Você está na página 1de 1

Manejo alimentar de juvenis de piau corró Leporinus lacustris

OLIVEIRA, Fúlvia Cristina¹; SANTO, Fayane do Espirito²; CUNHA, Rubia Mara¹;


CAMPOS, Cristiane Meldau1,2

¹Universidade Federal de Mato Grosso do Sul / UFMS, Programa de Pós-Graduação em


Ciência Animal, Cidade Universitária, Av. Costa e Silva - Pioneiros, Campo Grande, MS,
Brasil, fulcris@yahoo.com.br
²Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul / UEMS, Graduação e Pós graduação em
Zootecnia, Rodovia Graziela Maciel Barroso, km 12, Aquidauana, MS, Brasil

Resumo
Diante da variedade de espécies com potencial para produção e comercialização de iscas vivas,
o piau corró (Leporinus lacustris) tem potencial para ser produzido em cativeiro, porém pouco
se sabe a respeito do seu desenvolvimento. Com isso, o objetivo desse trabalho foi avaliar o
potencial do piau corró (Leporinus lacustris) para produção em piscicultura. Os animais foram
adquiridos através de reprodução induzida de uma mesma desova, após aclimatação os peixes
(1,608 g e 5,013 cm) foram distribuídos em três experimentos concomitantes para avaliar:
Experimento I (níveis de proteína bruta na dieta), 120 juvenis foram distribuídos em aquários
na densidade 6 peixes e alimentados três vezes ao dia a 7% da biomassa. O delineamento foi
casualisado com quatro níveis de proteína bruta (PB) 28%, 32%, 36% e 40% e cinco repetições
cada. Experimento II (efeito da densidade de estocagem), 120 juvenis foram submetidos as
diferentes densidades de estocagens 0,25, 0,50 e 0,75 peixe L-1, com três repetições cada,
alimentados três vezes ao dia a 7% da biomassa. Experimento III (frequência alimentar), 72
juvenis foram alimentados nas diferentes frequências alimentares (uma, duas e três vezes ao
dia). As unidades experimentais de todos os experimentos consistiram de aquários com volume
útil de 20 litros, em sistema de recirculação de água, durante 60 dias. Biometrias foram
realizadas a cada 20 dias para acompanhamento do desempenho zootécnico e eventual correção
da quantidade de ração a ser fornecida. Os parâmetros de qualidade de água como o oxigênio
dissolvido, temperatura e pH foram mensurados diariamente e a amônia foi mensurada duas
vezes por semana. Dois peixes por aquário do experimento I e II foram submetidos a incisão
na cavidade abdominal para colheita de intestino e fígado para realizar os cálculos de índice
hepatossomático e do quociente intestinal. Dos peixes eutanasiados, um peixe de cada aquário
foi amostrado para a colheita sanguínea, realizada por meio do corte no pedúnculo caudal, com
intuito de se obter os valores de glicose (mg dL-1). Os dados obtidos foram submetidos ao teste
de Tukey, a um nível de significância de 5%. Conclui-se que a utilização de níveis de proteína
bruta entre 28 a 32%, densidade de estocagem de 0,25 peixe L-1 e frequência alimentar de duas
vezes ao dia garante melhor desempenho zootécnico e eficiência da ração para juvenis de piau
corró Leporinus lacustris.

Palavras-chave: densidade de estocagem; frequência alimentar; proteína bruta.

Você também pode gostar