representa a
Dama (ou Q de Queen); B representa os Bispos (o mesmo em inglês, para Bishop); C
representa os Cavalos (em inglês N, para Knight, já que o K já é usado para o Rei) e T
representa as Torres (ou R de Rook).
Os peões são identificados justamente pela ausência de letra maiúscula, e nos registros
internacionais usa-se o símbolo de cada peça no lugar de sua inicial (como ♞ para Cavalo).
A notação algébrica facilitou tanto a vida dos enxadristas que, em 1971, a FIDE adotou-a
como obrigatória em partidas oficiais, e hoje ela é a mais usada no mundo. Por causa disso,
vamos continuar nossa explicação falando só da notação algébrica, ok?
Além do movimento das peças, outros sinais podem ser usados para registrar o tipo de
lance realizado pelo jogador. São eles:
1) + — Xeque;
2) ++ ou # — Xeque Mate;
3) X — captura;
4) +/= — as brancas estão em vantagem;
5) =/+ — as pretas estão em vantagem;
6) +/- —vantagem decisiva das brancas;
7) -/+ — vantagem decisiva das pretas;
8) =/= — jogo equilibrado;
9) ! — boa jogada;
10) !! — excelente jogada;
11) ? — jogada ruim;
12) ?? — jogada péssima;
13) !? — jogada interessante;
14) ?! — jogada duvidosa.
Vale lembrar que, no final, 1-0 significa que as brancas ganharam, 0-1 é vitória para as
pretas e ½-½ é empate.